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16 junho 2021

Top 5 | Casais com um romance arrebatador, ainda que não o tenham de fato

O dia dos namorados já passou, mas eu não poderia deixar de trazer uma postagem relacionada ao tema. O top 5 de hoje são aqueles livros que tem aquele romance de tirar o folego, mas que infelizmente não acontece como a gente gostaria porque o foco do livro é outro. Mas ainda assim você torce o livro inteiro pelo casal e sabe que mesmo o amor entre eles não tendo muito destaque, ele é tão palpável que chega a doer na gente hehe.

Citra e Rowan - Scythe
O primeiro casal dessa lista é um que as circunstancias os impedem de ficar juntos, afinal eles estão em uma disputa onde um só sobrevive se matar o outro. Mas tem como resistir a esses dois?


Lazlo e Sarai - Strange the dreamer
Esse foi meu casal mais recente que fiquei com o coração na mão porque não via uma maneira deles ficarem juntos. É um amor impossível que só podia acontecer nos sonhos mesmo, literalmente. E quando você pensa que finalmente vai acontecer, as coisas conseguem piorar.


Kell e Lila - Tons de Magia
Aqui outro casal improvável. Eles estão aqui mais pelo primeiro livro onde eles estão mais para parceiros do que para amantes. Mas tem como não torcer para que um romance aconteça entre eles?


Day e June - Trilogia Legend
Legend foi uma das minhas primeiras leituras no gênero distopia e foi um dos primeiros livros que li onde o romance não é o foco da história. Mas tem como não torcer para esses dois inimigos declarados ficarem juntos?

Kaz e Inej - Six of Crows
E por fim esse casal que também doía no coração cada vez que havia alguma interação entre eles. Kaz é um dos meus personagens favoritos da vida e por tudo o que ele passou merecia alguém que o amasse incondicionalmente. E Inej foi seu par perfeito.



O que acharam das minhas escolhas? Qual casal deveria entrar na lista na sua opinião?









13 junho 2021

Resenha | A Musa dos Pesadelos - Laini Taylor

Livro: 
A Musa dos Pesadelos
Série: Strange the dreamer #2
Gênero: Fantasia
Autora: Laini Taylor
Editora: Universo dos Livros
Páginas: 512
Ano: 2020

Contêm spoilers do livro anterior.

Resenha:

Lazlo sempre foi obcecado pela Cidade Perdida e quando teve a oportunidade não hesitou em ir até ela e descobrir seus segredos. O que ele nem imaginava era que sua existência era um desses segredos. Ao chegar em Lamento, Lazlo começou a sonhar com uma garota de pele azul e descobriu ser ela uma sobrevivente de um massacre onde todos os deuses foram mortos por um humano que eles escravizavam, inclusive as crianças. Essa garota é Sarai, a Musa dos Pesadelos que por muitos anos aterrorizou os humanos em seus sonhos impulsionada por Minya, outra sobrevivente, mas que acabou descobrindo todo o horror que o seu povo submeteu os humanos para eles se rebelarem.

Durante esses encontros em seus sonhos, Lazlo e Sarai acabaram se apaixonando, sem nenhuma expectativa de ficarem juntos, até que Lazlo descobriu a verdade sobre ele: sua pele também é azul e ele herdou o poder mais desejado entre os deuses. Mas por ironia do destino, ao mesmo tempo Sarai acabou morta e seu fantasma preso por Minya, que por isso agora controla Lazlo e seus poderes. E ela quer vingança contra todos os humanos, pois não se conforma em só ter conseguido salvar quatro crianças, enquanto todas as outras foram mortas durante o massacre. E Sarai que pensava ter se livrado do controle que Minya teve sobre ela a vida inteira, viu que depois da morte isso seria ainda pior, agora ela não passa de mais uma escrava de Minya, e ainda vai ter que ver seu amado escolher entre ela e todas as pessoas de Lamento. 

Mas quando os outros filhos dos deuses sobreviventes veem o que Minya está fazendo com Sarai, eles tentam argumentar com ela e Minya resolve recuar pelo menos em um primeiro momento, mas não sem deixar claro quem está no comando agora. Enquanto isso os moradores de Lamento prevendo que vai começar tudo de novo agora que sabem que ainda existem deuses vivos e um deles com o mesmo poder de Skathis, começam a evacuar a cidade. E a trégua de Minya não dura muito e Lazlo entende que só existe uma opção se ele quiser salvar Sarai e todos os outros, salvar Minya dela mesmo. E eles nem imaginam que logo terão que enfrentar um inimigo ainda mais forte e mais antigo, que traz consigo os segredos do surgimento dos deuses.

"O tabuleiro ainda estava lá, mas todas as peças estavam caídas e espalhadas pelo chão, o que, no estado de Lazlo parecia dizer tudo. Quando esse jogo terminasse, restaria alguém em pé?"

O final de Um Estranho Sonhador foi desesperador. Eu já vi finais onde as esperanças dos protagonistas são quase nulas, mas nesse final eu não consegui ver uma solução e nenhuma maneira da autora consertar o que tinha acontecido. Por isso comecei a leitura com o coração na mão e o segundo livro se inicia exatamente de onde parou o primeiro. E diferente do que aconteceu no primeiro livro onde temos uma primeira parte bem parada, nesse segundo a gente mal tem tempo de respirar de tanta coisa que acontece. Além dos embates que já estava previsto que aconteceria, temos a inserção de novos personagens e vamos ver um outro lado da história, o começo de tudo.

E gente que livro! Posso afirmar sem sombra de dúvida que foi a melhor leitura desse semestre e com certeza vai estar no top 3 do ano. A Laini tinha me surpreendido em Feita de Fumaça e Osso e nesse ela me conquistou de vez. E engraçado que ela repetiu uma mesma fórmula que só me dei conta depois que terminei a duologia. Assim como na trilogia onde temos uma guerra entre anjos e quimeras onde os dois lados tem sua razão, nesse temos os humanos versus os "deuses" e os dois lados tem seus motivos para continuarem lutando. Não temos um vilão propriamente dito, mas uma guerra como sempre inútil que só serve para alimentar o ódio dos que estão lutando e ferindo e matando inocentes.

Qual lado escolher, de Eril-Fane, o Matador dos Deuses, que fez o que era preciso para livrar seu povo de anos de escravidão, violência e tortura? De Minya que era uma criança quando viu quase trinta delas serem assassinadas pelos erros de seus pais? Ou ainda Nova que teve sua irmã gêmea arrancada de junto dela, foi vendida pelo seu próprio pai e passou quase duzentos anos procurando a irmã apenas para encontrá-la morta? O leitor fica em uma encruzilhada sem saber para quem torcer, porque todos os três em um momento ou outro conquista a simpatia do leitor. Até porque não somos assim?, erramos tentando acertar e nem sempre o que é o melhor na nossa visão é o certo. 

E ao levantar essa questão e apresentá-la da forma como foi em um livro de fantasia, aparentemente voltado para um publico mais jovem é que a Laini foi genial. Eu tirei muito meu chapéu para ela porque definitivamente eu amei como tudo terminou. Ela conseguiu abrir um leque ainda maior nesse segundo livro, com a história de como tudo começou e os verdadeiros motivos dos deuses fazerem tudo aquilo e no fim, ela juntou tudo e resolveu de uma forma tão simples que só autores que já atingiram um certo patamar conseguem fazer. E ainda deixou em aberto uma história magnifica pela frente que creio, ela vai escrever. E vamos torcer para que sua trilogia e sua duologia se juntem em uma nova história.

Quanto ao romance, nesse ficou meio apagado com tantas coisas acontecendo. Mas ele estava ali e era palpável. Tanto entre Lazlo e Sarai como com Eril-Fane e Azareen e entre outros personagens secundários. Até um suposto casal que eu nem imaginava. E outra pessoa que me surpreendeu e preciso citar é Thyon, que de menino mimado e intragável, teve um grande amadurecimento e foi fundamental para o bom andamento da história hehe. E eu podia ficar aqui falando anos sobre cada um dos personagens, mas ainda assim não conseguiria passar para vocês o quão fascinante é essa história.  Então só me resta terminar indicando o livro para quem gosta do gênero. Com certeza você vai amar. E amei essa capa, apesar da edição estar com a qualidade um pouco aquém da do primeiro livro. 

Nota:







27 maio 2021

Resenha | Um Estranho Sonhador - Laini Taylor

Livro: Um Estranho Sonhador
Série: Strange the dreamer #1
Gênero: Fantasia
Autor: Laini Taylor
Editora: Universo dos Livros
Páginas: 544
Ano: 2019

Resenha:
Lazlo Estranho desde sempre foi obcecado pela Cidade Perdida. Ele se tornou um órfão ainda bebê e levado para o Mosteiro Zemonan onde recebeu esse nome. Lazlo por lembrar um monge sem língua que era misterioso e silencioso e Estranho que era o sobrenome dado a todos os enjeitados no Reino de Zosma. Lazlo era o único que tinha coragem de levar a comida do Irmão Cyrus, um monge senil, e foi através dele que Lazlo ouviu muitas histórias sobre a cidade que desapareceu na névoa do tempo. Uma cidade onde existia magia, mas que hoje virou uma lenda, tendo até mesmo seu nome apagado da memória de todos quinze anos atrás e hoje só é conhecida por Lamento.
Lazlo cresceu e acabou indo viver na Grande Biblioteca, uma cidade murada para poetas e astrônomos e toda espécie de pensadores e se tornou um bibliotecário júnior. Onde ele ia estava sempre lendo um livro, diziam que ela lia até dormindo, o que rendeu a Laslo o apelido de Estranho, o sonhador. Mas Laslo estava pesquisando pois tinha certeza de que a Cidade Perdida existia e um dia ele iria encontrá-la. Foi através dessas pesquisas que Lazlo acreditou poder ajudar o famoso alquimista Thyon Nero, segundo filho do Duque de Vaal e afilhado da rainha, que estava com uma tarefa praticamente impossível sobre seus ombros, mas acabou ganhando um inimigo. 

E um dia Lazlo viu seus sonhos se tornarem reais, ele obteve a certeza de que a magia existia e que a Cidade Perdida há duzentos anos não era uma lenda. Guerreiros Tizerkane, liderados pelo Matador de Deuses chegam em Zosma pedindo ajuda aos acadêmicos e Lazlo consegue integrar a delegação que vai viajar até a Cidade Perdida. Eles partem em uma aventura com grande parte deles sem saber o que vai encontrar pela frente, o que acaba gerando uma espécie de aposta onde cada um tem uma teoria sobre o que os espera. E Lazlo não fica de fora e também conta sua história e chega bem perto da verdade. Mas ele não poderia imaginar que justo ele, o sonhador, encontraria Sarai, a Musa dos Pesadelos que sobreviveu ao massacre protagonizado pelo Matador dos Deuses quinze anos atrás. E Sarai não foi a única sobrevivente e eles querem vingança pelo que aconteceu.


A trilogia Feita de Fumaça e Ossos foi uma grata surpresa. Na época estava no auge histórias sobre anjos e demônios e a Laini conseguiu se destacar e escrever uma história única. Por isso virei fã e quando lançou Um Estranho Sonhador é claro que quis conferir. E novamente vemos o talento da autora. História incrível, cenário de encher os olhos, personagens apaixonantes mas, sim temos um mas, a autora pecou no desenvolvimento lento na primeira metade do livro. Por isso pensei muito antes de dar a minha nota porque o livro não foi ótimo, pelo menos não para mim, mas não podia dar um muito bom se for olhar para outros livros que dei essa mesma nota e nem chegam aos pés desse. Então fechei em 4.5, mas como no skoob não tem meia nota dei um cinco mesmo. 

E em contrapartida ao início lento, as ultimas 150 páginas passam voando porque a gente não consegue largar antes de chegar ao final. E que final! Ainda bem que esperei ter o segundo livro em mãos para ler esse porque o livro termina de um jeito que a gente precisa da continuação para não ter um ataque cardíaco de tão desesperador que é o final. Eu já esperava algo impactante pois já tinha lido algumas resenhas do livro, e até meio que já tinha descoberto um dos "segredos" da história, mas ainda assim a autora conseguiu me surpreender e me deixar com o coração na mão e agora quero ver como ela vai resolver tudo isso no próximo livro. Porque além de tudo não é uma série, é uma duologia, então ela vai ter bastante trabalho no próximo.

Mas não é só o final do livro que a autora criou uma sinuca de bico. Temos na história um dilema onde o autor não sabe qual lado escolher. Os dois lados estão igualmente certos e errados. Os dois lados tem a sua razão e eu em muito tempo me vi sem saber se apoiava os humanos ou a cria dos deuses. Não vou falar muito sobre o enredo porque o interessante é cada um ir descobrindo conforme vai lendo, mas vou dizer que simpatizei com os dois "vilões" que temos nesse primeiro livro. Tanto o Matador dos Deuses como Minya, uma das sobreviventes do massacre, ganham a solidariedade do leitor porque seus atos apesar de condenáveis foram feitos pensando na sobrevivência de suas espécies. Mas tem um deles que no fim se revela e acredito será o grande vilão do segundo livro e estou ansiosa para ver esse jogo que essa pessoa irá jogar com nosso protagonista.

E falando no protagonista, temos um romance que por alguns até pode ser considerado instalove, mas conhecendo Lazlo como conhecemos, sua fascinação por Lamento, e sua carência emocional de toda uma vida dá para entender seus sentimentos, assim como também acontece com Sarai. E é tão lindo os dois juntos e é aquele amor impossível, os dois só se encontram nos sonhos e a gente não vê uma saída para que os dois terminem juntos, que fica impossível não torcer por eles. Por isso como romântica que sou, mesmo com o que aconteceu nesse livro, ainda tenho fé que vai dar tudo certo no final hehe. E vou parar por aqui para não falar mais do que já falei sobre o livro. Quanto a capa eu gosto bastante por causa das cores e das mariposas que tem tudo a ver com a história. E termino recomendando para os fãs de livros de fantasia. Apesar do começo morno, é uma história que merece ser lida.

Nota:










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