Livro: A Promessa da Rosa
Série: Flores da Temporada #1
Autora: Babi A. Sette
Gênero: Romance de Época
Editora: Novo Século
Páginas: 432
Ano: 2015
Resenha:
Estamos em Londres, 1840. Uma época em que uma mulher bem nascida, só deve ater seus pensamentos em seu futuro marido e filhos. Mas não Kathelyn Stanwell. Desde criança o prazer da aventura corre em sua veias. Ela adora sentir aquela sensação de perigo, de coisa errada. Mas quando criança, eram somente as suas saias que ficavam com lama, agora em época de debutar, sua reputação e de toda sua família é que podem ser enlameadas. Como filha de um conde, ela não pode fazer nada que sequer levante qualquer dúvida sobre sua honra. mas Kathe não consegue evitar. Por isso ela só foi a um baile nessa temporada, os outros ela estava de castigo. Mas sua mãe conseguiu convencer seu pai a deixá-la ir ao baile de máscaras na casa do Visconde Whithmore. Sua intenção na verdade, não é participar do baile, e sim conhecer sua famosa coleção de antiguidades, a maior coleção particular de relíquias da Grécia.
E é claro que ela seria pega. E por um homem que ela não tem nem ideia de quem seja, mas que não tem cara de quem pertença a realeza. E que diz ser ele o novo dono da coleção, já que ganhou ela em um jogo de cartas. Mas ele não a denuncia, ele fica fascinado pelo conhecimento de Kathelyn sobre a cultura grega, coisa que nenhuma dama, deve nem sonhar em saber, e pede que ela dance uma valsa com ele. Kathe aceita, mas se arrepende logo em seguida, já que a proximidade com esse homem tão diferente dos que ela conhece, está deixando ela meio tonta. Ela interrompe a dança dizendo que precisa de ar e acaba na entrada do jardim. Jardim esse, proibido para damas, mas ela não resiste e faz algo que não teria coragem de fazer se soubesse quem é o homem em sua frente: ela convida-o para um passeio. Ele aceita de imediato, fascinado pela mulher em sua frente, que ele também acredita não ser uma dama. Mas Kathe acorda antes das coisas irem longe demais e foge.
O consolo de Kathe, é de ela nunca mais verá o homem misterioso. Ledo engano, ela o verá mais cedo do que imagina, já que ele é Arthur Harold, o novo duque de Belmont, e está a procura de uma esposa. E quando se encontram novamente, é em uma situação engraçada, que Kathe não consegue segurar as gargalhadas, isso até olhar em seu rosto e descobrir sua identidade. Então o duque decide que Kathe será sua esposa e assina um contrato com o conde sem que ela saiba. Sua intenção é conquistá-la antes de pedir sua mão, já que o conde diz que Kathe pretende se casar somente por amor. E aos poucos ele consegue e não somente conquista o coração de Kathe, mas também entrega o seu a ela. Só que uma série de mal-entendidos e uma intriga causada por muita inveja, vai acabar com a alegria dos dois, deixando Kathe em uma situação que nenhuma mulher em sua posição gostaria de estar. Será que Kathe vai conseguir se reerguer e reencontrar o amor?
Tem alguns gêneros que são clichés do início ao fim. Quando começamos a leitura, já sabemos como a história vai terminar. Muita gente se incomoda com isso, eu não. E romance de época é um desses gêneros. Já sei que vai ter uma mocinha encalhada, um famoso libertino, vai acontecer uma situação em que eles serão obrigados a se casar e no fim eles vão descobrir que se amam. Temos algumas variações disso, mas o enredo é basicamente esse. Em A promessa da rosa, a autora quis fugir desse clichê e na minha opinião acabou se perdendo um pouco. No fim virou uma novela mexicana. A protagonista poderia se chamar Maria e fazer parte das Marias Mercedes, do bairro e Marimar do SBT. Quando vi o tamanho do livro fiquei achando que era muita página para um romance de época e no fim foi mesmo. A autora poderia ter terminado a história bem antes.
Pela primeira vez em um romance de época, não me apaixonei pelo mocinho. Arthur é intragável. Ele só pensa o pior de Kathe e está sempre se referindo a ela por termos pejorativos. Kathe não é uma solteirona, pelo contrário ela tem dezessete anos e é a sensação da temporada, com certeza ia se dar bem se não tivesse seu caminho cruzado com o do duque. A autora quis insinuar que ela era muito inteligente, mas eu não entendi como que uma garota que estudou grego escondido da família, não sabia nem como que as mulheres perdiam a virgindade. E depois de tanto sofrimento da mocinha esperava um final digno. Só que pareceu que a autora olhou e viu que o livro já tinha mais de 400 páginas e falou preciso terminar e deu um final de 2 páginas para a história. Fiquei com muita raiva.
Você deve estar pensando que odiei a história, pelo contrário, gostei muito, tanto que li ela em um dia. A autora escreve de um jeito que a gente não consegue largar o livro. Quando percebia já tinha lido 100 páginas. E com certeza vou querer ler outros livros dela. Acho que o que me incomodou foi exatamente a história não ser nada daquilo que estava esperando. Isso é bom ou ruim? E quanto a edição, só tenho elogios. A capa é linda e a diagramação é a mais bonita que tenho, se comparado aos outros livros do gênero que tenho na estante.
Nota:
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