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22 setembro 2019

Resenha | A Filha do Rei do Pantano - Karen Dionne


Livro: A Filha do Rei do Pântano
Série: Não
Gênero: Suspense
Autora: Karen Dionne
Editora: Verus
Páginas: 266
Ano: 2019

Resenha:
Helena Pelletier teve uma infância incrível e um pai maravilhoso. Ela adorava o chão onde Jacob Holbrook pisava. Jacob sempre foi um pai amaroso, divertido, paciente e gentil. Ele ensinou Helena a pescar, caçar, montar armadilhas e sobreviver no pântano, onde eles moravam, e fora dele também. Sua mãe já era mais afastada, nunca brincava com Helena e parecia estar sempre desanimada e sem vontade de fazer nada. Talvez por isso seu pai sempre batia nela. Já Helena só apanhava quando seu pai queria ensinar alguma coisa, e o resto do tempo só recebia elogios e uma nova tatuagem toda vez que fazia uma nova conquista, como quando enfrentou seu primeiro urso. Por isso seu mundo desmoronou quando aos doze anos descobriu que seu pai era um monstro.

Jacob sequestrou sua mãe quando ela tinha quatorze anos e após constantes estupros, ela engravidou e Helena nasceu. Jacob queria uma esposa e como nenhuma mulher ia aceitar levar o tipo de vida que ele levava, vivendo em um pântano, Jacob decidiu sequestrar uma esposa para ele. Dois anos depois que elas foram resgatadas, Jacob foi preso e condenado e isso já faz treze anos. Helena acabou se adaptando a essa nova vida, mas não foi nada fácil, porque onde eles viviam era somente os três e os animais em volta e eles não tinham nem eletricidade, nem água encanada. E Helena foi criada solta e precisou aprender a conviver em sociedade. Já sua mãe nunca mais foi a mesma de antes e há dois anos ela faleceu.

Helena trocou seu sobrenome e constituiu uma família. Hoje ela é casada com Stephen e tem duas filhas, Irís e Marigold. Ela faz geleias e compotas para vender. Mas Helena nunca contou a verdade sobre seu pai para Stephen. Faz quinze anos que ela não o vê, e não é por falta de vontade da parte dela, porque mesmo sabendo de tudo o que ele fez, lá no fundo sempre vai existir uma parte dela que ama o pai. Mas agora todos sabem a verdade porque Jacob matou dois guardas e fugiu da prisão onde estava e assim que descobre sobre a fuga, Helena sabe que só existe uma pessoa capaz de capturar Jacob, a pessoa que ele mesmo treinou, sua filha querida. E com a segurança de suas filhas em risco, é isso que Helena pretende fazer.

Quando vi esse livro sendo anunciado e li a sinopse dele, já quis muito ler. Então quando ele chegou aqui em casa acabou furando fila. E acabei me surpreendendo com ele porque a história não foi muito bem o que eu esperava e também teve alguns pontos que sempre reclamo porque são coisas que me incomodam muito ao ler um livro, mas no fim das contas, acabei gostando bastante dele, mesmo a autora escolhendo seguir um caminho que não era bem o esperado e o anunciado na sinopse. Acho que você ao ler sobre o enredo vai ter a mesma impressão que eu tive, que a história será tipo uma queda de braço entre pai e filha, mas não foi esse o caminho escolhido pela autora para contar sua história.

O foco do livro não é o que vai acontecer a seguir, apesar disso ser o que nos deixa aflitos grande parte do tempo. Afinal em um livro de suspense o que chama a atenção é sim quais serão os próximos passos tanto do assassino como da vítima. Mas aqui quase toda a história é focada no passado, o que não deixa de ser interessante, já que quem não fica curioso para saber como era a vida da personagem principal e sua mãe nas mãos do sequestrador? Ainda mais nossa protagonista tendo passado esse tempo todo sem saber da verdade. Mas a autora escolheu contar a história através das memórias da Helena e não alternar entre passado e presente, como é o costume em livros do gênero que tem esse tipo de enredo.

E aqui entrou uma das coisas que eu disse que me incomoda sempre nos livros. Como a narrativa mostra as lembranças da personagem principal aqui no presente, o livro praticamente não tem diálogos. Mas por incrível que pareça eu não me incomodei com isso porque a autora escreve tão bem que me vi tão absorvida pela história que a falta dos diálogos não fez muita diferença. É claro que eles teriam dado um algo a mais para a história, mas acabei gostando mesmo assim. Porque geralmente quando o livro não tem diálogos, a leitura acaba se tornando cansativa, mas pelo contrário, a leitura é ágil e tão rápida que dá para ler o livro em um dia.

O livro tem poucos personagens. É basicamente Helena como a principal e seus pais como coadjuvantes. E Helena é um personagem que dividiu minha opinião ao longo da história. Ela não é aquela personagem feita para gostar, Helena tem algumas atitudes, tanto quando era criança como agora depois de adulto que faz a gente torcer o nariz, e é preciso ficar o tempo todo lembrando que ela teve uma criação muito diferente da nossa e que ela agia de acordo com o que ela foi ensinada. E o pior era quando ela interagia com a sua mãe. Me dava nos nervos. Tanto a forma como Helena agia como a forma que a mãe não reagia. Mas a situação é complicadíssima e como nunca passei por isso tentei entender as atitudes das duas

Não vou me aprofundar muito mais na história porque o interessante é o leitor ir descobrindo as coisas conforme vai lendo o livro. Mas indico para quem gosta do gênero. Apesar de algumas ressalvas e de ter achado que a autora podia ter aproveitado melhor alguns dos personagens e não focado somente na protagonista, é um livro que a gente acaba devorando e que vale bastante a leitura. E não posso deixar de destacar a edição que está muito bem feita e essa capa que eu achei muito bonita com as letras flutuando na água.

Nota: 







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