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08 fevereiro 2015

Resenha | Sete Cabeças - Bruno Godoi

Livro: Sete Cabeças
Serie: Não
Autor: Bruno Godoi
Editora: Empíreo
GêneroSuspense, Sobrenatural
Paginas: 304
Ano: 2014

Resenha:  

Em 1921 foi desenvolvido o Teste de Rorschach. Técnica de avaliação psicológica pictórica. Nada mais é do que dar respostas às manchas - imagens abstratas - apresentadas ao paciente em cartões ou pranchas. A partir das respostas faz-se a análise e estudo psicológico do individuo.

"Caso 132"
O cheiro era terrível. A deterioração do lugar era ainda pior. As lâmpadas não paravam de falhar, deixando o ambiente entre a luz e as trevas. E era lá que o corpo estava, naquele banheiro imundo do restaurante. O corpo estava coberto por uma lona negra. Os braços estavam abertos em posição de cruz revelando as duas chagas, uma em cada pulso. A mão direita estava fechada ao redor de um frasco de vidro marrom escuro e o dedo indicador estava ferido. Essa é a cena que o detetive Anton Levey encontrou. Mas para desvendar esse crime ele terá que enfrentar seus próprios medos. O que é realidade? O que é imaginação? Imagens que se transformam em seus maiores demônios. Está com medo do escuro detetive?

"E nas trevas, em algum ponto acima do vapor gélido, acima da claridade mística da névoa. Acima de tudo, algo - ou alguém - lá, no canto, espreitava o detetive Anton Levey. Volume contorcido, vulto desfigurado. Massa disforme. Uma sombra no escuro. Esguia, estática, silenciosa. Sete cabeças. Dez chifres."

"Frigorífico"
Muda a cena, mas o cenário continua quase igual. Estamos em um banheiro, mas dessa vez temos três pessoas, um negro, um magro e um gordo, que não se lembram de como vieram parar ali. Eles estão presos e provavelmente são a diversão de alguém, é o que deduz o homem negro que é detetive. Pela situação em que se encontram e com o cheiro terrível que está no lugar, logo eles começam a discutir e ofender uns aos outros. É quando o gordo que trabalha como açougueiro, encontra uma saída que dá para uma espécie de vestiário. Quando os três, passam para o outro comodo o homem magro que é um professor, percebe que cada um deles tem uma pulseira onde estão escritos as suas profissões.

Mas se eles pensavam que tinham encontrado a saída, eles estão enganados, o que eles encontram são varias pessoas mortas e uma mulher que ainda respira, mas parece que por pouco tempo. E eles logo descobrirão que para saírem vivos dali, eles terão que fazer coisas que eles nunca imaginaram. A vida parece não ter nenhum valor nas mãos de quem idealizou essa brincadeira. Entre citações bíblicas e escritos em línguas que eles não sabem ler, as tarefas começam a ficar cada vez pior. Será que vale a pena fazer essas coisas para sobreviver?

"Os outros mexeram no corpo da mulher com bastante cuidado para não tocarem no sangue. Atitude sem propósito. Estavam tão sujos quanto avental num açougue."

Duas histórias. Diferente e semelhantes ao mesmo tempo. Terão elas alguma relação entre si? Qual o ponto em comum entre os dois detetives? Até onde vai a imaginação humana e o que fazemos quando pensamos que estamos entre a vida e a morte. Quando sangue inocente é derramado, não há mais volta. Mas qual caminho seguir? Luz e Trevas lutam por aquela que parece ser a maior batalha de todos os tempos, e o premio, a alma humana.


Em primeiro lugar quero dizer que esse livro não é indicado para todos. As paginas são regadas de sangue e se você não tem estomago para isso, esse livro não é para você. Em segundo lugar, você tem que ter muita imaginação e mente aberta. O livro é muito louco. Ele é dividido entre os dois casos, e o começo é basicamente o final. Depois de termos uma ideia inicial do cenário, a história volta no tempo para mostrar como chegou naquele ponto. E todas as conclusões que eu tinha chegado, mudaram conforme fui lendo. Fiquei presa entre a imaginação e a realidade. Não sabia mais o que era real e o que não era.

Só não dei nota máxima porque fiquei perdida a maior parte do tempo e achei que faltou algumas explicações no final. Gostei muito mais do caso do Frigorífico do que do primeiro caso. Me lembrava a todo instante os filmes Jogos Mortais. E mesmo sendo bem macabro, foi mais interessante do que o jogo psicológico do primeiro caso. É incrível onde chega o ser humano quando acuado e tendo que lutar pela sua vida. Nos leva a pensar o que nós faríamos em certas situações. Mas só estando em uma para saber mesmo. Enfim, leia o livro se você tem estomago para isso, como disse anteriormente. Eu posso dizer que já li de tudo um pouco nessa vida, mas me senti muito mal em certas partes do livro.

Nota:




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