Resenha | A corte infiltrada - Andrea Nunes

Edgar Trigueiro, é um jornalista investigativo respeitado, que no momento pode escolher para quem e em que quer trabalhar. Sua reputação foi conquistada a duras penas. No momento ele está trabalhando numa matéria sobre o novo sistema de comunicação do Supremo Tribunal Federal, sistema esse que permitirá ligações seguras entre seus ministros e transmissões de noticias para o mundo de dentro do recinto, além de ser de graça para quem tiver o acesso. Ele descobre que o sistema será implantado pela Tesla Telecomunicações, empresa essa que também financia um laboratório de pesquisa em neurociência localizada em  Aldeia, Região Metropolitana do Recife.

Taís Fonseca conheceu o mosteiro Zen Budista aos catorze anos, onde ficou fascinada pelos ensinamentos. Começou então a frequentar o templo e após alguns anos passou de aluna a professora. E após a morte de seus pais, quando estava com 19 anos, ela só continuou de pé com a ajuda dos monges do mosteiro. Logo em seguida ela recebeu o convite de morar com eles, e agora aos vinte e três anos ela está prestes a se tornar um deles. Sua ordenação monástica será dentro de três meses e é quando ela terá que raspar sua cabeça. Em meio a essas divagações, Taís recebe a notícia da morte do Mestre budista Nobu Kentaro.

As vidas de Edgar e Taís se cruzam ante a esse acontecimento, pois, Edgar está hospedado no mesmo hotel onde Nobu morreu. E quando ele fica sabendo que o Mestre budista estava lá para uma reunião com o presidente do STF e que o mosteiro onde Nobu vive, fica em Aldeia, mesma região onde está o laboratório financiado por Tesla Comunicações, ele já fareja uma história. E sua certeza só aumenta quando ele descobre que o Mestre foi assassinado. O que de tão importante Nobu teria para falar com o presidente da corte para ser morto, antes que isso acontecesse? Edgar decide investigar e vai para o mosteiro, onde se inscreve nas aulas de Taís.  E é com sua ajuda que ele irá investigar esse mistério.

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Quando eu pego um livro para ler, tenho o costume de ler tudo o que está escrito na capa, orelha e afins, antes de começar a leitura. Uma coisa que me chamou a atenção logo no inicio nesse livro, foi um comentário referente a autora feito por um outro escritor, que dizia o seguinte: " O que a Andrea faz é bem feito, a autora busca sempre a precisão humanamente possível, o que torna sua leitura imperdível". Fiquei muito curiosa com o comentário e já esperei que o livro fosse superar as minhas expectativas que já eram altas desde que li uma resenha do livro. O que posso dizer? Tenho que concordar em absoluto com o comentário. A história é muuuito bem feita. E autora me conquistou do incio ao fim e ainda me deu uma volta com o final, que não era nada do que eu tinha imaginado.

Quando lemos a sinopse já pensamos em Dan Brown e realmente e pegada é a mesma. Aquele clima de investigação, onde uma pista leva a outra, e ainda tem a parte religiosa no meio. Não quero comparar as escritas, mas ouso dizer que gostei mais da narrativa da Andrea, do que da dele. Não tem aquelas partes cansativas existentes nos livros dele. A corte infiltrada é ação do incio ao fim, sem falar naquele ar de mistério sobre quem é o responsável pelas mortes, digo pelas, porque acontece outra morte durante o livro. Edgar e Taís, são daqueles personagens que a gente gosta de graça e acompanhei eles durante as descobertas como se eu estivesse junto. Se você é fã de livros desse gênero, tenho certeza que irá amar, assim como eu amei.
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