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08 novembro 2020

Resenha | Amigas Para Sempre - Kristin Hannah

Livro: Amigas Para Sempre
Série: Firefly Lane # 1
Gênero: Drama
Autora: Kristin Hannah
Editora: Arqueiro
Páginas: 446
Ano: 2014

Resenha:

Tully Hart tinha dois anos quando sua mãe largou ela na casa de seus avós e só voltou dois anos depois para desaparecer novamente e, dessa vez ficar seis anos sem ver a filha. Durante esse tempo Tully tentou ser a melhor pessoa possível para que quando a mãe voltasse dissesse que a amava e nunca mais ficasse longe dela. Mas esse sonho acabou de repente quando Tully completou quatorze anos e entendeu que a mãe era uma drogada que só pensava em si mesma e que a relação entre elas nunca seria como ela sempre desejou. Mas se ela não tem uma mãe, ela teria quantos amigos pudesse e Tully se transformou na garota que todo mundo gosta e na oitava série ela era a garota mais popular do colégio. 

E foi isso que chamou a atenção de Kate Mularkey quando Tully se mudou para a casa em frente a sua. Kate é o tipo de garota amorosa e gentil que faz tudo que seus pais mandam, ela só não tem nenhum amigo. E num primeiro momento é isso que faz as duas se aproximarem e se tornarem melhores amigas, o desejo de ter o que a outra tem. Enquanto Kate tem a família perfeita que Tully sempre sonhou, Tully é a garota linda e descolada e rodeada de amigos que todos mundo aceita como é que Kate sempre quis ser. Mas a amizade que começou como um sentimento de inveja, acabou se tornando tão forte que sobreviveu por mais de três décadas. 

E quando Tully perde sua avó já com dezessete anos, Kate pede que seus pais fiquem responsáveis pela amiga. Então elas se formam juntas e vão para a mesma faculdade de jornalismo, mesmo esse sendo o sonho de Tully e não de Kate. Tully quer provar que pode ser a melhor jornalista e faz o que está ao seu alcance para conseguir seus objetivos, enquanto Kate parece se importar mais com os livros de romance. Tully quer ser famosa e Kate quer apenas se apaixonar. E é isso o que acontece quando Kate conhece o chefe de Tully, mesmo vendo que ele só tem olhos para sua amiga. E finalmente Kate cria coragem e vai atrás do que realmente quer e o caminho das amigas acaba tomando rumos diferentes. Mas a amizade entre elas continua mais forte do que nunca, até o momento em que uma traição pode acabar com tudo.

"— Nós vamos ser melhores amigas para sempre — disse Kate com sinceridade. — Combinado? 
— Você quer dizer que sempre estará ao meu lado?
— Sempre — respondeu Kate. — Não importa o que aconteça. Melhores amigas para sempre."

Faz algum tempo já que não estou muito no clima de ler livros de dramas, ainda mais um livro da Kristin Hannnah que sempre desidrata o leitor. Mas quando vi que o livro para o #DesafioMulheresDaLiteratura desse mês seria um livro onde a amizade é o foco, eu não consegui pensar em outra opção que não fosse Amigas Para Sempre, que já está há um bom tempo na minha estante. Inclusive eu ganhei Por Toda Eternidade, que é a continuação de Amigas Para Sempre, antes de comprar esse, e se não me engano Por Toda Eternidade foi lançado por aqui antes mesmo, já que foi lançado pela Novo Conceito e Amigas Para Sempre pela Arqueiro. 

E por já ter o segundo da duologia antes e já ter lido a sinopse dele, eu já sabia o que ia acontecer nesse. E mesmo assim não estava preparada quando aconteceu. É de arrancar lágrimas e ficar deprimida de como a vida pode ser injusta. No livro vamos acompanhar a vida das duas protagonista desde suas infâncias por mais de três décadas e por isso é impossível não se apegar a elas, mesmo odiando e querendo socar a cara de uma delas boa parte da história por ser uma pessoa horrível e dar uns chacoalhões na outra por ser tão passiva. E mesmo passando raiva a maior parte do livro e não me conformando com o final, não pude deixar de dar nota máxima para o livro porque mais uma vez a autora foi incrível no que se propôs a escrever.

E mais uma vez fui enganada por uma sinopse da Arqueiro. O que dá a entender é que elas serão ótimas amigas por toda uma vida e uma traição coloca a amizade em risco. Mas não é isso que acontece. Desde o começo a amizade delas já começa errado, com elas só se aproximando porque a outra tem o que elas mais querem. Mas da parte de Kate logo se transforma em uma amizade verdadeira, e só podia ser porque aguentar tudo o que essa mulher aguentou não é para qualquer um não. Mas a Tully, o personagem que me deu ranço. No começo até ficamos sensibilizados por ela ser abandonada pela mãe, mas depois foi só raiva com essa mulher.

Ela quer tudo o que é de Kate. Primeiro ela "rouba" a mãe dela ao escolher uma profissão que a mãe de Kate admira, e Kate até tenta acompanhar para ver se a mãe olha para ela da mesma maneira que olha para Tully. Depois entra o namorado/marido. Ela não quer o cara, mas fica com ele mesmo assim sabendo que a Kate é apaixonada por ele. E depois fica se insinuando para ele ao longo dos anos. E por fim temos a filha de Kate, que Tully insiste em ser a madrinha perfeita e desacatar tudo o que Kate diz para a filha se tornando aos olhos dela a super madrinha e Kate a vilã da história. Tudo o que dá errado na vida de Kate é culpa de Tully e ainda é Kate quem tem que ir atrás e se desculpar.

Nossa como passei nervoso nesse livro. Porque Tully pisa e sapateia em Kate e ela faz o que? Nada, sorri e diz que tudo bem. Uma é o cão e a outra não faz nada para se defender. Eu não consegui ver essa "amizade" delas com bons olhos não. A meu ver essa relação só fez mal a Kate. Tully abriu mão de ter uma família para focar em sua carreira, mas vivia querendo viver a vida de Kate, que por sua vez abriu mão da carreira para cuidar da família. E esse foi outro ponto que não gostei muito porque dá sim para ter as duas coisas, não precisa abrir mão de uma para ter sucesso na outra. Mas enfim, esse livro é indicado para quem gosta de um bom drama para passar raiva e chorar horrores no final. Quanto a continuação ainda não sei se lerei, porque é com a Tully e não aguento mais ver a cara dela tão cedo.

Nota:






19 junho 2014

Resenha | Jardim de inverno - Kristin Hannah

As irmas Meredith e Nina não tem boas lembranças de sua infância. Elas passaram a vida sendo ignoradas pela mãe, Anya, que só falava com elas quando contava alguma de suas histórias de fadas, e seu pai fazia de conta que não percebia e tentava suprir o amor que sua mãe lhes negava. Para tentar agradar a sua mãe, quando estava com doze anos, Meredith montou uma peça com uma das histórias contadas pela sua mãe, para ser apresentado no jantar anual de Natal. Mas sua mãe como sempre, foi fria e mandou que elas parassem com aquilo antes mesmo que os convidados compreendessem sobre o que era a peça. E Meredith jurou nunca mais ouvir nenhuma história contada pela sua mãe. E foi o que fez. E também sua mãe nunca mais contou nenhuma história à elas

Agora 28 anos depois, cada uma delas seguiu com sua vida. Meredith se casou, tem duas filhas na faculdade e assumiu o lugar de seu pai nos negócios da família. No começo, ela teve medo de ser uma mãe igual a sua, mas quando suas filhas nasceram, ela provou que podia ser diferente e agora ela não tem apenas duas filhas, mas também duas amigas. Nina, diferente de Meredith, não quis formar uma família e seguiu seus sonhos. Hoje ela viaja o mundo com sua carreira de fotojornalista. Já recebeu vários prêmios e tem um projeto em mente que envolve mulheres lutadoras. Ela até tem um relacionamento a mais de quatro anos, mas sempre se mantendo afastada de um compromisso mais sério.

É quando elas recebem a noticia de que seu pai sofreu um infarte. Nina mais que depressa volta para casa. Seu pai está muito mal e pede para ir morrer em casa. Com toda família reunida, ele pede que sua esposa conte um conto de fadas para eles e escolhe o conto: a camponesa e o príncipe. Obrigada, ela conta até um pedaço e se nega a continuar. Mas isso mexe com todas as pessoas presentes, que saem um após o outro do quarto deixando somente Nina com seu pai, que lhe faz um pedido: ele quer que Nina e Meredith conheçam sua mãe e quando Nina diz que ela não fala com elas, ele faz ela prometer que fará com que sua mãe conte o resto da história.

No dia seguinte, ele amanhece morto. E nem nessa hora Anya consegue dar algum amor as suas filhas, ela fica ainda mais isolada. Meredith sufoca sua dor com muito trabalho, e acaba até esquecendo de seu marido. Ela não para nem para dormir e Nina como sempre foge. Ela faz as malas e vai embora. Meredith, fica responsável por sua mãe, que parece piorar a cada dia. Ela começa a confundir a realidade como os contos de fadas e quase sempre Meredith encontra-na no jardim de inverno. E Nina, não acha conforto em seu trabalho e volta para casa decidida a cumprir a promessa feita a seu pai. É assim que elas conhecem a sua mãe, através de uma história que não é apenas um de conto de fada, mas é a realidade que sua mãe viveu e que vai mudar suas vidas para sempre.

-x-

Sabe quando você escreve a resenha e acha que não ficou boa o suficiente, reescreve, pois, ainda não conseguiu mostrar com palavras o quanto o livro é bom e porque todos deveriam ler? É assim que estou me sentindo nesse momento. Esse é o primeiro livro que leio da autora e já comecei muito bem. O livro não é só mais um romance com uma capa bonita. Capa alias, que tem tudo a ver com a história. O livro é muito mais que isso. A autora aborda os relacionamentos como ninguém. Ela mostra a relação entre mãe e filhas, entre irmãs e até entre marido e mulher, de uma forma tão unica e simples que parece que nós é que estamos vivendo na história. Eu poderia conhecer a Nina e ser amiga dela por exemplo.

Eu já estava em agonia para conhecer a bendita história e quando ela começa a contar, fui transportada para uma outra época, uma outra cidade onde a realidade da guerra chegou a doer em mim. Mas o amor é mostrado de uma maneira que faz tudo valer a pena. No começo do livro quando conheci Anya, me perguntei como uma mãe podia agir daquele jeito, mas lendo o livro descobri que não foi por falta de amor que ela agia assim e sim por amar demais. Eu terminei o livro chorando litros. Eu lia um pouco e na hora que não aguentava mais parava um pouco e limpava as lagrimas, depois voltava a ler. Admiração é a palavra. É o que senti por Anya, depois que ela terminou a história. São poucas as mulheres que aguentariam vivas o que ela aguentou. Estou me segurando para não soltar nenhum spoiler, mas o que posso dizer é leiam o livro, vocês não irão se arrepender.
Nota:



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