Série: Trilogia The Game #1
Autor: Anders de la Motte
Editora: DarkSide
Gênero: Suspense e Mistério
Páginas: 272
Ano: 2015
Sinopse: Você quer jogar? É só um jogo. Isso é o que pensa Henrik “HP” Peterson, protagonista da Trilogia The Game, ao aceitar um convite anônimo, via celular, para participar de missões inusitadas pelas ruas de Estocolmo. Mas a cada tarefa cumprida, e devidamente compartilhada na rede, ele tem a sensação de que a brincadeira está ficando séria demais. Será paranoia? Ou será que HP está realmemte caindo numa poderosa rede de intrigas, com conexões que poderiam chegar aos responsáveis pelo assassinato do primeiro ministro sueco em 1986 ou até mesmo aos ataques do 11 de setembro? Quem afinal está por trás desse JOGO? Você tem coragem de investigar?
Então você precisa ler [O Jogo], primeiro livro da Trilogia The Game, de Anders de la Motte. Uma saga eletrizante que combina a escola sueca de suspense (vide Stieg Larsson) com o vazamento de informações no mundo pós Edward Snowden. Anders de la Motte é um ex-policial e diretor de segurança de informação de uma das maiores companhias de TI do mundo. Está desenvolvendo uma série para a TV americana com o produtor executivo de Homeland e 24 Horas.
Resenha:
Henrik "HP" Pettersson, está no trem voltando para a cidade. Ele está de ressaca, o calor está insuportável e ele só consegue pensar em quando vai poder retirar seu seguro desemprego. Ele percebe o objeto prateado no assento do outro lado do corredor, logo que o trem deixou a ultima estação. Quando ele chega perto, ele vê que é um celular de última geração. Ele já começa a pensar em quanto vai conseguir lucrar com ele quando a mensagem aparece: Quer jogar? Sim ou Não. Ele aperta não, mas a mensagem continua aparecendo. Ele tenta fazer o celular funcionar, mas só aparece aquela mesma mensagem sem parar. Até que pela enésima vez ele vai apertar o não e percebe que a mensagem mudou, agora junto com a pergunta, aparece seu nome. Ele acha que é um amigo, Manga, zoando com ele e resolve entrar na brincadeira e responde sim.
Ele recebe uma missão teste. Ele tem que roubar o guarda chuva de um homem que acaba de entrar no trem e tem que filmar toda a ação. Como não é a primeira vez que ele rouba alguém, essa é uma tarefa fácil para ele. Ele faz o que foi pedido e é informado que ganhou 100 pontos e que agora ele tem acesso ao telefone. Ele consegue falar com Manga e percebe que não é uma brincadeira do seu amigo. Quando acessa o telefone, ele recebe as regras do jogo. Cada missão que ele cumprir, ele ganha pontos e cada ponto corresponde a dólares norte-americanos. Tudo o que ele fizer, será filmado por ele e por outros jogadores. No final, um vencedor será declarado e essa pessoa receberá um prêmio. E quando ele acessa seu número, ele assiste a ele mesmo roubando o homem, mas o melhor são os comentários que começam a aparecer no vídeo e a sensação é de puro entusiasmo. Mas conforme as tarefas vão valendo mais pontos, esse entusiasmo é substituído por outra sensação, a de que alguma coisa está muito errada.
Enquanto isso, Rebecca Normén, está em uma missão. Ela é uma guarda-costas e no momento está protegendo a Ministra da Integração. E apesar de seus cuidados, eles são atacados e quando tenta correr para seu veículo de fuga, ela percebe que ele não está no local combinado. Mas ela consegue se sair bem e acaba recebendo o convite para integrar o grupo Alfa, a elite do esquadrão de proteção pessoal. Desde que saiu da academia de polícia, ela foi galgando os degraus e finalmente conseguiu chegar no topo onde ela queria. Mas seu passado foi junto com ela, alguém sabe que ela não deveria estar ali. Que ela só está ali na verdade, porque deixou seu irmão mais novo levar a culpa no lugar dela. O que será que Rebecca e HP tem em comum? E quem é o mestre por trás do jogo? Jogo esse que é apenas uma brincadeira ou tem uma razão mais séria por trás dele?
Eu sempre fico de olho nos lançamentos da DarkSide, porque vamos combinar, se tem uma editora que capricha nos livros, é ela. E quando vi esse livro entre eles, e li a sinopse, é claro que já quis ler, ainda mais pela referencia a Stieg Larsson, que amei. Comprei o livro e não me arrependi. A edição, como todos os livros da editora está linda. Capa dura, caprichado por dentro e por fora e ainda veio um marcador em forma de celular. Só tenho uma única ressalva. A narrativa é dividida entre HP e Rebecca, e essa divisão que me fez tirar um livrinho da nota. Fiquei perdida várias vezes porque a divisão da narrativa é feita por penas uma linha entre uma narrativa e outra, e por vezes isso confundia, porque nem sempre o personagem estava em evidencia e não dava nem para se basear também em, a última foi ela, agora vai ser ele, porque as vezes um deles narrava duas partes seguidas.
HP, não me ganhou logo de cara, achei ele bem folgado, que não estava nem ai para nada. Mas depois que ele entra no jogo e sofre as consequências, ele se transforma. Parece que ele levou uma rasteira e só queria dar o troco, mas ao mesmo tempo, eu desconfiava do seu caráter, porque sua intenções não ficaram claras até o final. Rebecca era uma bomba relógio prestes a explodir a qualquer momento, a culpa que ela carrega e tenta esconder de todos, está matando ela aos poucos. E não posso deixar de citar que o autor é um ex-policial e diretor de segurança de informação, então já dá para ter uma ideia dos detalhes que a história contém. Sem mais, eu tenho que indicar esse livro. Se você é fã de Stieg Larsson, você vai gostar muito, e se você gosta de um bom suspense, você vai adora esse livro. E no final, o autor ainda riu da cara do leitor, Quando você ler, você vai entender o que eu quis dizer.
Nota: