Livro: Morte No Nilo
Série: Box 1 #1
Gênero: Policial
Autora: Agatha Christie
Editora: HarperCollins Brasil
Páginas: 256
Ano: 2016
Resenha:
Linnet Ridgeway possui tudo o que um mulher poderia desejar. Ela é jovem, linda, muito inteligente, esbanja simpatia e é extremamente rica. É até um pecado que uma pessoa sozinha reúna tudo isso de uma vez só. E Linnet ainda é generosa e fiel aos seus amigos e empregados. Ou era até certo momento. Ela acaba de adquirir Wode Hall, uma casa de campo caríssima e ainda gastou outro tanto para reformá-la e os moradores locais estão em polvorosa com a vinda de Linnet para a pequena cidadezinha de Malton-under-Wode. Com certeza alguém tão rico vai mexer com a economia local.
Quem também fica animada com a compra da propriedade é a melhor amiga de Linnet, Jacqueline de Bellefort, que apesar de ter uma condição social bem abaixo de Linnet, nunca aceitou sua ajuda para nada, principalmente seu dinheiro. Por isso Linnet até estranha quando Jacqueline diz que precisa de um favor. Jacqueline está noiva e prestes a se casar. Mas seu noivo Simon Doyle, acaba de perder o emprego e como Linnet vai precisar de um administrador para sua nova propriedade, Jacqueline pede que Linnet contrate Simon. O que Jacqueline não podia prever é que Linnet fosse se apaixonar por Simon assim que colocou os olhos nele.
E como se não bastasse Linnet roubar o noivo da amiga, ela ainda tem a cara de pau de viajar em lua de mel para o Egito, local onde Jacqueline ia passar a lua de mel dela. Então Jacqueline começa a perseguir o casal e aparecer em todos os lugares que eles vão. E quando os três acabam em um mesmo navio durante uma viagem no rio Nilo, é claro que as coisas não iam terminar bem. Em uma das noites no navio, Jacqueline fica bêbada e acaba atirando em Simon, mas o tiro pega na perna. E no dia seguinte todos acordam com a notícia de que Linnet foi assassinada com um tiro na cabeça. As suspeitas logo recaem sobre Jacqueline, que tem um álibi intocável. E quem vai entrar em ação é o detetive Hercule Poirot que estava de férias no mesmo navio.
Não é segredo para ninguém que sou fã de carteirinha da Agatha e vou defender seus livros até o fim. Até concordo que muitos deles não são geniais se comparados aos tantos livros policiais que temos hoje em dia. (Morte no Nilo é de 1937). Eu mesmo já li muitos que posso dizer que são melhores que os dela. Mas eu continuo defendendo a Agatha por tudo o que ela representa para a história policial, e principalmente para uma geração toda de mulheres autoras. Por isso, apesar de já ter lido todos seus livros, volta e meia eu releio algum. É como se a Agatha fosse o arroz com feijão do nosso prato. Quem não gosta de uma comida mais elaborada? Mas a gente não vive sem o feijão com arroz.
Para quem já leu outros livros da autora sabe que ela segue uma fórmula em seus livros que sempre dá certo. Temos um cenário onde são apresentados os personagens, entre eles quase sempre seu detetive da vez. Acontece um crime logo seguido de outros, as pessoas envolvidas são interrogadas e no final temos o responsável pelas investigações revelando suas descobertas com todos os personagens reunidos. Aqui é geralmente onde a gente fica com cara de besta porque nunca pensou naquela explicação. E nesse livro não podia ser diferente. Inclusive para quem leu Assassinato no Expresso do Oriente, vai achar o enredo dos dois livro bem parecidos. Mas o final não tem nada a ver um com o outro.
E nessa história temos novamente meu detetive favorito, ele o irritante, egocêntrico, arrogante, metódico e meu crush da vida, o detetive belga Hercule Poirot. Ele é tudo isso que eu disse, mas a gente não escolhe por quem vai se apaixonar hehe. Brincadeiras a parte, eu amo a forma como Poirot consegue ver o que ninguém mais vê. Por mais que eu leia os livros da Agatha onde temos ele como protagonista, eu não consigo encontrar uma lógica da forma como ele resolve seus crimes. Eu amo sim Sherlock Holmes, mas acho que num embate entre os dois, Hercule sairia vitorioso sem nem cansar suas células cinzentas, ou despentear seu maravilhoso bigode, como ele mesmo gosta de ressaltar.
E outra coisa que amo nos livros da Agatha é que por mais que seja uma releitura, a história não se torna cansativa. Eu já sabia quem era o culpado(a), mas se posso dizer, a leitura foi ainda melhor porque eu consegui ver e analisar coisas que em uma primeira leitura eu nem notei. Não vou falar muito do crime em geral, até porque temos mais de um crime que se entrelaça nessa história, mas vou ressaltar uma coisa que geralmente não temos nos livros da autora. Tem um romance, e por incrível que parece um triangulo amoroso. Enfim, é um livro que indico para quem gosta de histórias policiais onde não temos aquele plot twist de encher os olhos, mas que com certeza você vai se surpreender com o final.
Nota:
"Uma vez segui profissionalmente uma expedição arqueológica e aprendi muito. Durante uma escavação, quando se descobre uma peça, primeiro limpa-se cuidadosamente em volta. Retira-se a terra, raspam-se certos lugares com uma faca, até finalmente chegar-se ao objeto. Só então é exibida e fotografada a peça, livre de impurezas e imperfeições. É o que estou tentando fazer; limpar o supérfluo para podermos ver a verdade. A verdade nua e crua."
Não é segredo para ninguém que sou fã de carteirinha da Agatha e vou defender seus livros até o fim. Até concordo que muitos deles não são geniais se comparados aos tantos livros policiais que temos hoje em dia. (Morte no Nilo é de 1937). Eu mesmo já li muitos que posso dizer que são melhores que os dela. Mas eu continuo defendendo a Agatha por tudo o que ela representa para a história policial, e principalmente para uma geração toda de mulheres autoras. Por isso, apesar de já ter lido todos seus livros, volta e meia eu releio algum. É como se a Agatha fosse o arroz com feijão do nosso prato. Quem não gosta de uma comida mais elaborada? Mas a gente não vive sem o feijão com arroz.
Para quem já leu outros livros da autora sabe que ela segue uma fórmula em seus livros que sempre dá certo. Temos um cenário onde são apresentados os personagens, entre eles quase sempre seu detetive da vez. Acontece um crime logo seguido de outros, as pessoas envolvidas são interrogadas e no final temos o responsável pelas investigações revelando suas descobertas com todos os personagens reunidos. Aqui é geralmente onde a gente fica com cara de besta porque nunca pensou naquela explicação. E nesse livro não podia ser diferente. Inclusive para quem leu Assassinato no Expresso do Oriente, vai achar o enredo dos dois livro bem parecidos. Mas o final não tem nada a ver um com o outro.
E nessa história temos novamente meu detetive favorito, ele o irritante, egocêntrico, arrogante, metódico e meu crush da vida, o detetive belga Hercule Poirot. Ele é tudo isso que eu disse, mas a gente não escolhe por quem vai se apaixonar hehe. Brincadeiras a parte, eu amo a forma como Poirot consegue ver o que ninguém mais vê. Por mais que eu leia os livros da Agatha onde temos ele como protagonista, eu não consigo encontrar uma lógica da forma como ele resolve seus crimes. Eu amo sim Sherlock Holmes, mas acho que num embate entre os dois, Hercule sairia vitorioso sem nem cansar suas células cinzentas, ou despentear seu maravilhoso bigode, como ele mesmo gosta de ressaltar.
E outra coisa que amo nos livros da Agatha é que por mais que seja uma releitura, a história não se torna cansativa. Eu já sabia quem era o culpado(a), mas se posso dizer, a leitura foi ainda melhor porque eu consegui ver e analisar coisas que em uma primeira leitura eu nem notei. Não vou falar muito do crime em geral, até porque temos mais de um crime que se entrelaça nessa história, mas vou ressaltar uma coisa que geralmente não temos nos livros da autora. Tem um romance, e por incrível que parece um triangulo amoroso. Enfim, é um livro que indico para quem gosta de histórias policiais onde não temos aquele plot twist de encher os olhos, mas que com certeza você vai se surpreender com o final.
Nota: