28 agosto 2018

Resenha | A Boa Filha - Karin Slaughter


Livro: A Boa Filha
Série: The Good Daughter # 1
Gênero: Suspense
Autora: Karin Slaughter
Editora: HarperCollins Brasil
Páginas: 464
Ano: 2018

Resenha:
Charlotte e Samantha Quinn tem respectivamente treze e quinze anos. Elas estão tendo que se adaptar a uma casa e uma vida nova, já que a casa que elas viveram a vida inteira sofreu um incêndio criminoso e elas perderam tudo o que tinham. Mas a culpa é de Rusty, pai delas, um advogado conhecido como "advogado dos criminosos" por defender todo tipo de bandido. E provavelmente foi alguém que se sentiu lesado por ele que colocou fogo na casa. Mas a vida delas já estava bem dificil antes do incêndio. Os sentimentos que todos tem por seu pai acabam chegando até elas, que não tem amigos e até mesmo os professores são frios com as garotas. Mas mesmo em seus piores pesadelos elas nunca imaginariam o terror que viveriam em sua nova casa.

Dois homens encapuzados chegam na fazenda à procura de Rusty que ainda estava trabalhando. Eles rendem mãe e filhas. A mãe tenta reagir e é morta com um tiro a queima roupa. Na confusão um dos homens deixa escapar o nome do outro, é Zachariah, um dos clientes de seu pai. Quando percebe que Sam sabe quem ele é, Zack rasga suas pálpebras deixando Sam cega. Eles levam as garotas para fora e começam a discutir entre eles, pois, o outro homem não quer matar as meninas. E Sam usa essa oportunidade para fazer Charlie correr, mas Sam que não consegue enxergar fica para trás e leva um tiro na cabeça. Só que mesmo atingida Sam continua viva e quando acorda percebe que eles enterraram ela em uma cova que devia estar destinada ao seu pai. Usando todas as suas forças Sam consegue sair de debaixo da terra. Mas sua vida nunca mais será a mesma.

Vinte e oito anos depois Charlie é uma advogada de defesa, e mesmo trabalhando no mesmo local que seu pai, faz questão de ser o mais diferente possível dele. Faz nove meses que ela está separada e acaba dormindo com um desconhecido em um bar. O problema é que o homem leva o telefone dela em vez do dele e quando eles vão trocar de celular, no local de trabalho dele, a escola de ensino fundamental de Pikeville, uma tragédia acontece e Charlie revive tudo o que aconteceu a tanto tempo e que ela tinha se esforçado tanto para esquecer. Rusty acaba assumindo a defesa do caso, mas é atacado e quase morto. Isso faz com que Charlie precise entrar em contato com a irmã que ela não fala a mais de vinte anos. A irmã que ela deixou para trás quando fugiu para salvar sua vida. 

"Eu te amo, sei que você me ama, mas todas as vezes que nos vemos lembramos do que aconteceu e nenhuma de nós conseguirá seguir em frente se estivermos sempre olhando para trás."

Esse livro é lançamento do mês da HarperCollins, mas ele já deu as caras por aqui em uma caixa literária no mês de abril. E quando fiquei sabendo que a editora ia lançar ele, procurei algumas resenhas para ler e encontrei várias das pessoas que receberam o livro. E já fiquei com um pé atrás com ele porque quase todas elas são bem negativas. Esse foi meu primeiro contato com a autora, por isso não posso falar se ela mudou alguma coisa em sua escrita nesse livro especificamente, o que foi uma coisa que li bastante nas resenhas, o povo reclamando que ela deixou a desejar nesse livro. Por isso vou falar somente da minha experiencia com ele. Livro finalizado e até agora não entendi o tanto de comentários negativos, porque eu amei o livro e com certeza vou querer ler outros livros dela.

Não sei se tem alguém que acompanha o blog que lê John Grisham, pelo menos nunca vi resenhas dos livros dele, A Boa Filha me lembrou bastante a forma de escrita dele, principalmente no livro Tempo de Matar. E também lembrou um pouco O Sol é Para Todos. Os dois livros citados tem advogados que acreditam que todos devem ter uma defesa, independente da sua cor ou posição social, ou do crime que tenha sido cometido. E também eles e suas famílias sofrem as consequências por essa escolha. E também posso citar as séries Law & Order e Criminal Minds. Quem gosta desse estilo das séries, acho que vai gostar bastante de A Boa Filha. Tem todo aquele cenário de investigação, tribunais, provas, mas diferente da maioria dos livros do gênero, não tem um detetive específico, a investigação fica a cargo das irmas advogadas.

Uma coisa que vi que o povo reclamou bastante foi que a autora abusou do drama familiar e deixou a investigação de lado. Eu não concordo porque acho que era isso mesmo que ela queria escrever. Mas preciso deixar registrado que achei muito, mais muito forte mesmo a forma como ela escolheu descrever cada detalhe de algumas cenas, principalmente as cenas em que a família é atacada. E isso não acontece uma vez, mas duas e até uma terceira, porque temos a visão de pessoas diferentes da mesma cena. Mas mesmo achando elas fortes demais, elas são necessárias para se montar o psicológico das irmãs. Gente, não é qualquer um que sobreviveria ao que elas passaram não. E quando li a cena pela terceira vez mudei minha opinião sobre uma delas, que até então eu estava achando muito infantil e mimada para sua idade.

Outra coisa que me incomodou foram os capítulos enormes. Quando se tem capítulos curtos, mesmo o livro sendo enorme como esse, a impressão que dá é que a gente lê mais depressa e o contrário também é verdadeiro. A narração em primeira pessoa se divide entre as irmãs, e por ser em primeira pessoa que acho que as cenas ficaram mais fortes ainda. Mas o livro como um todo é ótimo. Não ficaram pontas soltas e o final é de cair o queixo. Eu nunca que imaginei uma coisa daquelas. A autora surpreende o tempo todo. Quando a gente pensa que já sabe alguma coisa, lá vem ela e muda tudo. Quanto a edição do livro gostei bastante. A capa está muito bonita e não encontrei erros de revisão. Enfim, indico o livro para quem gosta de um bom suspense. Mas fica minha ressalva para quem tem estômago fraco. Repito, as cenas são BEM fortes.

Nota:





17 comentários:

  1. Oi Sil! Eu quase peguei esse livro semana passada e desisti depois de ler essas resenhas negativas, não lembro de nenhuma positiva, exceto a sua que li agora. Eu li Tempo de Matar (melhor do Grisham que li e não resenhei pois nem sonhava com blog na época) e também O Sol É Para Todos e gosto dos aspectos que têm em comum, então apreciaria isso neste livro. Eu confio na sua opinião, geralmente neste gênero combinamos e agora decidi que vou ler. Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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  2. Adoro livros que dão a impressão de serem rápidos, isso quer dizer que são viciantes.. Achei muito interessante a capa..

    www.vivendosentimentos.com.br

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  3. Oiii Sil

    Eu gosto de narração em primeira pessoa alternada entre dois personagens, e vou ler esse livro bem às cegas também, porque nunca li nada da autora, então não sei o que esperar, espero gostar como vc gostou. Eu não gosto de capitulos muito grandes, dá a impressão de que o livro é ainda maior do que é e isso é o que me deixa mais com o pé atrás.

    Beijos

    www.derepentenoultimolivro.com

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  4. Oie Sil =)

    Como você sabe esse não é bem o meu estilo de livro, mas conforme fui lendo a sua resenha me vi envolvida pela temática que a autora criou. Gostei dessa mescla de drama familiar e suspense.

    Se tiver uma oportunidade vou dar uma chance ^^

    Beijos;***
    Ariane Reis | Blog My Dear Library

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  5. Olá Sil, tudo bem?

    Esse é mais um livro que fico conhecendo aqui, gosto do gênero e gostei demais da premissa, sua resenha me deixou bem curioso, dica anotada...bjs.


    http://devoradordeletras.blogspot.com

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  6. Oiiiii, Sil
    Já conheço esse livro, mas ainda não o li.
    Eu amo o gênero e imagino que eu vá gostar bastante.
    Concordo com você nos pontos negativos que você colocou, isso me desanima um pouco, mas ainda quero lê-lo.
    Adorei sua resenha ;*

    Mil beijos
    Sankas Books

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  7. Oi Sil,
    dessa vez quem recebeu o livro lá no blog foi a Denise, mas acho que ela ainda não iniciou a leitura. Não sei muito o que pensar da história porque não faz tanto o meu perfil exatamente pelo foco no drama familiar, não lido muito bem com isso. Mas pelo que li na sua resenha, acho que isso é grande parte do que a autora se propôs na história mesmo. É que as vezes a gente lê esperando outra coisa e se decepciona mesmo, e nem é culpa do livro em si...

    Att.,
    Eduarda Henker
    Queria Estar Lendo

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  8. Oi Sil!
    Eu já li alguns livros do John Grisham (uns 6, acredito) e gosto das histórias que o autor cria, mas me incomodo com algumas coisas na maneira com que ele conta essas histórias, entende? Sempre acho que elas funcionam melhor nos filmes. Então, já que o estilo da autora te lembrou o dele, é possível que me incomodasse também.
    As resenhas negativas talvez tenham te ajudado a baixar a expectativa e até a gostar mais, justamente por isso. Parece ser um livro que mescla o suspense e o drama e que pode facilmente exagerar na dose. Talvez tenha sido isso que não funcionou para muitos leitores. Que bom que não foi o teu caso.
    Beijos,
    alemdacontracapa.blogspot.com

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  9. Oi Sil! Tudo bem?

    Acho que as partes mais fortes me darão problemas porque eu geralmente fico bem impactada. E tb prefiro capítulos mais curtos, parecem que fluem melhor, De qualquer forma eles chegou esses dias, vou conferir!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  10. Oi Sil,
    Da Karin só li Flores Partidas e realmente, ela é fãzinha dessas cenas super pesadas que ficam na cabeça da gente. Gostei desse foco nos tribunais e tals. Trás uma questionamento forte, esse lance da defesa e mais a retaliação. E nossa, coitada da Sam!

    até mais,
    Nana - Canto Cultzíneo

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  11. Oi, Sil

    Eu tenho dois livros da autora aqui, mas não li nenhum deles. Esse me chamou muito a atenção porque eu tô lendo um thriller atrás do outro ultimamente, e nossa, esse tem cara de ser um daqueles!!! Me incomoda um pouco esse fato sobre os capítulos muito grandes, realmente os capítulos mais curtos dão agilidade, mas o fato das cenas serem bem pesadas chama muito minha atenção, ando querendo ler sobre sangue e tripas! Hahahah
    Curiosa para saber como se desenvolve o relacionamento das irmãs após o trauma!
    Ahh, e ali no último parágrafo tá escrito "ciaram" ao invés de "ficaram"... pelo menos acho que você quis dizer ficaram... ahhaha <3


    Beijos
    - Tami
    https://www meuepilogo.com

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    Respostas
    1. Hahaha esse corretor do blogger. Fica escrevendo resenha no celular da nisso. Obrigada pelo toque.

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  12. Oi Sil, tudo bem?
    Credo, que garota azarada essa Sam! Tudo aconteceu com ela!
    E também prefiro capítulos curtos, acho que conferem agilidade à trama e me deixam mais curiosa a continuar.
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

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  13. Amei sua resenha, não me entusiasmei muito porque não gosto muito do gênero. E também não gosto de capítulos grandes, parece que o livro não vai acabar nunca. Mas para quem gosta vale a pena!

    www.kailagarcia.com

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  14. Oi, Sil!
    Eu tenho alguns livros da autora aqui na estante, mas não li nenhum ainda. Gostei muito da sua resenha, pois a capa já tinha chamado minha atenção. Eu sou dessas que adora uma trama bem verdadeira e que não alivia para o leitor, por isso acho que vou gostar bastante do livro.
    Beijinhos,

    Galáxia dos Desejos

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  15. Gente eu preciso desse livro. Com a sua resenha eu fiquei bastante curiosa em ler. O tipo de livro que amo! Amei o post!
    Bjooos. ❤
    https://lewestinblog.blogspot.com

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