Resenha | Battle Royale - Koushun Takami

Livro: Battle Royale
Série: Não
Autor: Koushun Takami
Editora: Globo Livros
Gênero: Ficção utópica e distópica, Thriller, Terror
Páginas: 664
Ano: 2014

Resenha:

Estamos em 1997, na próspera Republica da Grande Ásia Oriental, antigo Japão. Um grupo de estudantes, a turma B, do nono ano da escola de ensino fundamental Shiroiwa da Província de Kagawa, estão em uma excursão escolar. Mas depois de uma hora dentro do ônibus, Shuya Nanahara, o estudante nº 15, percebeu que alguma coisa estava errada. Ele olhou para o motorista e ele estava usando uma daquelas mascaras de gás. Mas ele não teve muito tempo para pensar no porque disso, logo depois ele e todos os 42 alunos caíram no sono. Quando acordam, eles estão dentro de uma sala de aula e para seu desespero, um homem entra e anuncia que eles foram a classe escolhida para participar do programa.

O programa foi criado pelo governo. Como eles não tem um sistema de alistamento militar, o programa é uma forma de substituir isso. Anualmente, uma classe de estudantes é escolhida aleatoriamente e os alunos são levados para um local, onde terão que matar uns aos outros e o último que ficar vivo é o vencedor. Esse ano o local escolhido foi uma ilha, O vencedor recebe então um cartão autografado pelo Supremo Líder e uma pensão vitalícia. Cada aluno recebe uma mochila com um kit de sobrevivência, contendo água potável, comida, um mapa, uma bússola, um relógio e uma arma. Cada mochila contem uma arma aleatória. Não tem escapatória da ilha, todos eles tem uma coleira no pescoço, se dentro de 24 horas ninguém morrer, todos eles morrem. A cada seis horas eles terão relatórios sobre quem está morto e quais quadrantes da ilha estão proibidos no momento.

Antes mesmo deles saírem da sala, dois alunos se revoltam contra, e são mortos pelo homem que está explicando as regras. e uma aluna, Noriko Nakagawa, acaba levando um tiro na perna. Shuya e Noriko são amigos e Shuya que vai sair primeiro da sala, a ordem de saída é a lista de chamadas da classe de aula, decide esperar Noriko do lado de fora para ajudá-la. Mas logo que chega do lado de fora, ele encontra a aluna que saiu antes dele morta e por pouco ele não morre também. Ele que até agora estava achando que, como são todos amigos, eles não conseguiriam matar, muda de ideia e percebe que o jogo realmente começou. Assim que Noriko sai, ele arrasta ela para longe e por um momento ele pensa em suicídio, mas Noriko faz com que ele mude de ideia. E logo depois um outro aluno se junta a eles, Shogo. Agora é tentar escapar dos outros alunos enquanto pensam em um jeito de fugir dali.

Eu não poderia começar a falar desse livro sem antes citar a polemica envolvendo ele e a autora Suzane Collins. A autora nega de pés juntos, mas dizem que Jogos Vorazes foi inspirado nesse livro, já que JV foi publicado um ano depois do que BR. Eu particularmente acho que foi sim. Tem muitas, mas muitas coisas parecidas. A começar pela ideia do jogo, que é praticamente igual. Temos os adolescentes sendo obrigados a se matar, tem O Presidente/Supremo líder, que manda em tudo. Tem a ideia de movimento dentro da arena/ilha, para que os jogadores se encontrem e lutem entre si. Tem os anúncios de mortes durante o jogo. E tem uma referencia ao tordo que eu quase não acreditei quando li hehe. E o final também tem os mesmos elementos. Mas nem por isso, deixei de amar Jogos Vorazes que já tinha lido antes, e não deixei de apreciar Battle Royale que li agora.

Como já disse, tem muitas semelhanças, mas também tem muita diferença. O livro é narrado em terceira pessoa e assim conseguimos acompanhar o que está acontecendo com todos os jogadores durante a história. Mesmo Shuya, Noriko e Shogo sendo os personagens com mais destaque, podendo serem considerados os protagonistas dessa história, todos eles e suas mortes principalmente, são mostradas em tempo real. E essas partes são as que diferenciam bem os livros porque em BR, o autor não poupou ninguém. Tem sangue e pedaços humanos para todos os lados. Mas mesmo assim eu gostei muito da leitura e recomendo para quem gosta de Jogos Vorazes e para quem curte um livro desse gênero. Apesar do livro ser enorme, a leitura é dinâmica e quando você percebe já está no fim. A minha dificuldade com o livro foram os nomes. Por serem muito parecidos, ficava na dúvida de quem ele estava falando no momento. Ainda bem que fora o nome, eles eram identificados como estudante numero tal.

Nota: