Resenha | A deusa de Anília e outras histórias - Cláudia Miqueloti

Livro: A Deusa de Anília e Outras Histórias

Série: Não

Autora: Cláudia Miqueloti

Gênero: Fantasia

Editora: Litteris

Páginas: 184

Ano: 2015

Resenha:

A deusa de Anília e outras histórias como já diz o título, é composto por várias histórias, cinco na verdade e a primeira é a que dá o titulo ao livro. Então a resenha de hoje será um pouco diferente. Vou falar um pouco sobre cada uma delas.

A Deusa de Anília
Nessa história conhecemos Krisna, a deusa de Anília. Sua cidade está passando por um período difícil, as chuvas estão muito fortes e não param de assolar a cidade. Então ela faz uma oração aos Deuses, que perdoem os moradores por suas faltas e que se vinguem nela e não na cidade. A prece funciona e ela até já sabe o que ocasionou a ira dos deuses, os forasteiros que estão destruindo a Montanha das Grutas a procura de pedras preciosas. Mas no dia seguinte ela descobre que não é apenas esse o problema. Uma névoa mágica envolve a cidade e ela sente quem está por detrás desse feitiço, uma pessoa do seu passado que só pode estar de volta a cidade para despertar a criatura presa sobre a montanha.

A Maldição de Gohran
A cidade de Manarga vive a muitos anos debaixo de uma maldição imposta pelo temível dragâo vermelho Gohran. Todos os filhos primogênitos, ao completarem cinco anos, são acometidos de uma loucura insana e isso os leva a morte. Mas o povo não aguenta mais isso e o Conselho da cidade decide enviar uma caravana com seus melhores homens até Gohran, para tentar negociar a dívida que o fundador da cidade tem com ele e que acreditam eles, ocasionou a maldição. São escolhidos quatro homens para essa missão denominados Quarteto Salvatore. Um espadachim, um arqueiro, um aprendiz de magia e um clérigo. Nessa aventura eles terão que enfrentar muitas coisas e seu primeiro desafio é a Floresta dos Sussurros. Floresta essa que ninguém até hoje conseguiu atravessar.

Mielim e a Harpa Encantada
Mielim é um jovem elfo que vive na floresta de Lothuen.  Ele apesar de jovem, já caça e também é o animador das festas do seu povo. Um dia quando volta de mais uma caçada, ele encontra seu pai e o Conselho de Elfos muito preocupados. A Harpa Encantada foi roubada. Segundo a lenda, quando os anões atacaram os Elfos, uma criança tocou uma harpa e os elfos saíram vencedores da batalha. Desde então a Harpa protege os Elfos de todos os perigos, inclusive dos lobos que nunca mais atacaram depois que a Harpa foi encontrada. O pai de Mielim sai com seus melhores guerreiros em busca da harpa, mas Mielim tem um sonho, em que uma criança diz que só ele pode recuperar a Harpa. Então Mielim sai em busca da Harpa.

O Inferno de Razhenda
A história é narrada por Kallinger. Ele conta como o Reino de Razhenda foi devastado por Cormedhor de Austrúcia, um mago que ficou furioso quando Mellian, a filha do bondoso Rei Dam Hor,  não se interessou por ele. Ele então raptou a princesa e jurou vingança contra o Reino. O rei não mediu esforços para trazer a princesa de volta, mas não conseguiu. Então como um último recurso, ele enviou seus amigos mais leais que lhe restaram para tentar resgatar a princesa e de quebra acabar com Cormedhor. São eles: um ágil arqueiro, um pequeno minerador que tem uma grande habilidade com o machado, um curandeiro, o príncipe Caledien e o nosso narrador, como guia do grupo. Mas para chegar até Cormedhor, eles terão que enfrentar muitos perigos.

Tremaría e O gigante da Montanha de Gelo

Aqui conhecemos cinco amigos que chegam a Tremaría em busca tanto de emprego, já que o dinheiro deles está no fim, como de uma boa aventura. São eles: Dovan, Káji, Sáfio, Armando e Jocelyn. Então eles ouvem sobre a expedição que irá tentar matar uma terrível criatura que está aterrorizando quem passa pela Montanha do Vento Cortante e se oferecem para ajudar, mediante a um pagamento. Então o Senhor Primo, responsável pela caravana, oferece a cada um deles, 20 moedas de ouro, se eles conseguirem matar a criatura. mas para chegar até ela, eles terão que enfrentar outros perigos.

Encontrei nesse livro, o mesmo problema que encontro em livros de contos e crônicas e essas coisas. As histórias são muito curtas. A Deusa de Anília tem um universo enorme a ser explorado, só que em 71 páginas, que tem a primeira história, fica difícil usar todo o potencial do lugar e da história. Mas andei lendo umas resenhas por ai e vi que a autora pretende escrever um livro nesse universo de Anília. Menos mal. A minha história favorita foi A maldição de Gohran, que final surpreendente! Mielim e a Harpa Encantada também gostei muito. As outras eu gostei, mas tive o mesmo problema que na primeira história, faltou páginas. A última história mesmo, me parece um capítulo de uma história bem maior. Mas enfim, recomendo a história. A autora escreve muito bem e tem muita criatividade. Gostei bastante dos mundos criados por ela e quem gosta de fantasia, com certeza vai gostar das histórias. Sem falar nessa capa maravilhosa que traz Krisna, a deusa da primeira história.

Nota: