Livro: Travessia
Série: Matched # 2
#1 - Destino
Gênero: Distopia
Autora: Ally Condie
Editora: Suma
Páginas: 280
Ano: 2012
Resenha:
Contêm spoilers do livro anterior.
O outro rosto que aparece é o de Ky, um garoto que ela conhece desde criança. Mas Ky nem poderia participar da seleção de pares já que é uma Aberração por causa de uma Inflação que seu pai cometeu. A curiosidade leva Cassia a se aproximar e se apaixonar por Ky. É então que ela descobre que tudo não passou de uma experiência feita pela Sociedade. Mas Cassia não aceita que foi manipulada e decide que vai encontrar Ky, que foi levado pelos Funcionários para as Províncias Exteriores. Meses se passam e Cassia ainda não encontrou uma maneira de chegar até Ky. Mas ela lembra de uma dica que o próprio Ky lhe deu, e apesar de ainda não saber como chegar até ele, Cassia descobre que eles não estão sozinhos, em algum lugar existe um líder e uma rebelião sendo formada.
E num golpe de sorte Cassia consegue se infiltrar em uma nave que vai levar algumas meninas, Aberrações, para as Províncias Exteriores. E por pouco Cassia não encontra Ky. Um dos garotos que está no acampamento onde elas chegam, conta que Ky acabou de fugir para A Escultura junto com mais dois meninos,Vick e Eli. Cassia não perde tempo e junto com Indie, que está a procura do grupo rebelde conhecido como Insurreição, partem para os cânions que formam a Escultura. Lugar que dizem, ninguém nunca voltou vivo. E na busca por Ky, Cassia vai descobrir que ela mudou, sua visão sobre a Sociedade não é mais a mesma e o que ela puder fazer para derrubar esses sistema "perfeito", ela vai fazer. Até mesmo ir contra a vontade de quem ela mais ama nesse mundo.
Eu já tinha lido esse e o primeiro livro da trilogia quando lançou, mas decide reler para finalmente ler o terceiro e ultimo livro da trilogia e então terminar essa história que tanto se parece com o que está acontecendo em nosso cenário atual. Diferente do que aconteceu com o primeiro livro, que baixei a nota que tinha dado na época, a nota desse aumentou. Talvez por minhas expectativas não estarem tão altas como estavam na primeira vez que li ele. E talvez também por hoje eu ver o mundo de uma outra forma. E o engraçado é que o livro foi bem diferente do que eu tinha esperado. Esperava bastante ação e encontrei mais reflexão. Na primeira vez que li, vi toda a história como um nadar nadar e morrer na praia, nessa segunda vez consegui ver que toda a Travessia foi um amadurecimento da personagem principal.
Antes de mais nada vamos falar do triângulo amoroso, coisa que odeio. Cassia amava Xander como um amigo, mas quando ele foi escolhido para ser seu par ela ficou feliz e atraída fisicamente por ele. Mas então Ky apareceu e Ky era uma Aberração, ele era o quebrar as regras, o desafiar a Sociedade e isso foi o que atraiu Cassia. No primeiro livro eu não me convenci do amor entre eles, mas depois de tudo o que ela fez nesse segundo livro, acredito que é amor sim e que Xander ficou fora da jogada. Mas então teve um acontecimento no final desse livro que acredito que vai trazer ele de volta para esse triângulo. Eu particularmente, olhando pelas personalidades dos dois, escolheria o Xander, mas como sempre escolho o lado errado dos triângulos, acredito que ela vá ficar com o Ky.
Agora falando sobre a Travessia. É visível como a Cassia amadurece nesse livro. A garota mimada que nos é apresentada no primeiro livro não existe mais. Cassia agora sabe o que existe por trás da perfeição que a Sociedade mostra e o que ela não sabe ela vai descobrir. Ela entende as atitudes de seu avô e do seu pai. Ela sabe o que significa perder. E acredito que ela terminou esse livro com um potencial enorme para arrasar no próximo. Nesse segundo livro temos a narração intercalada em primeira pessoa entre Cassia e Ky e assim podemos conhecer mais esse personagem que é considerado uma Aberração porque seu pai questionou a Sociedade. Até que gostei dele, mas como já tinha escolhido o Xander, não me apaixonei.
E o Xander, ou precisamente a falta dele, foi o que me fez não dar nota máxima para esse livro. Mas mesmo não aparecendo fisicamente, ele esteve presente o tempo todo entre o casal. Indie é um personagem que me intriga e vamos ver o que a autora fará com ela no próximo livro. E por fim quero falar dessa capas, que como já disse na outra resenha, eu amei e tem tudo a ver com a história. Até as cores deles, porque remetem aos comprimidos que todos carregam, um verde para acalmar, um azul para sobrevivência e um vermelho para apagar a memória. E as cores ditam também o tom das histórias. E para finalizar, é claro que recomendo para quem gosta do gênero. Mesmo não trazendo nada de novo para quem lê bastante distopias, acho que ainda é válido a leitura. Quem sabe se quanto mais lermos sobre o assunto, mais vamos acordar para a realidade que nos cerca.
Nota:
"Não entre docemente naquela boa noite,
A velhice deve arder e delirar ao fim do seu dia;
Revolte-se, revolte-se contra o apagar da luz.
Embora os sábios, ao morrer, saibam que a escuridão é o certo,
Porque suas palavras não provocaram centelhas, eles
Não entram docemente naquela boa noite. (...)"
DYLAN THOMAS
Eu já tinha lido esse e o primeiro livro da trilogia quando lançou, mas decide reler para finalmente ler o terceiro e ultimo livro da trilogia e então terminar essa história que tanto se parece com o que está acontecendo em nosso cenário atual. Diferente do que aconteceu com o primeiro livro, que baixei a nota que tinha dado na época, a nota desse aumentou. Talvez por minhas expectativas não estarem tão altas como estavam na primeira vez que li ele. E talvez também por hoje eu ver o mundo de uma outra forma. E o engraçado é que o livro foi bem diferente do que eu tinha esperado. Esperava bastante ação e encontrei mais reflexão. Na primeira vez que li, vi toda a história como um nadar nadar e morrer na praia, nessa segunda vez consegui ver que toda a Travessia foi um amadurecimento da personagem principal.
Antes de mais nada vamos falar do triângulo amoroso, coisa que odeio. Cassia amava Xander como um amigo, mas quando ele foi escolhido para ser seu par ela ficou feliz e atraída fisicamente por ele. Mas então Ky apareceu e Ky era uma Aberração, ele era o quebrar as regras, o desafiar a Sociedade e isso foi o que atraiu Cassia. No primeiro livro eu não me convenci do amor entre eles, mas depois de tudo o que ela fez nesse segundo livro, acredito que é amor sim e que Xander ficou fora da jogada. Mas então teve um acontecimento no final desse livro que acredito que vai trazer ele de volta para esse triângulo. Eu particularmente, olhando pelas personalidades dos dois, escolheria o Xander, mas como sempre escolho o lado errado dos triângulos, acredito que ela vá ficar com o Ky.
Agora falando sobre a Travessia. É visível como a Cassia amadurece nesse livro. A garota mimada que nos é apresentada no primeiro livro não existe mais. Cassia agora sabe o que existe por trás da perfeição que a Sociedade mostra e o que ela não sabe ela vai descobrir. Ela entende as atitudes de seu avô e do seu pai. Ela sabe o que significa perder. E acredito que ela terminou esse livro com um potencial enorme para arrasar no próximo. Nesse segundo livro temos a narração intercalada em primeira pessoa entre Cassia e Ky e assim podemos conhecer mais esse personagem que é considerado uma Aberração porque seu pai questionou a Sociedade. Até que gostei dele, mas como já tinha escolhido o Xander, não me apaixonei.
E o Xander, ou precisamente a falta dele, foi o que me fez não dar nota máxima para esse livro. Mas mesmo não aparecendo fisicamente, ele esteve presente o tempo todo entre o casal. Indie é um personagem que me intriga e vamos ver o que a autora fará com ela no próximo livro. E por fim quero falar dessa capas, que como já disse na outra resenha, eu amei e tem tudo a ver com a história. Até as cores deles, porque remetem aos comprimidos que todos carregam, um verde para acalmar, um azul para sobrevivência e um vermelho para apagar a memória. E as cores ditam também o tom das histórias. E para finalizar, é claro que recomendo para quem gosta do gênero. Mesmo não trazendo nada de novo para quem lê bastante distopias, acho que ainda é válido a leitura. Quem sabe se quanto mais lermos sobre o assunto, mais vamos acordar para a realidade que nos cerca.
Nota:

