Resenha | Incarceron - Catherine Fisher

Livro: Incarceron
Serie: Incarceron - Livro 1
Autor: Catherine Fisher
Gênero: Distopia, Fantasia
Editora: Novo Século
Paginas: 352
Ano: 2012

Resenha: 
Incarceron é uma prisão que foi criada com o intuito de livrar o mundo da "escoria", aquelas pessoas desprezadas pela sociedade. Só que eles não queriam apenas punir e sim mudar essas pessoas. Para esse experimento, entrou na prisão setenta sapientes junto com os presos, para passarem a sua sabedoria a eles. A Prisão foi selada e somente seu Guardião é que tem acesso a ela, ninguém mais conhece a sua localização. Ninguém entra, ninguém sai. Só que Incarceron, que foi criada para ser uma espécie de paraíso, com labirintos, florestas e mares, passou a ter vida própria e a controlar a todos. Do paraíso ao inferno. As pessoas lá dentro agora tem que lutar para permanecerem vivos. Só que do lado de fora ninguém sabe disso, pois, o Guardião diz a todos que o progresso é excelente.

"Então, um dia, eu estivera conversando com a Prisão e, ao sair do aposento, ouvi-a rir. Um riso baixo e zombeteiro. O som me enregelou... Foi então que soube que tínhamos criado um demônio que nos destruiria."

Finn e Claudia tem uma coisa em comum, ambos estão presos. Finn está preso literalmente em Incarceron e Claudia está presa as vontades de seu pai, o Guardião de Incarceron. Quando ele está por perto, todos tremem de medo, inclusive Claudia. À filha do Guardião, somente o melhor está reservado, por isso ela está prometida desde criança, ao futuro Rei, mas com sua morte, esse compromisso passou ao irmão do Príncipe, Caspar, agora herdeiro do Reino. Ela acaba de saber que o casamento não será mais em um ano e sim em uma semana. O casamento foi antecipado, pois, Caspar, acaba de ser expulso da Academia apos um longo histórico de insubordinação. Claudia não tem nenhuma intenção de se casar e por isso ela dá um jeito de entrar na sala proibida de seu pai e é lá que ela encontra uma chave de cristal.

Finn é um "nascido na cela". Não se sabe como, mas de vez em quando Incarceron "cria" essas pessoas, sem nenhuma memória, mas a maioria fica louca. Finn teve a sorte de ser normal. Mas ele tem certeza de que veio do lado de fora da prisão, ele tem lembranças de sua infância.  E por isso ele tem a ajuda de alguns que querem fugir da Prisão e acreditam que essas lembranças são visões dadas por Sapphique, o único, dizem, que já consegui fugir. Finn pertence a um dos grupos que lutam para sobreviver e numa luta com um outro grupo, ele conhece a Mestra, que reconhece uma tatuagem em Finn, de uma águia com uma coroa. Essa tatuagem está em uma chave de cristal que foi encontrada pelo grupo dela. Finn consegue pegar essa chave. Agora ele e Claudia tem cada um, uma chave idêntica, e seus caminhos irão se cruzar. Será que eles conseguirão a tão almejada liberdade?

"— Como eu posso ajudar você? O que pode estar de errado em um mundo perfeito?            — Por favor – ele sussurrou desesperadamente. — Você precisa me ajudar a Fugir."

Comecei esse livro sem saber nada dele, nunca tinha lido nenhuma resenha e a sinopse pouco conta. O livro é narrado em terceira pessoa e, ora acompanhamos Finn dentro da prisão, ora Claudia fora dela. No começo o livro é um pouco confuso e demorei para entender que a história acontece no futuro. A forma como Claudia se vestia e descrevia as coisas, parecia que estavam no passado, mas só depois fui entender o que realmente tinha acontecido. No começo de cada novo capitulo, tem uns flashback contando como chegou aquela situação. As partes de Finn são as mais confusas, pois, dentro da Prisão, não sabemos o que é realidade e o que é fantasia. Já as partes de Claudia acompanhamos uma trama politica que vem sendo armada antes de seu nascimento.

Os personagens são todos encantadores, desde os protagonistas aos secundários. Claudia é a tipica mocinha que não se conforma com o que está vivendo e vai fazer tudo para mudar esse cenário, nem que para isso ela precise enganar e se esconder e ainda manter um sorriso no rosto diante de seu pai. Finn, gostei dele desde o inicio. Ele é o garoto perdido que queremos de toda forma que consiga escapar da Prisão. E acreditei nele desde o inicio, mesmo quando tudo estava contra ele. Agora tem um personagem que mexe com a gente e dá até agonia durante a leitura, Incarceron. A Prisão é um personagem, ela está viva e atenta a cada movimento que acontece dentro dela. Fiquei até com medo umas horas hehe. Só me resta recomendar o livro para os amantes de uma boa fantasia misturado com distopia e correr ler o segundo e ultimo livro dessa história magnifica.

Nota: