Resenha | Mordidas na Escola - Steven Banks

Livro: Mordidas na Escola
Série: Vambizomem #1
Gênero: InfantoJuvenil
Autor: Steven Banks
Ilustrador: Mark Fearing
Editora: Milk Shakespeare
Páginas: 295
Ano: 2021

Resenha:

Tom Marks está, e ao mesmo tempo não está muito empolgado para começar o ensino médio. A maior vantagem que ele vê é que Tanner Grantt, o valentão que sacaneava Tom o tempo inteiro não vai estar lá, mas Annie Barstow, por quem Tom é secretamente apaixonado e tem até um plano para namorar com ela, sim. Mas em compensação ele já ouviu tantas coisas terríveis de sua irmã Emma que Tom morre de medo toda vez que pensa no ensino médio, mesmo Emma sendo a maior mentirosa do mundo. Por via das dúvidas Tom tem um plano: o Plano do Tom invisível, que é basicamente ficar na dele sem ser notado. Mas então no último dia de férias de verão aquilo aconteceu. Ninguém vai acreditar se ele contar, nem ele acreditaria, mas é a pura verdade. 

Tom sempre passa o último fim de semana de férias na casa da avó e todo ano é a mesma coisa, Tom parece que atrai todos os insetos disponíveis na região e costuma sair de lá todo picado. Por isso ele nem ligou quando sentiu algo estranho no pescoço, como uma mordida, no meio da noite, só voltou a dormir. Ainda mais que ele tinha decidido acordar cedo para correr, para já ir treinando para as aulas de educação física. E pelo jeito aquele seria o dia das mordidas, já que assim que começa a correr o cão husky siberiano do vizinho, que mais parece um lobo, corre atrás de Tom até mordê-lo. Mas depois ele descobre que no fim das contas não era o cachorro do vizinho e precisa ir ao médico tomar vacina antirrábica e descobre que a mordida anterior foi feita por um morcego. 

E como se não bastasse ser mordido por um morcego e por um cachorro no mesmo dia, Tom ainda é mordido uma terceira vez no caminho de volta para casa. Tom precisa muito ir ao banheiro e o único lugar que sua avó encontra é um posto de gasolina com um ar sinistro, com restos de um circo abandonado na parte de trás. Ao "investigar" um trailer com um cartaz de um zumbi, Tom acaba sendo arranhado pelos dentes do boneco, muito realista por sinal, que estava lá dentro. Sorte pouca é bobagem. Mas até então Tom nem desconfiava o pesadelo, ou aventura, dependendo do ponto de vista, sua vida ia se tornar. Ele agora é um VAMBIZOMEM e a única pessoa que parece achar isso uma coisa incrível, é seu melhor amigo Zeke Zimmermann. 

E temos uma nova série infantojuvenil sendo publicada pelo selo Milk Shakespeare da Faro Editorial. E assim como aconteceu com Os Últimos Jovens da Terra, fui fisgada logo nas primeiras páginas do livro. A série é do roteirista do Bob Esponja, que infelizmente não é da minha época, já que era meio grandinha quando surgiu hehe. Mas amei a história, me diverti horrores e ainda tirei muitas lições dela. Acredito que quem está nessa faixa etária vai se identificar muito e quem já passou por ela vai lembrar muita coisa que viveu e chegar a conclusão de que a vida na escola não é fácil para ninguém hehe.

O autor parte de uma premissa um tanto quanto absurda, porque é muito fantasioso ser mordido por três criaturas sobrenaturais no mesmo dia, e acabar virando um terço de cada um deles. Mas é ai que as coisas que poderiam desandar acabam sendo o ponto forte do livro e num misto de humor e ironia temos uma história que vai agradar a todos os públicos. Todos os personagens do livro são interessantes, mesmo sendo descritos pelo nosso narrador protagonista Tom. Eu prefiro narração em terceira pessoa, principalmente na hora de ter uma visão real dos outros personagens e não da opinião de quem está narrando, mas aqui isso não me incomodou porque senti que eles eram aquilo mesmo que estava sendo descrito.

Primeiro temos Tom, nosso Vambisomem que é muito simples apesar de toda complexidade do que acontece com ele. Eu ria muita dos diálogos que ele criava em sua cabeça das situações à sua volta. A conversa dos insetos da casa da sua avó imaginada por ele é hilária, a dos professores da escola então, é exatamente o que a gente pensa ser quando está nessa época. E ele é uma pessoa que acredita em tudo que os outros falam, principalmente sua irmã mais velha, que aproveita para fazer bullying com o coitado. E temos também o melhor amigo Zeke, que é aquele tipo de amigo que todo mundo queria ter em todas as fases da vida. Aquele amigo que incentiva, que não tem tempo ruim, que apoia e que está ali para dar aquele puxão de orelha quando o amigo precisa.

Temos também outros personagens que se destacam, como a avó que ama ouvir musica alta, mas não é porque ela está ficando surda, os pais que tentam ajudar da forma que podem, os amigos da escola, com destaque para Abel Sherril, que antes de Tom virar um vambizomem era o mais esquisito da turma. Nesse primeiro livro temos mais uma introdução para os próximos que virão, mas já deu para ver que será daquelas séries que vou amar do começo ao fim. As ilustrações são um destaque a parte e dão todo um charme para a história. E como sempre, já característico da editora, a edição está um arraso. Vale muito a pena para quem está a procura de livros para presentear os mais jovens. E se você como eu ama um livro infantojuvenil, com certeza esse livro é mais do que recomendado.

Nota:

#111 | A Estante Aumentou

Eu estou tentando resistir ao máximo e não comprar livros novos sem ler os que já tenho parado na estante. Mas tem algumas promoções que a gente não pode perder hehe. Vejam o que chegou de bom aqui em casa esse mês. 

Recebidos

Em parceria com a Faro eu recebi A Garota Anônima que tem resenha aqui e A Revolução dos Bichos que tem resenha aqui. Eu amei os dois livros.

No Clube Intrínsecos veio esse livro que gostei muito e tem resenha aqui. O brinde foi nostálgico porque brinquei muito de Detetive na minha vida.

E esses dois eu não resisti e acabei comprando. A Rainha do Nada eu estava muito ansiosa para ler desde que lançou e assim que chegou aqui furou fila. Logo tem resenha dele. Já esse outro eu peguei a dica no grupo de parceiros da Faro no WhatsApp, aproveitei a promoção e espero gostar.

Desapegos

Como minha estante está lotada resolvi me desfazer de alguns livros e comprá-los em ebook. Esse mês escolhi me despegar dos livros do Rick Riordan. Foi com dor no coração que doei eles porque pretendo reler um dia, mas foi preciso.

Desejados

Esse mês só teve dois livros que entraram na minha lista de desejados. E os dois são romances de época. Esse da Lisa estou pensando em comprar o ebook, já o da Tessa ainda não decidi se compro o físico ou ebook.

Resenha | A Lista de Convidados - Lucy Foley

Livro: A Lista de Convidados
Série: Não
Gênero: Suspense
Autora: Lucy Foley
Editora: Intrínseca
Páginas: 301
Ano: 2021

Resenha:

O casamento do ano está prestes a acontecer. Ele será realizado na Ilha Cormorant e contará com a presença da família e de amigos íntimos do casal. Alguns deles chegarão na ilha só no dia da cerimônia, mas os padrinhos vão estar lá na véspera para o ensaio do casamento. Quem está organizando tudo é Aoife, a cerimonialista que trocou os salões chiques de Dublin pela propriedade decadente da ilha que fica na costa da Irlanda. Após a reforma o lugar ficou perfeito para casamentos de celebridades que querem algo pitoresco em seu casamento. E a beleza e o conforto da mansão compensam o inconveniente da ilha ser praticamente incomunicável e por vezes assolada por tempestades violentas. 

O casamento da vez é entre Jules Keegan, a dona da revista The Download, uma revista on-line de design e lyfestyle que ela criou a partir de um blog e hoje nada em dinheiro, tanto que no casamento não temos nada menos que o perfeito. O noivo? Will Slater, o aventureiro astro de um reality show, o Sobreviva À Noite, e enquanto todos dizem que o casamento esta fadado ao fracasso, já que os noivos não tem quase nada em comum e estão se casando apenas alguns meses após se conhecerem, quem conhece eles mais intimamente vê o quanto estão apaixonados e não conseguem ficar muito tempo longe um do outro.

E os convidados variam entre o grupo de amigos da época de colégio do noivo, entre eles Johnno, que parece ter um segredo compartilhado com o noivo, Olivia a meia-irmã da noiva um tanto quanto esquisita e Charlie, melhor amigo e mestre de cerimônia, que não parece estar muito satisfeito com o casamento, atraindo assim a desconfiança da esposa Hannah. E o casamento que parecia ser o mais perfeito dos últimos tempos começa a desandar quando o tempo vira para uma tempestade torrencial e as luzes começam a oscilar durante a festa. E num desses apagões um corpo é encontrado e resta saber quem foi a vítima e o mais importante, o assassino.

Lucy Foley é a autora de A Última Festa, livro que também veio primeiro para o Clube Intrínseco como esse, mas eu não me interessei muito em ler ele, mesmo sendo um gênero que eu amo, porque vi mais resenhas negativas do que positivas dele. E quando fui pegar esse para ler não fui com muitas expectativas porque já tinha lido algumas resenhas dele que diziam ser os dois livros muito parecidos com um enredo e sequencia de acontecimentos iguais. Então talvez por isso eu acabei gostando muito do que encontrei. Esse negócio de ir para uma ilha isolada onde vai acontecer um assassinato já de cara me lembra um dos meus livros favoritos da Agatha Christie, E Não Sobrou Nenhum. Claro que não chega aos pés do livro citado, mas ainda assim é uma leitura que vale a pena.

O livro é narrado por cinco personagens, Aoife, Jules, Hannah, Olivia e Johnno. E alterna entre os acontecimentos na véspera do casamento até a hora atual e no presente após a descoberta do crime. E achei isso muito interessante porque podemos ver a história sob o ponto de vista de diversas pessoas e ter uma visão diferente de cada um dos personagens. E uma coisa que gostei bastante é que a autora segura até onde pode quem é a vítima e claro quem é o assassino. Porque a cada capitulo que termina, capítulos curtos que dão toda uma agilidade a trama, a gente troca de palpite sobre quem é a vítima e seu algoz. Eu formulei um monte de teorias e mudei meu pensamento várias vezes durante a leitura.

E o que é mais interessante no livro é que o crime em si não é o foco da história e sim seus personagens e os segredos que cada um esconde. Tanto que temos vários plot twists no livro, porque cada segredo descoberto é uma reviravolta na história. E todo mundo tem o seu por aqui. Teve um em particular que fiquei de queixo caído quando revelou, nem me passou pela cabeça nada daquilo. E a cada segredo revelado eu ficava "é essa pessoa que vai morrer e essa que vai matar por causa disso". Mas o livro ia terminando e eu ainda estava no escuro, ansiosa pelo momento em que os segredos seriam descobertos e as pessoas confrontadas. 

E quando por fim a vítima é revelada abre um leque de suspeitos porque varias pessoas ali tinham um motivo para matar essa pessoa. E no fim como sempre era alguém que eu nem tinha cogitado. Meu único porém com o livro e que me fez não dar nota máxima foi o final. Algum dos confrontos esperados não aconteceram e algumas coisas ficaram em aberto. Mas fora isso foi uma leitura muito prazerosa para o gênero e se o outro livro da autora já citado for parecido com esse, vou querer ler ele com certeza. Mais uma aposta da Intrínseca para o clube muito bem feita. Quanto ao livro já disse aqui que gosto dessas capas de uma cor só, mas esse tom de verde especificamente não é dos meus favoritos. 

Nota:

Falando sobre | Quando os livros deixaram de ser o mais importante

Já faz algum tempo que esse assunto está me incomodando e hoje resolvi desabafar. No ano passado consegui parceria com uma editora ai e logo entrei no grupo do Whatsapp dos parceiros da editora. Eu esperava encontrar pessoas que assim como eu amam ler e que teríamos conversas sobre livros. Mas o que encontrei foram pessoas preocupadas com números e somente números. Raramente alguém postava sobre algum livro, a conversa girava o dia todo sobre curtidas, visualizações, engajamento e seguidores. Aguentei até onde deu e sai do grupo. Com isso eu me pergunto, quando foi que os números da minha rede social deixaram de ser mais importante que meu prazer pela leitura?

Lá em 2012 quando o Prefácio foi criado, lembro muito bem que éramos um grupo de cinco amigos que líamos e depois debatíamos sobre os livros após o culto na igreja em que frequentávamos na época. Então alguém perguntou o porque de não aumentarmos o alcance dessas conversas criando um blog literário e assim surgiu o Prefácio, inicialmente gerido por mim (Silvana), pela Olivia e pelo Matheus, irmão dela. E esse sempre foi o objetivo do blog, falar sobre os livros que lemos e se possível debater sobre eles. Por isso amo ler cada comentário nas resenhas que posto, independente de ele concordar ou não com minha opinião. O importante é propagar esse prazer de ler.

E nesses nove anos vi tantos blogs, canais do YouTube, Instagram literários surgindo e uns se firmando e outros desistindo pelo caminho, e sinto que infelizmente o livro que deveria ser o mais importante, perdeu seu espaço para os números. Estou falando exclusivamente de redes sociais literárias só para deixar claro. E porque será que isso aconteceu? Um dos motivos pode ser a corrida pelas parcerias que se inicia todo começo de ano. 

Sabemos que toda editora é uma empresa que como tal visa o lucro, e parceria com blogueiros é uma propaganda barata, então é claro que quando vão escolher um parceiro, eles vão escolher alguém que eles acreditam vá dar esse retorno para eles. Então não fico surpresa se entre um IG com 10.000 seguidores e um com 300, o de 10.000 for o escolhido para a parceria. Olhando pela lado da editora não tem nem o que questionar. Mas falando agora como consumidora que sou desde quando recebi meu primeiro salário e comprei um livro, será que na hora de comprar um livro eu vou optar em olhar uma foto bem feita em um IG com milhares de seguidores ou vou escolher ler uma resenha em um blog que não tem tanto destaque assim, mas que sei que a pessoa realmente leu aquele livro e está colocando ali sua opinião sincera?

Não estou querendo dizer com isso que alguém que tem um monte de seguidores não leu o livro e não está sendo sincero no que escreveu, mas pelo menos entre os que sigo, são poucos. E vi cada coisa em grupos literários que fiquei até espantada com o que li. Cheguei a ler uma blogueira dizendo que já tinha escrito resenha baseada em outras resenhas que ela leu porque não teve tempo de ler o livro porque tinha muitos livros acumulados de parceria. Como assim? Se não tem tempo de ler os livros, qual o significado de manter a rede literária então? Meu objetivo não é ler os livros, só tê-los na minha estante? E outros que li dizendo que fazia resenhas pagas e cobrava valores diferentes dependendo da nota que dava para o livro. Como vou confiar na opinião dessa pessoa?

Enfim, era isso que eu queria dizer, o quanto estou chateada por o amor pelos livros não ser mais o motivo das redes sociais literárias serem criadas. Por aqui ainda continua sendo isso, meu prazer de ler é maior que tudo, maior que um numero que se encontra ali na aba chamada seguidores. Ainda me inscrevo para algumas parcerias? Sim, mas meu amor pelos livros não é restrito a elas e se eu não conseguir comprar, existe algo chamado biblioteca, porque quem ama ler não lê só lançamentos. E por aqui nada mudou nesses nove anos, ainda amo ler acima de tudo e valorizo cada comentário e vou com prazer retribuí-los. Mas infelizmente por quase todo lado que olho, as coisas não são mais assim. O livro perdeu seu lugar, principalmente entre as pessoas que tecnicamente deveriam serem os primeiros a defendê-lo.

 

Resenha | Trocas Macabras - Stephen King

Livro: Trocas Macabras
Série: Não
Gênero: Suspense/Horror
Autor: Stephen King
Editora: Suma
Páginas: 656
Ano: 2020

Resenha:

A inauguração de uma nova loja está deixando os moradores de Castle Rock em polvorosa. Os rumores e especulações são por conta do nome curioso da loja, Artigos Indispensáveis. O que será que vem a ser isso? Para a mãe de Brian Rusk nada mais é do que mais uma loja de antiguidades com móveis antigos falsos e telefones à manivela mofados. Mas ela não poderia estar mais enganada e Brian soube disso em primeira mão ao passar em frente a loja um dia antes do previsto para a inauguração e, encontrar uma placa de aberto na porta. Brian não pretendia entrar, mas a curiosidade falou mais alto e quando percebeu já estava do lado de dentro da loja olhando para prateleiras praticamente vazias. E já estava indo embora quando o dono da loja apareceu.

Ele se apresenta como Leland Gaunt e diz que Brian tem a honra de ser seu primeiro cliente e por isso ela fará um preço bem camarada pelo que Brian escolher comprar. Brian que só tem noventa e um centavos no bolso não pretendia comprar nada, mas ao ser questionado sobre seu maior desejo no momento, ele diz sem hesitar: um card de beisebol de Sandy Koufax. E o Sr. Gaunt não só tem o card certo, como ele está autografado com uma dedicatória para Brian. E quando o Sr. Gaunt diz que vende o card por oitenta e cinco centavos, mais uma ação, Brian nem ouve mais nada e sai da loja com o card e sem nem saber com o que concordou em fazer para o Sr. Gaunt. 

A segunda visita, dessa vez no dia da inauguração, é a Sra. Polly Chalmers, dona da loja de costuras que vai dar as boas vindas à cidade ao novo lojista. E depois dela parece que todas as pessoas da cidade passam por lá, e o Sr. Gaunt tem o que cada uma delas mais deseja por um preço acessível, e claro um favor, uma espécie de pegadinha inofensiva com alguém da cidade. Mas então a cidade parece ter virado de pernas para o ar e é como se todos tivessem usado a mesma droga, pois parecem todos hipnotizados e seus piores sentimentos vindo a tona. E o único que aparentemente pode resolver essa situação é o xerife Alan Pangborn, que pelo menos até o momento não parece ter sido enfeitiçado por nenhum artigo da loja. 

"O Sr. Gaunt pensava em si mesmo como um eletricista da alma humana. Em uma cidade pequena como Castle Rock, todas as caixas de fusíveis estavam alinhadas. O que tinha que ser feito era abrir as caixas... e começar a cruzar os fios. (...) Depois era só ficar na moita disparando cargas pelos circuitos de vez em quando para manter as coisas interessantes. Para manter tudo aquecido. Mas em geral, você ficava na moita até que tudo estivesse feito... e aí você ligava a corrente elétrica de verdade."

Quem acompanha o blog sabe que apesar de já ter lido muitos livros do autor eu não sou exatamente fã por ele ser muito prolixo. Mas quando esse livro chegou aqui em casa eu não pude deixar de ler. Gente que edição perfeita é essa? Eu ainda não tinha visto nenhum livro da Bibloteca Stepehn King que está sendo publicado pela Suma, mas agora eu já preciso dos outros livros. A edição é sensacional, capa dura com esse tom de verde vibrante, nova tradução e material exclusivo que só deixam o leitor mais satisfeito com seu exemplar. Sem falar que o livro estava esgotado há anos no Brasil e agora todos os leitores e fãs do autor poderão conhecer essa história, que a meu ver é uma das melhores do autor.

Porque não basta termos uma edição perfeita se a história não for boa. E pela primeira vez, e olha que já li uns trinta livros do autor, eu fui fisgada nas primeiras páginas da história. Geralmente nas primeiras cem, duzentas páginas, o autor enrola tudo o que pode e só depois da primeira metade que a gente fica realmente envolvido, mas nesse eu já me vi vidrada na história logo que ela é apresentada. História essa que se passa em Castle Rock, cenário constante em alguns livros do autor como Cujo, A Zona Morta e A Metade Sombria, esse ultimo com o personagem Alan Pangborn. Claro que ainda temos sim aquela lentidão característica do autor, mas isso não me incomodou porque aqui no caso entendi como fundamental para o desenrolar da história.

E que história. A capa não poderia ser mais perfeita para explicar o que acontece na história. Os moradores de Castle Rock viram verdadeiras marionetes nas mãos do misterioso Sr. Gaunt. Aos poucos ele vai manipulando a cidade toda a fazer suas vontades. Mas se pensar bem ele só mexe com algo que já estava dentro das pessoas. As desavenças entre eles já existiam e a raiva e o ódio também, ele só intensifica esses sentimentos. E tudo vira uma verdadeira loucura. Quando a gente vê noticias de pessoas que se mataram por um motivo besta como discussões no trânsito ou por causa de algum barulho constante na casa do vizinho, a gente não quer acreditar que foi somente aquele o motivo.  E nesse livro o autor mostrou como esses motivos bobos podem fazer uma pessoa virar um monstro.

A história é cansativa por toda lentidão da construção da mesma, só nas últimas duzentas páginas mais ou menos que a gente não consegue largar o livro, porque então sim começam as ações. Mas eu acabei vendo ela como uma partida de xadrez. No começo as peças vão se movendo lentamente, e então a coisa chega em um momento onde não existe mais uma forma de voltar atrás e acreditei piamente que não ia sobrar ninguém vivo para contar essa história. Dos livros que li do autor até agora, esse foi o que mais fiquei desesperada por uma saída que eu não conseguia ver de jeito nenhum. Por isso, por toda a construção e finalização, não poderia dar uma nota menos do que a máxima para o livro. Dizem que ele sempre estraga o final, mas eu particularmente gostei muito desse aqui. É por isso que indico o livro a todos os fãs do autor. E para quem quer se aventurar em sua escrita, mas que não gosta de livros de terror, pois nesse temos mais um suspense propriamente dito, apesar de termos um quê de sobrenatural na história.

Nota:

#11| Da Netflix - Filmes Musicais

A noviça rebelde e Dançando na chuva 

Hoje vamos conhecer um pouco mais sobre um dos gêneros que é sempre alvo de crítica. Os musicais.

Eles podem contar um historia de amor, de comédia, um suspense ou até mesmo um terror e porque não um drama?

Os musicais começaram em teatros na Grécia antiga. Artistas faziam apresentações com muita musica. O que no final do séc. XVI em Florença nasce a ópera até chegarmos na Broadway, o lugar de grandes espetáculos teatrais. Em alguns filmes é possível ver referência da famosa avenida iluminada. Vale lembrar que alguns filmes são inspirações de peças famosas.

Musicais no cinema
O primeiro filme musical é O cantor de jazz (1927) não por acaso um musical, conta a história de um aspirante cantor que sofre preconceito dos jazzistas tradicionais por ser branco. E o sucesso é grande que em pouco tempo são produzidos centenas de filmes.

O início da Era de Ouro foi após a II Guerra Mundial que se estende até o início dos anos 60. Cantando na chuva, Gigi, Amor sublime amor, A noviça rebelde, Mary Poppins, O magico de Oz são alguns dos sucessos da Era dourada. 

Jalilhouse Rock <3 

A indústria cinematográfica que não é boba nem nada e o rei do rock era a sensação, resolveram então fazer alguns filmes com o ilustre Elvis Presley. Claro que nem todas as produções foram boas mas uma delas é considerada o primeiro vídeo clip, qual seria? sera que você descobre? É a famosa musica Jalilhouse Rock, em que Elvis está vestido de presidiário e dança com os demais detentos. 

Grease e Cabaret 

Os anos 70 é marcado como pós-Era de Ouro, os musicais perdem a popularidade pois a Nova Hollywood inspirada no cinema europeu, apresenta filmes mais sofisticados e com crítica social. Ainda assim foram produzidos alguns filmes onde um deles (Cabaret) rendeu 8 oscars. E dá pra acreditar que Grease foi um fracasso de bilheteria e de criticas e hoje é um clássico queridinho pela maioria.

Os anos 80 foi ainda mais fraco, porém temos aí vários títulos que já assistimos varias e varias vezes, são eles: Fama, Dirty Dancing, Flashdance {são considerados musicais, embora os personagens não cantem} e temos um nacional Os saltimbancos Trapalhões, que fez muito sucesso na época. Com a globalização as produções começam a mudar e nos anos 90 acredita-se que as pessoas não gostam de musicais pela baixa bilheteria. E quem se aproveita disso? a Disney, que produz filmes que até hoje são lembrados com carinho. A pequena sereia, A bela e a fera, Aladdin, O rei leão que na época foi a 2º maior bilheteria de todos os tempos.

Chegamos nos anos 2000, aos 23 anos Moulin Rouge é indicado ao Oscar. O que contribuiu para um reavivamento do gênero. Chicago foi sucesso de publico e venceu 6 oscars. Com o sucesso de Chicago vieram outras adaptações da Broadway, como: O fantasma da opera, Nine e Dreamgirls.

A Disney retoma as produções musicais e temos aí títulos como Encantada, A princesa e o sapo, Tangled e Frozen que por sinal foi um grande sucesso de publico e de critica se tornando o musical mais bem sucedido de todos os tempos. Let it go! 

A lista é extensa, temos Os miseráveis, Sweeney Todd, Mamma Mia!  o atual amado e odiado La La Land, que ao meu ponto de vista é uma homenagem aos seus antecessores. O rei do show é sensacional!

Citei tantos filmes e mesmo assim ainda tem muitos outros que não foram citados e com certeza você já assistiu e se emocionou. Então não dá pra dizer que você não gosta do estilo. 

Alguns deles são 

* Moana 

* A noiva cadáver

* Mulan 

* Rio

* Sing

* The Rocky Horror Picture Show

* A fantástica fabrica de chocolate (1971)

* High School Musical

* Dumbo

* A escolha perfeita

* Burlesque

* Caminhos da floresta

* Camp Rock 

* Magic Mike 

entre outros... 

E me diga, você gosta, não gosta ou nem desgosta? Tem algum favorito? quero saber hehehe
Interessante que certas musicas são tão marcantes que chega a ser difícil não vincular o filme com a musica. <3 

Aproveitando vai lá no Spotify que fiz uma playlist só com musicas do CINEMA. <<<clica aí.

Espero que tenham gostado de conhecer um pouco mais sobre o estilo e se ainda não assistiu La La Land, vale a pena pela historia e pela homagem aos grandes musicais. 

Beijos e até breve. 

 

Resenha | A Revolução dos Bichos - George Orwell

Livro: A Revolução dos Bichos
Série: Não
Gênero: Fábula, Politica
Autora: George Orwell
Editora: Avis Rara
Páginas: 160
Ano: 2021

Resenha:

A Revolução dos bichos tem início com um sonho de Major, um porco de doze anos que sente estar no fim da sua vida. No sonho Major lembra de uma canção a muito esquecida, que fala sobre um tempo dourado onde os Homens tiranos cairão e os animais serão livres. Major reúne todos os animais da Fazenda do Solar, conta seu sonho e incita os animais a tomarem uma atitude contra seu opressor, no caso o Sr. Jones. Mas ele também faz alerta, para que os animais sempre vejam um ao outro como iguais e que eles nunca se comportem como os Homens, que só tem maus hábitos.

Dias depois o velho Major vem a falecer, mas seu discurso continua vivo entre os animais da fazenda e eles não sabem quando nem como será essa rebelião, mas eles estarão preparados quando ela se iniciar. E a tarefa de instruir e organizar os animais recai sobre os porcos, uma coisa natural já que alem de ter sido um porco a ter a revelação, eles eram considerados os animais mais espertos da fazenda. E entre esses porcos existiam dois líderes, Bola de Neve e Napoleão. E a tarefa deles não é nada fácil já que grande parte dos animais ainda reluta em se rebelar. Mas a rebelião chega mais rápido do que eles imaginavam. 

Num dia o Sr. Jones acaba bebendo demais e nem ele nem seus empregados alimentam os animais, que desesperados acabam expulsando todos da fazenda. Os animais agora finalmente estão livres. Depois de muito comemorar eles criam Os Sete Mandamentos que todos deverão seguir e por um tempo tudo parece estar indo muito bem e os animais estavam tão felizes como jamais imaginaram ser possível. Mas então os porcos, que assumiram a liderança da agora Fazenda dos Animais, começaram a requisitar para si alguns privilégios e logo eles se veem em uma ditadura muito pior da que viviam com o Sr. Jones.

Faz tempo vejo falarem desse livro, dos livros do autor na verdade, e sempre tive vontade de ler ele, mas por ser um clássico sempre acabava deixando para depois. Mas agora a Faro está publicando clássicos e estou me aventurando em alguns que todo mundo leu menos eu hehe. E acredito ter lido ele no momento certo. A leitura é rápida, li ele em mais ou menos 2 horas, mas a mensagem que o livro traz com certeza vai abrir os olhos de quem o ler. Ver ali uma história praticamente infantil, mas contada de um jeito que não tem como não reconhecer, não se indignar e não querer mudar aquela situação. 

O livro foi publicado em 1945 e é uma crítica clara a Revolução Russa e seu regime posterior. Mas poderia ter sido escrito aqui no Brasil nos dias atuais e ser também uma critica aos nossos governantes. É incrível como o autor parece estar descrevendo nossa politica com um governo anterior corrupto, sendo trocado em uma "rebelião" por um governo que prometia acabar com tudo aquilo e estarmos vivendo algo ainda pior que antes. Temos aqui um personagem que descreve perfeitamente apoiadores do atual governo, que por mais ruim que a coisa fique sempre está ali lembrando o povo de como o governo anterior era ruim. E são tantas situações que em vez de um livro escrito há 75 anos, parecia que eu estava lendo uma noticia de um jornal.

Mas não quero influenciar ninguém colocando na resenha minha opinião pessoal. Cabe a cada um que ler o livro tirar suas próprias conclusões, que como já disse, é impossível ficar indiferente diante de toda a situação e não se reconhecer ali em um daqueles animais. Mas voltando ao livro, gente que tristeza. Fazia tempo não sofria tanto lendo uma livro. A sensação de impotência é muito grande diante da situação. Você quer entrar ali e abrir os olhos deles, fazer eles enxergarem a situação como um todo e não somente o que lhes é apresentado no dia a dia. Mostrar que eles tem poder e capacidade para mudar tudo aquilo. E mais uma vez a ficção se confunde com a realidade.

Achei a escrita do autor maravilhosa, tanto que já preciso ler seus outros livros E adorei a tradução da Faro, no caso com o selo Avis Rara, em nenhum momento me pareceu estar diante de um clássico porque não tive nenhuma dificuldade com a leitura. Sem falar na beleza estética do livro com uma capa linda e uma edição de encher os olhos. E claro que termino a resenha indicando o livro para todos. É uma fábula atual e que mexe com nossos sentimentos e nos faz querer tomar alguma atitude. E nos faz pensar se Major tem realmente razão ao dizer que a Terra só ficará bem após o Homem ter desaparecido dela.

Nota:

E quem se interessou pelo livro, está tendo sorteio dele e do livro A Garota Anônima lá no IG do blog. É só clicar na imagem abaixo para participar.

Minha Opinião | Janeiro/2021

Em janeiro foi o mês que li menos desde que comecei a escrever no blog. Com essa pandemia parei de ler no ônibus, que era onde eu mais lia, e a noite estou tão cansada que pego o livro para ler e durmo hehe. Mas ainda assim temos uma boa quantidade de livros aqui na coluna.

Como falar romance em francês

Sinopse: Skoob

Nota: 3/5

Eu peguei a dica desse livro no blog Pequena Jornalista e como nunca tinha lido nada da autora resolvi me aventurar. Mas infelizmente achei a história bem bobinha e muito fraca. Não sei se foi porque o casal de protagonistas são bem imaturos e eu já não tenho mais paciência para isso, mas o certo é que me irritei e muito, principalmente com a protagonista feminina. O romance levou o livro todo para acontecer e finalmente quando acontece, acaba o livro. E sem falar que temos um final aberto que vocês já sabem que não curto. Mas ainda assim gostei da escrita da autora e dei uma nota na média porque essas coisas que citei é particular e sei que a história vai agradar o publico alvo.

Abelardo: O bebê monstruoso de Adelaide Estes

Sinopse: Skoob

Nota: 4/5

Eu peguei a indicação desse livro no blog Infinitas Vidas. E gostei bastante do que encontrei. Dentre tantas história "iguais", o autor acerta ao trazer algo diferente de tudo o que eu já tinha visto no gênero. Mas por outro lado o autor peca nos capítulos enormes que torna o livro cansativo e a impressão é de que ele tem três vezes o tamanho real. Isso aliado a uma linguagem até antiga pode se dizer, me senti lendo um clássico boa parte de livro, torna a história arrastada e demorei duas semanas para ler algo que de outra forma leria em dois dias.

A Fera mais Bela

Sinopse: Skoob

Nota: 3/5

Esse eu peguei a indicação no blog Mundinho da Hanna. Esse livro faz parte de um projeto onde varias autoras nacionais escrevem releituras de contos de fadas famosos. Nesse como vocês podem ver pelo título temos uma história contemporânea protagonizada pela Fera. Mas a fera foi exatamente o que eu não encontrei na história. Gostei muito da escrita da autora, que eu conhecia do blog, mas ainda não tinha lido nada dela e gostei da história tirando a parte da fera ficar só na promessa e pretendo ler as outras novelas do projeto. E recomendo a leitura pra quem gosta de releituras de contos de fadas.

De Lukov, Com Amor 

Sinopse: Skoob

Nota: 3/5

Esse eu vi no blog Estante da Ale e a resenha dela me convenceu. Eu amo patinação artística e esse já foi um dos principais motivos para eu querer ler esse livro. E gostei bastante da escrita da autora. Apesar do livro ser enorme li ele super rápido e olha que a história é daquelas que não sai do lugar. Mas me irritei muito por conta do comportamento dos protagonistas. Eles estão na faixa dos 30 anos, mas se comportam como se tivessem 15. Sabe aquelas briguinhas que vence quem faz o pior xingamento? Bem coisa de adolescente mesmo. E a mocinha então, meu Deus haja paciência para aguentar a teimosia dela. Mas como um todo é um bom livro e indico para quem gosta desse estilo.

Entre o amor e a Vingança

Sinopse: Skoob

Nota: 5/5

Esse aqui na verdade é uma releitura. A Luiza do blog Balaio de Babados organizou uma leitura da série O Clube dos canalhas e como eu já tinha lido só ia participar dos debates. Porém quando o povo começou a ler eu me assustei com os comentários. Porque eu amei o livro e favoritei na época que li ele em 2017 e vi o povo odiando ele. Por isso peguei para reler para ver o quanto minha memória estava me enganado. E não estava não. Reli o livro em um dia e favoritei novamente. Acho que as pessoas não entenderam o que o próprio título já diz, "canalhas" e é exatamente isso que vamos encontrar no livro, então não tenho do que reclamar. Se quiser conferir a minha resenha dele é só clicar aqui.

O navio Fantasma

Sinopse: Skoob

Nota: 2/5

Esse eu não me recordo onde foi que peguei a dica. Como sou dessas que ama essas coisas de navio e nave fantasma, tinha uma época que só assistia isso, claro que já peguei para ler. Mas infelizmente não foi nada do que eu esperava. E acho que foi por isso minha nota baixa, pelas expectativas que eu mesma criei em cima do livro. Se não fossem elas pode até ser que eu tivesse apreciado mais a leitura. Achei que ia ser mais aquela pegada de suspense/terror, mas ficou só na teoria. Mas da metade do livro é simplesmente um dos personagens recordando a lenda do navio fantasma e história propriamente dita pouco tem. E também não gostei muito do final do livro. Mas fica a dica porque pode ser que sua opinião seja completamente diferente da minha. 

O Rei do Petróleo

Sinopse: Skoob

Nota: 4/5

Esse eu peguei para ler porque percebi que não tinha lido nenhum livro do gênero ainda esse mês e sempre gosto de ler para dar uma aliviada nas leituras. Mas fui enganada pela capa. O livro não é erótico, tem sim cenas de sexo, igual em quase todos os livros contemporâneos independente do gênero, mas ele está mais para um romance/drama. E dessa vez fui enganada positivamente porque gostei muito do que encontrei e fechei o mês de janeiro muito bem. Quando comecei a ler já vi que era com o meu clichê favorito: casamento de conveniência e fiquei ainda mais animada para a leitura. E como um todo a história é muito boa e a escrita da autora me fez querer ler outros livros dela. Mas ela pecou pelo excesso de páginas, 665, em uma história que nem tinha tanta história assim, se é que me fiz entender hehe. E também o ápice do livro aconteceu quando ainda estava em 80% da leitura, o que perdeu um pouco aquela vontade de ler até o final. Mas ainda assim é um livro muito bom e indico para quem gosta do gênero.

Resenha | Pelo Amor de Cassandra - Lisa Kleypas

Livro: Pelo Amor de Cassandra
Série: Os Ravenels #6
#1 - Um Sedutor Sem Coração
#2 - Uma Noiva Para Winterborne
#3 - Um Acordo Pecaminoso
#4 - Um Estranho Irresistível
#5 - Uma Herdeira Apaixonada
Gênero: Romance de Época
Autora: Lisa Kleypas
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Ano: 2020

Resenha:

Tom Severin veio de baixo e construiu sua fortuna com muito trabalho e hoje é o magnata das ferrovias, com dinheiro e poder suficiente para comprar tudo o que deseja, até mesmo passe livre entre a sociedade londrina, mesmo não tendo nascido um lorde. Porém ele chegou em uma fase da vida que parece que nada mais lhe dá prazer, ele deseja algo que não tem, mas que não sabe bem o que é. Talvez o que ele esteja precisando mesmo seja uma esposa, já que todos seus amigos parecem ter se rendido ao casamento. E o destino parece estar jogando a seu favor já que sem querer ele ouve um desabafo de lady Cassandra Ravenel, que está desconsolada porque a gêmea Pandora que nem pensava em se casar, acabou se casando antes dela.

Tom aproveita a oportunidade e pede Cassandra em casamento, proposta essa que é imediatamente recusada pelo seu amigo de anos Weston Ravenel. West diz a Tom que não vai brincar com o futuro da prima, já que ele sabe que o interesse de Tom vai acabar no momento em que ele conseguir se casar com Cassandra. Tom não se conforma com a recusa, pois Cassandra lhe pareceu ser a mulher perfeita para seus planos e vai até Devon, lorde Trenear, que também recusa seu pedido dizendo que Cassandra quer se casar por amor, e Tom já deixou claro muitas vezes que amor é algo que ele nunca vai sentir por ninguém. Mas ao se aproximar de Cassandra, ele sente algo diferente e toma a atitude mais sensata, que é arrumar suas coisas e ficar o mais longe possível de Cassandra. O que não adianta muita coisa já que meses depois ele ainda pensa em Cassandra o tempo todo.

E quando a situação fica insuportável Tom decide fazer a corte a Srt. Adélia Howard, que é exatamente o que ele espera de uma esposa, com a intenção de tirar Cassandra de seus pensamentos. Enquanto isso Cassandra também começa a ser cortejada por lorde Lambert, futuro marquês de Ripon e todos dizem que eles formam um casal perfeito. Mas então Cassandra se vê envolvida em um escândalo que acaba com sua reputação e Tom vê ai a oportunidade de ter o que desejou desde o início e pede novamente Cassandra em casamento. Mas as circunstâncias são as mesmas e o que tornava o casamento entre eles antes incompatível ainda continua, como sua incapacidade de amar. Pelo menos é nisso que Cassandra acredita. Mas será mesmo que Tom ainda é tão indiferente quanto quer demonstrar?

"Qual era o nome daquele sentimento? Tom tinha a sensação de ter deslizado pela superfície da vida que conhecia e caído em um território totalmente novo, um lugar que sempre existira, embora não tivesse consciência disso. Só o que sabia era que a distancia cuidadosa que ele colocara entre si mesmo e as outras pessoas finalmente fora cruzada por alguém... e nada jamais seria o mesmo."

E chegamos ao final de mais uma série. Só que não. A autora resolveu que vai ter mais uma história com os Ravenels, só não sei de onde ela vai tirar esse Ravenel. Mas depois do Ethan vai saber. E "terminamos" a série com chave de ouro. Depois do livro do West achei que esse fosse ser bom mas que não ia se comparar, e estava enganada. Pelo amor de Cassandra conseguiu superar em tudo Como se apaixonar por uma herdeira. E Tom definitivamente é o melhor protagonista masculino da série. Me desculpe West, mas você perdeu o posto. Tom é perfeito em sua imperfeição. E olha que eu não dava muito por ele não pelas sua aparições nos outros livros da série. Mas fui fisgada logo no começo do livro e terminei perdidamente apaixonada por ele.

E Cassandra então. Viveu a série toda a sombra da irmã, mas eu particularmente acreditava no potencial dela, já que não sou tão fã assim da Pandora, E fui positivamente surpreendida com uma personagem inteligente, perspicaz, romântica, gentil e muito sensata. E foi aquele contraponto com Severin, os dois se encaixaram perfeitamente, porque o que falta em um o outro compensa. Severin foi amor a primeira vista já que de cara aquela arrogância e a sinceridade me lembrou de House. A autora não fala mas dá para entender que provavelmente ele tem TEA, sua inteligência é acima da média, assim como sua dificuldade de lidar com sentimentos. 

Mas essa dificuldade em entender os sentimentos não impede ele de senti-los e fica nítido em cada gesto que Severin ama Cassandra com todas as suas forças. A relação entre os dois é daquelas que eu mais amo: romântica e muito engraçada. Assim como eu suspirava em algumas cenas, em outras eu ria muito ao ver os diálogos entre os dois. Eles negociavam tudo e nenhum dava o braço a torcer, tinha que ser um argumento válido para convencer o outro. E também temos cenas bem picantes porque a química entre eles é palpável. E uma coisa que amei é que um consegue ver o outro além das aparências. Para todos Cassandra não tinha nada a oferecer fora sua beleza e Severin era um casca-dura implacável que passa por cima de tudo e todos para conseguir o que deseja. 

Outra coisa que a autora abordou foi sobre a culpabilização da vitima. Comum ainda hoje, mas pior naquela época. A culpa é dela que usou roupas apertadas e decotadas. E mesmo quando a verdade é revelada, o homem ainda é o coitado pelo momento de fraqueza. Enquanto a mulher e sua família são banidas da sociedade, ao homem só resta o perdão por ser fraco. E o que dizer da participação da família Ravenel. Amei o apoio incondicional e o respeito pelas mulheres. E confesso chorei em uma cena no final. E "termino" a série favoritando o livro e com a certeza de que essa é a melhor série da Lisa até o momento. Por isso indico a todos os amantes do gênero. 

Nota: 

E vou finalizar fazendo meu ranking dos livros da série.

Protagonista masculino  

Tom - livro 6

West - livro 5

Devon - livro 1

Rhys - livro 2

Ethan - livro 4

Gabriel - livro 3

Protagonista feminina    

Garret - livro 4

Cassandra - livro 6

Phoebe - livro 5

Helen - livro 2

Kathleen - livro1

Pandora - livro 3

Casal                         

Tom e Cassandra  - livro 6

West e Phoebe - livro 5

Devon e Kathleen - livro 1

Helen e Rhys - livro 2

Garret e Ethan - livro 4

Pandora e Gabriel - livro 3

Capa

Pelo amor de Cassandra - livro 6

Um Sedutor sem coração - livro 1

Um Acordo Pecaminoso - livro 3

Uma Herdeira Apaixonada - livro 5

Um Estranho Irresistível - livro 4

Uma Noiva Para Winterborne - livro 2

Tag | BBB

Eu não assisto BBB, mal fico acordada para assistir a novela da seis hehe, mas achei essa tag bem legal então resolvi responder. Quem criou foi o IG Revolução dos Livros. Como não fui indicada, não vou indicar ninguém, mas quem quiser responder é só não esquecer de dar os créditos ao criador da tag.

Líder da casa - livro favorito da vida ⁣

↳ Por mais livros maravilhosos que eu leia nenhum vai tomar o lugar de Assassinato no Expresso do Oriente que é um livro especial, mesmo não sendo o melhor que já li na minha vida.

⁣

Paredão - um livro que você não entendeu o hype⁣

↳ Tem vários que eu poderia colocar aqui, mas vou citar Verity que achei bom, mas tem tantos livros do gênero muito melhor que não tem essa fama toda.

⁣

Eliminado - um livro que você não gostou⁣

↳ Vou colocar aqui uma leitura recente que dei nota 1. Infelizmente não tem nada que salve nele. 

⁣

Prova de Resistência - um livro que você sofreu pra terminar (no bom ou mau sentido) ⁣

↳ Empurrei com a barriga e nem sei como terminei de tão chato que é o livro O Caso da Mansão Deboën.

⁣

Quarto branco - um livro que te isolou do mundo ⁣

↳ Vou citar o ultimo que devorei e reli ele na verdade em quatro horas.

⁣

Anjo - um autor que você sempre defende⁣

↳ Não vou me repetir e colocar a Agatha hehe. Por isso vou citar uma que recentemente tem sido bastante criticada, mas que ainda amo, que é a Sarah J. Maas.

⁣

Monstro - um personagem que você odeia ⁣

↳ Passa ano, leio vários livros, mas nunca vou esquecer o ódio que senti de Dolores Umbridge. Como queria que essa mulher pagasse e muito por tudo que fez.

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Bigfone - um livro que leu por indicação de um amigo ⁣

↳ Sempre leio livros por indicação de amigos blogueiros, mas vou citar aqui um livro, série na verdade, que acabei amando por indicação da Ale. 

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Jogo da discórdia - uma opinião polêmica ⁣

↳ Sei que a J.K. foi cancelada por toda besteira que falou e se falou é porque pensa assim, mas não consigo deixar de amar e consumir tudo que vejo de Harry Potter.

⁣