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19 julho 2020

Resenha | Esse Duque é Meu - Eloisa James


Livro: Esse Duque é Meu
Série: Contos de Fadas # 5
#1 - Quando A Bela Domou A Fera
#2 - Um Beijo À Meia-Noite
#3 - A Duquesa Feia
#4 - A Torre do Amor
Gênero: Romance de Época
Autora: Eloisa James
Editora: Arqueiro
Páginas: 
Ano:

Resenha:
Sete minutos foi o que fez Olivia Lytton e não sua irmã gêmea Georgiana ser a merecedora da bênção, segundo seus pais e da maldição, segundo ela, de se tornar a duquesa de Canterwick. Seus pais combinaram o casamento de seus primogênitos antes mesmo dos filhos nascerem quando estudaram juntos em Eton. Mas saber que está prometida em casamento a um futuro duque, cinco anos mais novo que ela e não muito bom do juízo e gostar disso é algo completamente diferente. Ela aceita seu destino, mas sabe que não terá uma vida feliz. Desde que deixaram o berço tanto Olivia como Georgiana, afinal alguma coisa pode acontecer a Olivia, vem sendo preparadas para ser a melhor das duquesas. Mas enquanto Georgiana tem um talento nato para isso, Olivia não demonstra nenhuma aptidão.

Ela interpreta muito bem o papel de duquesa, mas a verdadeira Olivia esta ali pronta para vir a tona a qualquer momento. A única coisa que consola Olivia é saber que assim que se tornar uma duquesa ela vai poder ceder um belo dote para a irmã, que no momento já está em sua quinta temporada e não tem nenhuma esperança de se casar. Mesmo Georgiana sendo uma dama perfeita e ela é assim porque gosta, todo o dinheiro da família foi empregado na educação delas e não sobrou nada para o dote. Mas então em uma reviravolta do destino quando Olivia assina os papéis do noivado, antes do seu noivo ir para a guerra, Georgiana acaba despertando o interesse da duquesa de Sconce que está a procura de uma esposa para seu filho Tarquin Brook-Chatfield, o duque.

Quin como gosta de ser chamado já foi casado, e escolheu sua esposa no calor da paixão. Mas ele não vai cometer esse erro duas vezes, por isso deixou a escolha nas mãos da sua mãe. São duas candidatas pré-selecionadas pela duquesa e Georgiana tem bastante chance de conseguir seu duque. O que ninguém imaginava é que toda vez que Olivia e Quin chegassem perto um do outro a temperatura ia subir e eles não conseguiriam disfarçar a atração que sentem um pelo outro. Mas Olivia não pode cometer uma traição dessas com seu noivo, e muito menos com sua irmã que está encantada com Quin. Porém ao negar o que sente, quem vai sair magoada será ela. E essa pode ser sua unica chance de ser feliz, pois Quin parece amá-la com todos seus defeitos.

"Por alguma razão impenetrável, ele dera uma boa olhada nos olhos verdes da Srta. Lytton, em seu corpo exuberante e na forma com que mantinha os ombros erguidos até ensopada de chuva. E ele a queria.
Era perspicaz, adorável, bela... selvagem.
Completamente errada para uma duquesa"

E chegamos ao fim de mais uma série. Na verdade esse é o terceiro livro da série Contos de Fadas da Eloisa James, que são releituras de contos famosos transformados em romances de época. Mas a Arqueiro fez o favor de trazer todos os livros fora de ordem. Ainda bem que nessa série específica os livros são completamente independentes e dá para serem lidos fora de ordem. E na média a série foi boa. Teve um favorito, Quando a Bela Domou a Fera, dois muito bons, A Duquesa Feia e Esse Duque é Meu, um bom, A Torre do Amor e um regular, Um Beijo à Meia-Noite. Esse aqui quase que ganhou nota cinco, mas não gostei do final do livro.

O conto desse livro é A Princesa e a Ervilha, um dos primeiros contos de Hans Christian Andersen, mas não é um dos mais famosos. Eu particularmente não entendo como que vinte colchões não esmagou a ervilha, mas quando a gente é criança nem pensa nisso hehe. E também não entendi muito bem a ligação do conto com a história, mas em quase todos os livros dessa série aconteceu isso. É um ou outro ponto que lembra o conto. Acho que o que mais tem referencia é o de A Bela e a Fera. Como A Torre do Amor, ultimo livro da série que li foi uma completa decepção, eu estava sem nenhuma expectativa para esse e acabei gostando bastante dele.


Até quase o final da história eu estava amando e até estava achando que ia dar nota máxima. Mas então a autora fez um final tão sem graça e corrido que tirei um ponto da nota. A história é interessante, os personagens são carismáticos, tem isntalove, o que nem ligo mais em romances do gênero, mas pelo crescendo que foi a história, não gostei de uma coisa que a autora inventou no final e que acabou roubando as páginas que eram para dar uma conclusão decente para a bela história que ela criou. Mas esse é o sétimo livro da autora que eu leio e acho que tenho que admitir que isso é uma característica dela mesmo, porque em todos o final foi apressado.

Os personagens me ganharam logo de cara. Tanto Olivia como Georgiana são personagens que a gente se encanta e já começa a torcer por elas, para que elas tenham seus finais felizes. Mas no caso o final feliz das duas passava pelo mesmo homem. Só que não. Adorei como a autora resolveu o entrave e gostaria muito de ler uma história só da Georgiana porque ela é uma personagem incrível. Quin também é encantador, mas não terminei apaixonada. Outra pessoa que rouba a cena e que trouxe ótimos diálogos ao livro foi a duquesa viúva. E uma coisa que gostei bastante foi que Olivia tem um corpo totalmente fora dos padrões de beleza imposto pela sociedade. Agora essa capa eu odiei. Quem olha acha que é de um romance erótico e não de época. Mas no fim das contas eu indico o livro e a série para quem gosta do gênero. Vale para passar o tempo.

Nota:











26 maio 2020

Resenha | A Dama Mais Apaixonada - Julia Quinn, Eloisa James e Connie Brockway


Livro: A Dama Mais Apaixonada
Série: A Dama Mais... #2
#1 - A Dama Mais Desejada
Gênero: Romance de Época
Autora: Julia Quinn, Eloisa James e Connie Brockway
Editora: Arqueiro
Páginas: 288 
Ano: 2019

Resenha:
Taran Ferguson é um escocês exocêntrico, por isso ninguém pode dizer que é estranho ele sequestrar algumas damas para que seus sobrinhos finalmente se decidam pelo casamento, afinal ele já fez coisa bem pior que isso, como correr pela vila com o "traseiro" de fora para ganhar uma aposta. E agora ele até que tem uma certa razão já que depois da morte de sua esposa, que não gerou nenhum herdeiro, suas terras e todas as pessoas que ele protege vão ficar desamparadas quando ele se for. Seus únicos parente próximos são seus dois sobrinhos, os condes Rocheforte e Oakley, que até o momento continuam solteiros.

Acreditando que eles ainda não se casaram porque não conseguem conquistar uma dama, Taran resolve dar uma ajuda, reúne alguns homens e vai até o castelo do vizinho onde está tendo um baile com as pessoas mais importantes da região. Ele só não contava que além das damas que ele pretendia trazer para apresentar aos sobrinhos, as irmãs Fiona e Marillia Chisholm e Cecily Maycott, fosse vir junto por engano uma das moradoras locais, Catriona Burns, que não tem onde cair morta, e o duque de Bretton, que estava dormindo dentro da carruagem na hora do sequestro, o que não é estranho já que a carruagem era do próprio duque.

Assim que percebe a confusão armada pelo tio, Oakley tenta resolver a situação de alguma forma, enquanto Rocheforte só faz rir. Mas não vai ter jeito, eles vão precisar passar algum tempo na companhia uns dos outros já que uma nevasca resolveu cair e interditou as estradas. E quase que a ideia de Taran sai pela culatra porque em vez de seus sobrinhos se arranjarem, quem acaba chamando a atenção das damas presentes é o duque de Bretton, principalmente a atenção de Marillia, justo a preferida de Taran para seu futuro herdeiro o Conde de Rocheforte. Mas o cupido vai dar uma ajudinha e o amor vai passear entre as damas e os cavalheiros presentes.

Esse é o segundo livro da duologia A Dama Mais. E a exemplo do seu antecessor, nele temos uma história contada por três autoras onde cada uma delas conta a história de um casal e elas escrevem juntas a introdução e o epílogo da história. Achei A Dama Mais Desejada bem fraco pelo time de autoras que o escreveram, mas indiquei ele para quem gosta de um romance de época leve, porque como são basicamente três histórias em um livro só, o desenvolvimento de cada uma delas deixa um pouco a desejar. E como já disse, são autoras renomadas e a expectativa entra em ação, mesmo que a gente tente deixá-las de lado.

Mas esse segundo livro eu consegui apreciar mais do que o primeiro. Acho que por eu já ter a experiencia com o primeiro livro acabei relevando algumas coisas que me incomodaram nele e coloquei meu foco em outras coisas nesse, como por exemplo no romance, que apesar de ser instalove nos três casais, tem uma certa coerência e como romântica de plantão que sou, acabei gostando bastante e até torcendo pelos casais, mesmo já sabendo que iam ficar juntos é claro. Sendo assim consegui ver o toque das autoras que já conhecia de vários outros livros de romances de época.

A história além de ser muito romântica, também é bastante divertida e me peguei rindo em grande parte da história. Também imaginem a situação inusitada que eles viveram. Meu personagem favorito foi o Taran, o responsável pela confusão toda. E amei o final que as autoras deram para ele. Já a que menos gostei foi a Marillia, e nem foi por ela ser uma oferecida, porque cada um faz o que quer da sua vida, e sim por ela humilhar a irmã toda vez que surgia uma oportunidade. A personagem feminina que mais gostei foi Catriona, que teve sua história contada pela Julia.

Dessa vez não teve uma história entre as três que eu gostei mais. Gostei de todas de igual forma. Julia contou a história de Catriona, Eloisa a da Fiona e Connie a história da Cecily. Marillia passeou pelas três histórias, assim como Taran. E isso foi uma das coisas que gostei bastante no livro. Mesmo os dois personagens citados sendo escritos por três pessoas diferentes, eu não consegui ver nenhuma diferença neles quando mudava a narradora. os outros personagens também passeiam um pela história do outro, já que é um livro só, mas esses dois citados foram desenvolvidos igualmente pelas três autoras.

Não vou contar com quem cada uma das personagens fez par para deixar um pouco de suspense para quem vai ler. Mas amei os pares formados porque eles não poderiam ser mais diferentes e ao mesmo tempo tão perfeitos juntos. A principio eu teria feito outras combinações com base nas informações que temos no começo da história. Mas enfim, não vou ficar me repetindo. Eu indico novamente para que é fã do gênero. E antes de terminar tenho que falar dessa capa que amei demais. Eu vi muita gente falando mal delas, dessa e do outro livro da duologia, mas achei elas tão românticas e tão delicadas que acho que acabaram se tornando minhas capas favoritas dos livros que tem a Julia como autora.

Nota: 











19 abril 2020

Resenha | A Torre do Amor - Eloisa James


Livro: A Torre do Amor
Série: Contos de Fadas # 4
#1 - Quando A Bela Domou A Fera
#2 - Um Beijo À Meia-Noite
#3 - A Duquesa Feia
Gênero: Romance de Época
Autora: Eloisa James
Editora: Arqueiro
Páginas: 352
Ano: 2018

Resenha:
Gowan Stoughton de Craigievar, duque de Kinross e chefe do clã MacAulay é o tipo de pessoa que gosta de matar dois coelhos com uma cajadada só e se der para matar três então, melhor ainda. Apesar de odiar os costumes ingleses, ele veio para Londres a negócios e como precisa de uma esposa, decidiu que ia resolver as duas questões logo de uma vez. Gowan até que preferia uma noiva escocesa, como Rosaline que foi sua noiva desde criança até falecer um pouco antes deles se casarem. Mas acaba no meio de um baile inglês na casa de seu amigo, o conde de Gilchrist, que está oferecendo um baile para apresentar sua filha Edith a sociedade.

Ele não queria uma noiva inglesa porque elas são todas iguais, indolentes e que só servem para tomar chá e ler romances. Mas assim que coloca os olhos em Edith, ele percebe que ela é muito diferente do conceito que ele tem das damas inglesas. Além de ser linda, Edith tem algo em seu olhar que faz com que o amor e a poesia comece a fazer sentido para Gowan. Gowan tira Edith para dançar e ela não diz uma palavra durante toda a musica, o que só reforça a decisão de Gowan de que Edith será uma excelente esposa e, no dia seguinte procura o conde e pede Edith em casamento que aceita sem hesitar, feliz pela filha ter fisgado um duque.

O que Gowan não imaginava era que Edith estava ardendo em frente durante o baile e mal enxergava um palmo diante do nariz, por isso não tem nem ideia de como é a aparência do seu futuro esposo e apesar de aceitar a decisão do pai na questão do casamento, decide escrever ao duque falando o que espera do matrimonio. Quando recebe a carta Gowan custa a acreditar que a pessoa com quem dançou no baile e a da carta sejam a mesma pessoa porque elas parecem ser completamente diferentes. Mas o curioso é que Gowan fica muito mais interessado na dama com quem começa a se corresponder. E quando eles se reencontram no casamento do conde de Chatteris com Honoria Smythe-Smith, a atração entre os dois é tão grande que eles decidem apressar o casamento. Mas a noite de nupcias passa longe do que eles imaginavam.


Antes de mais nada quero falar sobre a sinopse do livro. Eu não sei quem escreve as sinopses na Arqueiro, mas a pessoa tem uma vontade de soltar spoilers... Eu já li vários livros deles onde a sinopse conta quase que a história toda e nesse livro não aconteceu diferente. Temos na sinopse coisas que acontecem nas ultimas páginas do livro. Eu não sou contra spoilers, mas é mais legal você ler o livro sem saber a história toda antes de começar ele. Nesse livro em específico ainda dá para relevar porque vão dizer que a pessoa que escreveu a sinopse queria fazer uma ligação do livro com a Rapunzel, mas acho que todo mundo que pega um dos livros dessa série para ler já sabe que ele é inspirado em um conto de fadas, por isso não tem necessidade de contar a história toda na sinopse.

Agora vamos a história. Infelizmente foi mais um livro da autora e da série que me decepcionou. Não sei se por ter lido somente resenhas positivas do livro eu tenha ido com muita sede ao pote, mas o certo é que encontrei mais pontos negativos do que positivos na história. Esse é o quarto livro da série publicado aqui no Brasil, todos fora de ordem por sinal, e eu amei o primeiro, achei o segundo muito ruim, o terceiro como fui com expectativas zero acabei gostando e esse achei bem do mais ou menos. A história tinha um potencial enorme pois a autora usou uma ideia bem diferente para desenvolver o enredo do livro, mas foi ai que aconteceu o grande problema. Ela ficou o livro todo somente nisso. Foram mais de 100 páginas enrolando no mesmo assunto.

Estou falando sobre o relacionamento sexual deles. Geralmente nos livros do gênero (e nos outros que tem sexo também), a parte sexual é sempre maravilhosa. Eles podem brigar, se odiar, casar obrigados, por conveniência, mas quando fazem sexo o negócio muda de figura. É orgasmos múltiplos rolando solto. E por isso achei bem interessante a autora ter trazido um casal que não se dá bem na cama. A ideia não é original no gênero, a Mary Balogh já trouxe isso em Ligeiramente Pecaminosos, mas lá foi somente a primeira vez do casal e aqui nesse livro eles não conseguem se acertar. O problema é que ficou cansativo ler eles tendo relações sexuais ruins por mais de 100 páginas e nenhum deles conversarem sobre aquilo. Me deu nos nervos.

E outra coisa que eu não gostei no livro foi que os protagonistas são legais. Só isso. Tanto para Edith como para Gowan faltou aquele algo a mais para que eu me apaixonasse por eles e torcesse pelo casal. E o engraçado que sobrou isso em Layla, a madrasta de Edith que foi um personagem muito mais marcante do que os protagonistas e foi ela inclusive que protagonizou a melhor cena do livro e uma das melhores de todos os livros do gênero que eu já li. O discurso feito por Layla deveria ser ouvido por quase todos os machistas dessa vida, incluo nessa homens e mulheres. Se fosse a história dela sendo contada no livro, creio que minha experiencia teria sido muito melhor. Mas enfim, essa é somente a minha opinião, por isso não desanime com ela. Quanto a capa eu gostei das cores, mas apesar do violoncelo ter a ver com essa história em especifico, não lembra o conto da Rapunzel.

Nota:








16 janeiro 2020

Resenha | A Duquesa Feia - Eloisa James

Livro: A Duquesa Feia
Série: Contos de Fadas # 3
#1 - Quando A Bela Domou A Fera
#2 - Um Beijo À Meia-Noite
Gênero: Romance de Época
Autora: Eloisa James
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Ano: 2018

Resenha:
James Ryburn, conde de Islay e herdeiro do ducado de Ashbrook, está prestes a tomar uma das decisões mais difíceis da sua vida. Seu pai, o Duque Tolo como é conhecido, tanto fez que acabou levando eles a falência. Foi um mal negócio seguido de outro e para tentar rever o dinheiro perdido, ele acabou usando uma parte da herança de Theodora Saxby, filha de um amigo que lhe confiou a tutela da garota após sua morte. Mas mesmo Theo, como ela prefere ser chamada, não sendo um exemplo de beleza, algumas propostas de casamento começaram a chegar, que ele rejeitou antes que a mãe de Theo ficasse sabendo, porque se alguém descobrir que ele roubou o dinheiro de Theo, eles estarão arruinados. Mas o duque já sabe como resolver a situação, basta James fingir que está apaixonado por Theo e se casar com ela. James vê Theo como uma irmã e só aceita a ideia do pai porque sua mãe está enterrada em uma das propriedades que eles vão perder se a verdade vier a tona.

Theo também considera James como um irmão e fala sobre tudo com ele, inclusive de seu interesse em se casar com o Lorde Geoffrey Trevelyan. E para chamar a atenção de Geoffrey, Theo propõe que James finja lhe fazer a corte sem nem imaginar que ele já ia fazer isso mesmo a mando de seu pai. Mas essa encenação toda faz com que James olhe para Theo com outros olhos e percebe que deseja ela como mulher. Então em um evento na casa do príncipe, James agarra Theo e a beija e quando os dois são flagrados pela mãe de Theo e pelo próprio príncipe, James se declara e pede Theo em casamento. Theo que também nunca tinha sentido por James nada mais do que carinho de irmão, fica devastada com o beijo e aceita o pedido. Mas apesar da declaração de James, as pessoas não acreditam que o casamento é por amor, afinal como alguém lindo como James se apaixonaria por Theo, que recebe da imprensa o apelido de duquesa feia. E mais, as pessoas acreditam que o casamento não vai durar nem seis meses.

Theo fica bastante chateada quando ouve os rumores a seu respeito, mas ela sempre soube que era feia, que somente sua mãe e James que a chama de Daisy (margarida), que a veem diferente. Porém apesar de tudo ela está feliz. Seu casamento vai muito bem em todos os sentidos. James divide tudo com ela, até a parte administrativa do ducado. Mas então o duque volta para casa e Theo tem seu coração partido em dois quando ouve uma conversa entre pai e filho, onde fica claro que James só de casou com ela a mando do pai. Destruída por dentro Theo manda os dois embora de sua casa e diz a James que nunca mais quer falar com ele. Então James parte em uma viagem de navio onde acaba virando um pirata. Quase sete anos depois Theo conseguiu fazer os negócios darem lucro e depois de uma temporada em Paris voltou para Londres, não mais como um patinho feio e sim um cisne em todo seu resplendor. E quando James está prestes a ser declarado morto, ele volta para Londres disposto a ter de volta tudo o que perdeu, principalmente sua Daisy.

“Nas semanas e nos anos seguintes, quando olhasse para trás, ela identificaria aquele instante como o momento exato em que seu coração se partiu em dois. O momento que separou Daisy de Theo, o tempo Antes e o tempo Depois. No tempo Antes, ela tinha fé. Tinha amor. No tempo Depois… teve a verdade.”

Esse é o terceiro livro da série da Eloisa baseada em contos de fadas e o conto/fábula da vez é O Patinho Feio. Eu amei Quando a Bela domou a Fera e minhas expectativas para Um beijo à meia-noite estavam lá em cima e infelizmente o livro foi uma decepção. E quando lançou A duquesa feia e comecei a ler somente resenhas negativas dele, minhas expectativas que já eram quase nulas, deixaram de existir completamente. Acho que até por isso eu acabei apreciando grande parte da leitura, só não gostei de algumas coisas da segunda parte do livro, que se passa após os sete anos. Nessa segunda parte a personalidade dos personagens mudam bastante, talvez para mostrar o quanto a separação mexeu com eles e também por tudo o que eles viveram nos anos separados. E isso deu um choque em quem tinha amado os dois na primeira parte da história.

Mas o meu problema não foi nem esse, e sim a correria com que a autora juntou os dois novamente. O livro bem que poderia ter mais umas cinquenta páginas e desenvolvido melhor a parte final da história que eu teria gostado bem mais do que gostei. Mas como um todo e como disse sem nenhuma expectativa, acabei gostando bem mais do que achei que iria gostar do livro. A primeira parte da história é muito boa, vemos dois amigos cada um com seus defeitos e qualidades que o outro conhece de cor e que se amam e ainda não se deram conta disso. É preciso uma tramoia do pai dele para que eles percebam o que sentem. Mas esse mesmo pai que junta os dois, acaba por separá-los com seus comentários fora de hora e com seu senso de dono da razão. Ele simplesmente não consegue aceitar que seu filho vê a beleza de Theo.


Nem Theo na verdade, ela não se acha bonita e por isso não acredita que alguém possa achar. Isso de beleza na minha opinião é bem relativo porque cada um tem um gosto e o que é belo para um, é feio para o outro e vice-versa. Mas existe um padrão estabelecido sim pela sociedade que atualmente é bem diferente do que era na época que se passa a história, se fosse hoje ela seria considerada linda e as outras feias hehe. Mas essa baixa autoestima dela está enraizada e mesmo após a reviravolta em sua vida, onde ela se mostra uma empreendedora, ela continua insegura por dentro no que se refere a sua aparência. E muita gente criticou esse ponto, que a mudança nela só foi por fora. Mas eu particularmente gostei, porque quantas vezes não acontece isso de verdade? A pessoa se mostra uma fortaleza por fora e só ela sabe como está se sentindo por dentro.

Já o James eu ainda estou na duvida sobre o que achei dele. Me irritei bastante com sua covardia. Então ele trai sua melhor amiga e quando ela fica magoada com o que aconteceu e tem uma reação bem esperada de mandá-lo embora, ele vai e fica sete anos longe fazendo o que tem vontade e só volta porque vai perder o título de duque e não porque queria consertar as coisas. Que tipo de amor é esse? Não me convenceu. Por isso que citei sobre ter mais algumas páginas na história, para que James conseguisse provar isso para o leitor, porque tenho certeza de que muita gente concordou comigo. Quanto a capa está tão ou até mais linda que as outras da série. E claro que vou ler o próximo porque diferente desse, eu li muitas resenhas positivas dele e minhas expectativas estão altas dessa vez hehe.

Nota:







06 outubro 2019

Resenha | A Dama Mais Desejada - Julia Quinn, Eloisa James e Connie Brockway


Livro: A Dama Mais Desejada
Série: A Dama Mais... #1
Gênero: Romance de Época
Autoras: Julia Quinn, Eloisa James e Connie Brockway
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Ano: 2019

Resenha:
Durante anos Hugh Dunne, o conde de Briarly, foi pressionado por suas quatro irmãs para se casar. E quando finalmente ele se decidiu por isso e pediu que Carolyn, sua irma mais velha, fizesse uma lista de possíveis pretendentes, ele esperava tudo, menos que ela fosse ter um ataque de riso junto com a melhor amiga, a viúva lady Georgina Sorrell, que Hugh conhece desde criança. Como Hugh não tem tempo para ficar desfilando pelos bailes, ele está sempre treinando algum cavalo árabe, ele não conhece nenhuma das garotas solteiras da sociedade. Só que nem Carolyn, nem Georgina acreditam nessa mudança brusca de comportamento e exigem saber o porque de Hugh ter mudado de ideia sobre o casamento.

O que aconteceu foi que Hugh quase morreu enquanto treinava seu mais recente garanhão, Richelieu. Hugh ficou desacordado por uma semana depois que foi jogado da cela, e quando acordou decidiu que estava na hora de ter seu herdeiro. Como a temporada já acabou, Carolyn decide fazer uma festa para comemorar seu aniversário em sua propriedade e convidar as damas mais disputadas da sociedade, entre elas Gwendolyn Passmore, que foi a mais requisitada pelos cavalheiros. Ela convida também Katherine Peyton, que ela acredita seja mais compatível com seu irmão, e é claro Georgina, que mesmo deixando claro que não quer se casar novamente, Carolyn acredita que ela seria um par perfeito para o capitão Neill Oakes, um herói de guerra.

O evento vai demorar uma semana e Hugh não pode ficar tanto tempo longe de Richelieu, por isso ele leva o cavalo junto. E também porque não pode ter somente damas na casa e o garanhão é um atrativo para os cavalheiros estarem presentes. E o que começa como uma tentativa de encontrar uma noiva para Hugh, acaba se tornando um dos maiores eventos da temporada, quando não apenas um mais vários casais vão encontrar suas almas gêmeas durante o evento. E Hugh vai descobrir que no fim das contas não precisava da ajuda de sua irmã, porque o que ele desejava estava o tempo todo na sua frente desde sempre.

Quando vi que o livro era escrito por três autoras, achei que fosse ser um livro de contos, com três histórias diferentes. Mas então li a sinopse e vi que era uma história só. E no fim das contas não era nem uma coisa nem outra. É uma história só mas que tem o foco em três casais diferentes e a história de cada casal é contado por uma das autoras e cada casal tem seu momento. E ainda existem algumas partes da história que é narrado pelas três autoras juntas. Das três eu só não conhecia a Connie Brockway, por isso não esperava muito dela. Já da Julia e a da Eloisa eu esperava bastante, já que são autoras que já escreveram livros que amei.

E no fim achei uma leitura mediana. Não que as histórias não sejam boas, mas são muito superficiais, já que cada casal não tem quase nem cem páginas para contar suas histórias. Ficou aquela sensação de que faltou alguma coisa para o livro agradar totalmente. E essa coisa acredito que sejam mais páginas para cada casal poder desenvolver suas histórias. Das três histórias a que menos gostei foi a primeira, a da Julia, pelo motivo do romance contado por ela ser um instalove. Eu não acredito em amor a primeira vista e é o que acontece com Gwendolyn e Alec, melhor amigo de Hugh que lhe rouba a pretendente debaixo do seu nariz.

Basta Alec olhar para Gwendolyn e ele já está apaixonado. Mas tirando esse olhou amou, a história até que é boa. A Gwendolyn é uma garota tímida que encontra seu par em Alec, um homem bom e honrado que só se aproxima dela para ajudar sua irmã e acaba fisgado. E é nessa história que temos a unica "vilã" do livro, Octavia, a irmã de Alec que sente inveja da beleza de Gwendolyn, que rouba todas as atenções masculinas. Já a segunda história, a da Connie, foi minha favorita. O casal Katherine e Neill já tinham uma história e Katherine é a mocinha mais divertida, porque fala o que pensa a todo instante. Mas Neill deixou um pouco a desejar com seus modos brutos e algumas atitudes machistas. Não suporto isso de "você é minha". Não somos propriedades de ninguém.

Já a ultima história a da Eloisa, me irritou um pouco porque teve aquele velho problema de não dizer o que sentem de verdade, mas também é uma boa história. E foi a que eu esperava mais porque era a história do Hugh, o "responsável" por tudo hehe. Logo no começo já dá para ver que seu par será a Georgina, mesmo ela negando querer se casar. Aqui o casal também já tem uma história antiga e mal resolvida. E temos além dos três casais o elo de ligação entre eles, Carolyn e seu marido, que foi o casal que mais gostei do livro. Eu amei a interação entre eles e queria que as autoras tivessem aproveitado melhor os dois.

Enfim, não é aquele livro maravilhoso, mas para quem gosta de romances de época onde a leitura é rápida e fluida, esse livro é uma boa pedida. Quando vi o livro sendo anunciado eu não tinha gostado tanto da capa, mas quando peguei ele nas mãos, me lembrou muito alguns papéis de carta que eu tinha quando adolescente e achei ela bem romântica por isso. É simples e delicada, com detalhes que dão todos um charme a edição. Recomendo para quem gosta de um romance despretensioso e sem muito aprofundamento na história.

Nota:






30 setembro 2018

Resenha | Um beijo à meia-noite - Eloisa James


Livro: Um beijo à meia-noite
Série: Contos de Fadas #2
#1 - Quando a Bela domou a Fera
Gênero: Romance de Época
Autora: Eloisa James
Editora: Arqueiro
Páginas: 320
Ano: 2017

Resenha:
Katherine Daltry sempre foi a dona da Casa Yarrow, mas hoje em dia ela não vale mais do que uma simples criada e trabalha por dez pessoas. Há sete anos, logo que sua mãe faleceu, seu pai resolveu se casar com Mariana, e ela e sua filha Victoria se mudaram para Yarrow. Só que pouco tempo depois seu pai veio a falecer e Mariana herdou tudo. Mas Mariana é a mulher mais fútil que Kate já conheceu e em vez de cuidar da propriedade, ela usa o dinheiro para comprar roupas para ela e para Victoria. Roupas que ficariam bem em uma debutante, não em uma mulher de quarenta anos. Mas Kate faz o que pode para ajudar os arrendatários que vivem na propriedade. Por esse motivo Kate e Mariana estão sempre batendo de frente e Kate só fala com ela o mínimo possível. Por isso Kate estranha quando o mordomo diz que sua presença está sendo solicitada no jantar com o noivo de Victoria. Mas nem de longe Kate poderia adivinhar qual era o plano de sua madrasta. Mariana quer que Kate finja ser Victoria.

Victoria está com o casamento marcado com Lorde Dimsdale, mas para que esse casamento aconteça eles tem que ter a aprovação do Príncipe Gabriel, tio de Dimsdale. E como Gabriel está dando um baile para anunciar seu noivado, essa é a ocasião ideal para apresentar Victoria como noiva de Dimsdale. Só que Victoria foi mordida por um dos seus cachorros na boca e a ferida está infeccionada e não tem como ela conhecer o Príncipe nesse estado. Kate tenta argumentar com sua madrasta, já que ela não se parece em nada com Victoria, que é de uma beleza sem tamanho. E se fosse só por Mariana, Kate nunca aceitaria participar de um despropósito desses. É então que Mariana solta a bomba, Victoria é meia-irma de Kate e se ela não ajudar, sua irmã vai ficar arruinada já que Victoria está grávida e eles só podem se casar se Gabriel aprovar o casamento e liberar a herança de Dimsdale.

É assim que Kate vai parar no castelo Pomeroy, na companhia de seu suposto noivo. Depois que Augustus, grão-duque e irmão mais velho de Gabriel caiu na conversa de um pregador e se tornou um religioso fervoroso, ele expulsou quase todo mundo de suas terras, e coube a Gabriel levar todos para Pomeroy. Mas para sustentar esse povo todo ele precisa urgente de dinheiro e por isso ele vai se casar com a princesa Tatiana. O problema é que ele não consegue ficar longe de Kate assim que conhece ela. E quando Gabriel insiste em seduzi-la, mesmo prestes a ficar noivo, Kate entende que Gabriel não passa de mais um sedutor que acha que pode fazer o que quer porque é um príncipe. E enquanto tenta resistir ao charme do príncipe, Kate acaba encontrando Henry, sua madrinha que ela nunca conheceu e que está disposta a fazer Kate ver a beleza que somente ela não consegue enxergar em si mesma.


Faz um ano mais ou menos que li o livro Quando A Bela Domou a Fera e assim que comecei a história me encantei por tudo no livro. Pela escrita da autora, pelos personagens incríveis, pelos diálogos perfeitos, e por isso ficou meio dificil não criar expectativas sobre esse livro, que faz apesar de fazer parte da mesma série, uma espécie de releitura na forma de romances de época dos contos de fadas, as histórias não tem nada a ver uma com a outra e podem serem lidas separadamente. Eu queria ler ele assim que lançou, mas então comecei a ler as resenhas e fui desanimando porque todo mundo estava se decepcionando com o livro. Então esperei para ver se minhas expectativas baixavam. E apesar de ter lido ele sem esperar muita coisa, ainda assim acabei não gostando do livro o tanto que eu queria gostar.

Acho que se a editora tivesse lançado os livros na ordem de publicação original, que seria esse antes de Quando a Bela Domou a Fera, eu teria gostado da história e então amado a continuação. Mas como eles fizeram o contrário, acabei amando o primeiro e achando esse bem sem graça e não consegui gostar do casal principal. A Kate e o Gabriel conseguiram ser pior na minha opinião do que O Blake e a Caroline de Como Agarrar uma Herdeira, que foi uma das decepções que tive com romances de época. Infelizmente o casal não teve nenhuma química e olha que essa é a única interação entre eles, já que sempre que se encontram só pensam em se agarrar. Cadê os diálogos inteligentes apresentados em QABDAF? Sinceramente nem parece que foram escritos pela mesma pessoa.


A autora até tentou inserir os elementos do conto da Cinderela. Temos os sapatinhos de cristais, temos os ratos, que aqui são cachorros, tem a madrasta má que quase não apareceu na e poderia ter feito a diferença na história, e tem até a fada madrinha que foi um dos meus personagens favoritos, mas que também deixou a desejar já que pouco fez para mudar essa história. Acho que se fosse outro casal, no mesmo cenário, até que a história teria sido diferente, mas com esses dois não teve jeito. E a exemplo de CAUH, eu fiquei torcendo para a mocinha terminar com outro personagem, aqui no caso com o irmão ilegítimo de Gabriel, que foi o personagem mais interessante da história. Quanto a edição, a capa está linda, ainda mais sendo azul, que amo. Mas a história achei bem fraca e só dei duas suculentas por causa de alguns dos personagens secundários que acabaram segurando a história. Espero que os outros da série sejam bem melhores que esse.

Nota:






30 março 2017

Resenha | Quando a Bela domou a Fera - Eloisa James


Livro: Quando a Bela domou a Fera
Série: Contos de Fadas #1
Gênero: Romance de época, Releitura
Autora: Eloisa James
Editora: Arqueiro
Páginas: 320
Ano: 2017

Resenha:
Garotas perfeitas definitivamente só existem aos montes nos contos de fadas. As reais raramente são como as dos livros. Todas elas tem defeitos. Ou são os dentes, ou o nariz, mas alguma coisa tem de errado. Mas não Linnet Berry Thrynne. Ele se parece exatamente com as donzelas descritas nos contos. E todos os homens queriam tê-la como esposa. É uma pena que sua reputação foi por água abaixo. Linnet se deixou envolver pelos galanteios do duque de Sussex, Augustus Frederick. Mas Linnet é apenas filha de um visconde e por isso esse casamento nunca seria possível, só esqueceram de avisar Linnet sobre isso antes dela ser pega aos beijos com o príncipe. E o desprezo do duque, aliado ao seu vestido de baile que mais parecia esconder duas crianças embaixo do tecido, acabou por deixar Linnet em maus lençóis. Toda a sociedade lhe virou as costas, achando que ela está grávida do duque.

E o pior é que nem seu pai, o Lorde Sundon, nem sua tia Zenobia, acreditam nela. E começam a discutir a gravidez de Linnet como se fosse um fato. Seu pai diz que é tudo culpa de Rosalyn, mãe de Linnet, que Linnet herdou os genes e se tornou sem vergonha como a mãe. Já Zenobia defende a irmã com unhas e dentes. E ela acaba tendo uma ideia, casar Linnet com o filho do duque de Windbank. Seu pai se opõe por um momento, afinal o herdeiro do ducado, Piers, é conhecido por todos como a Fera. E nem é por seu defeito na perna, mas pelo seu temperamento terrível. Mas Zenóbia diz que é a solução perfeita, já que como ele é impotente, e Linnet está grávida de um duque, eles vão unir o útil ao agradável. O duque vai ficar feliz por ter um herdeiro real. O visconde vai depressa acertar o casamento com o duque, que prontamente aceita a proposta. Mas eles estão esquecendo um detalhe importante: Linnet não está grávida.

Porém Linnet tem a esperança de que vai conseguir seduzir Piers em no máximo duas semanas e depois fingir que perdeu o bebê. Só que Piers não é nada do que ela estava esperando. Ele é médico, e um dos mais inteligentes que ela já viu. Logo que bate o olho nela, Piers percebe que ela não está grávida e seus encantos femininos não funcionam com ele. Piers já tinha decidido que não iria se casar e como seu pai estava insistindo muito, ele disse que só se casaria se a noiva fosse linda como o sol e a lua e mais um monte de requisitos. E não é que seu pai conseguiu? E Linnet não é apenas linda, ela é parecida com ele. E quando percebe, ele está sentindo ciumes dela, mesmo já tendo decidido que não vai se casar. Não tem nenhuma possibilidade dele se casar com alguém escolhida pelo seu pai. E da maneira mais difícil, Linnet vai descobrir que pior que perder sua reputação, é entregar seu coração para alguém que não o deseja.

"— Ah, mas eu acho que somos perfeitos um para o outro — disse ela, só para cutucá-lo.
— Um médico totalmente maluco — esse sou eu — e uma beldade terrivelmente conivente — essa é você — mancando juntos rumo a vida de felicidade? Duvido muito. Você tem lido contos de fadas demais."

Quando vejo um romance de época, que é uma releitura de um conto de fadas, e ainda por cima recomendado pela diva Julia Quinn, é claro que tenho que ler. E me apaixonei pela história e pela escrita da Eloisa James logo no primeiro capítulo. Não lembro de ter rido tanto em um livro do gênero. Apesar da história ser de época, ela poderia ter acontecido atualmente. A forma como ela escreve, deixa claro que é um romance de época, mas ainda assim é como se fosse nos dias atuais. Quando começo a ler um livro do gênero já sei como vai terminar, mas a autora trouxe tanta coisa nova para o enredo que entendi o elogio de uma das autoras mais aclamadas do gênero. Eu senti uma montanha russa de emoções com ele. Eu ri muito, me apaixonei pelo amor entre o casal, sofri com as histórias familiares mal resolvidas, me emocionei, perdoei e amei a história como um todo. E preciso de mais livros da autora.

Os personagens são o ponto forte do livro. Geralmente o destaque vai para o casal protagonista, mas aqui cada um dos coadjuvantes deixaram sua marca e foram essenciais para que a história funcionasse. Cada um ficou em evidencia no momento certo. Quando conheci Piers, a primeira pessoa que pensei foi no House, o doutor mal humorado do seriado, e no fim a autora diz que se inspirou nele mesmo para construir o personagem. Quem assistiu a série sabe como ele é insuportável e apaixonante ao mesmo tempo. Já Linnet de Bela só tem a aparência mesmo, porque ela é um osso duro de roer tanto quanto Piers. Então você já pode imaginar como são as cenas entre eles: inteligentes, sarcásticas e hilárias. Teve uma hora que quis socar o Piers porque ele mais parecia uma mula empacada. Mas depois ele teve o que mereceu. E a edição está tão perfeita quanto a história. A diagramação segue o padrão dos livros do gênero da Arqueiro e essa capa é maravilhosa. Indico com certeza para os amantes do gênero.

Nota:





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