Série: Não
Autor: Sarah Butler
Editora: Novo Conceito
Gênero: Drama
Páginas: 256
Ano: 2015
Resenha:
Daniel é um sem-teto que vive nas ruas de Londres e que perdeu tudo na sua vida, sua mãe, seu pai, com quem ele tinha uma relação de amor e ódio, a mulher que ele amava, mas que não pertencia a ele, e uma filha que nem sabe quem ele é e a quem ele nunca conheceu. Por 30 anos, sua vida só tem sentido pela esperança de encontrar sua filha. E foi o desejo de encontrar sua filha, que fez com ele perdesse seu ultimo emprego, como motorista de táxi. Ele pensou que tinha visto ela na rua e acabou perdendo o controle do carro. Mas ainda assim ele não desistiu. E agora que ele conseguiu descobrir o nome dela, ele sempre lê os jornais na esperança de que um dia o nome apareça em alguma matéria, nem que seja na coluna dos óbitos.
Alice tem 30 anos e sempre sentiu culpa pela morte de sua mãe quando ela tinha quatro anos. Por isso, e por sentir que era uma estranha em sua própria família, ela está sempre afastada de casa, viajando para algum lugar. E é em uma dessas viagens que ela descobre que seu pai está morrendo. Como ela está longe, ela só consegue chegar duas semanas depois que ele foi diagnosticado. Ela tem duas semanas a menos com ele, das três que o médico disse que ele provavelmente viveria. Ela sofre um baque quando vê seu pai, ele está acabado. Mas mesmo em meio a essa situação, Alice não consegue se sentir em casa. Ela não consegue se sentir amada por sua família. Ela sabe que tem alguma coisa errada, mas ninguém diz o que é.
Alice e Daniel não se conhecem e de comum eles só tem o amor pelas estrelas, pelas cores e pelos mirtilos. Além do hábito de fazerem listas de dez coisas para expressarem seus sentimentos. Coisas que os deixam felizes, ou que os deixam tristes, coisas que eles lembram, coisas que eles aprenderam. Os dois tem medo da rejeição. Ela de não ser aceita pela sua família e ele de não ser aceito pela sua filha. Os dois amam com a mesma intensidade, mas tem o mesmo medo de sentir esse amor e demonstrá-lo. Em algum momento as histórias deles irão se cruzar e eles terão que aprender algumas coisas sobre o amor.
"Uma vez que tenha me apaixonado, acho quase impossível me desapaixonar; aprendi isso sobre mim mesmo. Não é algo que torne a vida mais fácil."
A narração é em primeira pessoa com os capítulos divididos entre Alice e Daniel e sempre antes dos capítulos tem uma lista de dez coisas feita por eles. Confesso que no começo gostei, mas depois já estava de saco cheio de ler as listas. Li varias primeiras impressões sobre esse livro nos blogs e acho que esse foi o meu problema com esse livro. Estava com as expectativas muito altas em relação a ele e acabou que não alcançou minhas expectativas e me decepcionei um pouco por causa disso. Outra coisa foi que li ele logo após Cinco Dias que tem uma carga emocional enorme e fiquei esperando que Dez coisas sobre o amor fosse igual e não foi. Não que a história não seja boa, porque é, mas fiquei esperando mais do que ela apresentou. A edição do livro está linda, desde a capa muito significativa, até a diagramação muito fofa.
Alice não conseguiu me conquistar. Estava sempre reclamando de alguma coisa em relação a sua família e em vez de fazer alguma coisa para mudar isso, ela simplesmente fugia para outro país. Daniel foi o que mais gostei e fiquei com pena dele, não pelos motivos óbvios sobre sua situação financeira e sim sobre não conseguir se aproximar de sua filha por tudo o que já tinha passado por causa do amor. A relação dos dois também já dá para descobrir logo nos primeiros capítulos e achei estranho a autora querer fazer disso um mistério, quando estava na cara a verdade. E quanto ao final fiquei decepcionada também. Esperava outra coisa e não gostei. A favor do livro, posso dizer que a autora escreveu uma história bem real e até entendo aquele final. Mas leiam e tirem suas próprias conclusões.
Nota:
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