28 fevereiro 2022

Tag | Carnaval Literário


É, mais um ano que o carnaval é cancelado por aqui. Eu que uso o feriado para colocar as leituras em dia, não faz muita diferença, mas sei que o povo gosta e sente falta. Mas não vamos deixar a data passar em branco e vou responder essa tag que vi no blog da Luiza.

Confete e serpentina: Um livro que te deixou alegre e que te fez rir durante toda a folia.

Um livro que ri muito ultimamente foi Como Se Vingar de Um Cretino. Impossível não se divertir com esse livro.

Samba-enredo: Texto literário de alta qualidade.

Não entendi muito bem essa categoria, mas vou citar aqui esse livro que se tem qualidade é ele hehe.

Mestre-sala e porta-bandeira: Um livro com um casal arrebatador.

Kiara e Zayn são fogo puro junto. Adorei a química e todas as interações entre eles.

Harmonia: Um livro que tenha sido bom do início ao fim.

Esse livro já começa pegando fogo literalmente e termina de um jeito que você fica de boca aberta.⠀

Evolução: Um livro que evolui até um final perfeito.

Eu amei toda essa série e esse final foi de deixar o coração quentinho.


Comissão de frente: Um livro com uma capa que faz jus à história.

Eu adoro a delicadeza das capas dessa série e transmitem exatamente o tom do que vamos encontrar no livro.

Bateria: Um livro que tenha feito seu coração bater mais forte.

Eu amei tanto essa história que meu coração acelerou na reta final por conta de alguns acontecimentos.


Rainha da bateria: Uma escritora que samba até com a Morte.

Essa é outra categoria que não entendi muito bem também. Por isso vou citar aqui a rainha do crime e dos assassinatos.

Ala das crianças: Um livro que os pequenos vão se divertir.

Essa série diverte todas as idades, mas ela é indicada para o publico infantojuvenil e tenho certeza que os pequeninos vão amar essa aventura.

 Adereços e Alegorias: muita cor e arte para deixar seu carnaval lindo.

Para não me repetir aqui e colocar as capas dos clássicos da Autêntica novamente, vou citar essa. Eu amei a arte dessa capa. É simples e muito linda e ao mesmo tempo tem tudo a ver com a história.






26 fevereiro 2022

Resenha | O mágico de Oz - L. Frank Baum

Livro: 
O mágico de Oz
Série: Não
Gênero: Clássico/InfantoJuvenil
Autora: L. Frank Baum
Editora: faro Editorial
Páginas: 144
Ano: 2022

Resenha: 

Dorothy é uma órfã que vive com os tios em uma casinha minúscula no Kansas. Tudo por lá é muito cinza, e aos poucos essa falta de cor foi roubando toda a alegria do lugar. A única que ainda não foi afetada é Dorothy, que encontra no cachorrinho Totó, motivos para estar sempre rindo. A casa possui apenas um cômodo onde ficam um forno, um armário, uma mesa com algumas cadeiras e as camas, e no meio um alçapão que dá para um buraco onde eles podem se esconder em caso de acontecer um tornado. E isso realmente acontece, em um dia como outro qualquer um ciclone atinge a fazenda, mas ao tentar salvar Totó que se escondeu em baixo da cama, Dorothy não consegue entrar no buraco.

A casa é pega bem no meio de um ciclone e levada por ele. No começo Dorothy ficou assustada, mas conforme o tempo foi passando ela se acalma e acaba dormindo. Dorothy só acorda quando a casa pousa com um estrondo e ao sair descobre que está em Oz e que acabou de matar uma pessoa. Em Oz existem quatro bruxas, uma em cada ponto cardeal. As do Norte e Sul são boas, mas as do Leste e Oeste são más e a casa de Dorothy acabou de cair exatamente sobre a bruxa má do leste. Os munchkins eram o povo escravizado pela bruxa má e eles ficam muito agradecidos a Dorothy e dão os sapatos prateados da bruxa para ela. Existe um feitiço ligado a eles, mas ninguém sabe qual é. 

Dorothy agradece o presente, mas diz que precisa votar para casa. O problema é que ninguém sabe o caminho. Então a bruxa boa do Norte faz um feitiço com seu capuz e aparece uma lousa escrito que Dorothy precisa ir para a Cidade das Esmeraldas. Quem governa lá é o mágico de Oz e provavelmente só ele vai poder ajudar. E antes de ir embora a bruxa boa dá um beijo na testa de Dorothy e diz que é um sinal de proteção. Mas Dorothy não vai fazer essa viagem sozinha. Ela vai ter a companhia do Espantalho, que quer ter um cérebro, do Homem de Lata que deseja um coração e do Leão Covarde que precisa muito de coragem. E nessa viagem cheia de aventuras e perigos, eles vão aprender valiosas lições que irão transformar suas vidas.

E eis aqui mais um clássico que eu eu nunca tinha lido o original, conhecia de adaptações. Mas quando a Faro anunciou sua publicação já fiquei ansiosa pela leitura e me encantei quando vi a capa. Mal sabia eu que o livro todo seria perfeito e uma das edições mais bonitas da editora. E ainda ficou lindo ao lado do livro da Alice, outro clássico que eu ainda não tinha lido o original e li agora em uma edição da Faro. Se quiser conferir o que achei, tem resenha dele aqui. Além dessa capa maravilhosa com glitter nos sapatos, ainda temos uma guarda linda com ilustrações da história, que aliás está por todo o livro. E o livro é todo colorido, os títulos dos capitulo são em vermelho e o texto é todo na cor verde.

Na verdade meu único contato com a história foi no filme Os Trapalhões e o Mágico de Oróz, sim sou velha, e o filme na verdade é uma paródia da história. Lá tem o básico, mas não chega a 10% da história real como descobri lendo o livro. Aliás, com raras exceções, os livros são infinitamente melhores do que as adaptações. Eles pegam a ideia da coisa, mas o conteúdo fica bem aquém do esperado por quem leu o livro. E me surpreendi com a quantidade de acontecimentos que tem nesse, mesmo o livro sendo bem curto, não chegando nem a 150 páginas. Eles vivem uma aventura atrás da outra e comecei e terminei o livro encantada com a história.

Uma coisa que me chamou muito a minha atenção foi que o autor escreveu essa história para ser algo alegre e encantado para as crianças, porque na época os contos de fadas escritos, todos tinham uma lição de moral em suas histórias e consequentemente os finais não eram tão felizes. Então fiquei me perguntando o que o autor acharia se visse o que as crianças consomem hoje em dia. Eu não tenho filhos, mas fico horrorizada com o que alguns pais deixam seus filhos lerem, jogarem e principalmente assistirem. Porque é mais fácil deixar eles "quietos" dentro de casa do que dar alguma atenção ao filho e mesmo olhar o que eles estão consumindo.

E outro detalhe que preciso mencionar é sobre os sapatos de Dorothy, que na verdade são prateados e não vermelhos. A mudança foi feita nos filmes porque a cor vermelha é mais atrativa do que a prateada. Mas a meu ver isso não muda muita coisa, mesmo os sapatos sendo um item fundamental na história. E além dos sapatos temos muita magia no livro, além das bruxas e do mágico propriamente dito, que dá o título ao livro. Mas os protagonistas dessa histórias são sem dúvida o grupo de amigos inusitado que se forma durante essa jornada. Eu amei cada um deles e me emocionei muito com a história de cada um.

O engraçado é que eles desejam tanto algo que eles já tem. O Espantalho queria um cérebro, mas todas as ideias vinham dele. O Homem de Lata queria um coração, mas ele não tinha coragem de matar nem uma formiga e o Leão queria ter coragem, mas enfrentou todos os perigos que eles viverem de frente. E essa é a maior lição que o livro traz. Porque não é exatamente isso que acontece?, nunca estamos felizes e satisfeitos com o que temos, sempre existe algo para ser alcançado e esquecemos de valorizar aquilo que está ali e não enxergamos. Mas enfim, essa resenha já está enorme e vou parar por aqui indicando o livro é claro. Quem ainda não leu, leia, e quem já leu, mas não tem o exemplar, indico essa edição da Faro que está de encher os olhos.

Nota:






24 fevereiro 2022

#123| A Estante Aumentou!

Esse mês chegou bastante coisa por aqui novamente. Juntando os livros de parceria e os que comprei, a estante lotou de novo. Mas doei bastante livros esse mês, então coube tudo certinho.

Recebidos

De parceria com a Faro Editorial chegou esse clássico que está em uma edição perfeita. É uma das minhas leituras atuais e estou amando. 


Da Companhia das Letras chegou esse livro que já li e logo tem resenha, mas já adianto que amei.


 Do Clube Intrínsecos veio um livro de um gênero que amo e claro já passei na frente. Já tem resenha dele aqui.


Do Trama Box veio um segundo livro de série, por isso precisei comprar o primeiro e ler antes porque sou dessas que não gosta de ler série fora de ordem. Já li o primeiro e estou lendo ele no momento.


E esses foram os que comprei. O da Trama foi como expliquei acima e o da Agatha é da nova coleção da HarperCollins. mas fiquei bem chateada porque o livro veio com um dos cantos todo amassado e como é capa dura fica bem feio.


Esse box eu comprei por indicação da Hanna. Escolhi essa edição porque achei mais em conta. Já li dois livros e estou gostando bastante. Veio esse marcador bem legal junto.


E esse eu comprei na pré-venda e chegou por aqui nessa semana. Ainda não sei se vou trabalhar no feriado, mas se não for, ele será minha leitura do carnaval.



Desapegos

Esse mês doei bastante livros que não lerei novamente. Os de época doei para uma amiga do serviço e ela até já leu alguns. E os do Nicholas doei para outra amiga que gosta dos livros dele.




Desejados

Esse mês três livros entrou para minha lista de desejados. O da Sarah como vocês viram já até chegou por aqui que eu tinha comprado ele na pré-venda. E nem gosto muito dos livros do King, mas essas edições estão tão lindas que não tem como não desejar.





22 fevereiro 2022

Resenha | A Camareira - Nita Prose

Livro: 
A Camareira 
Série: Intrínsecos #041
Gênero: Suspense
Autora: Nita Prose
Editora: Intrínseca
Páginas: 336
Ano: 2022

Resenha:
O conceito geral é de que as pessoas deveriam aspirar a serem médicos, advogados e magnatas do mercado imobiliário, e que algumas profissões como camareiras por exemplo, deveria ser a última opção da lista. Mas não para Molly Gray. Ela tem prazer no que faz. Todo dia quando ela chega para trabalhar no Regency Grand, um hotel boutique cinco estrelas, é como se o mundo ficasse colorido como uma tela de cinema. Sua avó sempre dizia: Se você amar seu trabalho, não vai trabalhar nenhum dia da sua vida, e é exatamente assim que Molly sente. Ela nasceu para fazer isso. Ama fazer faxina, ama seu carrinho de limpeza e seu uniforme. E seu trabalho é seu porto seguro agora que sua avó faleceu. 

Molly tem vinte e cinco anos e desde que se conhece por gente ela precisou da ajuda da avó para interpretar o mundo a sua volta. Molly tem uma grande dificuldade com situações de socialização. Ela não entende as expressões faciais das pessoas, nem do porque as pessoas falam uma coisa quando querem dizer outra. E o pior, porque as pessoas acham a verdade mais absurda do que as mentiras. Sua avó sempre deu um jeito de deixar as coisas mais simples, de uma maneira que Moly entendia, mas agora ela não está mais aqui. Ela não se foi como dizem por ai, ela morreu. As pessoas tem esse costume de morrer, até mesmo no hotel isso acaba de acontecer. Ao entrar na suíte dos Black para terminar de arrumar o quarto, Molly encontra o Sr. Charles morto.

Ela já havia limpado a cobertura mais cedo, mas como a Sra. Gisele, segunda esposa de Charles, estava ocupando o banheiro, Molly precisou voltar para terminar o serviço. A princípio Molly achou que Charles estava dormindo na cama, e o que chamou sua atenção na verdade foi a bagunça no quarto, porque provavelmente ela teria que limpar tudo de novo. Mas então ela percebeu que Charles não estava respirando e rapidamente pediu ajuda. Todos no hotel conhecem Molly e sabem sobre seu jeito diferente, mas a polícia não, e por causa de suas peculiaridades Molly acaba se tornando a principal suspeita de ter cometido o crime. 

Dos últimos recebidos do Clube Intrínsecos esse foi o que mais chamou a minha atenção e comecei a ler logo que chegou aqui em casa. E ele atendeu as minhas expectativas porque gostei muito do que encontrei. Mas fiquei sem saber o que fazer na hora de dar a nota para o livro. Livros de suspense e mistérios são meus favoritos na vida e quando o livro é vendido assim pela editora eu já crio altas expectativas. E se for olhar pelo gênero, ele deixou muito a desejar. Não temos aquela ânsia de descobrir o culpado, ou a forma como o crime foi cometido porque basicamente já sabemos o que aconteceu. Mas se for avaliar o livro como um todo, principalmente a protagonista, ele merece e muito receber nota máxima.

Molly claramente tem TEA, provavelmente Síndrome de Asperger e por isso ela chama atenção por suas diferenças. Ela tanto vê a vida de forma diferente, como julga as pessoas por ela mesma, o que ela faria, ou o que ela entendeu é o que ela acha que os outros entenderam também. Por isso foi agoniante ver como ela se enrolava cada vez mais e não percebia o que estava acontecendo. Eu fiquei o tempo todo tentando pensar em uma solução, no que poderia acontecer para Molly sair dessa confusão porque se dependesse dela ia acabar pegando prisão perpétua e se abusar uma pena de morte. Porque além de tudo Molly é sozinha no mundo e as pessoas que ela achava que eram suas amigas, só se aproveitavam de sua inocência.

Molly é um personagem que a gente quer cuidar e que nervoso que deu de ver como as pessoas se aproveitam de quem é mais vulnerável. A história é narrada pelo ponto de vista da Molly, mas dá para ver claramente a situação a sua volta. Logo no começo já percebemos os mui amigos que ela tinha e a armadilha que ela estava caindo, mas Molly não percebe e vai lá andando que nem um carneirinho para a boca do lobo. Mas confesso que fui surpreendida com algumas revelações no final. Eu fiquei o livro todo achado que na verdade a Molly estava me fazendo de trouxa, que a autora tinha escolhido recorrer ao já famoso no gênero, o narrador não confiável, e se é isso mesmo que aconteceu você vai ter que ler para saber.

E como disse apesar do livro não ser aquela referência do gênero e se não fosse pela Molly receberia um 3/5 ou até menos, a autora ainda conseguiu me surpreender no final. Eu realmente não esperava por duas revelações que aconteceram. Uma eu não tinha nem chegado a cogitar aquilo e a outra eu não fazia a menor ideia de que deveria sequer ter pensado nisso. E por isso tudo e pela Molly, é um livro que vou indicar aqui, principalmente para quem não está acostumado a ler livros do gênero e quer começar. Quanto à edição, eu particularmente não gosto muito desse tom de verde, mas a contra guarda está tão linda que dá gosto.

Nota:






20 fevereiro 2022

Top 5 | Já fui muito fã

Constantemente vejo postagens relacionadas a musicas nos blogs que visito. E como sou uma negação nesse quesito sempre fico sem saber o que comentar. Se me pedir para reconhecer um cantor ou uma musica vou sofrer porque raramente, e raramente significa nunca, eu ouço alguma musica. Sou adepta do silencio hehe.

Mas já tive minha fase musical, bem antigamente, e hoje vou mostrar aqui alguns cantores que eram meus favoritos na época. Meu irmão era um romântico e por isso fui influenciada por ele nas minhas escolhas, por isso tem bastante romantismo na lista hehe

5 - Sandy e Junior

Acredito que a dupla foi a ultima que fui realmente fã, de lá para cá não me liguei mais em musicas. Minhas musicas favoritas deles são todas de As Quatro Estações, mas para escolher uma fico com Olha o Que o Amor Me Faz.

4 - ABBA

Eu conheci eles pela musica Fernando porque o nome de um amigo foi inspirado nessa musica. E me apaixonei por eles. É difícil escolher uma favorita, mas acho que escolho Dancing Queen.

3 - Bryan Adams

O cantor era meu crush na verdade hehe. E acho que essa foi a mais difícil de escolher a minha favorita porque eu colocava umas cinco aqui sossegada. Mas fico com I Do It For You.

2 - Whitney Houston

Ela foi minha diva desde criança. Chorei horrores quando essa mulher morreu. Tanto talento! E foi muito dificil escolher só uma para colocar aqui. Colocaria umas dez hehe. Mas escolhi One Moment In Time.

1 - Roupa Nova

E meu favorito de todos os tempos são eles. Esses caras cantam muito. Os cantores de hoje em dia deveriam aprender com eles o que realmente significa cantar. E novamente sofri para escolher uma musica porque queria colocar todas aqui. Mas acabei escolhendo Sapato Velho porque essa musica sempre me deixa arrepiada.

E vocês já foram fã de algum deles? Quais são suas preferidas?

  





18 fevereiro 2022

Resenha | Os últimos jovens da Terra - A estrada dos esqueletos - Max Brallier

Livro: Os últimos jovens da Terra - A Estrada dos Esqueletos
Série:  4 contra o Apocalipse # 6
#1 - Os Últimos Jovens da Terra
#2 - A Marcha dos Zumbis
#3 - O Rei dos Pesadelos
#4 -
 A Ameaça Cósmica
#5 - A Lâmina da Meia-Noite
Gênero: InfantoJuvenil, Aventura
Autor: Max Brallier
Ilustrador: Douglas Holgate
Editora: Milk Shakespeare
Páginas: 320
Ano: 2022

Resenha:
Para a maioria das pessoas viver um apocalipse zumbi é um verdadeiro pesadelo. Mas não para Jack Sullivan, que estava prestes a levar uma surra do valentão da escola quando tudo começou. Sem falar que aos treze anos ele é um órfão que já percorreu o país de uma família adotiva para outra até chegar em Wakefield, onde ele fez seu primeiro amigo, Quint Baker, então ele considera o Apocalipse dos Monstros uma espécie de benção. No começo Jack achou ter sido o único sobrevivente e começou a viver a vida como se fosse um jogo de videogame, inventando desafios a serem cumpridos que ele chama de Feitos. Mas então ele encontrou Quint Baker, o ex-valentão da escola Dirk Savage e sua crush June Del Toro, e eles se tornaram uma família.

A rotina deles inclui além de muita diversão, fugir dos zumbis e caçar e, se possível matar os monstros que parecem terem se apossado da cidade desde que o apocalipse começou. Mas em uma dessas caçadas eles foram salvos por um... monstro. Foi ai que eles descobriram que existem os monstros que são bons. Eles viviam em uma outra dimensão e foram pegos desprevenidos ao serem sugados por alguns portais e vieram parar na Terra. Mas junto com eles vieram, além da praga que transformou quase todos os seres humanos em zumbis, os monstros que são adoradores de Ŗeżżőcħ, o Antigo, o Destruidor de Mundos e esses servos estão tentando trazer seu mestre para a Terra. O líder deles é Thrull, que já foi derrotado pelos quatro amigos em uma grande batalha, mas a guerra continua e Thrull não vai desistir tão fácil.

Eles precisam estar preparados para essa guerra e por isso treinam a todo momento e em um desses momentos June acaba sendo separada do grupo e em sua aventura solo acaba descobrindo que Thrull está construindo a Torre, um portal poderoso para trazer Ŗeżżőcħ de vez para a Terra, mas ela não consegue descobrir a localização dessa Torre. Skaelka, uma monstra guerreira amiga deles acaba partindo para tentar descobrir o local, e enquanto isso eles precisam estar preparados para o que vão enfrentar, especialmente Jack, que agora consegue controlar o zumbis. Mas Thrull tem um novo trunfo, um exercito de esqueletos que é praticamente impossível de ser derrotado. E quando Skaelka volta com informações, eles precisam atravessar metade do país para impedir que as coisas fiquem piores do que já estão. Mas é do Jack que estamos falando e por mais difícil que seja essa jornada, ele vai fazer com que ela seja a mais divertida também. 

E chegamos ao sexto livro dessa série que amo desde as primeiras páginas do primeiro livro. Pensei que seria o último, mas tive a surpresa de saber que a aventura dos quatro amigos ainda não terminou por aqui. E mesmo querendo que eles reencontrem suas famílias e essa loucura toda termine, ainda quero ver eles por muitos mais livros fazendo o que eles fazem de melhor: se divertindo em meio ao caos. É impossível não se apaixonar por essa turminha a primeira vista e querer ler mais e mais aventuras protagonizadas por eles. Afinal eles tem uma relação tão bonita, uma amizade daquelas que lembra nossa infância onde a inocência ainda falava mais alto. 

Falei sexto livro porque é onde temos a história oficial narrada pelo Jack e com todos presentes, mas fora os seis livros já publicados, ainda temos mais dois livros que são uma espécie de spin-off da série, um livro solo da June e um livro de atividades para a criançada se divertir. Criançada no modo de dizer porque o livro é voltado para esse publico mais jovem, mas os livros agradam a todos os públicos. Eu aqui com meus quarenta fico toda ansiosa quando vejo a editora anunciar um novo lançamento da série. Porque essa série é desse tipo de livro, que faz com que a gente se divirta e tenha prazer em ler. É só começar a leitura e a gente se vê transportado para dentro das páginas e vivendo a aventura junto com eles.

E falando em aventura, esse foi o melhor livro até o momento nesse quesito. Tem uma cena que eu praticamente assisti e senti na pele os arrepios que eles estavam sentindo. Foi quando eles chegam em um museu e percebem que estão na área dos fosseis. Já imaginaram a situação né, fosseis, ossos, esqueletos voltando a vida...  Foi uma aventura daquelas de tirar o folego com nossos queridos amigos em uma jornada cheia de perigos, e colocando a prova a amizade entre eles já tão caraterística do grupo. Cada um tem seu momento de destaque, mas nesse em especial vemos um pouco mais do Dirk e fiquei ainda mais encantada por ele. E mais uma vez vemos a sintonia entre autor e ilustrador, o que só torna a história ainda mais incrível. Quanto a edição, impecável como em todos os trabalhos da Faro. Livro e série mais do que recomendada.

Nota: 






15 fevereiro 2022

Resenha | Última Parada - Casey McQuiston

Livro: 
Última Parada 
Série: Não
Gênero: Romance 
Autora: Casey McQuiston
Editora: Seguinte
Páginas: 400
Ano: 2022

Resenha:
Muita gente pode considerar viver em Nova York uma loucura, mas para August Landry viver em meio a tantas pessoas sem conhecer quase ninguém, significa estabilidade, já que ela nunca teve isso em sua própria casa. August cresceu se mudando de uma cidade para outra com sua mãe procurando seu tio desaparecido, e August não teve como viver as experiências de uma jovem comum já que quando não estava dentro de uma biblioteca pesquisando registros policiais, estava seguindo pistas que não levavam a lugar nenhum. Agora aos vinte e três anos ela está prestes a começar na nova faculdade, em sua quarta tentativa.

Sem muitos recursos financeiros August precisa dividir o aluguel com alguém e acaba indo morar com três pessoas em um apartamento no Brooklyn. Niko que se divide entre ser um barman e um vidente, a namorada dele Myla, que é formada em engenharia elétrica, mas que gosta mesmo é de trabalhar com arte e Wes, um tatuador que troca o dia pela noite. E tem também o Noodles, um poodle que mais parece um furacão de tão bagunceiro. Num primeiro momento August acha todo mundo muito excêntrico, mas não demora para ela perceber que é exatamente igual a eles e se encaixar no grupo. Por sugestão dos novos amigos August começa a trabalhar como garçonete em um restaurante ali perto e sua vida passa a ser uma correria diária dentro de um metrô.

E é no metrô, mais especificamente na linha Q, que August acaba conhecendo alguém muito especial, Jane Su. Em seu primeiro dia indo para a nova faculdade, August escorrega e derruba café na camisa e quando entra no metrô uma garota de cabelos curtos, jaqueta de couro e jeans rasgado acaba oferecendo seu cachecol para August e ela fica encantada pela garota, certa de que elas nunca mais vão se ver. Mas August estava enganada e elas voltam a se encontrar naquela mesma linha, várias vezes, já que August até muda seus horários para poder encontrar Jane. E o que August não sabia era que Jane obrigatoriamente estaria naquela linha, já que sem saber como Jane está presa naquela linha desde os anos 70. Acostumada com investigações, August decide ajudar Jane, e acaba mais envolvida do que imaginava.


Eu estava bem ansiosa pela leitura desse livro já que desde que ele veio na caixinha da TAG Inéditos, as pessoas não pararam mais de falar nele, e agora ele foi lançado pela Seguinte de quem recebi o livro para leitura e resenha. Eu não li Vermelho, Branco e Sangue Azul, outro sucesso da autora lançado por aqui pela Seguinte, então não sabia bem o que esperar mesmo diante de tantos elogios. Mas já fui conquistada pela capa e pela sinopse que prometia um romance de deixar o coração quentinho, ainda mais pela grande dificuldade de as protagonistas serem de tempos diferentes. E gostei bastante do que encontrei, mas tenho algumas ressalvas.

Achei o livro bem longo para o publico alvo indicado. Poderia ter metade das páginas que as coisas seriam boas igualmente. E ainda referente ao publico alvo, mesmo o livro sendo um New Adult, porque os personagens estão na faculdade, ele é mais indicado para um publico mais jovem e por isso achei desnecessário as cenas de sexo presentes no livro. Outra coisa que achei que faltou foi uma visão das duas protagonistas. Só temos a visão da August e queria muito ter lido pelo menos alguns capítulos na visão da Jane, ainda mais por ser ela a viajante no tempo. E por ultimo, confesso que achei os personagens secundários mais interessantes do que as duas protagonistas e leria de boa um livro com os outros dois casais da história.

Mas também temos muita coisa boa no livro. Primeiro de tudo é a representatividade que temos de tudo nessa história. August é bissexual, Niko é um homem transgênero, Jane é asiática, Wes é homossexual e Isaiah é uma drag queen de noite. E August, apesar de não ser bem explicito nessa edição da Seguinte, na capa da TAG está mais especificado, é gorda. E a autora até deixa um apelo no final do livro para que as pessoas pesquisem mais sobre a cultura queer, que ainda gera tantas dúvidas entre as pessoas. Eu mesmo sou uma delas e estou sempre procurando ler mais sobre o assunto. É nossa obrigação procurar informações e não apenas esperar que alguém que faz parte desse universo esclareça nossas dúvidas.

Outra coisa que gostei bastante no livro foi a coisa da viagem no tempo. Eu confesso que sou a perdida quando tem alguma coisa parecida nas histórias, mas aqui a autora escreveu de um jeito que ficou fácil e até eu entendi hehe. Eu só ficava na angústia de Jane voltar para o passado e ser uma idosa nos dias de hoje, no tempo da August. E gostei bastante da forma como as coisas se resolveram, mesmo que tudo seja um tanto fantasioso. Enfim, é um livro que indico para todos que ainda não leem muitos romances sáficos, por falta de oportunidade, ou porque são poucos publicados mesmo. Leiam, a história é romântica, bem construída e vai deixar um quentinho no seu coração.

Nota:







13 fevereiro 2022

Resenha | Como Encantar Um Canalha - Suzanne Enoch

Livro: 
Como Encantar Um Canalha 
Série: Lições de Amor #2
Gênero: Romance de época
Autora: Suzanne Enoch
Editora: Harlequin Books
Páginas: 320
Ano: 2019

Resenha:
As amigas Georgiana Halley, Lucinda Barrett e Evelyn Ruddick já não aguentam mais a forma como os homens tratam as mulheres, que parecem só enxergar o dote que seus pais oferecem para quem desposá-las. Elas deveriam ser o tesouro a ser conquistado e não um brinde que vai junto com o dote e decidem escrever algumas regras que todos deveriam seguir se quiserem chegar até seus corações. As regras são chamadas de Lições de Amor, por Três Distintas Damas e cada uma delas tem que escolher um cavalheiro e aplicar as lições nele. Georgiana que já tinha um passado traumático com o visconde de Dare escolhe ele para ser o seu aluno e no fim das contas ele não só aprende a lição como a pede em casamento. 

Mas como terminar casada não está nos planos de Evelyn, ela acaba "esquecendo" do plano. Até porque ela não tem muito tempo já que seu irmão Victor está tentando conseguir uma vaga na Câmara dos Comuns e usa Evie como um peão para conseguir seu objetivo. Sua família a vê apenas como uma garota bonita e estúpida e acha que entreter alguns cavalheiros não é mais do que obrigação de Evelyn para com a família. Mas Evelyn está cansada de ser uma inútil e quando está passando em frente ao orfanato Coração da Esperança, sente que ali ela pode fazer a diferença, mesmo que em segredo e decide se oferecer como voluntária. O problema é que para isso Evie precisa da autorização do presidente do Conselho responsável pelo orfanato, o marquês de St. Aubyn.

Santo, como o marquês é ironicamente conhecido já que é um canalha de primeira linha, é o presidente do Conselho desde que sua mãe deixou isso especificado em seu testamento, coisa que ele odeia, e tem planos para fechar o orfanato. Por isso em hipótese nenhuma ele vai aceitar Evie como voluntária. Nem que para isso ele tenha que assustá-la usando as armas que ele tem de melhor: seu poder de sedução. Mas dois podem jogar esse jogo e Evie não vai desistir tão fácil e decide que vai colocar o plano das amigas em prática e vai ensinar uma lição ao marquês. 

Esse é o segundo livro da trilogia Lições de Amor. Eu li o primeiro livro em 2018 e reli agora para relembrar a história e ler os dois livros faltantes. E quando estava relendo o primeiro livro me peguei querendo saber mais sobre um casal que aparece frequentemente na história. E para minha surpresa quando fui pesquisar o casal, o duque e sua esposa tem um livro sim com a história deles, inclusive é o terceiro livro da trilogia Receba esta Aliança, que a Harlequin está publicando. Os dois primeiros já foram publicados por aqui e eu tenho os dois na estante. Queria saber quem é o fulano que decide sobre as publicações e resolve publicar as séries fora de ordem. Custa publicar na ordem certa para não acontecer esse tipo de coisa?

Mas voltando para a história. No primeiro temos um clima de humor mais acentuado. Eu ri o tempo todo com os personagens, não só os protagonistas mas todos são muito carismáticos e interessantes. Nesse segundo já prevaleceu um toque mais sensual, um clima mais de sedução mesmo, me lembrou até de alguns livros de romance erótico que leio. É impossível chegar perto do Santo, que de santo não tem nada, sem pegar fogo. Enquanto Tristan, protagonista do primeiro livro é mais romântico, mais família, Santo é todo sedução, e um canalha mesmo. Ele é um dos poucos que faz jus ao adjetivo. E a gente fica como?, apaixonada é claro. 

Já Evie é daqueles personagens bem fora da casinha. Eu confesso que não esperava uma atitude dela no meio do livro. Não de alguém que é apresentada como virginal, ingênua e submissa ao irmão. Fez a louca e foi. Essa garota tem atitude. E falando do irmão, que homem insuportável. Torci muito pra ele se dar muito mal, porque o cara machista e escroto. Ainda tem as crianças do orfanato e a participação dos personagens dos outros livros da série que dão todo um toque especial à história. Mas enfim, mais um livro nota máxima da série e só não favoritei porque achei o final muito apressado. Queria mais do que só aquilo. Quanto às capas eu amo livros de época com capas com vestidos, mas gosto dessas exatamente por fugir do padrão. 

Nota:







11 fevereiro 2022

Lançamentos de Fevereiro da Faro Editorial e novidades

Em fevereiro a Faro trouxe outro suspense que promete. Já fui surpreendida positivamente em janeiro com Mentiras Incendiárias e não vejo a hora de ler Segredos também. Tem segundo livro da série da Angelina Purpurina e um clássico que pasmem, nunca li. Mas esse mês eu vou resolver isso e nessa edição linda da Faro.

Tony sempre foi um bom irmão para Nick. Então, quando ligam do hospital avisando que o caçula está internado após sofrer uma agressão sexual, seu lado protetor é ativado, impulsionando sua busca por justiça. Julia, esposa de Tony, é advogada e acredita que o caso logo será resolvido, mas a família jamais será a mesma: a avalanche de comentários maldosos nas redes sociais e a superexposição com a cobertura obsessiva na mídia transformam a luta do marido em desejo por vingança. Nick vive num estado de angústia ao perder o controle de tudo que ocorre após a agressão: lidar com a vergonha, a invasão de sua vida pessoal e, agora, a manipulação dos fatos por parte de seu agressor. Ele deseja apenas acordar daquele pesadelo e ter sua antiga vida de volta... Enquanto a batalha jurídica ocorre, essa família precisa desenterrar segredos e lidar com assuntos que foram silenciados no passado, mas que não podem mais continuar encobertos.

Não há lugar como o lar...

Quando um tornado atinge a fazenda em que vive, Dorothy e seu cachorrinho Totó são levados para Oz, um lugar mágico, cheio de bruxas, macacos alados e outros habitantes incomuns.

Perdida e com medo, tudo o que ela quer é voltar para casa, mas a Bruxa Boa do Norte explica que ela deve seguir pela Estrada dos Tijolos Amarelos, que leva à Cidade das Esmeraldas. Lá, o Mágico de Oz pode ajudá-la a encontrar o caminho de casa.

Nessa jornada, Dorothy encontra três personagens inesquecíveis: o Espantalho, o Homem de Latae o Leão Covarde – que decidem se juntar a ela. A viagem repleta de perigos e aventuras oferece ao quarteto inúmeras lições que irão transformar suas vidas, entre elas, o verdadeiro significado da amizade.

Baum criou uma narrativa fabulosa que se tornou um clássico universal, foi adaptada para TV, cinema, teatro, musicais e é um dos livros mais lidos de todos os tempos.

A filosofia estoica treina o nosso comportamento para prosperar em ambientes de alto estresse. Ela ensina como diferenciar o que você não pode controlar do que pode. Fundamentada na razão, o estoicismo propõe um novo olhar para a vida, com conceitos práticos que ajudam as pessoas a transformar ideias em ação. Lidar com as frustrações, com a sensação de tempo perdido, enfrentar os imprevistos e aceitar o que não pode ser controlado. Baseado na filosofia estoica, Lúcio Aneu Sêneca criou um tratado para responder a essas e outras perguntas há mais de dois mil anos. E esses conselhos permanecem bastante atuais, pois incentivam a capacidade de sermos fortes e resilientes frente aos problemas. Segundo o autor, a melhor forma de lidar com um fracasso, desilusão, angústia, ou qualquer outro sentimento negativo, é ajustar nossa visão dos fatos à realidade. Nesta edição, você encontrará as primeiras cartas de Sêneca. Elas podem ser lidas fora de ordem, pois tratam de temas diversos e servem como um guia para enfrentar as dificuldades e tomar decisões importantes, alcançar o êxito nos desafios e usufruir da felicidade no dia a dia.

Nesta coleção de ensaios, o Prêmio Nobel Friedrich A. Hayek discute tópicos da filosofia moral e das ciências sociais aplicados à teoria econômica como diferentes aspectos de uma questão central: mercados livres versus economias socialistas. Publicados pela primeira vez nas décadas de 1930 e 40, esses ensaios continuam a iluminar os problemas enfrentados num mundo que insiste em testar caminhos que passam pelo coletivismo, pela tutela estatal, entre outros argumentos vinculados a teorias socialistas. Os nomes mudaram, em virtude dos contínuos fracassos dessas teorias, mas as propostas de intervenção estatal continuam a ser oferecidas com novas embalagens, como solução para os problemas do mundo globalizado. Esta edição inclui as análises do autor sobre a ordem econômica liberal, os problemas enfrentados por economias socialistas, bem como suas derivações surgidas nas últimas décadas, mas que se estruturam pelos mesmos pilares: governos interventores, coletivismo, burocracia estatal, assistencialismo e sustentabilidade global.

Angelina teve uma nova ideia para assustar os irmãos mais velhos. E Pedro Quindim, o garoto mais legal do universo, irá ajudá-la nessa missão. O que será que eles vão aprontar dessa vez? Meu nome é Angelina Purpurina, amo animais de estimação e detesto juntar as folhas do jardim. Além disso, Pedro Quindim, será o príncipe da peça da escola. E ALÉM DE ALÉM DISSO, meus irmãos não me dão um minuto de paz... ah, eles vão ter o que merecem



E tem uma super novidade: A Faro Editorial anuncia a criação de um novo selo editorial, Poseidon, para a publicação de histórias em quadrinhos focada nos públicos jovem e adulto. Com logo inspirado no tridente do deus dos mares, Poseidon na mitologia grega (e Netuno na mitologia romana), a editora irá investir em obras que vão do universo dos heróis até séries mitológicas, distópicas e de fantasia. De cara, o selo Poseidon já apresenta a contratação de três grandes nomes: Mike Baron, Brandon Sanderson e Mitch Breitweiser.

“Decidimos publicar HQs por enxergar muitas iniciativas independentes, ou de editoras menores, que apresentam extrema qualidade, mas acabam não chegando ao público brasileiro. Publicaremos adaptações e indies que tenham sempre a harmonia entre arte e textos excelentes. Também vamos publicar alguns clássicos inesquecíveis. Entrar na seara das HQs é um grande desafio para nós e contamos com a colaboração de muita gente da área para trazer autores de qualidade. É um projeto que estudamos há mais de dois anos e que agora finalmente vamos concretizar, começando com um time de peso. Estou feliz porque são histórias grandes e míticas, criadas para um público universal”, comemora o Publisher Pedro Almeida.

Os primeiros livros do selo serão publicados a partir de junho desse ano.




 

09 fevereiro 2022

Resenha | Pecados Mortais - Maria Grund

Livro: 
Pecados Mortais
Série: Não
Gênero: Crime Thriller
Autora: Maria Grund
Editora: Trama
Páginas: 334
Ano: 2021

Resenha:

Logo agora que Bernard Hellkvist, o parceiro de Sanna Berling está há duas semanas de se aposentar, e está no modo devagar quase parando, eles encontram duas mulheres mortas, coisa rara na pequena ilha sueca. E sua nova parceira, Eir Pedersen, é uma mulher bem esquisita, Sanna quase a confunde com uma mendiga, e ela claramente está ali contra sua vontade. O primeiro corpo é de Mia Askar, uma adolescente de quatorze anos que aparentemente cometeu suicido cortando os pulsos e se jogando nas águas geladas do lago de uma pedreira. A única coisa estranha é que foi encontrado um cordão de algodão enrolado em seus cabelos e em sua cintura escrito com uma caneta permanente de cor azul, está o numero 26.

Já o segundo corpo não resta nenhuma dúvida de que foi um assassinato. Marie-Louise Roos, uma aposentada de setenta anos que possui um antiquário e comercializava livros antigos pelo mundo todo, é encontrada morta dentro de sua casa, banhada em sangue, com sinais claros de espancamento e com cortes por todo o corpo e na garganta, uma ferida profunda em formato de cruz. E seu marido Frank, um cadeirante, está desaparecido. Não há sinais de arrombamento e a coleção de livros raros está intacta. E o que chama a atenção de Sanna no local, é uma pintura no corredor que mostra um grupo de crianças com o rosto coberto por máscaras de animais, mas ela não tem nem ideia do que a pintura significa e se tem alguma ligação com o assassinato.

Isso até eles assistirem o vídeo da câmera de segurança perto da clareira e verem Mia usando uma máscara de uma raposa, idêntica a máscara da pintura. Ao voltarem na casa de Marie-Louise para examinar o quadro, eles acabam encontrando outra pista que os leva ao terceiro corpo. A vítima dessa vez é Rebecca Abrahamssom, uma enfermeira que foi assassinada da mesma forma que Marie-Louise. Mas dessa vez o assassino deixou uma testemunha: Jack, o filho de treze anos de Rebecca. O problema é que Jack está em choque e tem mutismo. Ele não consegue falar, mas desenha muito bem, e quando Sanna pergunta o que ele viu, Jack desenha um lobo muito parecido com o da pintura. Agora Sanna tem que correr contra o tempo para descobrir se existe mesmo uma ligação entre as mortes e a pintura, antes que mais alguém morra.

Esse é o terceiro livro da Trama Box e não foi tão maravilhoso quanto os dois primeiros, mas ainda assim é uma leitura válida para quem gosta do gênero. Para quem não está tão acostumado a ler o gênero, vai até gostar mais dele do que eu. Eu gostei bastante e até dei uma nota na média, mas tive alguns problemas com o livro, como logo no começo já descobri o assassino. Talvez por ler muito o gênero a gente já fica esperta com algumas coisas e peguei a pista logo no começo. Mas não é nada muito obvio não, e precisei ler até o final mesmo para confirmar se estava certa. É mais como disse, formada na escola da Agatha que sou, já estou acostumada a prestar atenção em algumas coisas que possa passar despercebida para outras pessoas.

Esse não é meu primeiro contato com a literatura policial sueca, mas foi o primeiro que vi onde as mulheres não sofrem machismo e sexismo de seus colega policiais. Em todos os outros que tinha lido até então as mulheres eram sempre vistas como incompetentes e suas opiniões nunca eram levadas em conta, mesmo elas estando certas, porque afinal são mulheres né. Mas ainda assim as duas protagonistas deixam um pouco a desejar. E não estou falando apenas do desenvolvimento de seus personagens, que acredito que a autora pretende levar elas para outras histórias e deixar para trabalhar mais nelas nos futuros livros, o problema é que falta carisma nas duas. Ainda mais se como eu penso, for ser uma série com elas mesmo.

Eu já li várias obras policiais com detetives mulheres como protagonistas, e praticamente metade das histórias se baseiam nelas, mesmo com os casos a serem solucionados em cada livro. O legal dessas séries e despertar o interesse no leitor pela vida da protagonista, para que ele fique ansioso em saber mais e compre os próximos livros. Mas nem a Sanna, nem a Eir me conquistaram. Não sei dizer qual das duas é mais sem sal. Elas até tem uns dramas familiares em suas vidas, Sanna tem um passado trágico e doloroso que ainda não superou e Eir tem uma irmã problemática e ela mesma é bem da esquisita, mas sabe quando não bate aquela vontade de saber mais? Terminei o livro com a sensação de tanto faz e se não vier outros livros da série na caixa, por exemplo, eu não irei comprar.

Agora sobre os crimes, mesmo tendo descoberto o assassino antes, é interessante acompanhar conforme o caso vai avançando e as pistas vão surgindo. Eu não comentei no pequeno resumo da história, mas existe uma ligação religiosa e até temos uma referencia a isso no titulo do livro. Os animais são uma espécie de representação dos pecados capitais e sempre que temos de uma forma ou outra a Igreja envolvida, as histórias ficam mais intrigantes. E teve horas que fiquei um pouco chocada e com muita raiva de como existem pessoas como essas no mundo e que infelizmente acabam não pagando pelos seus crimes. Fica aquela sensação de impotência porque ali no livro é ficção, mas quantas crianças não passam por isso na vida real.

E confesso que me vi torcendo pelo assassino, já que ele age onde a justiça não faz nada. Sei que estou errada ao pensar assim, mas quantas vezes ao ver algum desses monstros saindo impune, você já não pensou que se pudesse teria feito alguma coisa. Será que existe diferença entre somente pensar e de fato agir? Mas enfim, é uma boa história, só que é mais do mesmo para quem lê muito o gênero. Quanto a edição está tão bem feita quanto as outras duas que já vieram na caixa, só o brinde desse mês que achei bem ruinzinho. Veio um calendário, mas o material é bem do mais ou menos. Vamos torcer para a próxima caixa ser mais do meu agrado. 

Nota:






© Blog Prefácio ♥ 2016 - Todos os direitos reservados ♥ Criado por: Taty Salazar || Tecnologia do Blogger. imagem-logo