Resenha | O Bangalô - Sarah Jio

Livro: O Bangalô
Série: Não
Autora: Sarah Jio
Editora: Novo Conceito
Gênero: Romance
Páginas: 320
Ano: 2015 

Resenha:
1942. Anne Calloway e Kitty Morgan são duas amigas que acabam de se formar em enfermagem. Diferente de suas outras amigas, elas quiseram ter uma profissão e não ser apenas esposas. A segunda guerra mundial está no auge, mas devido a posição social e econômica de suas famílias, isso passa longe delas. Mas Anne tem uma amiga que está servindo na guerra e devora as cartas que ela manda, ela acha as histórias da guerra fascinantes. Anne vai se casar dentro de um mês com um homem da mesma classe econômica que ela, e que é seu amigo de infância. Anne se acha a garota mais sortuda do mundo por causa disso, mas Kitty não concorda com ela e diz que Anne não deveria se casar antes de viver uma experiência amorosa. E quando Kitty diz que se inscreveu para trabalhar na Corporação de Enfermeiras do Exército, Anne abandona tudo e vai com ela.

Seu noivo não gosta muito da ideia, mas diz que vai esperar por ela. Logo elas partem para Bora-Bora. Quando chegam ao local, Anne percebe que as coisas não serão tão fáceis quanto ela está acostumada. Sem falar na multidão de soldados que faz tempo que não vê mulheres como elas. E logo no primeiro dia, um deles é inconveniente com Anne e ela é defendida por um outro soldado que acaba se tornando seu amigo, o soldado Westry Green. E em sua primeira folga, ela vai a praia com Kitty e outras enfermeiras e acaba encontrando Westry. Eles saem para dar uma caminhada e descobrem um bangalô abandonado e resolvem reformá-lo e fazer dele um refugio secreto. E eles ficam cada vez mais próximos, pois, depois que chagaram a ilha, Kitty está mudada. Ela esconde as coisa de Anne e parece estar saindo com dois homens ao mesmo tempo.

E quando Anne percebe, ela já está apaixonada por Westry. Ela quer viver esse sentimento, mas a culpa por estar enganando seu noivo, está sempre presente. E em meio a esse romance, uma tragédia acontece. Uma das habitantes da ilha é assassinada e Anne presencia o crime. Mas por motivos de força maior, ela tem que ficar calada. Agora setenta anos depois, Anne já é uma idosa e o passado volta para assombrá-la. Sua neta vem visitá-la e trás uma carta com ela. A carta é do Taiti. Quando Anne abre a carta é de uma pessoa que ela não conhece, mas que diz que se possível, precisa de sua ajuda para terminar seu livro sobre a tragédia que aconteceu em 1943 em Bora Bora. Anne então resolve voltar para o local onde viveu os melhores momentos da sua vida.

Eu já tinha lido um livro da autora e amado, então minhas expectativas estavam bem altas em relação a esse livro. E devo dizer que dos lançamentos do mês da editora, esse foi o que eu mais gostei até agora. A Sarah sabe como criar um ótimo enredo e nos prender a ele e fazer com que torçamos pelos personagens. Eu que gosto de um bom romance, e ainda mais que se passa durante a guerra, me vi devorando o livro. É interessante acompanhar como durante a guerra, não existiam ricos ou pobres, estavam todos na mesma situação, todos tendo suas vidas devastadas, perdendo familiares, tudo em nome da paz, isso que eu não me conformo. A narrativa começa no presente, vai para o passado e volta nos dias atuais. Tudo isso de uma forma simples e leve. A capa está linda e tem tudo a ver com a história.

Anne é um personagem que cativa logo de cara. A sua característica mais marcante, é a sua bondade. Ela não consegue ver ou esperar a maldade em ninguém. Mas com isso eu não quero dizer que ela é tapada, ela percebe sim as coisas, mas não quer acreditar que a pessoa seja daquele jeito. Westry, eu me apaixonei porque Anne se apaixonou, ela exaltava sua melhores partes, mas teve algumas coisas que me incomodaram nele. Agora quem me irritou profundamente foi a Kitty. A Anne deixou tudo para trás para não deixar ela sozinha, com medo de que ela fizesse alguma bobagem, e chegando lá ela simplesmente ignorou a existência de sua melhor amiga. E depois ela fez uma coisa que eu queria torcer o pescoço dela. Ela é invejosa, fria, calculista e de amiga não tem nada. Coitada da Anne. Recomendo para quem gosta de um bom romance. Só não dei nota máxima porque achei que o final foi muito corrido, queria ter lido mais sobre o que aconteceu.

Nota: