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28 junho 2020

Resenha | Mais Forte Que o Sol - Julia Quinn


Livro: Mais Forte Que o Sol
Série: Irmãs Lyndon # 2
#1 - Mais Lindo Que A Lua
Gênero: Romance de época
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 288
Ano: 2018

Resenha:
Desde criança Eleanor Lyndon mostrou que tinha tino para os negócios. Quando sua irmã Victoria se apaixonou por Robert e eles começaram a se encontrar, Ellie aceitou de bom grado ser subornada por Robert para deixar os dois sozinhos. O namoro da irmã terminou por culpa de seu pai e do pai de Robert, mas Ellie guardou o dinheiro e soube investi-lo muito bem. Victoria ficou tão decepcionada com o pai que acabou indo embora de Kent e a Ellie só restou perdoar o pai e aguentar seus desmandos como vigário local. Mas com o dinheiro e os investimentos que fez, Ellie percebeu que pode ser uma mulher independente e nunca quis se casar com ninguém. Até agora.

Seu pai acaba de ficar noivo com a Sra. Foxglove e o passatempo predileto dela é dizer que Ellie com vinte e três anos é uma solteirona que precisa urgentemente de um marido. E se Ellie não encontrar alguém por vontade própria vai ter que se casar com quem a Sra. Foxglove escolher. Por isso quando um homem cai do céu nos seus pés, ela acha que isso pode ser um sinal. O homem é Charles Wycombe, o sedutor conde de Billington que na verdade caiu de um carvalho por estar muito bêbado. E assim como Ellie, Charles acredita que Deus ouviu suas preces já que tem quinze dias para encontrar uma esposa ou vai perder toda sua herança para seu primo ao completar trinta anos ainda solteiro.

O pouco tempo que passa com Ellie faz com que Charles veja a mulher interessante que está na sua frente e ele não pensa duas vezes antes de pedi-la em casamento. Ellie não pensava em se casar, mas com sua futura madrasta pressionando ela resolve aceitar o pedido de Charles, desde que ele consiga resgatar o dinheiro que ela investiu no nome do seu pai, já que por ser mulher ela não poderia fazer qualquer transação de negócios e agora não consegue retirar o dinheiro sozinha. Assim os dois fazem um trato de se casarem para cada um obter o seu dinheiro. Mas o problema é que eles mal conseguem se manter afastados um do outro e esse casamento de conveniência acaba por ser muito vantajoso para ambos.

"O cabelo dela, pensou de repente. O cabelo de Eleanor era da cor exata do sol em sua hora preferida do dia.
Seu coração se encheu de inesperada alegria, e ele sorriu."

Depois da decepção com o primeiro livro não estava esperando muito desse, mesmo que todas as resenhas que li falavam que esse segundo livro era bem melhor que o primeiro. Concordo com as resenhas. Se comparado ao primeiro livro, esse é bem superior, mas ainda assim ele é somente bom, não tem nada de extraordinário ou do que eu esperava sendo um livro de alguém que cria personagens como Os Bridgertons. Ou se compararmos aos livros da Tessa Dare ou da Sarah MacLean por exemplo, o livro é apenas mediano. Mas ainda assim é uma boa leitura para quem não leu muitos romances de época ainda.

No primeiro livro a autora abordou o tema amor a primeira vista e nesse segundo casamento por conveniência. Geralmente esse tema rende ótimos enredos para romances de época, mas mais uma vez eu achei que a autora se perdeu e não soube desenvolver bem a história. No começo até que ela foi bem, a ideia foi legal até certo ponto, mas a autora foi inserindo coisas que não tiveram muito desenvolvimento e ela até tentou inserir alguns mistérios que logo de cara o leitor já sabe quem é o responsável pelos acontecimentos e teve alguma ação no final, mas que também achei totalmente desnecessária. O que me fez dar um bom para o livro foram os protagonistas, que diferente do primeiro livro, me cativaram bastante.

Ellie já no livro da irmã chama a atenção e ela continua uma ótima personagem em sua própria história. Ellie é inteligente, engraçada, inocente na medida certa e junto com Charles protagonizou um romance para nenhum romântico de plantão colocar defeito. As cenas entre eles renderam boas risadas e os diálogos foram agradáveis. Mas infelizmente o romance em si não conseguiu sustentar a história que foi mal desenvolvida. E nem a Judith, uma fofura em forma de criança, conseguiu aumentar a nota do livro. Geralmente quando tem crianças nessas histórias, eu amo, mas aqui nem isso resolveu. E para não falar só coisas ruins, eu amei essa capa. É tão simples, mas ao mesmo tempo tão detalhista que entrou para minha lista de favoritas de capas de romances de época.

Nota:







26 maio 2020

Resenha | A Dama Mais Apaixonada - Julia Quinn, Eloisa James e Connie Brockway


Livro: A Dama Mais Apaixonada
Série: A Dama Mais... #2
#1 - A Dama Mais Desejada
Gênero: Romance de Época
Autora: Julia Quinn, Eloisa James e Connie Brockway
Editora: Arqueiro
Páginas: 288 
Ano: 2019

Resenha:
Taran Ferguson é um escocês exocêntrico, por isso ninguém pode dizer que é estranho ele sequestrar algumas damas para que seus sobrinhos finalmente se decidam pelo casamento, afinal ele já fez coisa bem pior que isso, como correr pela vila com o "traseiro" de fora para ganhar uma aposta. E agora ele até que tem uma certa razão já que depois da morte de sua esposa, que não gerou nenhum herdeiro, suas terras e todas as pessoas que ele protege vão ficar desamparadas quando ele se for. Seus únicos parente próximos são seus dois sobrinhos, os condes Rocheforte e Oakley, que até o momento continuam solteiros.

Acreditando que eles ainda não se casaram porque não conseguem conquistar uma dama, Taran resolve dar uma ajuda, reúne alguns homens e vai até o castelo do vizinho onde está tendo um baile com as pessoas mais importantes da região. Ele só não contava que além das damas que ele pretendia trazer para apresentar aos sobrinhos, as irmãs Fiona e Marillia Chisholm e Cecily Maycott, fosse vir junto por engano uma das moradoras locais, Catriona Burns, que não tem onde cair morta, e o duque de Bretton, que estava dormindo dentro da carruagem na hora do sequestro, o que não é estranho já que a carruagem era do próprio duque.

Assim que percebe a confusão armada pelo tio, Oakley tenta resolver a situação de alguma forma, enquanto Rocheforte só faz rir. Mas não vai ter jeito, eles vão precisar passar algum tempo na companhia uns dos outros já que uma nevasca resolveu cair e interditou as estradas. E quase que a ideia de Taran sai pela culatra porque em vez de seus sobrinhos se arranjarem, quem acaba chamando a atenção das damas presentes é o duque de Bretton, principalmente a atenção de Marillia, justo a preferida de Taran para seu futuro herdeiro o Conde de Rocheforte. Mas o cupido vai dar uma ajudinha e o amor vai passear entre as damas e os cavalheiros presentes.

Esse é o segundo livro da duologia A Dama Mais. E a exemplo do seu antecessor, nele temos uma história contada por três autoras onde cada uma delas conta a história de um casal e elas escrevem juntas a introdução e o epílogo da história. Achei A Dama Mais Desejada bem fraco pelo time de autoras que o escreveram, mas indiquei ele para quem gosta de um romance de época leve, porque como são basicamente três histórias em um livro só, o desenvolvimento de cada uma delas deixa um pouco a desejar. E como já disse, são autoras renomadas e a expectativa entra em ação, mesmo que a gente tente deixá-las de lado.

Mas esse segundo livro eu consegui apreciar mais do que o primeiro. Acho que por eu já ter a experiencia com o primeiro livro acabei relevando algumas coisas que me incomodaram nele e coloquei meu foco em outras coisas nesse, como por exemplo no romance, que apesar de ser instalove nos três casais, tem uma certa coerência e como romântica de plantão que sou, acabei gostando bastante e até torcendo pelos casais, mesmo já sabendo que iam ficar juntos é claro. Sendo assim consegui ver o toque das autoras que já conhecia de vários outros livros de romances de época.

A história além de ser muito romântica, também é bastante divertida e me peguei rindo em grande parte da história. Também imaginem a situação inusitada que eles viveram. Meu personagem favorito foi o Taran, o responsável pela confusão toda. E amei o final que as autoras deram para ele. Já a que menos gostei foi a Marillia, e nem foi por ela ser uma oferecida, porque cada um faz o que quer da sua vida, e sim por ela humilhar a irmã toda vez que surgia uma oportunidade. A personagem feminina que mais gostei foi Catriona, que teve sua história contada pela Julia.

Dessa vez não teve uma história entre as três que eu gostei mais. Gostei de todas de igual forma. Julia contou a história de Catriona, Eloisa a da Fiona e Connie a história da Cecily. Marillia passeou pelas três histórias, assim como Taran. E isso foi uma das coisas que gostei bastante no livro. Mesmo os dois personagens citados sendo escritos por três pessoas diferentes, eu não consegui ver nenhuma diferença neles quando mudava a narradora. os outros personagens também passeiam um pela história do outro, já que é um livro só, mas esses dois citados foram desenvolvidos igualmente pelas três autoras.

Não vou contar com quem cada uma das personagens fez par para deixar um pouco de suspense para quem vai ler. Mas amei os pares formados porque eles não poderiam ser mais diferentes e ao mesmo tempo tão perfeitos juntos. A principio eu teria feito outras combinações com base nas informações que temos no começo da história. Mas enfim, não vou ficar me repetindo. Eu indico novamente para que é fã do gênero. E antes de terminar tenho que falar dessa capa que amei demais. Eu vi muita gente falando mal delas, dessa e do outro livro da duologia, mas achei elas tão românticas e tão delicadas que acho que acabaram se tornando minhas capas favoritas dos livros que tem a Julia como autora.

Nota: 











03 março 2020

Resenha | História de um grande amor - Julia Quinn


Livro: História de um grande amor
Série: Trilogia Bevelstoke #1
Gênero: Romance de Época
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 288
Ano: 2020

Resenha:
No alto dos seus dez anos Miranda Cheever sabe que não se encaixa nos padrões de beleza da sociedade, afinal seus cabelos e olhos castanhos passam longe de serem tão belos quanto os cabelos louros e os olhos azuis das outras garotas. Mas saber que não tem uma beleza estonteante como a da sua melhor amiga Olivia por exemplo, e ouvir na cara que ela é feia de uma das garotas na festa de aniversário de Olivia e do irmão gêmeo dela Winston Bevelstoke, é para deixar qualquer um desanimado. E Miranda só não ficou pior porque como mais uma vez seu pai esqueceu dela, Nigel, irmão mais velho de Olivia que prefere ser chamado de Turner, foi acompanhá-la até sua casa e sugeriu que Miranda começasse a escrever um diário para nunca esquecer daquele dia.

Então Turner beijou sua mão e lhe disse que um dia quando Miranda crescer ela será tão bonita quanto já é inteligente. E foi nesse momento que Miranda se apaixonou. Ela sabe que a diferença de idade entre eles, nove anos, é muito grande. Mas naquele exato momento Miranda soube que seu coração seria para sempre do visconde de Turner. E enquanto crescia e sua beleza desabrochava, assim como Turner havia dito que aconteceria, Miranda observou-o de longe. Ela viu Turner se casar apaixonado e ser tão infeliz no casamento com as traições da esposa, que acabou se tornando um homem frio e severo. Mas ainda assim ela não estava preparada para o homem que ele se tornou oito anos após aquele dia.

Como melhor amiga de Olivia, Miranda está sempre presente na residencia dos Bevelstoke, porém ela raramente encontra seus irmãos. Mas ela devia saber que Turner estaria na biblioteca no dia do enterro de sua esposa. O que ela não esperava era que ele estivesse bêbado e acabasse beijando ela a força. Mesmo amando Turner, Miranda fica horrorizada com o comportamento dele, por isso quando Olivia sugere que Miranda se case com Winston para que as duas sejam irmãs de verdade, Miranda acaba concordando com ela, pois quem sabe assim ela consiga tirar Turner definitivamente do seu coração. O que Miranda não esperava era que o interesse de Winston fosse despertar sentimentos em Turner que ela sempre teve a esperança de que ele fosse ter um dia.

Eu sou da leva de pessoas que começaram a ler romances de época por causa de Os Bridgertons da Julia. Mas infelizmente depois dessa série com uma ou outra exceção, parece que ela perdeu a mão em suas histórias. Mas até então apesar de um problema aqui e outro ali em seus livros, eu nunca que ia imaginar que teríamos uma história de relacionamento abusivo romantizado descarado em uma de suas histórias. O título escolhido para o livro não poderia estar mais longe de descrever o que esperar desse primeiro livro da nova trilogia da autora. De grande amor a história não tem nada e sim temos uma paixonite de uma criança sendo forçadamente descrita como amor.

Não tem como ler esse livro e não enxergar que Turner é um abusador. Ele dá todos os sinais durante a história. Ele até pode ter sido um fofo com a Miranda quando ela era criança, mas traição nenhuma transforma ninguém em um monstro. Se fosse assim todos seriamos porque, quem ainda não foi traído é porque ainda não descobriu. Brincadeiras a parte, temos aqui o clássico "ela me estragou para o amor, por isso vou tratar todas as mulheres mal para descontar o que ela me fez". E escrever uma história com um protagonista masculino assim onde a protagonista feminina vai mudar ele por amor, é romantizar uma relação abusiva sim. Não existe isso, o cara não vai mudar por nada, e infelizmente o final disso é a morte.


A coisa já começa mal logo no primeiro beijo deles. Ele beija e ela diz não, e ele continua e chega a até machucar o braço dela. E isso de segurar com força não é exclusivo da mocinha, ele faz isso com a irmã e pasmem com a própria mãe, e com essa ultima é em um momento onde ele já estava "transformado" pelo amor da mocinha. Ou seja, ele vai continuar sendo violento. E fora que ele usa a declaração de amor da Miranda para tirar a virgindade dela, mesmo dizendo a todo momento que não tem intenção de se casar novamente. Ah, mas em outros momentos ele é maravilhoso, enche a protagonista de flores e é de uma gentiliza enorme. Característica de um abusador. E como assim a pessoa não consegue dizer "eu te amo" porque já foi machucado por alguém? E não entendi essa fixação da Miranda pelas palavras porque amor se demonstra e isso ele não fez.

Mas não foi só o protagonista masculino que me desagradou nesse livro. A mocinha também me deu nos nervos. Era um tal, "não vou perdoar ele nunca por isso" até o parágrafo 2. O cara ignora a existência dela até o momento em que percebe o interesse do irmão, para então só tratar a dita cuja mal o tempo todo e não perde uma oportunidade para satisfazer seus desejos sexuais, porque é só isso que ele quer dela, e ela faz o que? Se apaixona, perdoa tudo o que ele faz em cinco segundos e ainda defende ele para sua própria consciência quando ela tenta alertar sobre ele. Não dá. Não tem nada que salve nessa história. E ainda dei uma estrela porque a Olivia, protagonista do próximo livro me pareceu ser interessante. E também porque amei essa capa. Se não a nota seria zero.

Nota:








06 outubro 2019

Resenha | A Dama Mais Desejada - Julia Quinn, Eloisa James e Connie Brockway


Livro: A Dama Mais Desejada
Série: A Dama Mais... #1
Gênero: Romance de Época
Autoras: Julia Quinn, Eloisa James e Connie Brockway
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Ano: 2019

Resenha:
Durante anos Hugh Dunne, o conde de Briarly, foi pressionado por suas quatro irmãs para se casar. E quando finalmente ele se decidiu por isso e pediu que Carolyn, sua irma mais velha, fizesse uma lista de possíveis pretendentes, ele esperava tudo, menos que ela fosse ter um ataque de riso junto com a melhor amiga, a viúva lady Georgina Sorrell, que Hugh conhece desde criança. Como Hugh não tem tempo para ficar desfilando pelos bailes, ele está sempre treinando algum cavalo árabe, ele não conhece nenhuma das garotas solteiras da sociedade. Só que nem Carolyn, nem Georgina acreditam nessa mudança brusca de comportamento e exigem saber o porque de Hugh ter mudado de ideia sobre o casamento.

O que aconteceu foi que Hugh quase morreu enquanto treinava seu mais recente garanhão, Richelieu. Hugh ficou desacordado por uma semana depois que foi jogado da cela, e quando acordou decidiu que estava na hora de ter seu herdeiro. Como a temporada já acabou, Carolyn decide fazer uma festa para comemorar seu aniversário em sua propriedade e convidar as damas mais disputadas da sociedade, entre elas Gwendolyn Passmore, que foi a mais requisitada pelos cavalheiros. Ela convida também Katherine Peyton, que ela acredita seja mais compatível com seu irmão, e é claro Georgina, que mesmo deixando claro que não quer se casar novamente, Carolyn acredita que ela seria um par perfeito para o capitão Neill Oakes, um herói de guerra.

O evento vai demorar uma semana e Hugh não pode ficar tanto tempo longe de Richelieu, por isso ele leva o cavalo junto. E também porque não pode ter somente damas na casa e o garanhão é um atrativo para os cavalheiros estarem presentes. E o que começa como uma tentativa de encontrar uma noiva para Hugh, acaba se tornando um dos maiores eventos da temporada, quando não apenas um mais vários casais vão encontrar suas almas gêmeas durante o evento. E Hugh vai descobrir que no fim das contas não precisava da ajuda de sua irmã, porque o que ele desejava estava o tempo todo na sua frente desde sempre.

Quando vi que o livro era escrito por três autoras, achei que fosse ser um livro de contos, com três histórias diferentes. Mas então li a sinopse e vi que era uma história só. E no fim das contas não era nem uma coisa nem outra. É uma história só mas que tem o foco em três casais diferentes e a história de cada casal é contado por uma das autoras e cada casal tem seu momento. E ainda existem algumas partes da história que é narrado pelas três autoras juntas. Das três eu só não conhecia a Connie Brockway, por isso não esperava muito dela. Já da Julia e a da Eloisa eu esperava bastante, já que são autoras que já escreveram livros que amei.

E no fim achei uma leitura mediana. Não que as histórias não sejam boas, mas são muito superficiais, já que cada casal não tem quase nem cem páginas para contar suas histórias. Ficou aquela sensação de que faltou alguma coisa para o livro agradar totalmente. E essa coisa acredito que sejam mais páginas para cada casal poder desenvolver suas histórias. Das três histórias a que menos gostei foi a primeira, a da Julia, pelo motivo do romance contado por ela ser um instalove. Eu não acredito em amor a primeira vista e é o que acontece com Gwendolyn e Alec, melhor amigo de Hugh que lhe rouba a pretendente debaixo do seu nariz.

Basta Alec olhar para Gwendolyn e ele já está apaixonado. Mas tirando esse olhou amou, a história até que é boa. A Gwendolyn é uma garota tímida que encontra seu par em Alec, um homem bom e honrado que só se aproxima dela para ajudar sua irmã e acaba fisgado. E é nessa história que temos a unica "vilã" do livro, Octavia, a irmã de Alec que sente inveja da beleza de Gwendolyn, que rouba todas as atenções masculinas. Já a segunda história, a da Connie, foi minha favorita. O casal Katherine e Neill já tinham uma história e Katherine é a mocinha mais divertida, porque fala o que pensa a todo instante. Mas Neill deixou um pouco a desejar com seus modos brutos e algumas atitudes machistas. Não suporto isso de "você é minha". Não somos propriedades de ninguém.

Já a ultima história a da Eloisa, me irritou um pouco porque teve aquele velho problema de não dizer o que sentem de verdade, mas também é uma boa história. E foi a que eu esperava mais porque era a história do Hugh, o "responsável" por tudo hehe. Logo no começo já dá para ver que seu par será a Georgina, mesmo ela negando querer se casar. Aqui o casal também já tem uma história antiga e mal resolvida. E temos além dos três casais o elo de ligação entre eles, Carolyn e seu marido, que foi o casal que mais gostei do livro. Eu amei a interação entre eles e queria que as autoras tivessem aproveitado melhor os dois.

Enfim, não é aquele livro maravilhoso, mas para quem gosta de romances de época onde a leitura é rápida e fluida, esse livro é uma boa pedida. Quando vi o livro sendo anunciado eu não tinha gostado tanto da capa, mas quando peguei ele nas mãos, me lembrou muito alguns papéis de carta que eu tinha quando adolescente e achei ela bem romântica por isso. É simples e delicada, com detalhes que dão todos um charme a edição. Recomendo para quem gosta de um romance despretensioso e sem muito aprofundamento na história.

Nota:






01 março 2019

Resenha | Mais Lindo Que A Lua - Julia Quinn


Livro: Mais Lindo Que A Lua
Série: Irmãs Lyndon # 1
Gênero: Romance de época
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Ano: 2018

Resenha:
Robert Kemble, conde de Macclesfield, não sabe exatamente como nem porque aconteceu, mas o certo é que assim que ele viu Victoria Lyndon, ele se apaixonou à primeira vista. E na primeira oportunidade ele se aproximou e se apresentou a jovem dama. E o mesmo parece ter acontecido com Victoria, que se encantou pelo jeito educado e romântico do rapaz e bastou poucas horas conversando com Robert para que ela ficasse imensamente apaixonada. Dali em diante eles passaram todo o tempo possível juntos e o amor entre eles só foi aumentando. Mas dois meses depois o reverendo Sr. Lyndon, pai de Victoria, percebendo que Victoria estava passando muito tempo com Robert, resolveu cortar o mal pela raiz, antes que o pior acontecesse, e proibiu a filha de ver o Conde, já que por ser filha de um vigário a união entre os dois nunca será possível.

Victoria conta para Robert o que aconteceu e ele decide fazer o que já tinha como certo desde o instante em que viu Victoria: pedir ela em casamento. Mas quando fala com seu pai, o marquês de Castleford, ele diz que nunca vai aceitar esse casamento e que tem certeza de que Victoria só está interessada no dinheiro e na posição social dele. Robert sabe que o amor de Victoria é verdadeiro, mas fica aquela pequena dúvida e ele diz a Victoria que seu pai o deserdou e que eles precisam fugir.  Victoria aceita, mas o plano da errado. O pai de Victoria descobre sobre a fuga, bate nela e ainda amarra Victoria para ela não conseguir sair. E quando Victoria não aparece, Robert fica certo de que seu pai tinha razão. E quando finalmente Victoria consegue se soltar, ela descobre através do marquês que Robert partiu para Londres e acha que seu pai estava certo e que Robert só queria se aproveitar dela.

Sete anos depois, Victoria trabalha como preceptora e desde aquele fatídico dia, quando teve seu coração partido, nunca mais deixou nenhum homem chegar nem perto dela. Já Robert fez o contrário, na vã tentativa de esquecer Victoria, ele dormiu com inúmeras mulheres, mas nenhuma delas aquece seu coração como acontecia com Victoria. E quis o destino que eles voltassem a se encontrar. Os dois estão tão decepcionados que mal podem olhar um no rosto do outro, mas quando isso acontece, a velha faísca do desejo volta a acender. E Robert que estava decidido a se vingar de Victoria acabando com sua reputação, decide que na verdade ele quer ter o que nunca teve com ela e lhe faz uma proposta indecorosa, que Victoria recusa na hora. E quando finalmente a verdade vem à tona, pode ser que já seja tarde, porque Victoria descobriu que gosta e muito de ser uma mulher independente. 

"— Você me deu a lua, Robert. Não, fez mais do que isso. Você me pegou e me levou até ela. — Após uma longa pausa, continuou: — E então eu caí. E doeu demais quando aterrissei. Não quero isso de novo."

Quando lançou esse livro, por ser romance de época e da Julia, eu já quis ler. Mas então comecei a ler uma resenha negativa atrás da outra e acabei deixando o livro lá, paradinho na estante. Geralmente eu deixo um livro para ler depois quando estou com as expectativas muito altas e não quero acabar me decepcionando. Aqui aconteceu o contrário fiquei esperando elas aumentarem porque a vontade de ler esse livro era zero. Mas enfim, quase um ano depois bati o olho nele na estante e resolvi ler. Mas infelizmente a leitura não foi tão agradavel assim. Mais um livro da Julia que deixou a desejar e já estou até achando que ela é autora de uma série só, porque Os Bridgertons são maravilhosos, mas os outros livros que li dela até agora achei de medianos a fracos.

Romances de época geralmente tem sempre os mesmos enredos e a gente já sabe o começo, meio e fim da história. O que diferencia os livros e as histórias são os protagonistas. Por isso eles tem que cativar os leitores e no meu caso por exemplo, o mocinho tem que fazer com que eu me apaixone por ele para que eu considere o livro bom. E a mocinha tem que ter uma personalidade diferenciada ou então cai na mesmice. O caso é que Robert e Victoria são muito chatos. E por várias vezes irritantes ao ponto de eu querer entrar no livro e socar a cara deles para ver se paravam com o mimimi. Acho que só não ganharam no quesito pior casal da Caroline e do Blake do livro Como Agarrar Uma Herdeira, que nesse sim a Julia se superou e conseguiu criar o pior romance de época que eu já li.

A história até que começou bem. Até uma metade do livro mais ou menos eu estava gostando. Não estava amando, mas a história estava indo bem até o momento. Eu estava rindo com as cenas, e estava até achando que minha opinião seria contrária a das resenhas que li. Mas chegou num ponto da história que o Robert, um homem de trinta e um anos, se tornou um garoto mimando que só faltou bater o pé e dizer "eu quero, me dá". E a Victoria não sabia o que queria. Uma ora dizia não, mas no segundo seguinte mudava de ideia. Pedia respeito, e quando era respeitada não estava satisfeita. Nem sei dizer qual deles eu gostei menos.

E vamos falar do romance. Eu sou uma romântica de plantão, mas não acredito em amor à primeira vista. Atração e desejo sim, amor não. Amor é algo que demora para ser construído. E a história é baseada em amor à primeira vista. Mas isso não me incomodaria mesmo não acreditando que exista. O que me incomodou foi que não consegui ver o tal amor. Já que eles estavam tão apaixonados assim, não era um mal entendido como o que aconteceu que ia separar os dois por tantos anos. E depois que eles se reencontram então é pior. O certo é que passei muita raiva com esse livro. Mas amei a capa, e recomendo que leia porque gosto é gosto e cada um tem o seu e pode ser que você venha a amar o livro. E vou ler o segundo livro da série porque é com a irmã da Victoria e já gostei bastante dela nesse livro.

Nota:






16 novembro 2017

Resenha | Como Se Casar Com Um Marquês - Julia Quinn


Livro: Como Se Casar Com Um Marquês
Série: Agentes da Coroa # 2
Gênero: Romance de Época
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 320
Ano: 2017
Resenha:
Elizabeth Hotchkiss precisa se casar urgentemente. E tem que ser com alguém bem rico. Há cinco anos, desde os seus  dezoito, ela cuida de seus três irmãos. Quatro órfãos que até então viveram de maneira bem simples com o pouco dinheiro que seu pai lhes deixou e com o salário que Elizabeth ganha como dama de companhia de Lady Danbury. Mas já tem algum tempo que as contas não estão batendo e ela não sabe de onde vai tirar o dinheiro para comprar lenha para aquecer o chalé nesse inverno. Quando seu pai faleceu, alguns parentes quiseram criar Lucas, o único homem da família e consequentemente o herdeiro do titulo de baronete. Porém Elizabeth não deixou que a família se separasse. Mas nem em seus maiores pesadelos ela imaginou que a situação fosse chegar a esse ponto.

E por uma incrível coincidência, no mesmo dia em que decidiu se casar ela encontrou um livro vermelho na biblioteca de Lady Danbury com o título Como Se Casar Com Um Marques. E o livro até parecia chamar Elizabeth. Num impulso ela pegou o livro e guardou dentro da bolsa quando foi liberada do serviço. E certa de estar fazendo uma coisa muito errada, nem prestou muita atenção quando foi descer os degraus da entrada da casa e acabou trombando no novo administrador de Lady Danbury. O novo administrador na verdade é James Siddons, marquês de Riverdale e sobrinho de lady Danbury. James trabalhou por anos para o Departamento de Guerra. Mas recentemente teve sua identidade revelada e foi afastado dos serviços de espião. Por isso foi com alegria que recebeu um bilhete de sua tia pedindo sua ajuda.

Lady Danbury está sendo chantageada e pede que James trabalhe disfarçado como seu administrador para descobrir o dono da chantagem. E o primeiro nome em sua lista de suspeitos é justamente o da da pessoa mais próxima de Lady Danbury no momento: Elizabeth. E ela nem percebe que está sendo observada por James, já que depois de ver que está faltando até comida para ela e seus irmãos, Elizabeth decide seguir os conselhos do livro vermelho que pegou na biblioteca de Lady Danbury na esperança de conseguir um marido. E como não tem nenhum homem em vista ela decide treinar os decretos do livro com James. E quando James descobre sobre o livro, decide que vai ajudar Elizabeth a conseguir um marido. O problema é que quanto mais convive com Elizabeth mais ele teme abrir mão de sua companhia. 

"— Como ousa pensar que eu estaria chantageando essa doce e velha dama?
— Doce? — repetiu o Sr. Siddons.
— Velha? — bradou lady Danbury."

Quando li o livro Como agarrar uma herdeira, foi uma decepção total. Por isso estava sem muitas expectativas para ler o segundo livro da série. E isso aliado a alguns fatores fez com que eu acabasse favoritando o livro. Tudo o que não gostei no primeiro livro, foi diferente nesse segundo. As piadas e cenas sem graça do primeiro se transformaram em cenas realmente engraçadas nesse segundo. O casal protagonista que não teve nenhuma química e que torci para que terminasse separado, nesse segundo foi um casal que amei logo na primeira cena em que eles apareceram juntos e torci feito louca por eles. A protagonista é uma personagem forte, decidida e que enfrenta lady Danbury, um dos melhores personagens que tive o prazer de conhecer em um romance de época, de igual para igual e em nenhum momento se tornou chata e irritante como a protagonista do primeiro livro.

Como disse acima, teve alguns fatores que foram determinantes para que esse livro se tornasse favorito. Além da protagonista feminina que já comentei, o protagonista masculino foi um desses fatores. James já havia me ganhado no livro anterior com sua simpatia, seu bom humor e inteligencia, características que acho fundamental em um homem. E amei ele ainda mais quando conheci sua história de vida. Outro fator que me fez amar o livro foi a família da Elizabeth. Sempre que tem crianças nessas histórias de romance de época, elas são uma atração a parte e nesse livro não aconteceu diferente. Os irmãos mais novos de Elizabeth, Susan, Lucas e Jane, fizeram toda a diferença na história. Teve desde momentos engraçados, a momentos emocionantes ao ver o quanto eles se amavam e eram unidos.

E por ultimo o fator que mais me fez amar esse livro: lady Danbury. Eu já amava o personagem dos livros da Série Os Bridgertons, mas aqui eu vi um outro lado da famosa senhorinha. E concordo com a Cida do Moonlight Books, queria muito que a Julia escrevesse um livro com ela mais nova. As aventuras não devem ter sido poucas não. Quem já conhece a Lady D dos outros livros, já percebe logo de cara o que está acontecendo, ai cai naquela do porque as editoras lançam os livros fora da ordem cronológica. Como esse livro foi escrito antes de Os Bridgertons, deveria ter sido lançado por aqui antes, mas... Enfim, não vou me alongar muito mais. Só me resta indicar o livro para os amantes do gênero. E para finalizar só vou falar sobre essa capa maravilhosa. Aliás, as duas capas dessa série são as mais bonitas do gênero da minha estante.

Nota:






05 setembro 2017

Resenha | Como Agarrar Uma Herdeira - Julia Quinn


Livro: Como Agarrar Uma Herdeira
Série: Agentes da Coroa # 1
Gênero: Romance de Época
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 304
Ano: 2017

Resenha:
Desde seu aniversário de vinte anos, há quase um ano atrás, Caroline Trent vem contando quantos dias faltam para ela obter sua liberdade. E agora falta pouco. Apenas seis semanas separam Caroline de não ser obrigada a viver mais sobre a tutela de ninguém. Sem falar que ela vai poder administrar a sua herança, que é uma fortuna considerável. Seu pai faleceu quando ela tinha dez anos e como ela já era órfã de mãe e eles não tinham nenhum parente próximo, Caroline foi confiada a um tutor. E por uma incrível série de infortúnios, ela já passou pela casa de mais tutores do que ela consegue contar. E cada nova experiencia foi pior do que a anterior. Ela já foi feita de escrava, já sofreu uma tentativa de estupro, o que fez ela começar a andar com um revolver, e até apanhou de um dos tutores que ficava violento quando bebia. Mas Oliver Prewitt, seu tutor atual, foi o que teve a pior ideia até agora: ele quer que Caroline se case com seu filho e assim a fortuna de Caroline ficará de posse da sua família.

Mas Caroline não chegou tão perto da sua liberdade para perder ela se casando com alguém que ela não suporta, por isso ela não aceitou o casamento. Então Oliver teve a brilhante ideia de comprometer Caroline, assim ela teria que se casar querendo ou não. Ele deu folga a todos os criados e deixou Caroline sozinha na casa com seu filho Percy. O que ele não imaginava era que Caroline tinha um revolver e ela não hesitou em atirar em Percy. Mas sua mira não é lá essas coisas e ele só ficou ferido no ombro. Então Percy, que também não queria esse casamento, sugere que Caroline fuja e que ela só volte quando já tiver completado os vinte e um anos, porque seu pai está determinado a ter sua herança e vai fazer de tudo para conseguir colocar as mãos nela. E é isso que Caroline faz. Mas ela não tem tanta sorte, porque ela mal saiu da propriedade quando é capturada por um homem vestido todo de negro que chama Caroline de Carlotta De Leon.

O homem é Blake Ravenscroft, que trabalha a sete anos para o Departamento de Guerra e há seis meses ele está de olho em Oliver, que vem contrabandeando mercadorias da França e permitindo que os espiões usem seu barco para entrar na Inglaterra. Blake está a procura de uma espiã especifica, Carlotta De Leon, que pelas circunstancias ela acredita ser Caroline. Além de estar saindo da casa no meio da noite as escondidas, ela ainda está armada. Caroline poderia ter esclarecido as coisas assim que foi capturada, mas pensando bem, Blake está ajudando em seu plano de fuga. Por isso Caroline não revela sua identidade e é levada por Blake para a casa dele. O plano é fazer "Carlotta" entregar Oliver antes de entregá-la para as autoridades. Mas Caroline tem outros planos e então começa um jogo entre os dois. Enquanto Blake tenta fazer Caroline confessar algo que ela nem tem ideia do que seja, Caroline vai enrolando como pode para não ser descoberta. E enquanto isso a atração entre os dois vai crescendo e pode acabar em algo que nenhum dos dois esperava.

" — Eu disse a eles que queria parar — resmungou Blake, enquanto subia as escadas. — Mas eles me ouviram? Não. E o que eu consegui? Não foi empolgação nem fama nem fortuna. Não, em vez disso consegui... ela.
James encarou o amigo com uma expressão pensativa.
— Se eu não o conhecesse, diria que está apaixonado."

Nunca pensei que fosse escrever uma critica negativa de algum livro da Julia, mas aqui estou eu, prestes a fazê-lo. Desde que li a série Os Bridgertons, a autora me ganhou com suas histórias românticas, com seus personagens despojados e  principalmente com as cenas engraçadas. Depois veio o Quarteto Smythe-Smith onde eu gostei bastante de alguns livros e de um especificamente nem tanto assim. Mas no geral foi uma boa série e que ainda fazia jus a autora. Então quando vi essa nova série Agentes da Coroa sendo anunciada (nova aqui no Brasil, mas ela foi escrita antes de Os Bridgertons), e vi essa capa maravilhosa, fiquei morrendo de vontade de ler e comprei na pré-venda mesmo e quando chegou furei a fila. Infelizmente acabei me decepcionando e muito com a história.

Acho que quando a gente lê muita coisa de um mesmo gênero, acaba elevando o padrão e algo que poderia ser considerado bom se tivesse sido lido antes, acaba sendo comparado com todos os outros lidos antes dele e se ele não estiver em um patamar elevado, com certeza a história vai acabar sendo decepcionante e considerada não tão boa assim. Acho que esse foi um dos problemas para eu não ter gostado tanto assim do livro. Ainda mais que acabei de ler uma série de época magnifica da Sarah MacLean e acho que comparei as histórias. E também vi na contracapa a seguinte frase: "Um dos livros mais românticos e engraçados de Julia Quinn." Engraçado ele até que foi, até certo ponto. E romântico, acho que quem escreveu isso não leu o livro ou não sabe o que é romantismo.


Eu tenho um amigo que é muito engraçado. Você ri o tempo todo com ele. Mas ele tem um pequeno problema: ele não sabe a hora de parar. Tem aquele ponto que o "engraçado" se torna chato e irritante e foi isso que aconteceu aqui nessa história. Eu estava rindo bastante, mas teve um momento em que fiquei irritada e assim como um dos personagens fez na história, me deu vontade de virar as costas e deixar os protagonistas sozinhos de tão maçante que estava a cena. E a questão do romantismo passou longe. Acho que até A Katniss e o Peeta eram mais românticos do que a Caroline e o Blake. Até achei que isso ia mudar ao longo da história, mas não aconteceu. Caroline só foi ficando mais irritante e o Blake mais impaciente. Sinto dizer isso, mas é um dos casais mais sem química que já vi em livros do gênero.

Mas teve seus pontos positivos no livro. Os personagens secundários foi um deles. James Siddons, o marquês de Riverdale que será o protagonista do próximo livro, toda vez que aparecia roubava a cena, e cheguei ao ponto de torcer por ele e contra o Blake. E também quem foi um grande destaque e deu um ar mais leve a história foi a irmã de Blake, Penelope. E não posso deixar de citar os empregados de Blake. E outro ponto positivo é essa capa que como já falei anteriormente, ganhou meu coração. Amo capas assim. Enfim, você pode ler o livro e amar, mas infelizmente comigo não funcionou. Mas vou querer ler o próximo livro que já vi que tem a Lady Danbury e o James, é claro, e já fiquei animada.

Nota:







13 junho 2017

Resenha | Os Mistérios de Sir Richard - Julia Quinn


Livro: Os Mistérios de Sir Richard
Série: Quarteto Smythe-Smith # 4
#1 - Simplesmente o Paraíso 
#2 - Uma Noite Como Esta
#3 - A Soma de Todos os Beijos
Gênero: Romance de época
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Ano: 2017

Resenha:
A pessoa tem que estar mal da cabeça ou desesperada para aceitar um convite para o Recital Anual das Smythe-Smith. A segunda opção é o caso de Sir Richard Kenworthy. Ele tem apenas duas semanas para encontrar uma esposa e como todos sabem que as garotas Smythe-Smith que se apresentam no recital são solteiras, ele vê ai uma oportunidade de encontrar uma esposa. Ele não tem pretensões de se apaixonar num futuro próximo, mas como ele tem necessidade de se casar o mais rápido possível, uma das garotas Smythe-Smith pode ser a candidata ideal já que pode estar igualmente desesperada para se casar e se livrar de passar vergonha no recital por mais um ano. Mas a coisa ainda é bem pior do que ele pensava e um minuto depois da apresentação iniciada, ele já está grato pelos chumaços de algodão e pela bebida que seu amigo Winston Bevelstoke lhe ofereceu. Ainda assim sua cabeça já começou a doer.

Mas ele não pode deixar de notar a Srta. Íris Smythe-Smith, a violoncelista que parece ser a única ali que sabe o que está fazendo. E ele não consegue tirar os olhos de Íris, que não combina nada com seu nome, já que a flor de íris é tão brilhante e Íris é tão pálida. E Íris percebe na hora que tem um cavalheiro que não tira os olhos dela. Ela está acostumada a ser invisível aos olhos das pessoas, por isso estranha quando alguém à fita tá intensamente. E ela fica tão nervosa que perde a entrada por duas vezes. Mesmo sabendo que as meninas são horríveis, ela não consegue deixar de fazer o seu melhor, mesmo que ninguém vá perceber em meio a tantas notas erradas. E ela só percebe seu erro quando Sarah chama sua atenção. E mesmo tendo visto o cavalheiro olhando para ela o recital inteiro, Íris fica desconfiada quando ele pede para ser apresentado e começa a lhe fazer perguntas como se estivesse interessado nela. 

E ela ainda não acredita quando Sir Richard vem visitá-la no dia seguinte e diz com todas as letras que está interessado nela sim. Íris fica encantada por estar sendo cortejada, já que isso nunca aconteceu. Mas isso não impede que Íris continue intrigada e desconfiada das atitudes de Sir Richard e de seu súbito interesse por ela. Ela acha que está tudo rápido demais. Mas Richard está sem tempo, e uma semana depois de conhecer Íris ele a pede em casamento. Íris diz que precisa pensar, é claro. Mas Richard não vai aceitar um não como resposta e provoca uma situação onde eles são pegos em flagrante e obrigados a se casarem, seu plano desde o início. E ele fica com a sensação de que Íris sabe exatamente tudo o que ele fez. Íris desconfia de que tem alguma coisa muito errada nessa história, mas nem imagina a verdade. Agora ela está casada com alguém que aparentemente é o homem mais apaixonado do mundo, mas quais são seus verdadeiros sentimentos? E porque Íris aceitou se casar com tanta pressa se não tinha certeza nem dos sentimentos de Richard, nem dos seus próprios? 

Romance de época é meu gênero literário favorito. Gosto de coisas previsíveis e não tem nada mais previsível do que um romance de época. Geralmente temos um libertino e uma mocinha a frente de seu tempo que quer se casar. Eles acabam envolvidos em algum mal entendido e são obrigados a se casar. E depois de muita confusão, eles vivem felizes para sempre. O enredo é basicamente esse com algumas variações. Tem gente que não gosta, eu amo. Mas devo dizer que nesse livro eu fui completamente surpreendida. Se para bem ou para mal, ainda estou tentando descobrir. O certo é que a Julia não fez nada do que eu esperava aqui nesse livro. E se não tivesse o nome dela ali no livro e os personagens não fossem os mesmos, eu nem saberia que o livro era dela.

Primeiro que por ser o último livro de uma série, esperava um final bem mais arrebatador e queria ter nem que fosse um epílogo mostrando como ficaram os protagonistas dos outros livros, não teve. Segundo. o enredo não passou nem perto da fórmula do gênero. Temos o protagonista masculino doido para se casar e é ele quem faz a mocinha cair em uma armadilha. E terceiro, tive problemas com o casal protagonista. Esse é o segundo romance de época que leio que não me apaixonei pelo mocinho. Pelo contrário, odiei ele com todas as minhas forças. Achei um absurdo o que ele fez com a Íris. E isso antes de saber qual era o segredo dele, depois eu queria matar e enterrar mesmo. E a Íris me enervou por ser tão passiva e aceitar tudo com um sim senhor. Ah se fosse eu no lugar dela, coitado do Richard. Que raiva dos dois. 

Mas por outro lado a autora mostrou bem como eram os costumes da época. A Íris é a imagem perfeita do que se esperava de uma verdadeira dama. E com o segredo do Richard podemos ver exatamente como as mulheres eram tratadas na época. Não vou contar o que era é claro. mas ele teve que fazer aquele jogo sujo porque infelizmente as coisas eram assim. Apesar que acho que teria outro jeito de fazer o que ele fez. E teve uma cena que valeu a pena o livro todo. Nos livros anteriores podemos ver que Harriet vinha escrevendo uma peça e ela finalmente ficou pronta. Quase morri de rir com a cena. Mas como um todo foi um bom livro, mas não lembrou nem de longe os outros livros da autora. Quanto a edição, segue na mesma linha dos livros do gênero da editora. A capa está perfeita. Enfim, indico para os fãs da autora e da série mas infelizmente na minha opinião deixou a desejar.

Nota:





14 abril 2017

Resenha | A Soma De Todos Os Beijos - Julia Quinn


Livro: A Soma De Todos Os Beijos
Série: Quarteto Smythe-Smith # 3
#1 Simplesmente o Paraíso 
#2 Uma Noite Como Esta
Gênero: Romance de Época
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Ano: 2017

Resenha:
Hugh Prentice sempre teve uma memória excepcional, tanto que no colégio tinha que errar algumas questões de propósito para não ter que passar por um interrogatório toda vez que saíam as notas e os professores achavam que ele tinha trapaceado. E como ele não é o filho mais velho do marquês de Ramsgate e não vai herdar nada, ele teve que encontrar um jeito de fazer fortuna por conta própria. Foi então que ele teve a ideia de usar sua memória e principalmente a aptidão para a matemática, a seu favor e sua habilidade no piquet se tornou lendária. Ele lembra de todas as cartas que jogou durante o dia ou até da semana. Por isso que quando ele perde para Daniel Smythe-Smith, mesmo estando bêbado de cair, ele acha que Daniel trapaceou e acaba acusando seu amigo. E a confusão termina com um duelo marcado para o dia seguinte.

E no momento da contagem, ele fica confuso por um instante e acaba atirando de raspão no ombro de Daniel, que acaba reagindo com um tiro que dilacera sua perna. Seu pai não se conforma com o ocorrido já que seu irmão mais velho não tem planos de se casar e as esperanças do marquês para que o título continue em sua família estavam depositadas em Hugh, por isso ele ameaça Daniel, que tem que fugir da Inglaterra. Hugh não concorda com isso, já que grande parte do ocorrido foi sua culpa, mas ele está em uma cama sem saber se vai levantar dela um dia. Com o tempo as coisas melhoram e apesar das dores constantes, Hugh consegue se movimentar com uma bengala e então ele resolve enfrentar seu pai nos termos do marquês. Assim Daniel pode voltar para a Inglaterra em segurança, depois de três anos vivendo longe da família. E eles se tornam amigos novamente.

Mas isso não bastou para que Sarah Pleinsworth, prima de Daniel, perdoasse Hugh. Ela acredita que Hugh destruiu sua família ao propor aquele fatídico duelo. É tudo culpa dele que tanto ela como Honoria não tiveram propostas de casamento, e ainda mais na temporada em que quatorze homens ficaram noivos. E Sarah quer se casar, acima de tudo ela precisa se casar porque se tiver que tocar mais uma vez no maldito quarteto, ela vai morrer. E quando finalmente conheceu Hugh, ela teve o prazer de declarar seu ódio na cara dele. Mas agora Honoria vai se casar e para acabar com qualquer dúvida perante a sociedade sobre a reconciliação entre Daniel e Hugh, ele foi convidado para o casamento e Honoria pede que Sarah cuide para que Hugh fique bem. E essa aproximação que não estava nos planos de nenhum dos dois, vai acabar mostrando que nem sempre as primeiras impressões são as verdadeiras.

Tem autores que escrevem uma série incrível e é como se todo o talento dele tivesse sido empregado ali, porque os seus outros livros são bons, mas não chegam nem perto da série que ele obteve o destaque.  É o caso da JK com o Harry Potter.  Mas não é o caso da Julia Quinn. Depois da maravilhosa série dos Bridgertons, achei que fosse difícil a autora criar personagens, e principalmente uma família que me conquistasse como os Bridgertons fizeram, mas ela conseguiu. Os Smythe-Smith são tão sensacionais quanto os Bridgertons. O primeiro livro da série eu amei, no segundo me deletei e o terceiro só veio reafirmar que a Julia é com certeza a melhor autora de romances de época que já tive o prazer de conhecer. E olha que já li muitas, principalmente nesse ultimo ano.

Todo livro tem ponto de destaque, e nesse livro, a exemplo do anterior, o destaque são os personagens. Tanto os principais como os secundários fizeram toda diferença na história. Hugh já tinha me conquistado no livro anterior e nesse eu me apaixonei por ele. Sua história de superação é notável e mesmo sofrendo o tempo todo, ele não é uma pessoa amarga e rancorosa. Já Sarah é o destaque das Smythe-Smith. Quando ela fingiu estar doente para não participar do concerto, achei que ela fosse uma garota mimada, mas ela não é assim. Ela sabe o que quer e vai atrás, e não tem vergonha de admitir quando está errada. E suas irmãs Harriet, Elizabeth e Frances são a cereja do bolo na história. Não vou falar muito mais para não estragar a surpresa de quem vai ler, mas indico o livro com certeza. E não posso deixar de citar que essa capa é a minha favorita da série. Acho que já comentei que tenho um fraco por vestidos de época azuis hehe.

Nota:




10 março 2017

Resenha | Uma Noite Como Esta - Julia Quinn


Livro: Uma Noite como Esta
Série: Quarteto Smythe-Smith # 2
#1 Simplesmente o Paraíso
Gênero: Romance de época
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Ano: 2017

Resenha:
Daniel Smythe-Smith e Hugh Prentice se conhecem desde criança e Daniel sabe que Hugh nunca perde um jogo de cartas. Por isso quando Daniel ganha de Hugh, acaba sendo acusado pelo mesmo de tê-lo roubado. Se os dois não estivessem caindo de bêbados, talvez o final dessa discussão fosse outro, mas como eles mal paravam em pé, a coisa toda terminou com um duelo marcado para o amanhecer. E durante o duelo, que todos cavalheiros sabem, deve se atirar para errar, Daniel acaba escorregando e acerta Hugh. Hugh sobrevive, mas sua perna fica inutilizada. Por isso o marquês de Ramsgate, pai de Hugh, promete que vai fazer de tudo para matar Daniel. Daniel que há pouco se tornou o conde de Winstead, não vê outra opção a não ser fugir. E é assim durante 3 anos, até que Hugh o encontra, e diz que ele já pode voltar para a Inglaterra.

E por sorte, ou azar, Daniel chega a Londres bem no dia do concerto anual das Smythe-Smith. O som é horrível, mas é aquele som tão desafinado que o faz ter certeza de que está em casa. E como ele não quer ter que cumprimentar todos seus parentes que estão no concerto e ter que dar explicações, ele assiste a apresentação escondido. E para sua surpresa uma das integrantes do quarteto não é uma Smythe-Smith, e é a mulher mais linda que ele já viu na sua vida. Por isso quando a música/sofrimento chega ao fim, ele sente a necessidade de falar com a garota, que sai escondida de todos assim que os aplausos começam. Porém Daniel consegue alcançá-la e eles acabam se beijando sem ele nem mesmo saber seu nome. Mas eles são interrompidos e ela foge novamente. Só que Daniel foi fisgado e vai fazer de tudo para descobrir a identidade dela.

A jovem é Anne Winter, governanta das Pleinsworth e quando Sarah finge que está doente para não participar do concerto, sua patroa faz com que ela toque piano no lugar de Sarah. Anne que vem tentando se manter escondida, é obrigada a se apresentar para toda a sociedade. E para piorar as coisas, acaba beijando o conde de Winstead. E Daniel está disposto a tê-la, mesmo Anne não sendo uma dama. Nem que para isso ele precise passar os dias na companhia de suas primas. Só que Anne não é o que todos pensam, na verdade ela é de origem nobre, mas há oito anos cometeu um deslize ao se apaixonar pelo homem errado, e não quer cometer o mesmo erro novamente. E assim como Daniel, ela quer esquecer seu passado. Mas o passado não quer esquecê-los e em algum momento eles terão que enfrentar o que aconteceu anos atrás.

"Daniel não iria beijá-la naquele momento - já se dera conta de que não era o momento certo. Mas precisara dizer a ela. A Srta. Wynter precisava saber exatamente o que ele queria.
E, se ela ao menos se permitisse ver, perceberia que também o queria."

Esse é o segundo livro da série Smythe-Smith. Eu que já tinha amado o livro anterior, favoritei esse. Não tem como não favoritar um livro com uma história tão empolgante e com personagens incríveis como esse. Como disse na resenha do livro anterior, a Julia consegue criar famílias que a gente ama e quer ser parente também. Eu até que passava vergonha no concerto para pertencer a uma família como essa. Eu amo Os Bridgertons, mas os Smythe-Smith são muito mais divertidos. Diferente da história anterior que é bem calma e temos praticamente só dois personagens quase a história toda, nessa temos muita ação, já que os dois protagonistas fogem de pessoas que querem matá-los. E isso sem deixar o lado romântico da história de lado. E temos muitas cenas pra lá de divertidas com as primas de Daniel. Elas são incríveis, principalmente a menorzinha, a Frances.

Anne é descrita como dona de uma beleza extraordinária e num primeiro momento é isso que todos veem nela. Mas não Daniel. Ele consegue ver além da empregada bela de sua tia. E isso sem saber por tudo o que ela vem passando e sua identidade verdadeira. E isso foi uma coisa que gostei muito nele. Os personagens dos livros do gênero não conseguem ver alguém que não seja da mesma classe social que eles da forma que Daniel consegue. Para ele não importa que ela seja uma governanta, ainda que não o seja realmente, o que importa é o que ele sente na companhia dela. Então nem precisa dizer que já amo o Daniel hehe. E como já falei antes, amei as primas dele. E também temos uma participação do Marcus e da Honória e também do Hugh, que será o protagonista do próximo livro da série. Só me resta indicar o livro que além da história incrível, ainda tem uma capa maravilhosa, como já é característica da Arqueiro.

Nota:




05 março 2017

Agenda Julia Quinn

Os fãs da Julia Quinn já podem comemorar: ela está no Brasil e vai passar por diversos lugares. Confira a agenda e veja o local mais próximo e não deixe de participar.








26 fevereiro 2017

Resenha | Simplesmente o Paraíso - Julia Quinn


Livro: Simplesmente o Paraíso
Série: Quarteto Smythe-Smith # 1
Gênero: Romance de época
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Ano: 2017

Resenha:
Honoria Smythe-Smith e Marcus Holroyd se conhecem desde que Marcus tinha doze anos e Honoria era uma criança de seis. Marcus foi criado longe de todas as crianças e seu primeiro contato com alguém de sua idade foi aos doze anos, quando seu pai resolveu que estava na hora dele ir para o Eton College. Até então ele teve um pai ausente, sua mãe faleceu quando ele tinha quatro anos, mas se estivesse viva também não teria feito muita diferença, já que ela pensava como seu pai. Ele teve a melhor educação que alguém na sua posição poderia ter, só que seu contato foi apenas com tutores. Por isso ele parecia um bicho assustado quando chegou ao colégio. Mas teve a sorte de ser companheiro de quarto de Daniel Smythe-Smith que era o oposto dele e logo viraram amigos. E devido a essa amizade, ele começou a passar as férias na casa de Daniel e quando percebeu Marcus considerava os Smythe-Smith sua família.

E assim se passaram os anos, com Daniel e Marcus fugindo de Honoria, que por ser a mais nova e com uma grande diferença de idade do resto dos irmãos, vivia atrás dos meninos e queria participar de tudo o que eles faziam. Mas ela sempre estragava tudo, e ainda por cima era uma menina. Só que mesmo com as negativas de Daniel, Marcus tinha pena de Honoria e sempre deixava que ela os acompanhasse. E esse senso de proteção de Marcus ainda está em vigência hoje, anos depois. Daniel teve que fugir para a Itália após fazer parte de um escândalo, mas antes de ir, fez Marcus prometer que não deixaria que Honoria se casasse com um imbecil. Ele vem cumprindo essa promessa a risca, já tendo espantado alguns pretendentes de Honoria que definitivamente não a mereciam. Mas Honoria nem sonha com isso. Por isso ela se espanta quando eles se encontram em Cambridge e Marcus diz que vai visitá-la.

Marcus agora é o Conde de Chatteris, e é um ótimo partido. Mas para Honoria ele será sempre o Marcus, e toda vez que ela olha para ele é como se o tempo voltasse e ela fosse novamente uma criança irritante ou uma adolescente desajeitada. Mas para suas amigas e primas, ele é o candidato a marido perfeito. Por isso elas tem a ideia de convidarem Marcus e alguns cavalheiros, entre eles Gregory Bridgerton, a quem Honoria decide que será seu marido, para um evento na casa de uma delas. E Honoria já tem um um plano para conquistar Gregory,  já que se depender dos seu talento musical, ela não vai casar nunca. Honoria faz parte do quarteto musical Smythe-Smith que é conhecido por todos por tocarem muito mal. Mas seu plano dá errado e quem acaba caindo na armadilha é Marcus. E esse incidente acaba fazendo os dois perceberem que o que eles sentem um pelo outro está longe de ser amor de irmão.

"— Eu estava pensando que este momento é simplesmente o paraíso.
Ele ficou em silencio por um instante, depois sussurrou, tão baixo que Honoria não teve certeza se ouvira direito:
— O paraíso não poderia se comparar a esse momento."

Quando a Arqueiro anunciou essa nova série da Julia, é logico que eu desejei ler na hora. Meu primeiro contato com os livros do gênero foi com O Duque e Eu. A Julia que me fez amar esse gênero, que hoje é o meu favorito e já tenho até uma prateleira e meia na minha estante só desse gênero, por isso ela sempre terá um cantinho especial no meu coração. E os livros em sua maioria são da Arqueiro, que vem se destacando e muito nos livros do gênero ultimamente, principalmente por suas capas incríveis e pelos melhores autores do gênero estarem em seu catálogo. A Julia tem o dom de criar famílias que caem no gosto da gente. Depois de amar e desejar fazer parte da família Bridgerton, agora é a vez de querer ser uma das Smythe-Smith, mesmo que isso acarrete em ter que tocar no quarteto mais desafinado da face da Terra.

Eu amei Simplesmente o Paraíso pela simplicidade e leveza da história. A história não tem grandes acontecimentos, não tem muita ação, não temos grandes discussões e são poucos os personagens. Basicamente o livro todo só aparece os dois protagonistas, com exceção de alguns capítulos que temos vários personagens, inclusive alguns já conhecidos como o Colin Bridgerton e a Lady Danbury, dois dos melhores personagens da série Os Bridgertons, pelo menos na minha opinião. Mas o que me encantou aqui foi a forma como o amor foi construído entre eles a partir de uma situação trágica. Amor esse que já existia antes, é claro, por eles terem se conhecido a vida toda, mas que precisava de um empurrãozinho para que eles conseguissem enxergar o que sentiam.

Honoria é o tipo de personagem que não tem como não gostar dela. Alguns vão dizer que ela é sem graça e sem sal. Mas eu achei ela perfeita para a história contada pela autora. A sua principal caraterística é a bondade. E vemos isso em várias situações, inclusive em como ela sabe o quanto ela e suas primas tocam mal, mas ela não deixa de participar pelo prazer da companhia e para não quebrar a tradição familiar. Já Marcus é daqueles personagens que a gente quer pegar no colo logo no inicio por todo seu histórico familiar. E mesmo tendo pais ausentes, ele se torna um homem honrado, mostrando que isso não é desculpa para que as pessoas façam coisas erradas depois de adultas. Para não me alongar mais e tirar o prazer de quem vai ler, só me resta indicar para os fãs do gênero. Com certeza essa é mais uma série que vai entrar para a minha lista das queridinhas.

Nota:







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