Gênero: Romance de Época
Autora: Scarlett Peckham
Editora: Arqueiro
Páginas: 288
Ano: 2021
Páginas: 288
Ano: 2021
Resenha:
Henry Evesham é um homem de fé que preza pela moral e os bons costumes. Tanta dedicação a sua causa, acabou lhe rendendo uma indicação na Câmara dos Lordes e ele agora ocupa o cargo de lorde-tenente e está em uma missão que investiga o dano dos vícios sobre os inocentes de Londres e uma forma de combatê-lo. Para tanto ele vem investigando as conhecidas transações carnais praticadas em algumas casas conhecidas e principalmente aquela do número 23 da Charlotte Street, frequentada por muitos lordes da sociedade e conhecida por suas práticas peculiares. Mas depois de tanta provação, seu relatório parece estar terminado, e finalmente ele vai poder ficar longe de todas essas tentações.
Henry só precisa ir até a famosa residência mais uma vez, já que depois de ter saído praticamente correndo em sua ultima visita, ele acabou perdendo seu diário pessoal. Henry não encontra o diário, mas sim uma oportunidade de colocar seus dons de bom samaritano em prática. Justamente no momento em que se despede da Sra. Brearley, a dona da casa, Alice Hull, a criada da casa, adentra o local feito um furacão, desesperada porque recebeu noticias de sua família, que pede que ela volte urgente para casa já que sua mãe tem poucos dias de vida. E por coincidência a residência da família de Alice é próxima da casa do pai de Henry, que lhe oferece uma carona até lá.
Alice reluta em aceitar já que a impressão que tem de Henry não é muito boa, mas pela urgência da situação, ela acaba aceitando. Alice foi criada no campo, mas devido a algumas circunstâncias ruins precisou deixar tudo para trás e tentar a vida em Londres. E acabou indo parar justamente em uma casa que presta alguns serviços carnais fora do habitual. Mas em vez disso assustar Alice, seu desejo é fazer parte disso tudo e está treinando para se tornar uma das damas da casa que realizam os desejos mais secretos da aristocracia local. E agora ela vai ter que viajar ao lado do sujeito mais puritano de Londres, e não perde uma oportunidade de provocá-lo. Mas aos poucos essas brincadeiras dão lugar a um desejo insano. De ambas as partes, o que no caso de Henry é como ter que escolher entre perder sua vida ou sua alma.
Esse é o terceiro livro do que seria uma trilogia e agora descobri se tratar de uma série. A autora chegou como uma grande promessa dos romances de época por ter usado uma abordagem diferente em seus livros que chegaram a serem comparados a um Cinquenta tons de época. A casa que faz a ligação e da título a série, é conhecida por dentro dela as pessoas poderem expressar e colocar em pratica seus desejos sexuais de uma forma segura e sigilosa. O primeiro livro eu amei, o segundo fiquei com alguma coisa que não consegui identificar me incomodando, e esse terceiro infelizmente foi uma decepção. No primeiro temos a prática BDSM abordada e nesse terceiro além de outros assuntos, a autora escolheu falar sobre hierofilia.
Ela escolheu falar sobre religião usando dois extremos, de um lado um fanático que acredita que tudo é pecado até o açúcar, e do outro uma prostituta que abomina religião. E nem um lado nem o outro mostra o que significa a verdadeira fé, que não está no ato de julgar e condenar e sim em amar e aceitar. Por isso não gosto de ler livros que abordem algum assunto relacionado a religião, porque estou cansada de ver abordagens completamente erradas sobre o assunto. Se eu quero criticar algo e chocar como parece ser o caso aqui da autora, primeiro eu tenho que estudar o assunto e no caso deixar claro que a visão que estou expondo na história não condiz com o que a verdadeira fé representa e sim o que algumas pessoas acreditam que ela seja.
Eu sou cristã e me policio o tempo todo para não julgar algo diferente do que acredito. Ninguém é obrigado a acreditar e seguir o mesmo que eu, mas respeito me é devido sim. E confesso que se eu soubesse que seria esse o assunto do livro e que seria dessa forma que ele seria abordado, eu não teria lido ele. Justamente para não ficar nessa posição que estou agora. Não tenho nada contra qualquer prática que seja, e nem é essa minha reclamação e sim com a forma com que a autora escolheu abordar o assunto. Mas tentando deixar isso de lado e olhar para o livro apenas como um romance, o que foi um esforço enorme da minha parte, o livro é apenas mediano.
Depois da página 100 as coisas até começam a melhorar, mas chegar até lá que foi a dificuldade. Demorei uma eternidade para ler esse livro e se eu fosse alguém que consegue largar uma leitura, eu o teria feiro. O tanto de maravilhosa que tem a protagonista do segundo livro, essa tem de sem sal. Alice é uma pessoa preconceituosa que julga Henry desde o primeiro instante, o que é engraçado levando em conta que ela própria sofre preconceito com a vida que escolheu. E Henry foi a única coisa que gostei no livro. E olha que tinha detestado suas atitudes no livro anterior. Mas enfim, não sei ainda se vou continuar lendo essa série porque infelizmente ela veio num decrescente. Mas sua opinião pode ser diferente da minha, então se o livro te interessou, leia ele.
Nota:
Oi, Sil. Entendo total seu ponto sobre os dois extremos. Eu também sou cristã mas ainda sinto que alguns livros só abordam a religião como algo ruim e não mostram de fato a realidade. Eu já tentei ler o primeiro livro dessa série umas duas vezes e abandonei as duas. Sinto que a história e a narrativa dessa autora não casaram comigo, infelizmente.
ResponderExcluirBeijo!
https://capitulotreze.com.br/
Oi
ResponderExcluiruma pena que a leitura acabou te decepcionando, nem conhecia esse livro e tive que pesquisar o que é hierofilia no google, porque não sabia o que era.
http://momentocrivelli.blogspot.com/
Olá,
ResponderExcluirComo a Denise disse acima, também tive que pesquisar a prática. hahaha
Mesmo não me considerando cristã, eu apoio seu pensamento pelo simples fato: minha família é dividida entre evangélicos e católicos - treta a beça cof cof haha -, mas nem todos vivem no extremo. Pra uma maçã ruim, tem outras saudáveis. Então não acho justo esse tipo de abordagem, sei lá. Não só pra religião, mas pra outros assuntos que vários autores problematizam só mostrando o lado ruim da coisa.
Pelo menos o boy foi o lado positivo!
até mais,
Canto Cultzíneo
Puxa, é muito ruim quando a leitura acaba sendo decepcionante. Larguei essa série no primeiro livro.
ResponderExcluirAchei bem legal você ter colocado todos os pontos que te levaram a não gostar do livro.
Espero que tenha desfrutado mais de suas próximas leituras.
beijos
Oi, Sil. Como vai? Que pena que o livro não tenha sido de seu agrado. Romances de época não me agradam nem um pouco, infelizmente. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Eu me decepcionei com o primeiro livro justamente porque prometia essa abordagem BDSM e que na verdade tem em no máximo duas, três cenas... eu ainda quero continuar a trilogia, mas não é uma prioridade
ResponderExcluirBeijos
https://www.balaiodebabados.com.br/
Menina, concordo com vc. Religião de outra pessoa é pra
ResponderExcluirser respeitada como a gente quer que respeitem a nossa.
Bom fim de semana!
Beijos nas bochechas!
Oi Sil!
ResponderExcluirSe a série está afundando, eu nem vou arriscar. Apesar que o livro 1 me chamou bastante a atenção por ter uma pegada mais diferente dos romances de época, então talvez eu pegue só o 1 para arriscar a leitura. Mas ainda não estou confiante para voltar aos romances de época, não acho que seria sábio pegar uma série 'mais ou menos'. Vai ter que ser Lisa Kleypas mesmo! kkkk
beeeeijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Poxa Sil, que pena que nesse livro a autora perdeu a linha. Eu concordo com você, que as pessoas não são obrigadas a acreditar no mesmo que a gente, mas respeito é bom e a gente gosta. E realmente parece que ela só queria causar com esse livro, especialmente pelo assunto que aborda. Como eu já sou mais desapegada, teria abandonado a leitura sem dó, haha
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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Oi Sil! O primeiro livro foi o único que me chamou atenção e saber que esse traz religião no enredo me faz perder a vontade de ler. Essa série eu passo.
ResponderExcluirBjos!! Cida
Moonlight Books