As irmas Meredith e Nina não tem boas lembranças de sua infância. Elas passaram a vida sendo ignoradas pela mãe, Anya, que só falava com elas quando contava alguma de suas histórias de fadas, e seu pai fazia de conta que não percebia e tentava suprir o amor que sua mãe lhes negava. Para tentar agradar a sua mãe, quando estava com doze anos, Meredith montou uma peça com uma das histórias contadas pela sua mãe, para ser apresentado no jantar anual de Natal. Mas sua mãe como sempre, foi fria e mandou que elas parassem com aquilo antes mesmo que os convidados compreendessem sobre o que era a peça. E Meredith jurou nunca mais ouvir nenhuma história contada pela sua mãe. E foi o que fez. E também sua mãe nunca mais contou nenhuma história à elas
Agora 28 anos depois, cada uma delas seguiu com sua vida. Meredith se casou, tem duas filhas na faculdade e assumiu o lugar de seu pai nos negócios da família. No começo, ela teve medo de ser uma mãe igual a sua, mas quando suas filhas nasceram, ela provou que podia ser diferente e agora ela não tem apenas duas filhas, mas também duas amigas. Nina, diferente de Meredith, não quis formar uma família e seguiu seus sonhos. Hoje ela viaja o mundo com sua carreira de fotojornalista. Já recebeu vários prêmios e tem um projeto em mente que envolve mulheres lutadoras. Ela até tem um relacionamento a mais de quatro anos, mas sempre se mantendo afastada de um compromisso mais sério.
É quando elas recebem a noticia de que seu pai sofreu um infarte. Nina mais que depressa volta para casa. Seu pai está muito mal e pede para ir morrer em casa. Com toda família reunida, ele pede que sua esposa conte um conto de fadas para eles e escolhe o conto: a camponesa e o príncipe. Obrigada, ela conta até um pedaço e se nega a continuar. Mas isso mexe com todas as pessoas presentes, que saem um após o outro do quarto deixando somente Nina com seu pai, que lhe faz um pedido: ele quer que Nina e Meredith conheçam sua mãe e quando Nina diz que ela não fala com elas, ele faz ela prometer que fará com que sua mãe conte o resto da história.
No dia seguinte, ele amanhece morto. E nem nessa hora Anya consegue dar algum amor as suas filhas, ela fica ainda mais isolada. Meredith sufoca sua dor com muito trabalho, e acaba até esquecendo de seu marido. Ela não para nem para dormir e Nina como sempre foge. Ela faz as malas e vai embora. Meredith, fica responsável por sua mãe, que parece piorar a cada dia. Ela começa a confundir a realidade como os contos de fadas e quase sempre Meredith encontra-na no jardim de inverno. E Nina, não acha conforto em seu trabalho e volta para casa decidida a cumprir a promessa feita a seu pai. É assim que elas conhecem a sua mãe, através de uma história que não é apenas um de conto de fada, mas é a realidade que sua mãe viveu e que vai mudar suas vidas para sempre.
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Sabe quando você escreve a resenha e acha que não ficou boa o suficiente, reescreve, pois, ainda não conseguiu mostrar com palavras o quanto o livro é bom e porque todos deveriam ler? É assim que estou me sentindo nesse momento. Esse é o primeiro livro que leio da autora e já comecei muito bem. O livro não é só mais um romance com uma capa bonita. Capa alias, que tem tudo a ver com a história. O livro é muito mais que isso. A autora aborda os relacionamentos como ninguém. Ela mostra a relação entre mãe e filhas, entre irmãs e até entre marido e mulher, de uma forma tão unica e simples que parece que nós é que estamos vivendo na história. Eu poderia conhecer a Nina e ser amiga dela por exemplo.
Eu já estava em agonia para conhecer a bendita história e quando ela começa a contar, fui transportada para uma outra época, uma outra cidade onde a realidade da guerra chegou a doer em mim. Mas o amor é mostrado de uma maneira que faz tudo valer a pena. No começo do livro quando conheci Anya, me perguntei como uma mãe podia agir daquele jeito, mas lendo o livro descobri que não foi por falta de amor que ela agia assim e sim por amar demais. Eu terminei o livro chorando litros. Eu lia um pouco e na hora que não aguentava mais parava um pouco e limpava as lagrimas, depois voltava a ler. Admiração é a palavra. É o que senti por Anya, depois que ela terminou a história. São poucas as mulheres que aguentariam vivas o que ela aguentou. Estou me segurando para não soltar nenhum spoiler, mas o que posso dizer é leiam o livro, vocês não irão se arrepender.
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