30 junho 2020

Resenha | Uma mulher no escuro - Raphael Montes


Livro: Uma mulher no escuro
Série: Não
Gênero: Suspense
Autor: Raphael Montes
Editora: Companhia da Letras
Páginas: 256
Ano: 2019

Resenha:
Foi o dia mais feliz da vida de Victoria Bravo. Ela estava muito cansada, mas se divertiu tanto que valeu a pena. Sua festa de quatro anos foi um sucesso. Veio todas as suas amiguinhas da escola e todos os vizinhos. Tinha um bolo enorme, doces, cachorro quente, pipoca, muita brincadeira e Victoria usou um vestido de princesa. No fim ela estava tão exausta que foi só deitar na cama para o sono vir. Mas ela acordou no meio da noite com os cachorros latindo e o dia mais feliz da sua vida acabou se tornando na noite mais horrível de todas. Um garoto entrou em sua casa e matou toda a sua família a facadas e pichou seus rostos com tinta preta. Não se sabe bem o porquê, mas Victoria sobreviveu.

Vinte anos se passou e a vida de Vic é apenas uma sombra mal formada do que poderia ter sido se nada daquilo tivesse acontecido. De noite ela sofre com pesadelos terríveis e durante o dia ela tenta ficar longe da bebida de quem se tornou dependente. E foge de todo e qualquer relacionamento. Ela simplesmente não consegue falar de sua vida com ninguém, por isso não tem amigos, e muito menos ser tocada por outra pessoa, então nada de namorados. As únicas pessoas que ela tem algum contato são seu psiquiatra Max, que inclusive foi quem incentivou Vic a conhecer Arroz, um cara que ela conheceu pela internet, sua tia Emília que está em uma casa de repouso e recentemente Georges, um escritor que passa as tardes na lanchonete que Vic trabalha.

O assassino, um garoto de dezessete anos chamado Santiago, foi preso na mesma noite em que tudo aconteceu, mas ao completar dezoito anos foi solto e ninguém sabe o que aconteceu com ele depois. Mas agora vinte anos depois ele parece estar de volta para "terminar" o serviço. Ao voltar para casa depois de um dia de trabalho Vic encontra a parede do quarto pichada de preto com a seguinte inscrição: Vamos Brincar? e seu urso de pelúcia, a unica lembrança da Victoria de quatro anos, pintado de preto. Até agora Vic fingiu que seu passado não existiu, mas diante dessa nova ameaça ela vai ter que tomar uma atitude. E ao revirar o passado, Vic vai descobrir que ele é bem pior do que ela pensava.

“O excesso de amor é tão perigoso quanto a falta.”

Esse é o terceiro livro que leio do autor. Em O Vilarejo ele conseguiu me deixar com o estômago revirado e em Jantar Secreto foi que descobri o tanto que ele podia ser ousado em suas histórias. Por isso estava com as expectativas bem altas para esse livro que é voltado mais para o lado investigativo, meus favoritos, e também por termos sua primeira protagonista mulher. E apesar de ter gostado bastante do que encontrei, não pude dar nota máxima por alguns pontos que irei expor na resenha. Mas ainda assim é um livro policial que eu não tenho como não deixar de indicar, até porque cada um é cada um e cada leitor vive a história de maneira diferente.

Mesmo não tendo lido todos os seus livros, um dos pontos fortes que eu sempre vejo sendo elogiado no autor, é sobre sua originalidade. E infelizmente nesse livro livro ele foi muito clichê. Desde o título, que apesar de não ser A Garota é a A Mulher, até a premissa da história, a personagem principal e o desenvolvimento eu já vi em vários outros livros do gênero. A vida da protagonista não poderia ter sido mais clichê, porque ela se tornou o que já estamos cansados de ver em pessoas que passam por traumas parecidos. Isso é ruim? Não, mas além do clichê, ainda temos uma protagonista que não desperta empatia no leitor.

É de se esperar que por tudo o que Victoria passou, a gente comece a ler o livro com pena dela e consequentemente torça por ela durante a leitura. Mas em nenhum momento isso aconteceu. Eu não consegui gostar dela. Fiquei sim morrendo de curiosidade para saber o porque daquilo tudo ter acontecido com sua família e porque ela foi poupada. E também não me aguentava de vontade de ir até o final do livro e descobrir logo quem dentre os três homens que a rodeavam era o assassino, mas foi só isso, curiosidade de uma ávida leitora de suspense, não porque queria ver a protagonista bem e livre daquilo tudo.

E até esse suspense todo não foi bem amarrado pelo autor, porque logo criei uma teoria e no fim descobri que estava certa. Não descobri todos os detalhes, mas o principal ficou evidente logo de cara. E assim como aconteceu em O Jantar Secreto, não gostei da motivação. Achei tudo tão fraco para algo daquele tamanho. Mas enfim. Ele é um ótimo livro de suspense, para quem não leu muitos do gênero como eu, ou até mesmo para quem não conhece a escrita do autor e não esteja esperando algo de nível extraordinário por todos os elogios que ele recebe. Quanto a capa gostei bastante e a edição está muito bem feita.

Nota: 












28 junho 2020

Resenha | Mais Forte Que o Sol - Julia Quinn


Livro: Mais Forte Que o Sol
Série: Irmãs Lyndon # 2
#1 - Mais Lindo Que A Lua
Gênero: Romance de época
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 288
Ano: 2018

Resenha:
Desde criança Eleanor Lyndon mostrou que tinha tino para os negócios. Quando sua irmã Victoria se apaixonou por Robert e eles começaram a se encontrar, Ellie aceitou de bom grado ser subornada por Robert para deixar os dois sozinhos. O namoro da irmã terminou por culpa de seu pai e do pai de Robert, mas Ellie guardou o dinheiro e soube investi-lo muito bem. Victoria ficou tão decepcionada com o pai que acabou indo embora de Kent e a Ellie só restou perdoar o pai e aguentar seus desmandos como vigário local. Mas com o dinheiro e os investimentos que fez, Ellie percebeu que pode ser uma mulher independente e nunca quis se casar com ninguém. Até agora.

Seu pai acaba de ficar noivo com a Sra. Foxglove e o passatempo predileto dela é dizer que Ellie com vinte e três anos é uma solteirona que precisa urgentemente de um marido. E se Ellie não encontrar alguém por vontade própria vai ter que se casar com quem a Sra. Foxglove escolher. Por isso quando um homem cai do céu nos seus pés, ela acha que isso pode ser um sinal. O homem é Charles Wycombe, o sedutor conde de Billington que na verdade caiu de um carvalho por estar muito bêbado. E assim como Ellie, Charles acredita que Deus ouviu suas preces já que tem quinze dias para encontrar uma esposa ou vai perder toda sua herança para seu primo ao completar trinta anos ainda solteiro.

O pouco tempo que passa com Ellie faz com que Charles veja a mulher interessante que está na sua frente e ele não pensa duas vezes antes de pedi-la em casamento. Ellie não pensava em se casar, mas com sua futura madrasta pressionando ela resolve aceitar o pedido de Charles, desde que ele consiga resgatar o dinheiro que ela investiu no nome do seu pai, já que por ser mulher ela não poderia fazer qualquer transação de negócios e agora não consegue retirar o dinheiro sozinha. Assim os dois fazem um trato de se casarem para cada um obter o seu dinheiro. Mas o problema é que eles mal conseguem se manter afastados um do outro e esse casamento de conveniência acaba por ser muito vantajoso para ambos.

"O cabelo dela, pensou de repente. O cabelo de Eleanor era da cor exata do sol em sua hora preferida do dia.
Seu coração se encheu de inesperada alegria, e ele sorriu."

Depois da decepção com o primeiro livro não estava esperando muito desse, mesmo que todas as resenhas que li falavam que esse segundo livro era bem melhor que o primeiro. Concordo com as resenhas. Se comparado ao primeiro livro, esse é bem superior, mas ainda assim ele é somente bom, não tem nada de extraordinário ou do que eu esperava sendo um livro de alguém que cria personagens como Os Bridgertons. Ou se compararmos aos livros da Tessa Dare ou da Sarah MacLean por exemplo, o livro é apenas mediano. Mas ainda assim é uma boa leitura para quem não leu muitos romances de época ainda.

No primeiro livro a autora abordou o tema amor a primeira vista e nesse segundo casamento por conveniência. Geralmente esse tema rende ótimos enredos para romances de época, mas mais uma vez eu achei que a autora se perdeu e não soube desenvolver bem a história. No começo até que ela foi bem, a ideia foi legal até certo ponto, mas a autora foi inserindo coisas que não tiveram muito desenvolvimento e ela até tentou inserir alguns mistérios que logo de cara o leitor já sabe quem é o responsável pelos acontecimentos e teve alguma ação no final, mas que também achei totalmente desnecessária. O que me fez dar um bom para o livro foram os protagonistas, que diferente do primeiro livro, me cativaram bastante.

Ellie já no livro da irmã chama a atenção e ela continua uma ótima personagem em sua própria história. Ellie é inteligente, engraçada, inocente na medida certa e junto com Charles protagonizou um romance para nenhum romântico de plantão colocar defeito. As cenas entre eles renderam boas risadas e os diálogos foram agradáveis. Mas infelizmente o romance em si não conseguiu sustentar a história que foi mal desenvolvida. E nem a Judith, uma fofura em forma de criança, conseguiu aumentar a nota do livro. Geralmente quando tem crianças nessas histórias, eu amo, mas aqui nem isso resolveu. E para não falar só coisas ruins, eu amei essa capa. É tão simples, mas ao mesmo tempo tão detalhista que entrou para minha lista de favoritas de capas de romances de época.

Nota:







26 junho 2020

#32 | Eu Quero! e #104 | A Estante Aumentou!

Nesses dias de quarentena não tenho comprado muita coisa e por isso resolvi juntar as duas colunas. Esse mês só chegou um livro por aqui e doei alguns que eu li e não vou reler para abrir espaço na estante.

Chegou 


Eu só comprei esse livro porque eu precisava dele para um desafio que estou participando, mas ele já estava na minha lista de desejados. E comprei com um vale presente então nem gastei dinheiro. Tem resenha dele aqui.


Saiu 


Esses foram os livros que doei esse mês. 



Desejados


O futuro do Conde e da Condessa de Worthington promete estar longe de ser entediante. Lady Grace Carpenter está pronta para aproveitar o dia - ou melhor, a noite - com o homem mais atraente que já conheceu. O casamento significaria perder a tutela dos seus amados irmãos, e certamente nenhum cavalheiro são assumiria sete filhos que não fossem os seus. Mas se ela puder ter uma oportunidade anônima com Mattheus, Conde de Worthington, Grace se contentará em viver o resto de sua vida como uma solteirona. Matt quase tinha perdido a esperança de encontrar uma esposa que pudesse envolver tanto a sua mente como o seu corpo. E agora esta mulher sensual e inteligente está se entregando a ele. O que poderia ser mais perfeito? Exceto que, depois de uma noite de amor, a misteriosa Grace se recusa a ter qualquer coisa relacionada com ele. No meio das distrações da temporada ele terá de convencê-la, com um delicioso encontro de cada vez, que nenhum obstáculo - ou família - é demais para um homem que descobriu o desejo do seu coração...

Esse eu desejei por causa da capa, apesar de não ter gostado muito da modelo escolhida, esse perfil não ficou bom para ela. Mas fora a capa é romance de época então uniu o útil ao agradável.


UMA HISTÓRIA DA SÉRIE JOGOS VORAZES. AMBIÇÃO O ALIMENTARÁ. COMPETIÇÃO O CONDUZIRÁ. MAS O PODER TEM O SEU PREÇO.
É a manhã do dia da colheita que iniciará a décima edição dos Jogos Vorazes. Na Capital, o jovem de dezoito anos Coriolanus Snow se prepara para sua oportunidade de glória como um mentor dos Jogos. A outrora importante casa Snow passa por tempos difíceis e o destino dela depende da pequena chance de Coriolanus ser capaz de encantar, enganar e manipular seus colegas estudantes para conseguir mentorar o tributo vencedor. A sorte não está a favor dele. A ele foi dada a tarefa humilhante de mentorar a garota tributo do Distrito 12, o pior dos piores. Os destinos dos dois estão agora interligados – toda escolha que Coriolanus fizer pode significar sucesso ou fracasso, triunfo ou ruína. Na arena, a batalha será mortal. Fora da arena, Coriolanus começa a se apegar a já condenada garota tributo... e deverá pesar a necessidade de seguir as regras e o desejo de sobreviver custe o que custar.

Eu amei Jogos Vorazes então fica difícil não desejar esse livro. Mesmo que seja de um dos personagens que menos gosto da série

O amor pode levar a loucura. E foi exatamente isso que o visconde Locksley viu acontecer com o pai, após a morte de sua amada esposa. Mas, quando o marquês decide se casar com Portia Gadstone, Locke se vê obrigado a tomar medidas drásticas para impedir que aquela mulher incrivelmente bonita se aproveite dele. O desespero levara Portia a concordar em se casar com um louco. O acordo lhe ofereceria a proteção de que precisava. Pelo menos era o que ela pensava, até o filho do marquês ler as letras miúdas do contrato e... tomar o lugar do pai! De maneira repentina, a união supostamente calma planejada por Portia se transforma em uma relação perigosa e repleta de tentações. Ao se ver apaixonada por Locke, ela descobre segredos sombrios, que ameaçam separá-los para sempre... a menos que ele arrisque tudo e entregue seu coração para o amor.

Esse eu ainda nem li os dois primeiros, mas já quero só pela capa linda e pela escrita da autora que amo.

Com 18 anos, Anne Shirley agora é aluna do Redmond College, na movimentada cidade de Kingsport, onde estão também seus amigos de Avonlea Priscilla Grant e Gilbert Blythe. Anne conhece pessoas interessantes, faz amigos, incluindo a rica, charmosa e indecisa Philippa Gordon. Na companhia deles, vai estudar e experimentar uma nova e emocionante vida social, com danças, jantares e jogos de futebol. Independente e atraente, a jovem conquistará muitos admiradores e receberá pedidos de casamento.
Suas aventuras românticas são cheias de drama e suspense, da primeira à última página do livro. Muitas vezes, no entanto, as lágrimas cedem lugar às gargalhadas, como quando Anne e suas amigas se mudam para uma casa pequena e adorável, em uma rua nobre de Kingsport, e um gato de rua rouba seu coração.
Os anos de faculdade certamente serão divertidos, mas serão também um tempo para investigar a própria alma e tomar grandes decisões. Anne descobrirá, da maneira mais difícil, que talvez seu coração não esteja batendo de acordo com sua mente. A vida em Kingsport será para ela uma rica jornada de descobertas e crescimento pessoal.

E lá vem a Autêntica com mais um livro maravilhoso dessa série que me ganhou na primeira página do livro. As edições estão cada vez mais lindas.

Certas portas não devem ser abertas. E Coraline descobre isso pouco tempo depois de chegar com os pais à sua nova casa, um apartamento em um casarão antigo ocupado por vizinhos excêntricos e envolto por uma névoa insistente, um mundo de estranhezas e magia, o tipo de universo que apenas Neil Gaiman pode criar.
Ao abrir uma porta misteriosa na sala de casa, a menina se depara com um lugar macabro e fascinante. Ali, naquele outro mundo, seus outros pais são criaturas muito pálidas, com botões negros no lugar dos olhos, sempre dispostos a lhe dar atenção, fazer suas comidas preferidas e mostrar os brinquedos mais divertidos. Coraline enfim se sente... em casa. Mas essa sensação logo desaparece, quando ela descobre que o lugar guarda mistérios e perigos, e a menina se dá conta de que voltar para sua verdadeira casa vai ser muito mais difícil — e assustador — do que imaginava.
Publicado pela primeira vez em 2002, Coraline foi o primeiro livro de Neil Gaiman para o público infantojuvenil e se tornou uma das obras mais emblemáticas do escritor. Repleta de elementos ao mesmo tempo sombrios e lúdicos, a história conquistou crianças e adultos em todo o mundo e, em 2009, ganhou as telas de cinema em uma animação dirigida por Henry Selick, de O estranho mundo de Jack. Nesta edição especial em capa dura, com introdução do autor e projeto gráfico exclusivo, coube ao renomado ilustrador Chris Riddell dar vida ao universo mágico e aterrorizante criado por Neil Gaiman.

Eu não sou tão fã do Gaiman, mas já li tantas resenhas positivas desse livro que eu preciso ler ele. E quando vi essa edição eu sabia que seria essa que eu ia ter na estante.







25 junho 2020

Resenha | Sozinha no Mundo - Marcos Rey


Livro: Sozinha no Mundo
Série: Não
Gênero: Infantojuvenil
Autor: Marcos Rey
Editora: Global
Páginas: 128
Ano: 2005

Resenha:
Maria Paula Ribeiro, mais conhecida como Pimpa, praticamente não conheceu seu pai Evandro, porque ele foi embora para São Paulo quando ela ainda era um bebê, abandonando ela e a mãe Aurora a própria sorte na cidadezinha de Serro Azul. Mas algum tempo depois um homem apareceu por lá dizendo se chamar Leonel e que era parente de Evandro. Desde então elas começaram a receber cheques mensais e até alguns presentes chegavam nos natais para Pimpa, entre eles uma oncinha de pelúcia que virou a melhor amiga da garota a quem ela deu o nome de Lila.

Mas quando Pimpa completou catorze anos os cheques pararam de chegar e por coincidência a mãe dela adoeceu. Sem ter como pagar o tratamento Aurora escreve para o endereço deixado por Leonel e recebe a noticia de que Evandro faleceu. Então Aurora decide partir para São Paulo pois quem sabe o marido deixou algum dinheirinho de herança que ela possa usar no tratamento. O problema é que Aurora vem a falecer durante a viagem deixando Pimpa sozinha no mundo. Pimpa não sabe nem o sobrenome de Leonel mas tem o endereço para onde sua mãe enviava as cartas.


Durante a viagem de ônibus para São paulo Pimpa conheceu Noel e sua mãe a dona Berenice, e é na casa deles que ela fica temporariamente até o juizado de menores encontrar o tal Leonel. Noel é um garoto de quinze anos que sonha se tornar cineasta e ele até fez um vídeo durante a viagem de ônibus. Durante a filmagem os passageiros se mostraram bem receptivos com Noel, somente uma mulher que não quis ser filmada, uma mulher de óculos de aro de tartaruga. E essa mulher vai voltar a vida de Pimpa. Ela vai até a casa de dona Berenice e se apresenta como assistente social e diz que Pimpa tem que lhe acompanhar. Mas Pimpa sente que tem alguma coisa errada e foge começando assim suas desventuras pela cidade.

Para quem não sabe, e acredito que são poucos os que ainda não conhecem, esse livro faz parte da série Vagalume, que fez a infância de muita gente mais feliz. E Sozinha no Mundo ainda é do autor Marcos Rey, o autor preferido da galera dos livros dessa coleção. Eu particularmente amo o autor e eu li Sozinha no Mundo várias vezes. Por isso quando surgiu a oportunidade eu comprei alguns livros da série que foram relançados pela Global Editora e esse foi um dos primeiros escolhidos. Mas demorei para fazer a releitura e só agora depois de um livro mais pesado eu peguei ele para reler.


E a sensação é tão boa, a história mesmo sendo fraca se comparada aos livros que eu leio hoje, traz toda uma história junto com a leitura, tornado o livro ainda melhor de quando foi lido pela primeira vez. E deu saudade não somente da minha vida de então, mas também de toda uma infância que hoje em dia não existe mais. Para vocês term uma ideia Pimpa tem catorze anos e anda com uma oncinha de pelúcia no colo e conversa com ela. Hoje em dia nessa idade as crianças andam com celular do ano e quando não, carregando bebês. A infância termina cada vez mais cedo e infelizmente depois temos adultos que não querem ser adultos, querem viver o que perderam na infância e na adolescência.

A história da Pimpa é linda e em poucas páginas vamos viver uma grande aventura ou desventura porque a coitada até que conhece pessoas de bem, mas precisa fugir o tempo todo porque tem alguém querendo lhe fazer mal. Eu indico sem sombra de duvida esse livro para todas as crianças que estão começando a ler. Eu comecei com eles e me tornei uma desbravadora de novos mundos através da leitura. Quanto a edição eu gostei, mas preferia a edição da Editora Ática, além da capa mais bonita as ilustrações também eram mais agradáveis. Emfim, é uma leitura que vale a pena não só para os pequeninos, mas para quem quer ter aquele gostinho de infância de volta por alguns momentos.

Nota:








23 junho 2020

Resenha | Ruína e Ascensão - Leigh Bardugo


Livro: Ruína e Ascensão
Série: Trilogia Grisha #3
#1 - Sombra e Ossos
#2 - Sol e Tormenta
Gênero: Fantasia
Autora: Leigh Bardugo
Editora: Gutenberg
Páginas: 344
Ano: 2015

Contêm spoilers dos livros anteriores nos 3 primeiros parágrafos.

Resenha:
Em Sol e Tormenta vimos o Darkling mostrar todo seu poder ao destruir a capital de Ravka e matar quase todo o exército de Grishas comandado por Alina. Ninguém nem teve tempo de esboçar uma reação, já que o herdeiro do trono foi enganado e quando Nikolai percebeu o que seu irmão havia feito já era tarde demais. Em uma última tentativa de matar o Darkling Alina se conectou a ele através do colar do cervo e quase se matou junto, e perdeu todos os seus poderes no processo. Mas ela foi salva pelos fiéis do Apparat, que acreditam que Alina seja uma deusa e agora ela se encontra na Catedral Branca como uma prisioneira.

Alina vem definhando a olhos visto, já que não tem mais seus poderes. O curioso, e que ela mantêm em segredo absoluto, é que a luz se foi mas ao entrar em contato com as sombras do Darkling, ficou resquícios do poder dele nela e vez ou outra Alina consegue manipular as sombras. O Apparat quer uma Alina que não existe, dócil e subjugada a ele e para isso ele a afastou de todos seus amigos. Com tempo de sobra o que resta a Alina é estudar os livros sobre Ilya Morozova para tentar descobrir onde está o pássaro de fogo, e assim obter o terceiro amplificador como uma ultima esperança para derrotar de vez o Darkling.

Mas em um esforço conjunto Alina e seus amigos conseguem se livrar do Apparat e voltar para a superfície. O problema é que eles saem de uma prisão para o caos que Ravka se tornou. O Darkling fez do palácio de Ravka seu trono de sombras e quer a todo custo encontrar Alina, oferecendo recompensas e aterrorizando a todos que ficam em seu caminho. Enquanto isso acredita-se que Nikolai conseguiu fugir com o rei e sua família, porque o Darkling vem enfrentando a oposição de alguém com as mesmas características do príncipe destemido. E enquanto reza para encontrar o pássaro de fogo, Alina vai descobrir que sua ligação com o Darkling é maior do que ela pensava e derrotá-lo vai exigir um preço que talvez ela não esteja disposta a pagar.

"Nós havíamos feito a escolha sábia, feito a coisa certa. Eu tinha que acreditar que a lógica traria conforto com o tempo. Hoje à noite, havia apenas esse quarto silencioso demais, a dor da perda, o conhecimento profundo e decisivo como o toque de um sino: Algo bom se foi."

Final de trilogia ou série sempre fica aquela sensação esquisita, de como se tivesse sido arrancado algo da gente. Principalmente em livros de fantasia. Mesmo que a gente não tenha gostado inteiramente da história como foi o caso aqui. E olha que essa trilogia foi uma releitura. Mas a gente nunca está preparado para o final de nenhum livro, mesmo já sabendo o que vai acontecer. E terminei a trilogia com a mesma satisfação que senti na primeira vez que li ela. Mas assim como aconteceu da primeira vez, não pude dar nota máxima porque achei que faltou algo para essa história se tornar maravilhosa aos meus olhos.

Ainda mais em tempos que temos histórias como Trono de Vidro por exemplo para comparar. A história é boa, tem uma mitologia incrível, que como disse na resenha do livro anterior, nunca tinha lido nada da mitologia russa, os personagens são bem trabalhados, mas faltou um algo a mais para eu ficar completamente realizada. E também não posso dizer que gostei do final escolhido pela autora. Entendo, mas não gosto. E outra coisa que me incomodou muito foi ter os três livros narrados em primeira pessoa pela Alina. Quando temos livros de fantasia em primeira pessoa, a minha impressão é de que estou perdendo uma parte da história.


Outra coisa que achei que ficou a desejar foi a própria Alina em sua versão Conjuradora do Sol. Pelo tanto de poder que supostamente ela deveria ter, ela não fez quase nada nesse terceiro livro. Sempre tinha alguém salvando o dia por ela. E o tão esperado confronto entre Alina e o Darkling foi nhé. Mas a decepção personagem não ficou só por conta da Alina não. O Darkling como o grande vilão da história também pouco apareceu nesse ultimo livro. E se eu tive algum fascínio por ele no primeiro livro isso morreu de vez ao longo da trilogia. E não entendo como ainda tem gente que defende ele. Aliás entendo sim, é só ver o tanto de gente que defende algumas autoridades no nosso país por exemplo. Já sabe aquelas frases "os fins justificam os meios", "é para um bem maior" tão usadas e tão defendidas por muitos.

Agora quem me surpreendeu positivamente foi o Maly, que praticamente carregou esse terceiro livro nas costas. Ainda não gosto dele porque não engoli ele só descobrir que amava a Alina depois dela "aparecer" por assim dizer quando se descobriu Grisha. Mas gostei de suas atitudes durante todo o terceiro livro. E por fim outra pessoa que eu ainda amo de todo coração é o Nikolai, mas também achei ele meio apagadinho nesse livro em específico. Mas já sei que tem livro dele vindo por ai (espero que a Gutenberg ou quem for publicar não demore horrores para publicar aqui no Brasil). E por fim termino elogiando as edições do livro e indicando a trilogia para quem é fã de livros de fantasia. Apesar de não ter dado nota máxima para os livros, é um universo que amei e que pretendo continuar lendo.

Nota:









22 junho 2020

Tag | Skoob

Eu andei vendo algumas tags bem legais em alguns blogs e decidi responder algumas. Hoje trago essa do Skoob que para quem ainda não sabe é uma Estante Virtual onde você adiciona os livros lidos, leituras atuais, desejados e até trocas dá para fazer por lá. Quem tiver e quiser é só me adicionar. Eu vi essa tag no blog Roendo Livros e não consegui encontrar quem criou. Se alguém souber é só falar que eu dou os créditos.




01. Quantos livros você tem na sua aba LIDO no Skoob?
2286 livros. Mas com certeza é muito mais porque tem muitos que li na época da escola e que não adicionei aqui. Sem falar os que li 2, 5, 10 vezes hehe


02. Qual livro você está lendo?
No momento tem 3 adicionados ali como lendo mas na verdade dois estou enrolando e só estou lendo Promessa de Sangue no momento


03. Quantos livros tem na sua aba QUERO LER?
745 hehe. Sei que é exagero mas sempre que vejo alguma resenha de um livro que me interessa ou algum lançamento adiciono o livro ali e depois as vezes até passa a vontade de ler e eu esqueço de tirar de lá.


04. Você está relendo algum livro? Qual é?
Sim. Esse ano resolvi reler alguns livros e no momento estou relendo O Jogo do Anjo do Zafón que aproveitando já deixo indicado aqui todos os livros do autor que são maravilhosos.


05. Quantos livros você já abandonou? Quais são eles?
Infelizmente ainda tenho o péssimo hábito de não abandonar nenhum livro. Não consigo, por pior que esteja a leitura vou até o fim nem que seja para falar que não gostei depois hehe.


06. Quantas resenhas você tem cadastradas no Skoob?
Eu tenho uma preguiça enorme de atualizar as resenhas por lá. No momento tem 619.


07. Quantos livros avaliados você tem na sua lista?
Todos os lidos. Quando eu coloco o histórico de leitura já avalio também.


08. Na aba FAVORITOS, quantos livros você tem registrados? Cite alguns.
Sou uma pessoa fácil de agradar e tem muitos livros favoritados: 264. Entre eles posso citar




09. Quantos livros você tem na aba TENHO?
740. Mas já tive muito mais. É que volta e meia eu estou doando para criar espaço para livros novos hehe.

10. Quantos livros você tem nos DESEJADOS?
Aqui acontece igual na aba Quero Ler. Vou adicionando lá e fica o resto da vida. Esses dias estava olhando e vi que tinha um livro como desejado que eu já comprei, já li e até doei hehe. Mas no momento tem 26.

11. Quantos livros emprestados você tem no momento? Quais?
Nem vou dizer emprestados porque com certeza nunca mais irão voltar. Tem dois Garota Exemplar que perdi o contato com a menina que emprestei e O Festim dos Corvos que está com um primo já faz anos e até agora nada dele devolver. Para vocês terem uma ideia quando eu emprestei o livro ele estava fazendo um curso para entrar na faculdade de medicina e ele se formou no ano passado. Então já perdi as esperanças.

12. Você quer trocar algum livro? Quais?
Nunca troquei nenhum livro. Eu penso que o dinheiro que vou gastar para enviar o livro dá para comprar um novo e ainda não tenho a garantia de que o livro vai chegar e se chegar em que estado vai estar.

13. Na aba META, quantos livros você tem marcados? Cumpriu essa meta?
Eu só vou adicionando na meta livros que eu pego para ler ou que escolhi para algum desafio. Por isso geralmente sempre bato ela.


14. Qual é o numero do seu paginômetro?
Segundo o skoob até o momento eu li 672.556 páginas.

15. Link do seu perfil no Skoob.
Quem quiser adicionar o link é esse aqui https://www.skoob.com.br/usuario/413069











20 junho 2020

Resenha | Um Amor Conveniente - Tessa Dare


Livro: Um Amor Conveniente
Série: Girl meets Duke #2
#1 - Um Casamento Conveniente
Gênero: Romance de Época
Autora: Tessa Dare
Editora: Gutenberg
Páginas: 240
Ano: 2019

Resenha:
Dentre as quatro amigas Alexandra Mountbatten é claramente a que tem bom senso. Pelo menos é isso que todos acreditam. O que ninguém sabe é que na verdade quando o assunto são os cavalheiros, ela não tem senso nenhum. Seis meses atrás Alexandra ficou feito besta ao literalmente trombar com um cavalheiro encantador na Livraria Hatchard's. Alex gaguejou, suou frio e saiu da livraria sem saber o nome do cavalheiro que com um olhar fez com que ela se sentisse única. E o pior é que desde então ela não consegue parar de pensar nele e fica sonhando acordada com o dia em que eles vão se reencontrar e ele vai revelar que se sente como ela e que a tinha procurado na esperança de encontrá-la.

E esse dia enfim chega, mas não é nem de longe parecido com o que Alexandra tinha imaginado. Ela criou mil fantasias em sua cabeça, mas nunca passou por ela a ideia de que ele nem fosse reconhecê-la. O cavalheiro em questão é Chase Reynaud o próximo na linha de sucessão do ducado de Belvoir e tutor de duas garotas órfãs, que se ele pudesse manteria a maior distancia possível tamanha a rebeldia das duas. E num mal entendido, Alex que trabalha acertando relógios nas residências de clientes ricos, recebe a proposta para ser a aia das duas garotas, Rosamund de dez e Daisy de sete anos. Chase insiste em contratar Alex quando acaba levando uma bronca dela e percebe que é exatamente alguém com pulso firme como o dela que as garotas precisam.

Porém Alexandra só aceita o trabalho quando perde seu instrumento de trabalho em um acidente. Não que ela tenha ficado intimidada com as crianças, que mais parecem diabretes mórbidas, seu problema é com Chase, que aparentemente não passa de um libertino sem coração. E Chase se considera um libertino mesmo, já que decidiu que a única coisa que as mulheres terão dele é prazer. Nada de compromisso, casamento e muito menos amor. E é isso que ele afirma para Alex quando ela diz que as meninas não precisam de disciplina e sim de amor. Alex entende bem o que as garotas estão passando pois também já foi uma criança órfã. E não vai poupar esforço para convencer Chase disso. Mesmo que para isso seu coração seja perdido no processo.


Esse é o segundo livro da série Girl meets Duke onde conhecemos quatro amigas que não fazem parte da aristocracia e, cada livro conta a história de uma delas. No primeiro livro tivemos a história de Emma, uma costureira, e nesse vamos conhecer Alex que trabalha consertando relógios, mas que seu sonho mesmo é ser uma astrônoma. E mais uma vez a Tessa me surpreendeu com uma história de qualidade provando que o gênero pode sim fazer a diferença levantando questões sociais e politicas e também colocar abaixo preconceitos que estão enraizados em nós. Isso sem falar da bandeira feminista que se fossemos ver seria impossível coexistir em um romance de época.

O primeiro livro ainda é meu favorito, e olha que nem sei explicar o porque, já que tudo o que penso nesse livro temos. Poderia ser por causa dos personagens. Mas aqui temos dois protagonistas maravilhosos que se completam como casal, dialogam inteligentemente e tudo isso mesclado com um romance de tirar o folego que vai deixar até os mais românticos exultantes. Poderiam ser os coadjuvantes, mas aqui também temos personagens que sempre que aparecem roubam a cena como as "amigas", Nicola e Penelope que não consigo escolher entre as duas e não vejo a hora de ler os livros delas.

Também poderia ser por conta das cenas engraçadas, mas ri e muito com várias situações que aconteceram no livro. Principalmente nas cenas com as crianças, que é outra coisa que amei no primeiro livro e nesse também. Emfim, acho que não sei dizer o motivo da leve preferencia pelo primeiro porque tudo o que amei em um o outro traz com maestria. E ainda nem falei da capa que está tão linda quanto a primeira. Adoro a delicadeza e os detalhes que ficaram perfeitos em uma capa de um livro de romance de época. E não é só a capa, tem os detalhes internos também que dão todo um capricho a edição.

E ainda temos a participação mais do que especial do Ash, (olhos brilham agora). Mas Chase não fica atrás na questão de encantador. Ele é um feminista, respeita Alex e incentiva ela de todas as formas possíveis. E qual leitora que nunca sonhou em encontrar o amor da sua vida em uma livraria? É para acabar com meu coração mesmo. E outro detalhe que gosto na série é que as garotas não são ladys (acho que uma delas é mas não lembro qual). Então não fica aquela preocupação com regras de sociedade e isso dá todo um diferencial para a história. Mas termino a resenha por aqui se não vou ficar horas aqui elogiando a autora. E me despeço recomendando o livro é claro.

Nota:








18 junho 2020

Resenha | Ruído - Anders de la Motte

Livro: Ruído
Série: Trilogia The Game # 2
#1- O Jogo
Gênero: Policial, Suspense
Autor: Anders de la Motte
Editora: DarkSide Books
Páginas: 320
Ano: 2015

Contêm spoilers do livro anterior.

Resenha:
Henrik "HP" Pettersson encontrou um celular em um trem e acabou envolvido em um Jogo de vida ou morte. Ele foi convidado para jogar um jogo de Realidade Alternativa, onde o jogador realizava pequenas tarefas e filmava tudo com o celular. As tarefas rendiam pontos e dinheiro, conforme a posição do jogador em um ranking e todos os movimentos do jogador era assistido por pessoas on-line. Mas então as tarefas que no inicio eram bobas, foram ficando cada vez maiores e mais perigosas e quando HP tentou parar não conseguiu e acabou envolvendo até sua irmã Rebecca Normén, que é guarda costas na Policia de Segurança. E a coisa só não ficou pior porque HP conseguiu enganar o Mestre do Jogo e sumir do mapa com todo dinheiro que tinha na conta do jogo.

Catorze meses depois HP continua fugindo. Ele nunca mais pisou na Suécia, nem falar em sueco ele fala para não despertar suspeitas, porque nunca se sabe até onde vai o poder do Mestre do Jogo. Ele pensou que com todo o dinheiro que roubou, ele estaria vivendo a vida que sempre pediu a Deus, mas depois de tudo o que ele viveu, de toda aquela adrenalina, sua vida parece ser sem graça e monótona. Até que ele conhece Anna Argos, uma mulher espetacular. E a emoção que ele estava sentindo falta vem de uma vez para cima dele porque Anna desaparece e a unica coisa que resta dela é seu sangue na camisa de HP. Depois de ser torturado pela policia, HP consegue provar sua inocência e então é mandado de volta para a Suécia.

Mas ele entra no país com um nome falso e consegue um emprego na empresa fundada por Anna que trabalha com buzz control. No começo ele queria somente informações, mas acaba fascinado pelo que acontece lá dentro. Enquanto isso Rebecca ganha uma promoção e é designada para um serviço no Sudão, onde vai chefiar uma equipe de segurança de uma ministra em uma missão oficial. Mas as coisas fogem do controle e de repente Rebecca está sendo acusada de abuso de poder e é afastada do cargo durante as investigações. E enquanto tenta provar sua inocência, sua imagem começa a ser denegrida em um fórum escrito por membros da própria policia. Na tentativa de descobrir quem está por trás das postagens, o caminho dos irmãos vão se cruzar novamente e HP vai descobrir que o alcance do Jogo é ainda maior do que ele tinha imaginado


Esse é o segundo livro da trilogia The Game. Acho que todo mundo ficou sabendo, se não sobre o livro, sobre o filme Nerve, cujo enredo é muito parecido com o do primeiro livro da trilogia. TG foi lançado dois anos antes que Nerve na Suécia, e o que diferencia os dois é que em Nerve temos uma pegada mais adolescente e bem mais superficial do que na trilogia. TG é escrito por um ex-policial e diretor de segurança de informação de uma das maiores companhias de TI do mundo, então já dá para ter uma ideia do que vamos encontrar na história. Eu amei o primeiro livro, só tirei um ponto da nota por conta de não haver nenhuma divisão clara entre o texto que acompanha o HP e a Rebecca. O leitor fica perdido porque não sabe com qual dos dois está acontecendo o que está lendo. E infelizmente o problema persistiu nesse segundo livro. Poderiam pelo menos ter usado uma fonte diferente. 

Eu li algumas resenhas dele e em quase todas foi citado sobre esse segundo livro ter menos ação que no primeiro. Eu não achei. É claro que não tem aquela correria toda por causa do jogo, mas tem outras coisas interessantes acontecendo e os personagens não ficam parados em nenhum momento. Nessa segunda parte da história eu gostei mais de acompanhar a Rebecca do que o HP, e achei que a solução do mistério dela poderia ter sido um pouco mais elaborada, mas em nenhum momento foi cansativa ou chata. Eu lia as partes do HP mais rápido porque queria saber o que estava acontecendo com ela. Mas as partes dele foram bem interessante também com essa coisa do Buzz Control que eu nunca tinha ouvido falar e que consiste basicamente em conter rumores negativos sobre algum produto ou empresa. E por tudo isso acho que deveriam ter deixado o título em inglês, Buzz, que teria feito muito mais sentido.

Eu gosto muito de como o autor enreda o leitor em uma trama que aparentemente não está levando a lugar nenhum e quando percebemos estava tudo lá, nós só não conseguimos enxergar o que estava bem na nossa frente. O final do livro é espetacular. Diferente do primeiro onde temos uma conclusão e se o leitor quiser pode parar de ler a história no primeiro, nesse segundo o livro acaba e você precisa ler o terceiro, ainda bem que já tenho ele aqui. E sinceramente não sei como o autor vai terminar essa trilogia porque ele abriu tantas portas e soltou tantas pistas que vai ser dificil de encaixar tudo no final. Quanto a edição, fora essa coisa da diagramação na narrativa, está muito bem feita. O livro é em capa dura e tem o padrão dos livros da editora. E claro que indico a leitura para quem gosta desse gênero.

Nota:











17 junho 2020

Lançamentos de Junho da Faro Editorial

Esse mês a Faro trás dois grandes títulos que vai agradar a todos os leitores. Temos um de ficção e um de não-ficção. Quase Rivais logo terá resenha por aqui.

Suas famílias são inimigas... Mas
será que é possível resistir a uma
louca paixão?
James é louco por sua vizinha Julia... Julia brilha e se arrepia
cada vez que esbarra com James... a combinação seria
perfeita se suas famílias não fossem rivais há gerações. E, como se não bastasse, os dois são
concorrentes no trabalho.
Mas, mesmo com tudo jogando contra, quanto mais tentam resistir, mais forte fica o
desejo. James e Julia entendem que precisam se manter afastados. O problema é: como?
J. Sterling, autora conhecida por seus romances incríveis, recria em Quase Rivais a maior
história de amor de todos os tempos. Neste Romeu e Julieta dos tempos modernos, há
alguns detalhes que se repetem, mas o que poderia ser diferente?

Sociedades avançadas também fazem coisas incrivelmente estúpidas em momentos de desespero... Embora a insanidade se manifeste de modos variados, os mecanismos psicológicos por trás dela são semelhantes. Conhecê-los é, ao mesmo tempo, soro e vacina. Este livro clássico prova que precisamos revisitar continuamente o passado se quisermos evitar os mesmos erros no futuro. Passando por bolhas econômicas, religião, costumes, astrologia, caças às bruxas e política, o autor, Charles Mackay, apresenta aqui exemplos de grandes histerias que mudaram o curso da humanidade. Mackay não trata apenas de eventos, mas de tendências de comportamento que se repetem, ilustrando com exemplos específicos notáveis e até engraçados. Conhecê-las é ter poder para guiar-se mantendo o pensamento racional enquanto todos perdem a cabeça. Se estudar a história da loucura das massas sempre foi relevante, hoje é ainda mais importante. Na Idade Média, um rumor insano levava meses, às vezes anos, para percorrer o mundo. Hoje, bastam poucos segundos. Assim, as ilusões populares têm um poder que jamais tiveram sobre nossos antepassados: dispomos de meios para tornar seus efeitos mais desastrosos. Nesta versão, mantivemos o conteúdo mais objetivo e acrescentamos anexos para incluir eventos ocorridos nas últimas décadas, sobretudo no país. A crise de 2014, o bug do milênio, o Plano Cruzado e outras situações partilham coincidências com fatos ocorridos há mais de trezentos anos e que prometem se repetir muitas vezes. Ninguém poderá duvidar que, por maior que seja o número de lâmpadas acessas, a invencibilidade das trevas é insuperável. Parafraseando o economista Roberto Campos: A LOUCURA HUMANA TEM PASSADO GLORIOSO E FUTURO PROMISSOR. OS CISNES NEGROS As loucuras e ilusões das massas são eventos que provocam o que o autor, Nassim Nicholas Taleb, chamou de Cisnes Negros: problemas de percepção causados nas pessoas por eventos aleatórios e inesperados que provocam impacto num grupo ou comunidade. Diante de eventos inesperados e histerias coletivas, nós perdemos parte da capacidade de lidar racionalmente com a situação, de julgar o que é mais coerente e até de explicar o que realmente aconteceu. O desafio proposto neste clássico é ler as tendências dos comportamentos humanos e se desprender das ilusões das massas. Esse é o caminho para sobreviver a esses eventos assustadores sem perder a cabeça e os negócios.








16 junho 2020

Resenha | Encontrada até Quinta - Catherine Bybee


Livro: Encontrada até Quinta
Série: Noivas da Semana # 7
#1 - Casada Até Quarta
#2 - Esposa Até Segunda
#3 - Noiva Até Sexta
#4 - Solteira Até Sábado
#5 - Conquistada até Terça
#6 - Seduzida Até Domingo
Gênero: Romance
Autora: Catherine Bybee
Editora: Verus
Páginas: 332
Ano: 2017

Resenha:
Gabriella Masini viveu em uma ilha com sua família desde sua adolescência. Seu irmão Valentino construiu na ilha o resort Sapore di Amore, um espécie de refúgio para ricos e famosos que querem tirar férias com privacidade, até por isso na ilha é proibido o uso de internet e celulares. E sua família e os funcionários, são as únicas pessoas que Gabi tem contato. Ela nunca teve amigas, nem namorados, e por isso foi fácil para Alonzo Picano conquistá-la e em pouco tempo eles ficaram noivos. Mas o que Alonzo queria na verdade não era um relacionamento e sim ter acesso a ilha e a privacidade que Valentino oferecia. Ele é um traficante de drogas, e Gabi descobriu isso dá pior forma quando foi sequestrada por Alonzo e dopada por ele com heroína e quase morreu por overdose. As coisas se resolveram, mas Gabi perdeu a confiança nos homens. 

E para tentar esquecer tudo o que passou, Gabi aceitou o convite de Meg, sua cunhada, para trabalhar na Alliance, a agência de casamentos criada por Samantha Harrison para pessoas que precisam se casar por um motivo ou outro, mas que não querem ter nenhuma ligação amorosa ou sexual com seu cônjuge. Mas quase dois anos depois Gabi ainda não está bem recuperada emocionalmente. O que não impede que ela faça um excelente trabalho na seleção dos clientes. Gabi trabalha mais com as partes que envolvem os números nos contratos de casamento, a parte de encontrar e avaliar os clientes pessoalmente, ficam a cargo de Samantha. Mas com sua irmã no hospital, Sam pede que Gabi cuide do atual cliente, Hunter Blackwell que é um velho amigo do seu marido Blake. 

Sam dá autonomia para Gabi decidir se Hunter será aprovado ou não, e em menos de cinco minutos com Hunter, Gabi decide que ele não serve para a Alliance, já que ele é evasivo em todas suas respostas. Mas Hunter não aceita um não como resposta e decide que se a Alliance não vai lhe encontrar uma esposa, Gabi vai se casar com ele. Depois que apareceu na revista Forbes como um dos bilionários solteiros mais cobiçados do mundo, Hunter não teve mais sossego, por isso ele precisa de uma esposa por um período de tempo. Decidido a se casar, Hunter procura até descobrir uma coisa que pode acabar com tudo o que Gabi construiu num piscar de olhos e usa de chantagem para ela se casar com ele. Mas Gabi não vai entrar em um novo casamento sem saber onde está pisando e decide aceitar se casar nos seus termos. O problema é que Hunter não fazia ideia de onde estava se metendo quando foi atrás do "passado" de Gabi.

Mais uma série finalizada aqui no blog. E posso dizer sem sombra de dúvida que esse foi o melhor livro da série. Como disse nas outras resenhas, comprei os livros pela capa, mas fui surpreendida por histórias gostosas de ler, que me lembraram muito os vários livros de romances de banca que li. As histórias são daquelas que a gente já sabe como vai terminar assim que começa a ler, mas que em nenhum momento deixa de prender o leitor e a maioria deles eu li em um dia. São livros onde tem romances agradáveis, clichês de todo tipo, em alguns tem aquela pegada de suspense e ação e são ideais para serem lidos depois de livros mais pesados. Isso se você aguentar esperar para ler porque as histórias são tão gostosas que a gente quer ler tudo na sequencia.

Os livros tem histórias independentes, mas obrigatoriamente devem ser lidos na ordem, porque mesmo que cada livro tenham seus protagonistas, os personagens de todos os sete livros circulam em todas as histórias. A ligação entre os livros é a Alliance, a agencia de casamentos criada pela protagonista do primeiro livro Samantha. E uma coisa que amei nos livros, principalmente nesse ultimo, foi a amizade entre as garotas. Todas elas estão por perto ajudando e incentivando uma a outra. Foi muito legal de ver a autora abordar essa amizade entre mulheres, porque infelizmente isso é uma coisa bem rara de se ver nos nossos dias. Mesmo quem se diz amiga está sempre tentando colocar a outra para baixo e ressaltando seus "defeitos". E aqui na história vemos como é importante ter amigos.

A Gabi já é conhecida do livro anterior, onde vemos ela comer o pão que o diabo amassou nas mãos de um abusador. Por isso ela não consegue confiar mais em ninguém. E Hunter também tem um passado familiar que o deixou desconfiado de tudo e de todos e ele só acredita no que o dinheiro pode comprar. Por isso num primeiro momento vemos um homem frio e arrogante, mas que quando começa a conviver com a Gabi mostra seu lado amoroso e que faz de tudo para que ela se sinta bem novamente para abrir seu coração. Eu gostei bastante das interações entre eles porque os dois são inteligentes e teimosos na mesma quantidade, mas já estava ansiosa para que eles chegassem logo aos finalmentes porque a tensão sexual estava até saindo das páginas e os dois lá se fazendo de difíceis.

Desde o primeiro livro da série a autora vem mesclando romance com ação e nesse foi o ápice da série. Eu cheguei a ficar sem folego em algumas partes e mesmo acreditando na capacidade dos personagens, que por sinal aparecem todos aqui no ultimo livro, fiquei ansiosa para saber como eles iam resolver a confusão desse ultimo livro. Foi um prazer acompanhar a série e claro que recomendo para quem quer ter uma leitura despretensiosa, mas que vai agradar com certeza. Sem falar nessas capas maravilhosas que vai enfeitar sua estante hehe. Essa ultima é muito bonita também, mas acho que minha favorita de todas é a do primeiro livro. Agora só resta esperar que a autora escreva mais livros como esses, que nos deixam com um sorriso bobo no rosto quando o livro é finalizado.

Nota:










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