31 janeiro 2018

Resenha | O amor nos tempos do ouro - Marina Carvalho


Livro: O amor nos tempos do ouro
Série: O amor nos tempos do ouro #1
Gênero: Romance histórico
Autora: Marina Carvalho
Editora: Globo Alt
Páginas: 328
Ano: 2016

Resenha:
Cécile Queiróz Lavigne é uma franco-portuguesa de dezenove anos que até então viveu a vida que todo mundo pediu a Deus. Com um pai francês amoroso e liberal, uma mãe portuguesa de uma casa nobre e tradicional que lhe ensinou como a ser uma refinada dama, e dois adoráveis irmãos menores, sua vida era só alegria até então. Ela tinha toda a liberdade que queria para poder ser livre e fazer as escolhas que quisesse, inclusive de só se casar por amor se tivesse a sorte de encontrá-lo. Mas então o destino parece que se incomodou com sua felicidade e lhe retirou tudo de uma só vez. Toda sua família faleceu em um trágico naufrágio e ela ficou sozinha na França. Então seu único parente, seu tio Euzébio Bragança que vive no brasil, decidiu que Cécile virá pra o Brasil também, mas não para morar com ele, mas para se casar com o pretendente que ele já lhe arranjou.

Cécile fica desconsolada. Além de perder tudo o que tinha de mais precioso, ainda vai ser obrigada a se casar com Euclides de Andrade, um senhor muito mais velho que ela, dono de produtivas minas de ouro nas Minas Gerais. E durante sua viagem pelo mar até o brasil, Cécile só não faz o pior e se joga no mar porque recebe o apoio do padre Manuel Rodrigues que lhe dá conforto e segurança de que isso tudo vai passar. Mas quando chega na casa do tio, Cécile se arrepende de não ter acabado com sua vida, já que além de tudo ela ainda vai ter que ir para Minas Gerais sem Marie, sua dama de companhia, e única ligação com sua antiga vida. Quem vai escoltar Cécile é Fernão, um explorador do preciso metal dourado que acaba de conquistar sua independência financeira a custo de muito trabalho e escoltar Cécile até seu noivo será seu ultimo trabalho antes de se aposentar.

A principio Fernão acredita que Cécile é uma interesseira, já que vai se casar com um homem muito mais velho que ela, mas muito rico. Mas logo que a conhece, apesar da aparente fragilidade, ele percebe que Cécile não é nada do que ele tinha imaginado a principio. A começar por estar indo se casar contra sua vontade. E ela enfrenta sem medo os perigos da estrada e não reclama do desconforto da viagem, mesmo quando o coche em que ela estava se destrói após uma tempestade e Cécile é obrigada a dividir a montaria de Fernão. E essa aproximação vai fazer com que Cécile crie coragem de pedir que ele a deixe fugir. Fernão nega, mas logo no primeiro dia de Cécile com seu futuro marido, ele vê o jeito que Euclides trata Cécile e muda de ideia e planeja um jeito de fugir dali com Cécile.

Eu já li alguns livros da autora e todos os que eu li eu amei. Por isso tinha bastante expectativas com esse. Ainda mais por ser um romance de época, meu gênero favorito. Apesar de que depois que comecei a ler percebi que ele é mais romance histórico do que de época. Mas o certo é que as minhas expectativas foram alcançadas, mesmo que esse livro não seja o meu favorito da autora. O livro é ótimo e mais uma vez mostra que a Marina é uma grande autora nacional. E dá para ver logo no inicio do livro como a autora se dedicou para trazer uma obra que mesmo sendo uma ficção, não deixou de lado os acontecimentos verídicos da nossa própria história. A narrativa é em terceira pessoa em sua maior parte acompanhando a protagonista Cécile, mas também acompanhamos outros personagens. E também tem algumas partes que vemos a história pelos olhos de Cécile quando ela escreve em seu diário. E pelos de Fernão na forma de cartas escritas para Cécile. 

A autora foi muito fiel ao abordar dois assuntos que infelizmente era muito atual na época em que se passa a história, 1734, como ainda é atual nos dias de hoje: o machismo e o racismo. É triste de ver como são coisas que apesar de se passarem muitos anos ainda continua acontecendo e muito no nosso país. Eu confesso que sempre fui meio ruim em História e aprendi muito com esse livro. Se tivesse livros como esse na época em que eu estudava, seria muito mais prazeroso aprender. O livro além do belíssimo romance como tema principal, ainda nos leva em uma viagem dentro do nosso grande Brasil, ainda desconhecido por muitos. E mesmo sendo uma parte da nossa história que temos que se envergonhar, é necessário que o assunto seja abordado. A autora mostrou a realidade que os negros traficados e os nascidos aqui, os índios, eram tratados pelos colonizadores portugueses. E também como as mulheres eram tratadas naquela época.

Como disse antes são coisas que ainda estão presentes nos nosso dias, mas se compararmos com o que acontecia naquela época, era muita crueldade de pessoas que se diziam seres humanos, e ainda usavam o nome de Deus para fazer todo tipo de atrocidade. É triste de ver como os negros valiam menos do que o lixo que era descartado e as mulheres não passam de escravas de seus tutores e maridos. Mas em meio a toda essa tristeza temos um belo romance entre nossos protagonistas, Cécile, uma garota de personalidade forte que não se deixa abater pela situação, mas ao mesmo tempo com uma bondade enorme no coração, e Fernão, um homem que cometeu muitos atos injustos no passado, mas que é redimido pelo amor que nasce por Cécile. Enfim, eu indico a leitura e com certeza vou ler o próximo livro da série que vai contar a história de Malikah, uma das escravas da história.

Nota:






29 janeiro 2018

#76 | A Estante Aumentou

No começo do ano me desapeguei de vários livros, cerca de 50, por isso agora tem espaço na estante para novos livros hehe. Mas o que vou mostrar hoje ainda são compras do ano passado. E somente um que chegou nessa semana de parceria. Vamos ver o que chegou aqui em casa.

Essa trilogia foi minha primeira compra na Amazon, e confesso que apesar de até então só ver elogios ao site, eu não gostei e não pretendo comprar mais por lá. Essa trilogia estava na minha lista faz tempo. As capas são lindas e espero que a história seja boa.


Os próximos livros comprei em uma mega promoção de natal da Saraiva. O Príncipe Serpente era o que faltava para eu completar a trilogia. A Máscara de Prata vai furar a fila com certeza porque eu morri com o final de A Chave de Bronze, terceiro livro da série.


Eu não resisto a esses romances de época da Arqueiro e já adicionei os dois à minha coleção. Um Beijo à Meia-Noite acho que vai furar a fila também.


Já esses dois comprei com vale presente que ganhei respondendo pesquisas. Com Encontrada Até Quarta finalizei a coleção de Noivas da Semana. Veio um bloquinho com a capa do livro junto. E esse outro comprei só porque era da Carina mesmo.


Esse kit lindo de marcadores foi enviado pela autora parceira L. L. Alves.


E esse chegou de parceria com a Companhia das Letras. Minha mãe já se apossou da sacola. Como estou louca para ler algum livro do autor, esse também vai furar fila. 


E por fim o presente que me dei de natal. Queria um a tanto tempo, mas morria de medo de comprar fora do Brasil. Por isso nem acreditei quando vi ele, e ainda por cima em promoção, no site do Submarino. Claro que comprei na hora antes que acabasse hehe. Amei! Eu achava que era bem menor por isso me surpreendi. Espero que seja o primeiro de muitos.


E ai, o que acharam das minhas aquisições?





28 janeiro 2018

Resenha | Sonhos de Avalon: A Última Profecia - Bianca Briones


Livro: A Última Profecia
Série: Sonhos de Avalon # 1
Gênero: Fantasia
Autora: Bianca Briones
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 424
Ano: 2017

Resenha:
Duas mulheres vivendo a mesma vida? Ou duas vidas sendo vividas pela mesma mulher? Ou ainda duas mulheres que se encontram em vidas em tempos diferentes até que uma não sabe qual é a outra? Sonhos de Avalon: A Última Profecia vai recontar a lenda do Rei Arthur através de duas mulheres tão diferentes e tão parecidas ao mesmo tempo. Morgana na Idade Média e Melissa no século XXI. Morgana é a princesa de Camelot, tem 20 anos e é a irmã mais nova do Rei Arthur. Ela é uma das ultimas feiticeiras de Avalon. Já Melissa tem 22 anos e perdeu seu irmão gêmeo em um grave acidente há dois anos. Mesmo acidente que deixou seu pai em coma até então. Do nada seu pai os acordou em uma madrugada dizendo palavras sem sentido. A unica coisa que Melissa entendeu foi que ele precisava tirá-los de Quatro Estações, a pequena cidade do interior em que viviam.

E enquanto Melissa e seu irmão foram separados há dois anos, de volta a Idade Média, foi há dois anos também que Morgana e Arthur se reencontraram em uma tragédia. Os irmãos foram separados ainda na infância. Arthur foi treinado para ser o grande rei enquanto Morgana foi levada para Avalon para ser treinada por sua tia Viviane, já que ela mostrou ter grande aptidão para a magia das fadas. Mas quase dez anos depois Morgana passou por um período onde não conseguia controlar sua magia e acabou dormindo por seis meses e acordando quando teve um sonho onde seus país morriam e fugiu de Avalon com Lancelot. Ela não conseguiu impedir a tragédia, mas resolveu ficar em Camelot ao lado de Arthur, que também estava de volta e agora como Grande Rei ao recuperar a espada Excalibur que seu pai cravou em uma pedra e foi transformada em uma espada mágica por Merlin.

Mas os dois irmãos estarem juntos não é visto com bons olhos por Merlin, que diz que Morgana deve partir para que o destino de Arthur se cumpra. É então que Morgana começa a perder o controle novamente e começa a ter sonhos de uma outra vida, onde sente a dor da ausência do seu irmão. E ao mesmo tempo Melissa também começa a sonhar com Camelot e com o Rei Arthur. Os saxões estão cada vez mais fortes e Arthur fica dividido entre aceitar a ajuda de Roma que vem junto com a imposição à sua religião, o cristianismo. A unica esperança deles é que se cumpra a profecia que diz que o lago trará de volta aquela que vai unificar a Britânia, salvar a magia e ligar seu destino ao do Grande Rei. E é através do lago que Melissa surge em Camelot, trocando de lugar com Morgana. O problema é que as coisas não são tão simples como parecem e Melissa ficará dividida entre a razão e seu coração.

"Não existem amores impossíveis. Se é amor verdadeiro entre duas pessoas, é possível. Ainda que não estejamos juntos, não quer dizer que não haja amor"

Quando era adolescente e era rata de biblioteca encontrei em uma prateleira quatro livros com a capa dura vermelha e escrito em dourado: As Brumas de Avalon, de Marion Zimmer Bradley. Não hesitei em pegá-los para ler mesmo sem saber do que se tratava já que não tinha sinopse. E para minha surpresa encontrei uma das melhores história que li na minha vida: a lenda do Rei Arthur contada pela visão das mulheres presentes na história. E me afeiçoei muito a Morgana, que conquistou meu coração e que considero uma personagem feminina exemplar, que ainda hoje pode ser citada como um simbolo do empoderamento feminino. Por isso quando vi esse livro da Bianca, fiquei meio receosa de ler já que ele é uma releitura da história e a protagonista do livro Melissa, seria no caso, a versão de Guinevere, que odiei por conta do meu amor pela Morgana.

Por isso confesso que comecei a ler com um pé atrás e toda vez que a Melissa se aproximava do Lancelot eu já ficava com raivinha e já me preparava pra chamá-la de traidora. Mas aos poucos a autora foi me ganhando e quando percebei já não sentia mais raiva, mas entendia pelo o que a Melissa estava passando. Eu nunca tinha lido nada da autora até então, apesar de sempre ver a Ale elogiando os livros dela. Eu não sou muito fã do gênero que ela escreve, mas quando surgiu a oportunidade de ler esse, eu me joguei e não me arrependo nenhum pouco. Mas apesar de ter amado a história, não dei cinco estrelas porque teve algumas coisas que eu não gostei.

Por se tratar de uma história já existente, quando o autor muda de forma radical os personagens, fica aquele sentimento esquisito e eu não consegui gostar do Rei Arthur que ela criou. Nesse livro ele é um fraco manipulado por Merlin, bastante machista, e meio que se acha por ser o Rei. Enquanto na verdade Rei Arthur é o oposto, gentil e amoroso. Aqui Lancelot é que é o bonzinho. E como já disse em outras resenhas, não gosto quando os autores tentam manipular o leitor demonizando um personagem para que o outro seja o perfeito, fazendo assim com que o leitor se apaixone por quem eles querem. E também senti muito a falta da Morgana já que do meio do livro em diante, ela apareceu muito pouco para o meu gosto.

Mas deixando isso de lado, eu amei a história. Temos mistérios, intrigas, um traidor no meio do povo que eu quebrei a cabeça mas não consegui descobrir quem é. Histórias de amor, histórias sim, porque não é apenas o famoso triângulo amoroso que ama. Temos lutas, magia, criticas ao machismo da época e a quantidade do livro passa voando de tão envolvente que a história é. A narração é em terceira pessoa e cada hora acompanhamos um dos personagens. Os capítulos são curtos, o que dá ainda mais agilidade à história. E a edição do livro está muito bonita, com essa capa incrível. Mas o material da capa não é lá essas coisas porque mesmo tomando cuidado, a beiradinha do livro onde eu segurei o livro começou a levantar. Mas enfim, foi uma ótima leitura, quero muito a continuação e indico ele para quem quer um bom livro de fantasia medieval.

Nota:






25 janeiro 2018

Divulgação | Melhor que Sexo!

Crônicas sobre sentimentos levam leitor ao êxtase




O cotidiano captado sob a ótica do amor, da paz e gratidão está nas crônicas do livro Melhor que Sexo!, do publicitário Luiz Cláudio Siqueira, que acaba de chegar ao mercado editorial pela Autografia.

O que pode ser melhor que sexo? A pergunta que inspira o título é respondida logo no primeiro texto e revela o que ninguém poderia imaginar. Do tipo que não dá vontade de parar, os textos são acompanhados por ilustrações para dar a leveza que a proposta merece e ajudar na identificação com o leitor.

O autor buscou fazer um livro bem otimista, que fala, entre outros, de afeto, família, sobre a passagem dos anos, sempre de uma maneira simples e sábia, e em prol da felicidade. “São crônicas inspiradoras para se ter uma vida melhor, mais  gratificante, mais feliz”, define Luiz Cláudio.

Luiz Cláudio é o emissário de um emaranhado de sentimentos que acaricia ao longo da sua narrativa, como uma teia que arrepia.


SOBRE O AUTOR:

Luiz Cláudio Siqueira tem 53 anos, nasceu em Campos dos Goytacazes (RJ) e atualmente mora em Niterói, no mesmo Estado. É formado
em Publicidade pela Universidade Federal Fluminense, já trabalhou como
redator para diversas agências de propaganda.



Melhor que Sexo!
Editora: Autografia
Autor: Luiz Cláudio Siqueira
Páginas: 184 // Formato: 16 x 23 cm // Preço: R$ 35,00
Link para aquisição da obra: Aqui
Melhor Que Sexo! é uma seleção de crônicas de temas variados como amor, paz e gratidão, que irão fazer o leitor ver que a felicidade é possível para quem cuida do seu lado espiritual e sabe viver sabiamente. Os textos são pequenos e a leitura irresistível, daquele tipo que você não tem vontade de parar. Dá só uma folheadinha. Você vai ver que para cada crônica, há uma bela ilustração. Este livro é um grande presente pra você e pra quem você ama.






23 janeiro 2018

Resenha | Antes da Tempestade - Dinah Jefferies


Livro: Antes da Tempestade
Série: Não
Gênero: Romance
Autora: Dinah Jefferies
Editora: Paralela
Páginas: 343
Ano: 2017

Resenha:
Eliza Fraser viveu sua infância na Índia até seus dez anos, quando a tragédia aconteceu. Seu pai David era um oficial de alto escalão do governo britânico e participou do desfile em um dos cinquenta e três elefantes que vinham seguindo o vice-rei Lorde Hardinge, quando foi selado o acordo onde Delhi ia se tornar a sede do governo britânico na Índia. Mas em um piscar de olhos seu pai estava morto. Uma explosão devastadora tirou a vida da pessoa que Eliza mais amava no mundo. Eliza voltou para Londres com sua mãe, mas agora aos vinte nove anos ela está de volta à Índia para realizar o trabalho mais importante dela como fotógrafa profissional até então. Sua mãe que não estava feliz com a profissão escolhida por Eliza, pediu a Clifford Salter, afilhado de David, que conseguisse uma vaga numa firma de advocacia para Eliza. 

O que ela não esperava era que Clifford fosse apoiar Eliza e ainda mais mandar ela para a Índia, onde enfim a mudança da sede terminou. E sua mãe não pode fazer nada a respeito já que Clifford só responde ao chefe político de Rajputana. Eliza vai passar um ano no interior do castelo da família real em Juraipore, local onde vai criar um novo acervo para a Coroa Britânica. Ela acha que está é sua chance de mudar de vida depois de ficar viúva, mesmo que isso signifique que ela não vai ter muita liberdade já que os moradores locais ainda acreditam que as mulheres deveriam continuar escondidas pelo véu. Assim que chega, Eliza conhece Laxmi, mãe do soberano de Juraipore e seu segundo filho, o príncipe Jayant Singh Rathore. 

Eles começam a conviver e se tornam amigos. É nos passeios com Jay que Eliza acaba aprendendo mais sobre as tradições e os costumes do povo, costumes esses onde a mulher não vale quase nada e ela fica horrorizada ao ver uma viúva sendo queimada viva. Mas ela consegue ver também o sofrimento do povo com a pobreza excessiva e quando Eliza questiona Jay, ele diz que está de mãos atadas já que vivem debaixo do domínio britânico e o povo sofre por isso também. E essa convivência entre os dois faz com que eles acabem apaixonados. Um amor que já começa condenado, já que nem os britânicos, nem os indianos, vão aceitar uma união entre eles.

" Para conhecer o amor verdadeiro, é preciso se deixar levar por ele."

Quando vi esse livro sendo lançado, já entrou na minha lista de desejados já que amei o outro livro da autora que li no ano passado, O Perfume da Folha de Chá. E fiquei imensamente feliz quando ganhei ele de presente da editora. Veio embalado para presente junto com um incenso e por isso durante toda a leitura eu sentia aquele cheirinho gostoso. Meu muito obrigada a editora pelo carinho e consideração. Mas voltando a história. Infelizmente antes de começar a leitura comecei a ler bastante resenhas desanimadoras do livro. Todas que li disseram ter se decepcionado com o livro. Por isso já fui com minhas expectativas lá embaixo para não acontecer o mesmo comigo.

E até o meio do livro eu estava gostando muito. A autora tem uma escrita bem detalhista e por isso somos transportados para um cenário incrível. Mas foi então que comecei a me irritar com a protagonista. Tem gente que é ingênua, mas a Eliza era tonta mesmo. Até tentei entender suas atitudes, mas não deu. Ela está vendo que as folhas são verdes mas se vem alguém e diz que é azul ela acredita. O mulher fácil de enganar. E não foi apenas uma vez, e por várias pessoas diferentes. Isso me irritou imensamente. Isso e o fato de estar esperando um romance e não consegui ver amor entre eles. Da parte do príncipe me pareceu bem mais curiosidade por ela ser completamente diferente das mulheres que ele está acostumado ou então até mesmo como um rompante de rebeldia do que amor. E da parte dela achei carência mesmo por nunca ter ninguém que a tratasse com um mínimo de carinho desde que seu pai morreu.

Agora o que tenho que reconhecer é que a autora sabe como escrever os antagonistas. Eu já tinha odiado Verity em O Perfume da Folha de Chá e agora odiei outros 3 personagens desse livro. Pelo menos nessa parte não tenho do que reclamar. E também da parte histórica do livro. Me vi envolvida com as tradições e depois fui até pesquisar para saber mais sobre. Mas infelizmente o romance deixou a desejar. Mesmo tentando deixar as expectativas baixas, não tem como não querer uma história como foi em O Perfume, uma história que me acabei de chorar. Mas ainda assim como um todo, achei o livro muito bom e indico ele para quem gosta de romances históricos. E essa capa o que dizer dela. Está maravilhosa. Quando estava lendo ele no ônibus as pessoas até paravam para olhar. E deixava ela bem a mostra porque não sou dessas que lê no ônibus e esconde a capa e os leitores presentes tem que rebolar para conseguir ver que livro é. Fica a dica para quem lê no ônibus hehe.

Nota:






22 janeiro 2018

#9 | Eu Quero!

No mês passado como só me interessei por um lançamento, optei por não fazer essa coluna. Então coloquei ele aqui na desse mês hehe. É o primeiro livro da lista. Os outros são lançamentos de janeiro que fiquei muito interessada.

O quarto volume da série Magisterium, uma saga de cinco livros de fantasia co-escrita pelas autoras best-sellers Holly Black e Cassandra Clare
A série é uma fantasia urbana, onde um universo de magia coexiste com nosso mundo. Neste quarto livro da saga, Black e Clare nos levam para além do domínio dos vivos em uma viagem em direção aos perigos da morte.
Agora Call é um dos mais temidos estudantes da história do Magisterium, conhecido como o Inimigo da Morte, o Suserano do Mal, considerado culpado pela morte do melhor amigo e estopim de uma constante ameaça de guerra. E quando ele é libertado da prisão por aliados improváveis, interessados em seu poder sobre a magia do caos, ele se vê envolto em uma trama de mentiras e intrigas, e precisa decidir o que fazer com o próprio poder.

Eu terminei o terceiro volume dessa série essa semana e preciso desse livro. Que final foi aquele?

Christine Feehan, autora premiada e best-seller do The New York Times e do USA Today apresenta o primeiro livro de sua série Ghostwalkers – O jogo das sombras, um livro intenso, sombrio e incrivelmente seduzente. Este experimento secreto é criação do renomado cientista Peter Whitney e sua brilhante filha, Lily. Criado para aprimorar as habilidades psíquicas de um esquadrão de elite, as transformações permitem que o poder mental desses homens se transforme em uma incrível arma militar. Entretanto, as cobaias começam a morrer misteriosamente nos laboratórios secretos, sempre vítimas de acidentes bizarros, e o capitão Ryland Miller sabe que ele será o próximo. Quando o dr. Whitney é assassinado, Ryland sabe que agora só poderá confiar na bela Lily. Possuidora de um sexto sentido excepcional, ela compartilha com Ryland cada novo medo, cada traição e cada suspeita que surge nos laboratórios. Contudo, ambos compartilham muito mais do que os próprios medos e terão de lidar com a paixão que os atrai enquanto desvendam os segredos por trás de tantas mortes.

Depois dessa sinopse tem como não querer esse livro?

Considerada "a rainha dos romances de época" pela Goodreads, Júlia Quinn já atingiu a marca de 10 milhões de livros vendidos.
Mais Lindo Que a Lua, primeiro livro primeiro livro da série Irmãs Lyndon, é uma história irresistível sobre sobre reencontro e desafios, romantismo e perseverança.
Foi amor à primeira vista. Mas Victoria Lyndon era a filha do vigário, e Robert Kemble, o elegante conde de Macclesfield. Foi o que bastou para os pais dos dois serem contra a união. Assim, quando o plano de fuga dos jovens deu errado, todos acreditaram que foi melhor assim.
Sete anos depois, quando Robert encontra Victoria por acaso, não consegue acreditar no que acontece: a garota que um dia destruiu seus sonhos ainda o deixa sem fôlego. E Victoria também logo vê que continua impossível resistir aos encantos dele. Mas como ela poderia dar uma segunda chance ao homem que lhe prometeu casamento e depois despedaçou suas esperanças?
Então, quando Robert lhe oferece um emprego um tanto incomum – ser sua amante –, Victoria não aceita, incapaz de sacrificar a dignidade, mesmo por ele. Mas Robert promete que Victoria será dele, não importa o que tenha que fazer. Depois de tantas mágoas, será que esses dois corações maltratados algum dia serão capazes de perdoar e permitir que o amor cure suas feridas?

Julia Quinn é Julia Quinn e sempre que lançar novos livros dela eu vou querer ler.

Cinco alunos entram em detenção na escola e apenas quatro saem com vida. Todos são suspeitos e cada um tem algo a esconder. Numa tarde de segunda-feira, cinco estudantes do colégio Bayview entram na sala de detenção: Bronwyn, a gênia, comprometida a estudar em Yale, nunca quebra as regras. Addy, a bela, a perfeita definição da princesa do baile de primavera. Nate, o criminoso, já em liberdade condicional por tráfico de drogas. Cooper, o atleta, astro do time de beisebol. E Simon, o pária, criador do mais famoso app de fofocas da escola. Só que Simon não consegue ir embora. Antes do fim da detenção, ele está morto. E, de acordo com os investigadores, a sua morte não foi acidental. Na segunda, ele morreu. Mas na terça, planejava postar fofocas bem quentes sobre os companheiros de detenção. O que faz os quatro serem suspeitos do seu assassinato. Ou são eles as vítimas perfeitas de um assassino que continua à solta? Todo mundo tem segredos, certo? O que realmente importa é até onde você iria para proteger os seus.

Vi esse livro sendo divulgado no facebook e me interessei bastante pela sinopse dele. O enredo é muito interessante e já estou morta de curiosidade.

A trilogia Irmãos McCabe, de Maya Banks – autora best-seller do The New York Times –, se encerra com uma história de laços fortes e de amor verdadeiro. O irmão mais novo da família McCabe usa a espada e a sedução para salvar o clã… e selar seu coração. Por conta do coração jovem e negligente de Caelen McCabe, seu clã quase foi destruído. Agora, priorizando a lealdade à família, ele se compromete a se casar com a noiva rejeitada pelo irmão, Alaric, e, assim, salvar a aliança instável entre os dois clãs. Embora a linda Rionna McDonald seja a esposa perfeita para qualquer homem, Caelen não confia em nenhuma mulher, principalmente naquela doce tentação que o atormenta com um desejo ardente. Como um carneirinho sacrificado no jogo de poder de seu pai, Rionna vai cumprir sua função, mas jura impedir que seu coração e seu orgulho sejam humilhados. Apesar de tudo, o calor do toque de Caelen derrete suas defesas e ela almeja as carícias sensuais de um marido que proteja suas emoções tão ferozmente quanto protege o próprio clã. Contudo, quando chega a batalha final pelo legado McCabe, o espírito guerreiro de Rionna emerge, fazendo-a provocar a ira do pai, a fúria dos inimigos e pôr a própria vida à prova a fim de mostrar a Caelen que o amor de sua esposa é precioso demais para ser menosprezado.

Eu ainda não li os dois primeiros livros dessa trilogia, mas tenho eles aqui. Então é claro que quero ele.

E vocês, qual lançamento de janeiro mais chamou sua atenção?




20 janeiro 2018

Resenha | O Inocente - Harlan Coben


Livro: O Inocente
Série: Não
Gênero: Policial, Suspense
Autor: Harlan Coben
Editora: Arqueiro
Páginas: 336
Ano: 2013
Resenha:
Matt Hunter é um jovem na média. Ele é bom, mas não é excepcional. Sua média é 8, o que lhe garante uma boa faculdade, mas não as tops. E ele joga bem futebol americano e basquete, mas não a ponto de garantir uma bolsa de estudos. Ele tinha uma vida boa, até que o acidente aconteceu. Ele já estava no segundo ano da faculdade de direito curtindo as férias do meio do ano com sua família quando precisou voltar para os treinos de basquete. Seu melhor amigo e companheiro de quarto Duff, voltou com ele e no meio do caminho convenceu Matt a parar em uma festa de outra faculdade. Duff bebeu demais e acabou entrando em uma briga. Matt vendo Duff ser espancado, tentou apartar a briga e na confusão ele acabou matando um cara. E mesmo sendo um acidente, Matt foi condenado e preso.

Logo em suas primeiras semanas na cadeia Matt foi espancado três vezes e acabou passando três semanas na enfermaria. Foi então que ele começou a ver a vida de uma outra maneira. Ele ficou preso quatro anos e quando saiu conseguiu refazer sua vida graças a seu irmão que lhe deu todo o apoio que ele precisava e até conseguiu um bom emprego para Matt. Agora nove anos depois de ter saído da cadeia Matt está casado com uma mulher maravilhosa, Olivia, que é tudo na vida para ele e eles acabaram de descobrir que vão ter um filho. Por isso Olivia sugere que eles comprem um aparelho de celular que também é uma câmera de vídeo para que nenhum deles perca nada da vida do bebê que vai nascer. Mas o que Matt não esperava era que sua vida ia se tornar um inferno novamente por causa daquele aparelho de celular.

Olivia está viajando a trabalho quando Matt recebe uma ligação do celular dela. Primeiro vem uma foto de um homem, depois um vídeo onde Olivia está em um quarto com o homem da foto e não precisa de muita imaginação para adivinhar o que eles estão fazendo no quarto. Matt fica desesperado mas não consegue falar com Olivia. E para ajudar ele percebe que está sendo seguido. E após uma investigação ele descobre que o homem que está seguindo ele, é o mesmo que estava no vídeo com Olivia. E o pior é que esse mesmo homem é encontrado morto logo depois. Paralelo a isso temos Loren Muse, uma investigadora de homicídios que está encarregada de descobrir quem matou uma freira cujo crime só está sendo investigado porque as outras freiras descobrem que ela tem silicone nos seios. E as pistas desse crime levam até Matt.

Tem autores que são a nossa zona de conforto. Harlan Coben é um dos meus. Eu sei que se precisar posso recorrer aos seus livros para dar aquela acelerada nas minhas leituras ou para me tirar de alguma ressaca literária. Sou fã incondicional da Agatha Christie quando o assunto é romance policial, mas não posso negar que o Harlan não está muito longe dela na minha preferência. Acredito que ele é o melhor autor vivo do gênero. Ele pega uma história que poderia ser considerada boba e transforma em algo que embaralha nossa mente. Começa com uma história aqui, um crime ali, que aparentemente não tem nada a ver, mas conforme ele vai soltando as pistas o quebra cabeça vai se formando e começamos a desconfiar de mil coisas e quando pensamos que já sabemos o que está acontecendo, ele vai lá e puxa nosso tapete e dá aquela reviravolta. E no final não era nada daquilo que a gente tinha imaginado.

Eu não gosto de ler os livros do autor no meio da semana, é quase impossível de largar o livro quando você começa a ler, mas acabei fazendo isso novamente e enquanto estava trabalhando ficava lá o tempo todo pensando quem estava matando e no motivo de tudo aquilo estar acontecendo. Não dá nem para concentrar no serviço hehe. Mais uma vez o autor me enganou direitinho e quando pensei que tinha resolvido tudo vi que estava longe da verdade. Como em todos os livros dele fui completamente surpreendida. Por isso não pude deixar de favoritar o livro. Os personagens são ótimos. Matt, o inocente, é aquele tipo de pessoa que atrai problemas, mas como é o Harlan a gente fica até o ultimo minuto sem saber que ele é inocente mesmo hehe. E Loren é um personagem que eu queria ver em outros livros dele porque ela é incrível. Não vou falar muito mais para não estragar a surpresa de quem vai ler. Mas só digo uma coisa, se você ainda não leu nada do autor, não sabe o que está perdendo.

Nota:





18 janeiro 2018

Resenha | Extraordinário - R. J. Palacio


Livro: Extraordinário
Série: Não
Gênero: Infantojuvenil
Autora: R. J. Palacio
Editora: Intrínseca
Páginas: 320
Ano: 2013
Sinopse:
August Pullman, o Auggie, nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações medicas. Por isso, ele nunca havia frequentado uma escola de verdade... até agora. Todo mundo sabe que é dificil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.

Resenha: 
Eu tenho esse livro aqui na estante desde que foi lançado essa edição da capa azul. A primeira edição era branca com as letras em vermelho. Depois que fiquei sabendo que foi por ele ser lançado junto com a A Culpa é das Estrelas e como ACEDE era azul, optaram por outra cor. E só agora consegui ler ele. Não sei porque acabei deixando, e ficou lá até agora. Mas acho que cada livro tem o momento certo para ser lido e esse foi o meu momento. Acho que não preciso falar mais sobre o enredo do que já está na sinopse. E além disso acho que tem poucas pessoas que não sabem sobre a história de Auggie, seja pelo livro, ou pelo filme ou por ouvir falar sobre. Por isso vou direto as minhas impressões sobre ele.

Eu já li alguns livros narrados por crianças como O Menino do Pijama Listrado, Passarinho, O Sol é Para Todos e Quarto e todos eles mexeram muito comigo. A história pelo ponto de vista de uma criança é totalmente inocente e mesmo com assuntos pesados sendo abordados, como os horrores da Segunda Guerra, a ausência de um ente querido, racismo e sequestro, ainda assim temos uma visão bem mais leve, mesmo que nós adultos consigamos ver o que realmente está acontecendo.

E em Extraordinário não é diferente. Mesmo o livro tendo o ponto de vista de vários personagens, como a irmã de Auggie e alguns amigos, nenhum deles é um adulto. E já nas primeiras páginas do livro eu me emocionei e já senti aquele calorzinho gostoso, um acalanto vindo das páginas. E por coincidência meu ultimo livro lido era com um August (A Melodia Feroz), no caso um monstro de verdade que era a gentileza em pessoa e acabei com outro August que aqui é um humano, mas que para quem olha tem a aparência de um monstro e que também vai ensinar gentileza para muitas pessoas.

Entrar em uma escola nova não é fácil para ninguém. Eu lembro bem de como até passava mal no primeiro dia de aula. A ansiedade para saber em que classe ficaria, se teria amigos e outras coisas. Agora imagine isso para quem nunca frequentou uma escola e que sabe que será o centro das atrações, e ele nem sabe o que é o pior, quando as pessoas olham ou quando fingem que não veem. Ver o horror em seus rostos ou ver a pessoa tentando disfarçar o que está pensando.

E nem é culpa das pessoas porque acho que todo mundo aqui já fez isso algum dia. Nós não sabemos lidar com nada diferente. Eu falo por experiencia própria. No centro esportivo perto da minha casa eles fazem um trabalho com cadeirantes e cegos e sempre pego o ônibus com alguns deles. E teve um dia que um dos cegos pediu minha ajuda. Eu travei. Não por preconceito ou algo parecido, mas por não saber mesmo como ajudar. Então ele mesmo percebendo minha reação disse o que eu tinha que fazer que era basicamente deixar ele segurar no meu braço e eu só tinha que fazer o que faço todos os dias. Parece uma coisa boba, mas quantas pessoas já não se viram em uma situação parecida e por medo ou outra coisa não souberam como agir.

E o próprio Auggie entende isso, e isso mostra como ele é incrível. É claro que existem muitos Julian e seus pais na vida, que fazem e dizem as coisas por maldade mesmo. Assim como existem muitas Summer que é da natureza delas ser gentil. Mas mesmo quem não é assim pode aprender a ser. A gentileza é algo que podemos adquirir, podemos praticar e ter um mundo melhor para todos porque a gentileza é algo que volta para quem à pratica. Não é fácil. Quem aqui que não quer ter razão? Eu sempre quero, mas vou levar essa mensagem comigo e aprender a ser gentil em vez de ter razão.

Tem um ponto que quero levantar aqui, e é o mesmo que já falei na resenha de Passarinho. Geralmente quando um dos filhos precisa mais dos pais, o outro é deixado de lado. E vemos essa frustração pela Via. Depois que Auggie nasceu ela não teve mais pais. Por isso os pais precisam prestar muita atenção para que isso não aconteça. É muito fácil se esgotar com o filho que mais precisa e esquecer que o outro também é uma criança que mesmo entendendo o que acontece vai ficar aquele sentimento de abandono.

E claro logo que terminei o livro, corri assistir o filme. E me surpreendi porque o filme está bem fiel ao livro. Claro que tem algumas partes diferentes como ele ir a escola de capacete no filme e no livro ele não usar há mais de dois anos já e também a Summer que no livro senta com ele logo no primeiro dia de aula e outras mudanças que não fazem muita diferença na história. Mas o filme é muito bom. Só que o livro ainda é bem melhor, passa muito mais emoção.

A edição do livro está muito bonita. Minha edição é a de capa azul. Aquela frase na capa atrás é de matar. Os capítulos são curtinhos, então a leitura é bem rápida e li em um dia. E chorei. Chorei muito. Por vários motivos, mas mais por ver que apesar de tudo o que vemos diariamente, ainda existem pessoas boas no mundo. Pessoas que querem fazer a diferença, e por isso não posso deixar de citar o professor Browne. Que tenhamos mais professores como ele. Enfim, essa é uma leitura indicada para todos e não para ser feita apenas uma vez, mas sempre que tivermos a oportunidade de reler. Esse sem dúvida vai ser um livro que vai ficar marcado para sempre no meu coração.

E eu que não sou de marcar quotes, marquei quase o livro todo. Coloquei alguns aqui que mais mexeram comigo:

"A única razão de eu não ser comum é que ninguém além de mim me enxerga dessa forma."

"O legal de crianças pequenas é que elas não dizem coisas para tentar magoar você e, mesmo que às vezes façam isso, não sabem o que estão falando. Quando elas crescem, por outro lado..., sabem  bem o que estão dizendo. E isso definitivamente, não é divertido para mim."

"Disse palavras gentis, que, eu sabia, eram para me ajudar, mas palavras não vão mudar meu rosto."

"Esse preceito significa que deveríamos ser lembrados pelas coisas que fazemos. Elas importam mais do que tudo. Mais do que aquilo que dizemos ou do que nossa aparência. As coisas que fazemos sobrevivem a nós. São como monumentos que as pessoas erguem em honra dos heróis depois que eles morrem. Como as pirâmides que os egípcios construíram para homenagear os faraós. Só que, em vez de pedra, são feitas das lembranças que as pessoas têm de você."

"Eu gostaria que todos os dias fossem Halloween. Poderíamos ficar mascarados o tempo todo. Então andaríamos por aí e conheceríamos as pessoas antes de saber como elas são sem máscara. "

"– Sempre haverá idiotas no mundo, Auggie – falou, olhando para mim. – Mas seu pai e eu acreditamos, de verdade, que há mais pessoas boas que más na Terra, e que as pessoas boas olham uma pelas outras, cuidam umas das outras."

"Acho que devia haver uma regra que determinasse que todos as pessoas do mundo tinham que ser aplaudidas de pé pelo menos uma vez na vida"

"Quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil."


Nota:   








17 janeiro 2018

#22 | Eu Indico...

...Assassinato no Expresso do Oriente



Quando ouvimos falar sobre o lançamento do filme, tanto eu como a Olivia ficamos curiosa com ele. Eu um pouco mais que a Olivia já que O Assassinato no Expresso do Oriente é o meu favorito de toda a vida. Então resolvemos fazer essa postagem falando sobre nossas impressões sobre o filme.

Olivia


Desde quando fiquei sabendo que esse filme estava sendo produzido fiquei muito animada; não porque eu tivesse lido o livro, mas exatamente por isso, por ter sempre ouvido muito bem sobre a obra da rainha do crime Agatha Christie. Mas bora lá falar sobre... 


Resumo da Historia



Ao finalizar com sucesso mais um caso, Poirot embarcar em um trem luxuoso com a ajuda de um amigo Bouc que é responsável para que tudo dê certo nessa viagem. 
E durante a viagem Poirot conhece os excêntricos passageiros. Um deles, Edward Ratchett insiste em se aproximar do detetive e contrata-lo como seu segurança particular. Porem Edward é encontrado morto em seu vagão apos uma nevasca que deixa o trem descarrilhado. 
Preocupado em manter a fama do Expresso do Oriente, Bouc insiste que Poirot descubra quem é o assassino antes que os policiais cheguem. 


Sobre o Filme



O filme conta com grandes nomes do cinema como Michelle PfeifferJosh GadJudi DenchJohnny Depp, Willem Dafoe entre outros. Aos poucos você é apresentado aos personagens e seus dramas logo apos o trem ser atingido pela nevasca e a morte de Edward (Jonny Depp) os ânimos ficam um tanto alterados, e todos precisam passar pela interrogação do detetive Poirot.
Talvez para alguns, o filme seja cansativo devido a quantidade de falas, porem são necessárias para poder descobrir o real assassino e seu motivo. 
A trama é tão bem desenvolvida que chega um momento que você se sente como o próprio detetive... com grandes duvidas sobre quem poderia realmente ter assassinado e quais seriam seus motivos. Tem uma peça solta nesse quebra-cabeças e sera que o mais famoso detetive vai conseguir resolver? Sem duvidas! Mas duvido você descobrir
E só pra não deixar de falar, a produção está muito linda, fotografia, figurino... 
Eu não posso dizer se está como o livro porque não li. 
Gostei  do filme e quero assistir novamente para poder pegar alguns detalhes que me escaparam, pois ao mesmo tempo em que o filme é longo você acaba sentindo necessidade de mais explicações. Como assisti dublado, acabei demorando pra entender o que o detetive falava, pois a dublagem ele fala com sotaque francês. 

A direção é de Kenneth Branagh. Cinderela, Thor e Frankenstein de Mary Shelley são uns dos filmes que faz parte de seu curriculum
Duração 114 minutos

Silvana


Como disse acima, O Assassinato no Expresso do Oriente é o meu livro favorito. E não acho que por ele ser o melhor que eu li em toda minha vida, mas por toda a história por trás dele e de como ele me fez apaixonar pela leitura. Mas confesso que não estava esperando muito do filme não, já que são raras as adaptações que são fiéis aos livros. E também porque apesar de amar o livro eu sei que ele não foi feito para ser visto e sim lido. E depois que assisti o filme fiquei ainda mais certa disso.

Li várias resenhas sobre o filme antes de assistir e todas elogiaram o filme, mas infelizmente eu tenho que discordar de todos. E como é um livro que amo não sei separar as coisas e não consigo ver ele como apenas um filme. Se pudesse acho que até gostaria do filme, mas como não consigo, eu odiei tudo nele.

Desde o começo do filme que não existe no livro, mas acho que acrescentaram aquilo para apresentar o Poirot ao publico já que não é todo mundo que vai assistir que conhece o famoso detetive da Agatha. Quando eu vi o ator que ia fazer o papel já torci o nariz porque fisicamente, fora o bigode que não combina com o ator, ele não tem nada do Poirot. E infelizmente as diferenças não ficaram somente no físico. Kenneth Branagh fez um Poirot que se eu não conhecesse ele de verdade nunca que iria amar o detetive. Ele é excêntrico sim e cheio de manias, se acha o melhor, mas não sei o porque o do filme me deu nos nervos. 


Sem falar na tal da mulher do retrato que nunca existiu no passado de Poirot. E nas cenas de correria que com certeza foram para que o filme tivesse mais ação, mas Poirot ficaria horrorizado de ter que sair correndo atrás de alguém. Ele sempre usa as células cinzentas para resolver seus crimes e ai até entra a eterna rivalidade entre ele e o Sherlock Holmes, porque Poirot sempre se comparava ao outro famoso detetive. Enquanto Sherlock era a ação, ele solucionava seus mistérios sentado atrás de uma mesa.

Mas por conta desse detalhe da ação mudaram muita coisa no filme como as perseguições do Poirot, a avalanche, que no livro quando eles acordam o trem já está parado, tiros e facadas que não aconteceram no filme, mas entendo que sem isso o filme seria muito chato para se assistir. O problema que por conta dessa correria toda do Poirot não deu para mostrar toda a genialidade das descobertas do Poirot. E também perdeu bastante no conhecimento dos outros personagens, que é uma das grandes sacadas da autora na história 

E falando nos outros personagens, não foi só o Poirot que eles mudaram. Quase todo mundo teve suas nacionalidades e personalidades modificadas. Elena me surpreendeu em como eles mudaram o caráter dela já que no livro ela é uma mulher doce e inocente e no filme mais parece uma drogada oferecida. E teve também personagem dois em um já que juntaram o Dr. Constantine com o coronel Arbuthnot.

Mas o pior de tudo foi o final. No livro ele é o ápice da história e é onde vemos Poirot sendo Poirot e no filme foi tudo tão corrido e bem chatinho para falar a verdade. Mas enfim, como disse lá em cima, essa é uma história para ser lida e não assistida. Mas respeito a opinião de quem gostou, o que infelizmente não aconteceu comigo.









16 janeiro 2018

Resenha | Não Me Esqueças - Babi A. Sette


Livro: Não Me Esqueças
Série: Não, mas descende da série Flores da Temporada
A Promessa da Rosa
O Despertar do Lírio 
Gênero: Romance de época
Autora: Babi A. Sette
Editora: Verus
Páginas: 350
Ano: 2017

Resenha:
Como uma das filhas do duque de Belmont, Elizabeth aos quinze anos deveria estar ocupando seus pensamentos com as aulas de musica, de como se portar em um baile e principalmente em como ser uma boa esposa e mãe. Mas seus interesses são outros. Ela é fascinada pelo povo e pela cultura celta. A ponto de sonhar todas as noites com isso. No sonho ela persegue um lobo em uma floresta nas Highlands e por mais que corra, ela nunca o alcança. Mas depois de ler sobre a lenda do castelo de Mag Mell seu sonho muda e o lobo acaba se transformando em um homem vestido como um traje típico das Highlands que pede que Lizzie volte para ele. Mas ainda assim ela sabe que seus desejos vem depois dos seus deveres, se ela não for a dama perfeita, será sua família e principalmente sua irmã mais nova Eleanor quem vai sofrer com isso e aos dezessete anos ela debuta com louvor. 

E não se sabe se influenciada por Ellie que só fala em amor e casamento, Lizzie acaba fisgada pelo melhor partido da temporada, Henrique, o conde de Devonport. Ela acha que está apaixonada e quando Henrique pede sua mão, ela aceita. Mas seus sonhos de amor são destruídos logo depois quando ela encontra Henrique agarrando outra garota e fazendo as mesmas juras de amor que instantes antes estava falando para ela. Isso faz com que Lizzie perca a pouca fé que tinha no casamento e decide que nunca vai se casar. Por isso aos vinte e um anos ela já começa a ouvir de sua avó que ela está ficando passada e precisa urgente de um marido. Lizzie não sabe como vai escapar de mais uma temporada e pula de alegria quando a resposta para seu dilema vem na forma de uma carta com um convite para que ela passe dois meses na casa de uma amiga na Escócia. Sua mãe consegue convencer o duque de que talvez seja melhor Lizzie passar um tempo longe de Londres e assim Lizzie vai parar nas Highlands. 

Mas no caminho eles entram em um atalho na floresta e o comboio de Lizzie é atacado e Lizzie acaba desacordada. Percebendo que eles querem Lizzie, Camille a camareira se passa por ela e Lizzie é deixada para trás desmaiada. Quando acorda e vê todos os guardas mortos, Lizzie corre pela floresta e sua impressão é de estar em um de seus sonhos. Perdida em meio a névoa ela acaba encontrando uma ponte e ao atravessá-la Lizzie encontra o que sempre esteve em seus mais íntimos desejos: um clã highlander escondido dentro da floresta. E ela ainda acha que está sonhando porque parece que ela está no castelo da lenda que tanto mexeu com ela. Mas o povo que vive lá não se parece em nada com o povo que ela tanto admira. Eles são desconfiados e parecem querer que Lizzie nunca tivesse aparecido. E assim que ela conhece Gareth, líder do clã, que fica dividido entre a responsabilidade por seu clã e a paixão que comeca a sentir por Lizzie.

"Foi ali, desconstruída entre imagens vivas e traços de luz no escuro, com a chama acesa nos olhos da alma, que Lizzie o amou. E, ao contrário do que acreditava desde que fora traída anos atrás, ela não se sentiu pequena nem mesmo ameaçada. Lizzie se sentiu gigante, indestrutível e bela, como a mulher retratada naquele desenho, através dos olhos de Gareth."

Quando vi esse livro sendo lançado eu já coloquei ele na minha lista de leituras. Eu já li três livros da autora e amei todos eles. A escrita da Babi é viciante e mesmo seus livros sendo enormes, as páginas parecem que viram sozinhas de tão envolvente a forma como ela escreve. Não Me Esqueças é seu terceiro romance de época e mesmo a personagem principal sendo descendente do casal protagonista do primeiro livro da série As Flores da Temporada, ele não é uma continuação e não faz parte da série. Por isso pode ler sem medo, mesmo que você ainda não tenha lido os outros. Comecei o livro com grandes expectativas. Foram vários fatores que criaram elas, livro da Babi, romance de época, Highlanders e ainda mais com essa mistura de contos de fadas. E posso dizer que as expectativas foram alcançadas e superadas.

Mesmo preferindo livros de suspense/policial, eu sou dessas que se derrete quando pega um livro com um aqueles romances de tirar o folego. E aqui tem um exatamente assim. É aquele amor que vai sendo construído, você vê os personagens se apaixonando aos poucos e vai se apaixonando junto. Mas então sempre tem um dilema e parece que eles nunca irão conseguir ficar juntos, é uma questão de escolher entre a família, toda uma existência construída até então e a pessoa que parece ser sua alma gêmea e que sem ela sua alma vai definhar e morrer. Me apaixonei, me encantei e derramei muitas lágrimas no final. Fazia tempo que não lia uma história de amor tão bonita. ainda mais nesses tempos de amor miojo, que os personagens olham e já não vivem mais sem a outra pessoa.

Então é isso que você vai encontrar nesse livro: uma linda história de amor. E com um cenário de tirar o folego. Quem nunca sonhou em viver um amor em um castelo de um conto de fadas? O livro ainda lembra bastante um dos meus contos favoritos, A Bela e a Fera, não vou dizer que é uma releitura, mas tem alguns elementos do conto. Para quem leu os livros da série Flores da Temporada vai ver muito de Arthur e Kathelyn na Lizzie, ela herdou as melhores características dos dois. Ela é impulsiva e forte como a mãe, mas se joga de cabeça quando encontra o amor verdadeiro. Já Gareth é aquele mocinho para se apaixonar. E o que mais chama a atenção nele é sua responsabilidade com sua família. E tudo isso em uma edição muito bem feita e com uma capa incrível. Só me resta recomendar o livro para todos que amam uma boa história de amor.

Nota: 









15 janeiro 2018

Resultado #MLDL


No dia 12 terminou a Maratona Literária Desencalhando Livros organizada pela Maria do Blog Pétalas de Liberdade. A maratona começou no dia 12 de dezembro, mas acabei enrolada com livros de parceria e só consegui começar no final do mês de dezembro e achei que não ia conseguir terminar. Mas consegui e ainda li um livro bônus.

E para ajudar na escolha dos livros foi sugerido alguns temas que não eram obrigatórios, mas que resolvi seguir.

1- Encalhado a mais tempo na estante: esse é autoexplicativo, um livro que está há muito tempo na sua estante e que você não leu ainda. Fique Comigo
2 - Encalhado nacional: também autoexplicativo, um livro de um autor brasileiro que está há muito tempo na sua estante e que você não leu ainda. Mentira Perfeita
3 - Novo na estante mas que corre o risco de ficar encalhado: um livro que não faz tanto tempo assim que você tem na estante, mas que corre o risco de ficar encalhado se você não o ler agora. A Casa Torta
4 - Um encalhado que você não sabe o porquê de estar encalhado: um livro que você queria muito ler, conseguiu adquirir mas ainda não leu. Extraordinário
5 - Série encalhada: livro que faz parte de uma série, CUIDADO AQUI: como digo no vídeo, aconselho a deixar esse livro para ler por último, a menos que seja o volume final da série, pois você pode correr o risco de querer ler o restante da série ao invés dos outros livros da TBR. Sonhos com Deuses e Monstros
Bônus: A Fada Madrinha está na minha estante faz mais de ano e foi uma leitura super leve que li em algumas horas.

E a desligada aqui acabou tirando foto do segundo livro da trilogia Feita de Fumaça e Osso na postagem de apresentação, mas o livro que eu não tinha lido ainda era o terceiro, Sonhos com Deuses e Monstros hehe.

Os que eu li foram:


E gostei tanto da forma como fiz, tirando os livros da estante e deixando na minha cabeceira que resolvi escolher outros livros para serem minhas próximas leituras. Escolhi gêneros diferentes para não enjoar, então espero que minhas próximas leituras sejam essas:


Logo tem resenha dos livros vindo por ai. Me digam se já leram esses livros e se tem vontade de ler algum deles.






13 janeiro 2018

Resenha | Biblioteca de Almas - Ransom Riggs


Livro: Biblioteca de Almas
Série: O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares #3
#1 - O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares 
#2 - Cidade dos Etéreos
Gênero: Fantasia
Autor: Ransom Riggs
Editora: Intrínseca
Páginas: 416 
Ano: 2016

Contêm spoilers dos livros anteriores.


Resenha:
Jacob amava e acreditava nas histórias que seu avô Abe contava do período de quando criança ele viveu em um orfanato em uma ilha onde existiam crianças com certas peculiaridades, poderes, como ser invisível, levitar e força descomunal. E elas eram protegidas por uma ave. Mas conforme foi crescendo ele viu que tudo aquilo era bobagem e só voltou a acreditar realmente quando seu avô faleceu e ele viu a criatura horrenda que o matou. Mas ainda assim ele achou que tinha ficado louco, até que seguiu as pistas deixadas por seu avô e acabou chegando em uma ilha onde os peculiares viviam exatamente como seu avô descreveu. As crianças viviam em uma fenda temporal, no dia 3 de setembro de 1940 e a Ave que os protege é a Srta. Peregrine, a diretora do orfanato que é na verdade uma Ymbryne, peculiares que controlam as fendas e podem se transformar em ave.

E Jacob descobriu que é como eles, seu poder é o de conseguir ver e sentir os etéreos. Etéreos são peculiares que tentaram virar imortais e acabaram transformados em monstros. E se esses monstros comem uma quantidade suficiente de peculiares ele evoluem para acólitos, seres que se assemelham a humanos, mas que não tem pupilas nos olhos. Só que quando Jacob descobriu a localização dos peculiares, ele levou junto um acólito que sequestrou a Srta. Peregrine, que eles conseguiram salvar, mas que ficou presa no corpo de ave e ela não conseguiu reiniciar a fenda e eles precisaram fugir e procurar ajuda para sua diretora. Mas o que eles não sabiam é que quem eles salvaram na verdade não foi a Srta. Peregrine e sim seu irmão Caul, que foi um dos responsáveis pela criação dos etéreos. Assim Caul conseguiu sequestrar todas as Ymbryne e os peculiares que estavam no grupo. Somente Emma, Jacob e Addison conseguiram fugir.


Perdidos eles não sabem para onde ir ou o que fazer, então eles decidem seguir o grupo de acólitos que sequestrou seus amigos usando o faro de Addison. Mas logo eles são encurralados por um etéreo e é quando Jacob descobre que seu poder vai um pouco mais além do que ele imaginava: falando uma língua desconhecida, ele consegue controlar a criatura. Eles continuam sua jornada e acabam encontrando um barqueiro bem esquisito de nome Sharon e é através dele que eles ficam sabendo sobre o Recanto do Demônio uma fenda antiga conhecida por ser uma selva depravada e sem lei, local ideal para esconder as Ymbrynes e os peculiares sequestrados. É lá que fica a fortaleza dos acólitos. E também é onde eles conhecem Bentham que revela a Emma o verdadeiro plano dos acólitos ao sequestrar as Ymbrynes. Ele pretendem abrir a fenda de Abaton, onde segundo a lenda fica a Biblioteca das Almas, lugar para onde vai a alma de todos os peculiares que já faleceram.  


Que livro e que trilogia! Eu li a trilogia em seis dias, mas a história é tão grande que pareceu que foi mais de mês que eu vivi dentro dela. Até no final do terceiro livro o Jacob fica admirado porque tudo aconteceu em mais ou menos uma semana, mas que pareceram anos. Acho que a estrategia do autor em começar um livro exatamente no ponto onde terminou o anterior deu certo, porque assim pareceu ser uma história só e ela pareceu ser enorme. Mas quando digo enorme não estou em referindo somente ao tanto de páginas, e sim a grandeza da história mesmo. E ainda mais nesse ultimo livro que aconteceram tantas coisas que no fim até achei que tinha lido mais do que realmente li. E uma história que começou de mansinho acabou se tornando uma das melhores trilogias que já li.

Nesse terceiro livro temos bastante ação, mas também temos muitas explicações, tanto para o que já aconteceu, aqui descobrimos a verdade de como surgiram os etéreos e os acólitos, como para os planos futuros dos acólitos e principalmente de Caul. E achei que nesse terceiro livro o tom foi mais sombrio do que nos anteriores. Também a crueza com que é descrita a realidade dentro do Recanto do Demônio não enojou somente os personagens, mas eu que estava lendo, teve alguns momentos que fiquei me perguntando como as pessoas chegam a tal ponto. Mas nem tudo no livro são tristezas e horrores. Eu amei o final do livro. Li algumas resenhas onde o povo não gostou, acharam que o autor foi pelo caminho mais fácil. Mas não sei vocês, mas eu particularmente já estou cheia de livros que no final tudo da errado e morre quase todo mundo.


Se pegarmos o primeiro livro e reler o começo, onde nos são apresentados os personagens vamos ver uma evolução muito grande em cada um deles. Todos eles cresceram muito ao longo da história. Mesmo sendo adultos em corpos de crianças, eles ainda eram muito ingênuos em relação a tudo pela proteção da Srta. Peregrine. Mas foi lindo acompanhar a forma como eles realmente se tornaram adultos corajosos sem nunca deixar de lado a bondade dentro de seus corações. E o Jacob foi o maior destaque nesse quesito. Ele começou a história como alguém considerado um covarde e acabou se tornando o líder na ausência da Srta. Peregrine. E nesse terceiro livro tivemos mais personagens inseridos que na minha opinião foram essenciais para a história terminar da forma que terminou.

A edição está tão impecável quanto as anteriores. A capa dura é verde claro e temos a assinatura de todos os personagens nela, o que achei uma graça. Dentro temos mais fotos que são a marca registrada da trilogia. O autor diz no final que são autenticas, nos três livros, mas acredito que são montagens hehe. Só me resta indicar essa trilogia maravilhosa para quem gosta do gênero. Eu comecei a ler achando que era de terror e encontrei uma fantasia surpreendente. E ainda tocou no meu ponto fraco, porque boa parte dela se passa durante a Segunda guerra. Leiam, não se baseim no filme para descartar a história, eu já assisti e mudaram muita coisa, mas isso é assunto para outro post.


Nota:






© Blog Prefácio ♥ 2016 - Todos os direitos reservados ♥ Criado por: Taty Salazar || Tecnologia do Blogger. imagem-logo