30 julho 2018

#82 | A Estante Aumentou

Esse mês a estante aumentou bastante em vista dos meses anteriores. Até me segurei para não gastar muito, mas chegou livros que ganhei em sorteio e parcerias.

Eu nem lembrava mais desse sorteio e nem sei porque participei já que não gosto do gênero. Mas acabei ganhando e vou ler. Os livros são de um sorteio de desapego do blog Ler Para Divertir, mas estão como novos.


Senhorita Aurora veio na caixa literária da Vitrine 42 e Nada Escapa a Lady Whistledown eu comprei com um vale presente que ganhei respondendo pesquisas.


Esses dois eu comprei em uma promoção na Livraria Cultura. São dois livros que estavam na minha lista de desejados.


O livro da Julia comprei na mesma promoção e o da Sarah recebi em parceria com o Grupo Autêntica e é minha leitura atual.


Do Grupo Autêntica também chegou Amor Amargo que já resenhei aqui e Bruto e Apaixonado recebi de parceria com a Harlequin e também tem resenha dele aqui.


Esses recebi de parceria com a HarperCollins. O Rei das Cinzas tem resenha aqui, As Elizas aqui e Os Imortalistas aqui.


E por fim esses dois vieram na caixinha do Clube do Livros e Citações e o livro da Paola já passei na frente e logo tem resenha dele.


O que acharam dos livros? Já leram algum desses?




28 julho 2018

Resenha | Os Imortalistas - Chloe Benjamin


Livro: Os Imortalistas
Série: Não
Gênero: Não consegui definir
Autora: Chloe Benjamin
Editora: HarperCollins Brasil
Páginas: 320
Ano: 2018

Sinopse:

É 1969 no Lower East Side de Nova York e os rumores na vizinhança são sobre a chegada de uma mulher mística, uma vidente que se diz ser capaz de dizer a qualquer um qual será o dia de sua morte.
As crianças Gold – quatro adolescentes que estão começando a conhecer a si mesmos – saem de casa sorrateiramente para saber sua sorte. As profecias informam as próximas cinco décadas de sua vida. Simon, o menino de ouro, escapa para a costa oeste, procurando por amor na São Francisco dos anos 80; a sonhadora Klara se torna uma ilusionista em Las Vegas, obcecada em misturar realidade e fantasia; Daniel, o filho mais velho, luta para se manter seguro como um médico do exército após o 9 de setembro; e Varya, a amante dos livros, se dedica a pesquisas sobre longevidade, nas quais ela testa os limites entre ciência e imortalidade.
Um romance notavelmente ambicioso e profundo com uma brilhante história de amor familiar, Os imortalistas explora a linha tênue entre destino e escolha, realidade e ilusão, este mundo e o próximo. É uma prova emocionante do poder da literatura, da essência da fé e da força implacável dos laços familiares.

Resenha:
O enredo de Os Imortalistas foi criado a partir da frase "Se você soubesse a data da sua morte, como seria a sua vida?" O livro dividido em quatro partes e um prólogo, nos apresenta quatro irmãos que vivem em Nova York no ano de 1969. Varya é a mais velha com treze anos, Daniel está com onze, Klara tem nove e Simon o caçula, está com sete. Eles estão no meio das férias de verão e com o calorão que está fazendo eles praticamente ficam dentro de casa sem nada para fazer. É quando eles ficam sabendo sobre uma mulher que chegou na cidade e sobre os rumores dela ter poderes. Dizem que a mulher, uma vidente, é capaz de dizer o dia exato da morte das pessoas.

Os irmãos acham que isso é bobagem, mas acabam indo até ela e quando chegam ao local são atendidos separadamente, por isso só sabemos a suposta data da morte de Varya, que é quem acompanhamos durante o prólogo. Segundo a vidente, Varya vai morrer aos oitenta e oito anos. Então temos uma passagem de tempo de nove anos e começa a primeira parte onde vamos acompanhar Simon do ano 1978 até 1982. Como temos essa data de/até fica aquela dúvida se é nesse ano, 1982 que Simon vai morrer. Os irmãos estão reunidos novamente, dessa vez para o enterro do pai deles. 

Varya e Daniel estão fazendo faculdade em outra cidade. Klara está terminado o ensino médio e pretende seguir a carreira de ilusionista. E como Simon não tem nenhuma vocação para gerir o negócio do pai, ele decide ir embora com Klara para São Francisco. Ninguém sabe, somente Klara, mas Simon é gay e ele ouviu falar que em São Francisco as pessoas podem ser o que quiserem, por isso ele aproveita a ida a irmã para se libertar. E assim segue a história em ordem cronológica, e em cada uma das partes vamos acompanhar um dos irmãos, Klara 1982-1991, Daniel 1991-2006 e Varya 2006-2010 vivendo suas vidas, tentando esquecer o que foi dito na sala daquela vidente. 


Primeiro quero dizer que o livro não é o que eu esperava. Quando vi ele classificado como fantasia no skoob, fiquei esperando algo meio sobrenatural nessa coisa de saber a data das mortes. E não foi isso que aconteceu, encontrei mais um romance/drama familiar do que uma fantasia. E nem por isso o livro deixou de ser menos do que ótimo. Me surpreendi com a forma com que a autora escreveu sobre tantos assuntos considerados tabus, ou apenas como temas difíceis mesmo e que a maioria dos autores fogem. Ela escreveu de uma maneira leve e despretensiosa, mas que me absorveu de uma maneira que eu que estava lendo no ônibus só não perdi o ponto porque ia até o ponto final mesmo.

Me vi sendo sugada para dentro da história e era como se eu estivesse chegando e conhecendo São Francisco junto com Simon. E essa foi uma das melhores sacadas da autora. Os lugares apresentados são como se fossem personagens da história e eu que vivi essa época e lembro muita coisa, foi como se estivesse revendo acontecimentos marcantes da nossa história. A primeira parte foi minha favorita de todas e o Simon também foi o irmão que mais gostei. Que triste ver ele passar por tudo aquilo e logo quando ele conseguiu ser livre. a primeira parte do livro é fantástica e até então você fica na dúvida se Simon apressou as coisas ou se a vidente tinha razão.

A dúvida ainda permanece com Klara, que também me ganhou ao viver um pouco das histórias dos mágicos. Ela era uma mulher em meio a tantos homens na profissão, mas isso não impediu ela de seguir seus sonhos. Já com Daniel, o personagem que menos gostei dos quatro, a profecia da vidente volta com tudo e ele fica obcecado em descobrir mais sobre a mulher que eles encontraram tantos anos atrás. E por fim temos Varya, que me identifiquei muito, principalmente na parte sobre ela precisar de uma rotina. E no fim temos que responder a pergunta feita no início do livro. Se você soubesse a data da sua morte, como seria a sua vida?


Eu sempre me perguntei como seria nossa vida se já soubéssemos o dia da nossa morte. Será que viveríamos de forma livre, sem se preocupar com opiniões alheias e aproveitaríamos a vida ao máximo ou será que deixaríamos de viver para tentar mudar a data fatal? Aqui temos os dois exemplos, Simon que faz tudo o que tem vontade e Varya que vive dentro de um laboratório estudando uma forma de prolongar a vida. Qual deles fez o certo? Será que se Simon tivesse agido de outro jeito ele teria mudado seu destino? E Varya teria morrido jovem, antes da data prevista? Essa é a grande questão levantada pelo livro e no final cada um tem que encontrar sua resposta.

E enquanto pensamos nessa questão vamos acompanhar a vida dos quatro irmãos que deixam de ser uma família no momento em que a profecia é feita. E eu particularmente cheguei a conclusão que em hipótese nenhuma eu quero saber algo que vai acontecer de um jeito ou de outro. Mas em contrapartida vi o quando pode se perder se não fizermos exatamente o que temos vontade. Enfim, é um livro que recomendo. Ele é bem diferente de tudo o que tenho lido e visto por ai. A edição está um arraso. O livro é em capa dura e essa capa é perfeita. Se der leiam ele, é um livro que com certeza vai te fazer pensar e é uma história linda para se acompanhar.

Nota:








27 julho 2018

#15 | Eu Quero!

Mais um mês terminando e eu venho aqui com minha listinha de desejados entre os lançamentos de julho.

Duas irmãs lutam para mudar o próprio destino no primeiro volume de uma série de fantasia repleta de romance, ação e intrigas políticas. Em Viridia, as mulheres não têm direitos. Em vez de rainhas, os governantes escolhem periodicamente três graças — jovens que viveriam ao seu dispor. Serina Tessaro treinou a vida inteira para se tornar uma graça, mas é Nomi, sua irmã mais nova, quem acaba sendo escolhida pelo herdeiro. Nomi nunca aceitou as regras que lhe eram impostas e aprendeu a ler, apesar de a leitura ser proibida para as mulheres. Seu fascínio por livros a levou a roubar um exemplar da biblioteca real — mas é Serina quem acaba sendo pega com ele nas mãos. Como punição, a garota é enviada a uma ilha que serve de prisão para mulheres rebeldes. Agora, Serina e Nomi estão presas a destinos que nunca desejaram — e farão de tudo para se reencontrar.

Esse eu vi tantos comentários positivos e como é um gênero que amo já entrou para a lista.

Rhys Winterborne conquistou uma fortuna incalculável graças a sua ambição ferrenha. Filho de comerciante, ele se acostumou a conseguir exatamente o que quer - nos negócios e em tudo mais.
No momento em que conhece a tímida aristocrata lady Helen Ravenel, decide que ela será sua. Se for preciso macular a honra dela para garantir que se case com ele, melhor ainda.
Apesar de sua inocência, a sedução perseverante de Rhys desperta em Helen uma intensa e mútua paixão.
Só que Rhys tem muitos inimigos que conspiram contra os dois. Além disso, Helen guarda um segredo sombrio que poderá separá-los para sempre. Os riscos ao amor deles são inimagináveis, mas a recompensa é uma vida inteira de felicidade.
Com uma trama recheada de diálogos bem-humorados e cenas sensuais e românticas, Uma Noiva Para Winterborne é o segundo volume da coleção Os Ravenels.

Romance de época nem precisa explicar. Eu nem li o primeiro ainda, mas já quero esse.

Um romance entre a decidida escrava Hadassah e o belo aristocrata Marcus. Os dramas e paixões de judeus, romanos e bárbaros em Roma, setenta anos depois de Cristo
Depois de sobreviver ao massacre de sua família e à destruição de Jerusalém pelos romanos, Hadassah é capturada e vendida para a família de um rico comerciante. Levada a Roma, ela se torna escrava pessoal da hedonista Júlia Valeriano. Hadassah se esforça para seguir os ensinamentos de Jesus, mas é forçada a manter sua religião em segredo para sobreviver. Confusa e sozinha, ela só tem a própria fé para se agarrar enquanto tenta sutilmente trazer Deus para a vida de seus senhores.
Precipitada e egoísta, Júlia tem um relacionamento conturbado com Hadassah, enquanto o irmão dela, Marcus, olha para a escrava cada dia com mais admiração. É possível que o amor entre Hadassah e Marcus floresça, considerando não apenas a posição de ambos na vida, mas também a lacuna entre a fé inabalável de Hadassah e a total descrença de Marcus?
Ao mesmo tempo, Atretes, um soldado capturado na Germânia, é forçado a se tornar gladiador. O declínio de Roma está começando, e a decadência de uma civilização à beira da autodestruição serve como um poderoso pano de fundo para a luta do bárbaro pela sobrevivência na arena.

Esse aqui a sinopse chamou muito minha atenção e a capa ficou bem bonita também.

É 1969 no Lower East Side de Nova York e os rumores na vizinhança são sobre a chegada de uma mulher mística, uma vidente que se diz ser capaz de dizer a qualquer um qual será o dia de sua morte.
As crianças Gold – quatro adolescentes que estão começando a conhecer a si mesmos – saem de casa sorrateiramente para saber sua sorte. As profecias informam as próximas cinco décadas de sua vida. Simon, o menino de ouro, escapa para a costa oeste, procurando por amor na São Francisco dos anos 80; a sonhadora Klara se torna uma ilusionista em Las Vegas, obcecada em misturar realidade e fantasia; Daniel, o filho mais velho, luta para se manter seguro como um médico do exército após o 9 de setembro; e Varya, a amante dos livros, se dedica a pesquisas sobre longevidade, nas quais ela testa os limites entre ciência e imortalidade.
Um romance notavelmente ambicioso e profundo com uma brilhante história de amor familiar, Os imortalistas explora a linha tênue entre destino e escolha, realidade e ilusão, este mundo e o próximo. É uma prova emocionante do poder da literatura, da essência da fé e da força implacável dos laços familiares.

E esse aqui eu até já terminei e logo tem resenha dele por aqui. A capa é linda e a sinopse promete bastante, por isso entrou na lista.

E quais são os seus desejados desse mês?




25 julho 2018

Resenha | Amor Para Um Escocês - Sarah MacLean


Livro: Amor Para Um Escocês
Série: Escândalos e Canalhas #2
#1 Cilada Para Um Marquês
Gênero: Romance de Época
Autora: Sarah MacLean
Editora: Gutenberg
Páginas: 330
Ano: 2017

Resenha:
Alec Stuart é um escocês que não gosta de ingleses, principalmente do que eles chamam de aristocracia inglesa. Por isso quando Bernard Settlesworth, advogado que cuida dos negócios do ducado de Warnick o procura para dizer que depois de uma série de infortúnios, ele é o novo Duque de Warnick, Alec diz que não aceita o título e nem ser chamado de sua graça e coloca o advogado para correr. Alec era o décimo sétimo na linha de sucessão ao ducado, mas no prazo de duas semanas, todos seus antecessores morreram de alguma forma trágica e ele herdou não somente o título, mas várias propriedades e uma grande fortuna. Mas mesmo não querendo o título, Alec não deixou de administrar as propriedades, afinal apesar do que os outros pensam, ele não é um monstro para deixar várias pessoas morrerem de fome. E por cinco anos a vida seguiu como sempre foi.

Mas Bernard deixou de citar uma das coisas que Alec tinha herdado junto com o ducado, ele é guardião de uma garota que acaba de virar o centro das atenções de toda sociedade londrina já que ela se envolveu no maior escândalo que se tem noticias em muito tempo. E a coisa pode ficar ainda pior do que já está se Alec não agir rapidamente. Sua pupila é Lillian Hargrove que pode ser considerada a mulher mais linda de toda Inglaterra. E por toda sua beleza e por ter sido esquecida pelo seu guardião, a sociedade rejeita Lilian e seu grande sonho é ter uma família. Por isso quando Lillian se vê sendo o cento das atenções do famoso pintor Derek Hawkins, ela não hesita em aceitar seus galanteios e seu amor e se entrega de corpo e alma a Derek. Mas enquanto Lilian acredita que Derek vai lhe pedir em casamento, o plano dele na verdade é ficar famoso com um nu da mulher mais linda que ele já viu.

E Lillian só descobre isso no dia da abertura da Exposição Real, onde ela é humilhada perante todos, mas ainda resta uma esperança já que Derek anuncia a todos que o nu só será exibido no último dia da exposição. E agora Alec tem menos de duas semanas para resolver o problema. E a ideia dele é passar o problema em frente casando Lillian o mais rápido possível, de preferência com o homem que a arruinou. Mas quando Alec conhece Derek ele vê que não pode condenar Lillian a conviver com um tipo como aquele. E Lillian tem seus próprios planos já que falta dez dias para ela completar vinte e quatro anos e herdar uma boa quantia de dinheiro e assim que colocar a mão no dinheiro ela pretende sumir. Mas Alec não vai deixar Lilian fugir, porque ele sabe por experiencia própria que não vai adiantar nada e pretende "comprar" um marido rico para ela. O problema é que Lillian só aceita se casar se for por amor.

"— Calças de novo — ele observou.
Lily se voltou para Alec, arregalando os olhos para o saiote dele.
— Bem, um de nós tem que usar calças, não acha?"

Esse é o segundo livro da Série Escândalos e Canalhas e a história se passa seis meses depois de Cilada para um marquês. Como disse na resenha do livro anterior, as histórias são independentes, mas a Sarah escreve seus livros todos no mesmo cenário e por isso temos personagens de uma série participando de outra. Por isso recomendo que leia as séries Os Números do Amor e O Clube dos Canalhas antes de iniciar essa. Nosso protagonista o Duque de Warnick e o antagonista já são conhecidos do livro anterior. E também temos a participação de vários personagens de Cilada para um marquês como a Sophie, e as Irmãs Perigosas e temos o West e a Georgiana do livro Nunca julgue uma dama pela aparência do quarto livro da série O Clube dos Canalhas.

Uma das coisas que mais gostei no livro foi que a Sarah usou uma coisa muito atual em uma história de época. A história toda se desenvolve a partir de um nu que vai ser revelado a todos sem a permissão da modelo. E isso é algo que acontece e muito no nosso tempo, seja com nudes ou vídeos que "vazam" sem a permissão na maioria das vezes da garota que está neles. E a frase que mais ouvimos é que a culpa é da pessoa porque foi tirar fotos nua. E é o que acontece aqui na história também, todos culpam a Lillian por ter posado para o quadro. A vitima é a culpada e não o contrário. E todas as pessoas presentes para assistir a exposição/quem compartilha as fotos e vídeos estão todos certos em julgar e ainda se achar melhor por não ser quem está naquela situação.


Eu amo romances de época, mas nesse livro eu senti nojo do comportamento da "sociedade". Não que nos outros eles não sejam assim. E nos livros da Sarah mais ainda que ela faz questão de mostrar como aquilo tudo era tão injusto. Mas em contrapartida foi um dos livros que mais ri e até gargalhei em alguns momentos de tão engraçadas que eram as cenas, principalmente quando temos as Irmas Perigosas em cena sendo elas mesmas e rindo da cara da sociedade. Espero que nos próximos livros elas apareçam cada vez mais porque elas são demais. E quem também fez a diferença na história foi a Georgiana que como sempre não suporta injustiças sociais e abuso masculino e dá seu jeitinho para ajudar a Lillian.

Mas o casal protagonista, apesar de ser apaixonante e me fazerem suspirar em vários momentos, me deram nos nervos em muitos outros. Ficava aquela de "eu não mereço ele/ela, "eu não sou bom o bastante para ficar com ele/ela". Mas fora esses momentos o casal é muito bom junto. Os diálogos eram inteligentes e mesmo estando apaixonados eles foram bom oponentes até o fim. Por isso apesar dos pesares eu dei nota máxima ao livro. Quanto a edição está muito caprichada com a qualidade dos livros da editora. E essa capa é mais do que maravilhosa. Só acho que a modelo podia estar usando outra cor de vestido que teria mais a ver com a história. Mas amei mesmo assim e recomendo para quem é fã de um bom romance de época.

Nota:







24 julho 2018

Lançamentos de Julho Grupo Autêntica

Como sempre o Grupo Autêntica tem ótimos lançamentos. Como são muitos escolhi os que mais me interessaram para deixar a sinopse aqui para vocês, mas é só clicar no link para conferir os outros que vou deixar as capas abaixo.

Por mais de dez anos, um criminoso sexual misterioso e brutal violentou cinquenta pessoas no norte da Califórnia antes de se transferir para o sul, onde cometeu dez assassinatos perversos. Em 1986, desapareceu, evitando sua captura por 30 anos.
Ao longo dessas três décadas, Michelle McNamara, uma jornalista investigativa que criou o popular website TrueCrimeDiary.com, se dedicou ao caso, determinada a encontrar o psicopata cruel que ela chamava de “Golden State Killer”, ou “Assassino do Estado Dourado”.
Michelle se debruçou sobre relatórios policiais, entrevistou vítimas e mergulhou em comunidades online de pessoas tão obcecadas com o caso quanto ela. Sua investigação resultou em Eu terei sumido na escuridão, uma verdadeira obra-prima que apresenta um retrato emocional de um período da história americana e uma narrativa arrepiante sobre a obstinação de uma mulher em sua busca incansável pela verdade.
Em 2018, meses após a publicação do livro nos Estados Unidos, Joseph James DeAngelo foi preso em Sacramento, Califórnia, finalmente identificado por meio de testes de DNA. McNamara, que fazia uso de medicamentos para ansiedade e transtorno do pânico, morreu de um mal súbito em 2016, aos 46 anos, e não pôde vivenciar seu triunfo. Mas, sem dúvida, seu trabalho ficará marcado como um clássico do true crime, e a obra que ajudou a lançar luz sobre o mistério do Golden State Killer.

Margaret, atriz 'aterrorizante', especializada nos papéis mais perversos de Hollywood; Agnodice, ginecologista da Grécia Antiga que teve de se disfarçar de homem para exercer a profissão; Lozen, mulher Apache, guerreira e xamã...
Pénélope Bagieu traça, com humor e sagacidade, quinze retratos de mulheres excepcionais que enfrentaram a pressão social de seu tempo e se tornaram donas de seus próprios destinos.
Os segredos mais obscuros não podem ficar enterrados para sempre… Na escuridão da noite, cinco figuras se revezam para cavar uma sepultura, um pequeno buraco em que enterram os restos de uma vida inocente. Ninguém diz nada, e um pacto de sangue os une… Anos mais tarde, Teresa Wyatt é brutalmente assassinada na banheira da sua casa, e, depois disso, mais mortes violentas começam a acontecer. Todas as vítimas têm algo em comum, e a detetive que encabeça o caso, Kim Stone, logo percebe que a chave para deter o assassino que está semeando o pânico na cidade é resolver um crime do passado. Só o que ela sabe é que alguém esconde um segredo e está disposto a fazer qualquer coisa para que nada seja revelado.




Para conferir todos os lançamentos clique aqui para ser redirecionado para o site do grupo.





23 julho 2018

Resenha | Bruto e Apaixonado - Janice Diniz


Livro: Bruto e Apaixonado
Série: Irmãos Lancaster # 1
Gênero: Romance Erótico
Autora: Janice Diniz
Editora: Harlequin Books
Páginas: 256
Ano: 2018

Resenha:
Mário Lancaster tem trinta e cinco anos e há cinco viu seus sonhos e seu futuro ir por água abaixo quando sofreu um acidente. Mário era peão de rodeio e foi pisoteado por um touro e teve fraturas por todo o corpo, e seu joelho estraçalhou. E enquanto estava internado, seu pai veio a falecer, obrigando Mário a assumir a fazenda da família que já vinha bem mal das pernas pelo descuido do seu pai que era advogado e trabalhava quase que o tempo todo de graça. E agora eles não tem a renda nem da advocacia, nem dos rodeios, e por isso eles estão prestes a perder a fazenda. Mário tem dois irmãos mais novos, Thomas e Santiago, que também são peões e moram fora do brasil, mas que quando ficam sabendo da situação resolvem voltar para casa e ajudar o irmão.

Natália Esteves tem uma relação bem difícil com seu pai. Desde criança, nada do que ela faz é o suficiente. Suas notas nunca eram boas o bastante, em vez de um elogio ela sempre ouvia o porque não tinha sido melhor. Hoje aos vinte oito ela trabalha na empresa do pai e nada mudou. Seu primo Jean tem um cargo mais alto que o dela e seu pai esta sempre comparando os dois. Mas faz tempo que ela descobriu o motivo: ela é mulher. E até por causa dessa relação destrutiva com seu pai, ela não quer nada sério com ninguém. Mas ela já está acostumada ao tratamento do seu pai e nem questiona muito quando ele manda que ela vá para uma cidadezinha do Mato Grosso onde ele acaba de comprar uma fábrica de parafusos. Sua presença na nova fábrica só significa uma coisa: demissões.

A família Lancaster praticamente fundou a cidade de Santo Cristo, por isso a influência deles sobre os moradores é muito grande, a palavra de um Lancaster é quase lei. Por isso quando uma empresa de fora compra a fábrica de parafusos e todos os moradores temem por seus empregos, é a Mário que eles recorrem pedindo ajuda. Mário não quer se envolver mas depois de tanta insistência ele diz que se o representante da empresa for mulher, ele vai tentar resolver. Como todos sabem da fama de pegador de Mário eles querem que Mário seduza a garota para que ela não demita ninguém. O problema é que assim que Mário coloca os olhos em Natália, ele se apaixona a primeira vista.

"— A próxima mulher por quem se apaixonar vai fazer o diabo com você, vai pisar no seu lombo, polir os seus chifres e amolecer esse seu troféu entre as pernas, desgraçado sem coração.
— Está me rogando praga, amor da minha vida?
— Todo canalha uma hora encontra quem o ponha de joelhos, é só uma questão de tempo. "

Faz tempo que eu não lia um romance erótico, e só consigo ler livros do gênero de vez em quando mesmo, por isso quando surgiu a oportunidade de ler esse livro eu aceitei ler. Confesso que num primeiro momento meu gosto pessoal torceu o nariz para essa capa porque não gosto de capas com homens mostrando o corpo, acho meio apelativo, igual comercial de cerveja, e, também esse título não me deu muitas esperanças sobre o que esperar da história. No meu entender bruto remete a grosseria, a comportamento agressivo, mas nesse livro o bruto é mais como um elogio, quer dizer algo como nos diamantes, algo de muito valor, rustico, que ainda não foi lapidado.

E apesar de ser um romance erótico, ele puxa mais para a comédia romântica, com algum drama envolvido, como a relação da protagonista com seu pai. O casal principal só tem sua primeira cena de sexo depois da metade do livro. E eu que não gosto muito de ficar lendo esse tipo de cena o livro todo, achei isso bem positivo. Outra coisa que gostei muito foi que a autora usou muitas expressões que eu que não morei em fazenda, mas minha família inteira sim, ouvi muito quando era criança, como "a vaca vai pro brejo", "vai chover canivete" e muitas outras que me remeteu a infância. Mas em compensação na hora do sexo era tanta palavra de baixa calão que eu até me senti mal. Mas sei que isso é algo pessoal, porque tem muita gente que não liga para esse tipo de coisa.


E temos uma história bem clichê do gênero. Aqui só é o contrário das muitas que vemos por ai porque a mocinha é que tem dinheiro. Mas os outros elementos que fazem um bom livro do gênero estão todos aqui. Até a mocinha morder os lábios. E teve algumas expressões que não pude evitar de rir porque foi hilária. Os caras do livro se acham os garanhões, eles até se comparam aos cavalos mesmo. Mas quando li eles comparando o pênis com tora, avantajado diâmetro e outros apelidos carinhosos, não consegui não rir. Mas se deixar de lado esse meu particular, como disse antes, isso é coisa minha, o livro é muito bom.

Gostei bastante da forma como apesar do Mário ser apresentado como o garanhão, quem dá as cartas nessa relação é a Natália. E não é só dinheiro que aqui é o contrário dos outros livros, aqui ele quer uma relação e ela não. Mas gostei do casal, eles formaram um belo par. Sabe aquela história de que um completa o outro, é bem o que acontece com os dois. E apesar de achar que faltou um aprofundamento na história familiar da Natália, temos que entender que não era o foco do livro. Enfim, eu que não sou tão fã do gênero, curti bastante a leitura, por isso acho que quem gosta, vai se sentir em casa. Quanto a edição, fora a capa que eu não gosto, mas sei que sou minoria nisso, é mais um livro da Harlequin que vou elogiar o capricho. Está tudo muito bonito e bem feito.

Nota:






20 julho 2018

Lançamentos de Julho da HarperCollins

A HarperCollins vem trazendo títulos maravilhosos ultimamente. E esse mês vem arrasando no suspense com As Elizas, que já li e resenhei aqui. E logo tem resenha de Os Imortalistas que também já está comigo e veio em uma edição capa dura incrível.

SARA SHEPARD, AUTORA DA SÉRIE BEST-SELLER PRETTY LITTLE LIARS, DEIXA SUA MARCA EM MAIS UMA HISTÓRIA COM UMA NARRATIVA HITCHCOCKIANA CHEIA DE MENTIRAS, MEMÓRIAS FALSAS E UMA PROTAGONISTA QUE PRECISA DESCOBRIR A VERDADE PARA SOBREVIVER.
Quando a escritora estreante Eliza Fontaine é encontrada no fundo da piscina de um hotel, sua família acredita ter sido mais uma tentativa de suicídio fracassada. Mas Eliza jura que foi empurrada, e sua única testemunha é quem a salvou. Desesperada para encontrar o culpado, Eliza toma para si a investigação do caso.
Mas, conforme a data de lançamento do seu primeiro livro se aproxima, ela se vê com mais perguntas do que respostas. Por que a editora, agente e a família estão misturando os acontecimentos de sua vida com os de seu livro? Ele não é totalmente ficcional?

De uma das escritoras mais icônicas dos EUA, um retrato de um casamento e de uma vida, sem uma gota de autopiedade e escrito em um estilo envolvente e emocionante. Neste livro, Joan Didion narra o período de um ano que se seguiu à morte de seu marido, o também escritor John Gregory Dunne, e a doença de sua única filha. Feito com uma dose de sinceridade e paixão, O ano do pensamento mágico nos revela uma experiência pessoal e, ao mesmo tempo, universal. É um livro sobre a superação e sobre a nossa necessidade de atravessar – racionalmente ou não – momentos em que tudo o que conhecíamos e amávamos deixa de existir.

Blue Nights tem início em 26 de julho de 2010, com a lembrança de Joan do mesmo dia, sete anos antes, quando sua filha Quintana Roo se casava em Nova York. Os jasmins em sua trança, sua tatuagem transparecendo sob o tule, os colares havaianos – detalhes simples que desencadeiam memórias vívidas da infância da jovem em Malibu, em Brentwood e na escola em Holmby Hills. Entre lembranças tocantes e, em alguns casos, dilacerantes, a escritora analisa seus próprios medos, angústias e dúvidas e, ao fazê-lo, compara sua vida ao período das chamadas noites azuis - ‘o oposto do declínio da claridade, mas também seu aviso.’

É 1969 no Lower East Side de Nova York e os rumores na vizinhança são sobre a chegada de uma mulher mística, uma vidente que se diz ser capaz de dizer a qualquer um qual será o dia de sua morte.
As crianças Gold – quatro adolescentes que estão começando a conhecer a si mesmos – saem de casa sorrateiramente para saber sua sorte. As profecias informam as próximas cinco décadas de sua vida. Simon, o menino de ouro, escapa para a costa oeste, procurando por amor na São Francisco dos anos 80; a sonhadora Klara se torna uma ilusionista em Las Vegas, obcecada em misturar realidade e fantasia; Daniel, o filho mais velho, luta para se manter seguro como um médico do exército após o 9 de setembro; e Varya, a amante dos livros, se dedica a pesquisas sobre longevidade, nas quais ela testa os limites entre ciência e imortalidade.
Um romance notavelmente ambicioso e profundo com uma brilhante história de amor familiar, Os imortalistas explora a linha tênue entre destino e escolha, realidade e ilusão, este mundo e o próximo. É uma prova emocionante do poder da literatura, da essência da fé e da força implacável dos laços familiares.






18 julho 2018

Resenha | Amor Amargo - Jennifer Brown


Livro: Amor Amargo
Série: Não
Gênero: Jovem Adulto
Autora: Jennifer Brown
Editora: Gutenberg
Páginas: 256
Ano: 2015

Resenha:
Alex, Bethany e Zach estão no último ano do colégio e a vida deles é falar sobre a viagem para o Colorado após a formatura. Viagem essa que eles estão planejando desde os oito anos. A mãe de Alex sofreu um acidente onde veio a falecer quando estava indo para o Colorado. Alex era muito pequena e mal lembra da mãe, mas ela precisa ter certeza de que a mãe a amava e estava indo para o Colorado ao encontro de alguma coisa e não para longe dela e das irmãs. E quando Alex falou para os amigos sobre a viagem eles compraram sua ideia e a viagem acabou se tornando um sonho dos três. E conforme a data se aproxima o entusiasmo dos três só aumenta. Zach tem até a ideia de fazer uma tatuagem igual nos três durante a viagem.

Alex tem duas irmãs e apenas o salário do seu pai não é o suficiente para pagar todas as contas da casa, por isso Alex faz todo tipo de trabalho extra que consegue. Um desses serviços é dar aulas de reforços na escola, e é assim que ela conhece Cole. Ele acaba de ser transferido de outra escola e para conseguir uma vaga no time de basquete ele precisa frequentar as aulas de reforço e Alex é escolhida para lhe ajudar. Logo de cara Alex se encanta por Cole. Ele é gentil, encantador, sensível, divertido, cavalheiro e muito bonito. E aos poucos Alex vai sendo conquistada por Cole. Ela até consegue mostrar para ele um poema que ela escreveu e foi premiada e que até então somente sua professora havia lido. E a paixão a pega de vez quando Cole faz uma música com a letra do poema.

A sensação que Alex está sentindo é igual a que sentiu na primeira vez que paquerou alguém. É algo tão bonito e gostoso que ela quer que dure para sempre. Mas o melhor de tudo é quando percebe que Cole também sente alguma coisa por ela. Eles saem juntos e logo começam a namorar. E as coisas só não são as mil maravilhas porque Zach tem algum tipo de implicância com Cole e faz de tudo para provocá-lo. E quanto mais tempo passa com Cole, menos tempo ela tem para ficar com seus amigos e decidir sobre a viagem, que chega a ficar em segundo plano. Mas Alex não poderia estar mais feliz. É então que ela começa a conhecer um outro lado de Cole. Um lado que ela se recusa a acreditar que seja real.

"Fechei os olhos de novo, me perguntando por quanto tempo mais conseguiria manter aquilo em segredo. As pessoas estavam comentando. Teria de tomar logo uma decisão - deixar Cole ou descobrir um jeito de não tirá-lo mais do sério."

Quando li A Lista Negra, da mesma autora, que eu não resenhei por aqui porque foi antes do inicio do blog, eu me encantei pela escrita dela e pela coragem de ela escrever sobre assuntos que geralmente as pessoas preferem fazer de conta que não existe. Para quem não sabe A Lista Negra conta a história de Valerie, uma garota que sofre bullying na escola junto com seu namorado. De brincadeira eles resolvem fazer uma lista com o nome de todo mundo que já fez alguma coisa contra eles. Mas só era brincadeira da parte de Valerie porque seu namorado entra armado na escola e atira contra todos que estão na lista e depois se mata. E Valerie fica viva para enfrentar as consequências. Eu amei o livro e a forma como a autora abordou o assunto, por isso quando surgiu a oportunidade de ler outro livro dela, aceitei.

Aqui o assunto abordado é relacionamento abusivo e violência domestica. E mais uma vez a autora foi excelente na forma como falou sobre o tema. Vamos acompanhar tudo na visão da Alex, por isso é impossível não se colocar no lugar dela. Esse livro não é um lançamento, por isso já tinha lido varias resenhas dele e vi várias pessoas comentando sobre como a Alex era tonta por aceitar aquele tipo de coisa. Mas gente, só consegue ver isso quem está do lado de fora, e tive essa certeza na minha pele porque lendo o livro e tudo o que aconteceu com a Alex, eu enfim me dei conta de que já passei por um relacionamento abusivo anos atrás e até agora não tinha percebido isso porque nunca tinha sido agredida fisicamente, então achava que não se encaixava.

Passei por isso com meu primeiro namorado aos dezessete anos. Primeiro ele me afastou dos amigos, dos homens porque ele tinha ciumes e das mulheres porque elas falavam mal dele para mim. Depois me afastou da minha família. E quando vi eu só tinha roupas que ele escolhia, só comia o que ele comprava e até meu cartão do banco ficava com ele. Tive até bulimia nessa época porque não podia engordar porque as outras que ele me traía eram magras. Porque sim, fui traída várias vezes. Ele controlava até o que eu assistia na TV porque ele tinha ciúmes dos atores. Graças a Deus não cheguei a ser agredida fisicamente, mas a maioria das mulheres não tem essa sorte.

É angustiante ver como a Alex sofre. Primeiro porque ele bate e depois diz "eu te amo", coisa que ela nunca ouviu de ninguém. E ver como seus pensamentos vão mudando depois de uma agressão, de como ela não acredita que ele fez aquilo, de que ela nunca mais quer vê-lo e no fim ela acaba tendo certeza de que a culpa é dela e que com certeza ela fez alguma coisa para merecer aquilo. Dá vontade de entrar no livro e falar, não, a culpa não é sua. Não importa o que você faça, ele vai continuar agindo assim e piorando conforme vai fazendo. E conte para alguém, não é só você que está passando por isso e ninguém vai achar que você é boba por se apaixonar por alguém como ele. Não tinha como você saber.

É dificil mesmo virar as páginas e ver Alex defendendo o Cole e não querer entrar lá e fazer alguma coisa. E é nesse ponto que não me conformei com uma coisa, porque a irmã dela sabia, a chefe e os melhores amigos também e a atitude que eles tomaram foi se afastar e dizer se vire. E acho que nessas horas o apoio é fundamental para que a pessoa consiga escapar daquilo. Porque ela até quer, mas não consegue fazer sozinha. Primeiro porque ela acha que o cara vai mudar e depois porque ela tem tanto medo que não consegue fazer nada a não ser torcer para que hoje seja um dia bom.

Gostei da forma como os personagens foram construídos, porque era como se aquilo tudo fosse real. É bem o que a gente vê nos noticiários. Tanto a Alex como o Cole poderiam ser alguém que eu e você conhecemos. E uma coisa que gostei muito e que não vemos em livros cujos temas são abordados, é que a autora deu uma solução para a história. Ela mostrou que é possível sim e também gostei de ter algumas páginas no final falando sobre o assunto, como reconhecer se alguém por perto está sendo machucado, que atitude tomar, quem procurar, esse tipo de coisa. E para finalizar que já escrevi demais, só me resta elogiar a editora pela edição muito bem feita e também por trazer histórias como essa para o Brasil, ainda mais em um momento que acontece tanto esse tipo de coisa na vida real.

Nota:






17 julho 2018

Resenha | As Elizas - Sara Shepard


Livro: As Elizas
Série: Não
Gênero: Suspense
Autora: Sara Shepard
Editora: HarperCollins Brasil
Páginas: 384
Ano: 2018

Resenha: Eliza Fontaine está hospedada no Tranquility Resort, mas quando acorda não consegue reconhecer o quarto do hotel. Mas também ela não não lembra muita coisa do dia anterior. Algumas cenas vem a sua mente, como ela esvaziando o minibar do quarto, mesmo tendo prometido a sua família que não iria mais beber após a cirurgia. É então que Eliza vê sua mãe, sua meia irmã e seu padrasto e ela percebe que está em um quarto de hospital. Quando pergunta o que está acontecendo, Eliza vê a cara de decepção que sua mãe faz, e seu padrasto diz que ela foi encontrada no fundo de uma piscina. E quando Eliza pergunta se a pessoa que a empurrou lá dentro foi encontrada, eles dizem que ela pulou e chamam a enfermeira que coloca Eliza para dormir.

Quando acorda Eliza não se conforma por ninguém acreditar que ela foi empurrada. Mas devido a seu histórico, não é surpresa que ninguém acredite em sua versão, já que essa é a quinta vez que Eliza tenta se afogar, e a quarta em uma piscina. Mas Eliza sabe que dessa vez foi diferente. As outras vezes foram antes do tumor pressionando sua amígdala ser descoberto e operado. E como nem sua família, nem a policia acreditam nela, Eliza decide investigar por conta própria e sua primeira atitude é falar com Desmond, o homem que a tirou da piscina e prestou os primeiros socorros. Desmond é um ator que interpreta Júlio César em uma feira e quando Eliza fala sobre suas suspeitas ele diz que acha que pode ter visto alguém fugindo da piscina.

E enquanto tenta lembrar o que realmente aconteceu, o lançamento de seu livro As Dots se aproxima. Eliza escreveu o livro logo após a cirurgia e é sobre uma garota, Dot, que tem um tumor no cérebro e sua tia Dorothy, que por vezes faz o papel de mãe, já que sua mãe só trabalha o tempo todo. A agente de Eliza acha que ela se jogou da piscina como um golpe de marketing, para alavancar as vendas do livro que está em pré-venda. E funcionou. E não adianta Eliza dizer que não se jogou, ninguém acredita, e num certo momento Eliza começa a duvidar dela mesma e não só nesse assunto, mas tem várias coisas que começa a se confundir em sua cabeça e ela não sabe mais o que é real ou o que é inventado, até mesmo a história do seu livro começa a se confundir com a realidade.

Eu li Pretty Little Liars há alguns anos por causa da série, que eu amava as primeiras temporadas, depois achei que enrolou demais, e gostei bastante da escrita da autora, apesar de ter achado os livros bem infantis. Então quando vi que a HarperCollins ia lançar outro livro da autora e com um enredo bem mais adulto, fiquei bastante interessada em ler. E posso dizer que amei. Eu que sou fã de livros de suspense estou bastante feliz com os livros do gênero que estão sendo lançados. É um melhor que o outro. Pelo menos os que eu li até agora me agradaram bastante. Fazia tempo que as editoras não traziam livros tão bons do gênero.

Eu particularmente prefiro livros em terceira pessoa, não gosto de ficar presa a visão de apenas um personagem. E quando calha desse personagem ser chato, o livro se torna insuportável. Mas quando acontece do personagem não ser confiável em um gênero como esse, o livro acaba se tornando maravilhoso de se ler. Eu devorei as páginas porque precisava saber o que realmente estava acontecendo. Se a personagem era louca, se era doente, ou se ela tinha razão nas coisas que via e lembrava, e as pessoas a sua volta é que estavam mentindo para ela. Por vezes me segurei para não ler o final do livro e acabar com minha agonia. Que desespero!

O livro alterna entre o que acontece com a Eliza e a história do seu livro As Dots. Logo que comecei a ler o livro dentro do livro já comecei a imaginar mil teorias e o primeiro pensamento é se a história do livro é a história da Eliza. Mas então as coisas começam a ficar tão fortes que não tem como não pensar que o que está escrito lá é pura ficção. Duvidei da Eliza o livro todo. Ela via coisas que os outros não viam, tinha mania de perseguição, o que poderia estar relacionado ao tumor, não lembrava de pessoas e de ter estado em alguns lugares. E além de tudo ela bebia. Então poderia ser real, poderia ser doença, ou poderia ser alucinações devido a grande quantidade de álcool que ela consumia. Por isso achei a Eliza um personagem incrível.

Outro personagem fascinante, é a Dorothy de As Dots. Para quem lê As Dots fica claro que ela manipula todos a sua volta, principalmente sua sobrinha Dot. Ela joga o tempo todo com as emoções da menina. Mas para Dot ela é a tia que lhe dá atenção enquanto sua mãe só pensa em trabalhar. E o desenvolvimento de As Dots foi de arrepiar. Quase que é um livro de terror. E da mesma forma que eu duvidava da Eliza, eu duvidei de todos os personagens. É impossível saber quem está falando a verdade e chegar a alguma conclusão antes do final. Mas gostei muito da forma como a autora não deixou nenhuma ponta solta. Todas as perguntas foram respondidas.

O livro me prendeu do começo ao fim e gostei muito do final. Há quem diga que ele ficou aberto, mas eu não achei. Leiam e tirem suas conclusões. Quanto a edição, gostei muito do trabalho da HarperCollins. A diagramação está ideal para uma boa leitura e a capa está bem enigmática com esse detalhe da água, que já lembra a Eliza tentando o suicídio. Gostei mais do que da original. Enfim, é um livro que recomendo sem pensar duas vezes. Se você já é fã da autora, vai amar. Se ainda não é vale a pena conferir a história.

Nota:









14 julho 2018

Falando Sobre...

... parcerias.



Lá vou eu novamente para mais um desabafo. Dessa vez o assunto é parcerias, principalmente com autores nacionais. Antes de mais nada vamos definir o que é parceria. Achei várias definições, mas a que mais aparece é essa: Uma parceria é um arranjo em que duas ou mais partes estabelecem um acordo de cooperação para atingir interesses comuns.

Bom deu para perceber que é um acordo, no caso entre o blog e o autor/editora em busca do mesmo interesse, no caso divulgar uma obra. Para quem acha que parceria é sinônimo de livro de graça está muito enganado. Acho que a maior parte dos leitores de blogs literários é formado por blogueiros, que entendem bem sobre o assunto, mas ainda temos uma grande parcela de leitores que não entendem esse conceito. 

Graça quer dizer um favor imerecido, e nós os blogueiros fazemos e muito por merecer receber um livro para resenha. Então não é nada de graça não. Primeiro, você só vai ter uma chance de ter uma parceria se seu blog tiver um bom layout, o que custa muito caro para quem não sabe fazer o seu próprio. Segundo, como dizem, tempo é dinheiro e manter um blog custa muito tempo. Tempo para ler os livros, tempo para escrever as resenhas, tempo para deixar a postagem apresentável com fotos e imagens atrativas, tempo para revisar a postagem, e ainda assim sempre acaba passando um erro ou outro, tempo para divulgar a postagem e tempo para ir nas postagens dos amigos blogueiros, retribuir o comentário e ler o que eles escreveram e escrever um comentário condizente com a postagem.

Então já deu para ver que esse conceito de graça não é bem assim. E no caso do autor/editora, eles estão tendo uma divulgação que se fosse paga seria bem mais cara do que ceder um livro ou um e-book para o blogueiro. E ainda mais que é uma divulgação para um público específico, porque quem lê blogs literários é porque gosta de ler e compra livros. 

Então antes de entrar no que realmente é o objetivo dessa postagem, quero deixar um recadinho para alguns blogueiros. Valorize seu trabalho. Não se sujeite a qualquer coisa por uma parceria que vai te dar um livro por mês, coisa que você pode muito bem obter sem ter que ficar divulgando horrores os parceiros e ainda mais em alguns casos sem poder expressar sua real opinião por medo de perder a parceria. Inclusive fiquei sabendo essa semana de uma editora que mandou um contrato para os parceiros assinarem dizendo que não podiam falar nada negativo dos livros deles nas resenhas. Absurdo! E aqui entra o que eu quero realmente falar com essa postagem.

Desde que criamos o blog lá em 2012, um de nosso objetivos sempre foi incentivar a literatura nacional. Mas isso está ficando cada vez mais dificil porque eu particularmente já estou cansada de algumas atitudes de alguns "parceiros" que só se lembram da parceria na hora de cobrar alguma divulgação e resenha e que querem sempre ter seus livros avaliados com nota máxima e quando isso não acontece tenho que ficar dando inúmeras explicações do porque não gostei desse ou daquele ponto do seu livro.

Sinceramente já estou cheia disso. Você que é autor lembra que antes de ser um autor você é um leitor e que não gostou de todos os livros que você leu na vida? Pois é, eu também não. Vocês que acompanham o blog a mais tempo sabe que nunca fui desrespeitosa com nenhum autor por aqui. Sempre que escrevi alguma resenha negativa eu expliquei porque e sempre salientei que cada um tem um gosto e que eu posso não ter gostado, mas outra pessoa pode amar.

Por isso tomei uma decisão um tanto drástica. Vou manter apenas algumas parcerias que são autores que me respeitam como eu os respeito. E para futuras parcerias vou pensar muito antes de aceitar. Tem autores nacionais que tenho prazer em dizer que são parceiros do blog. Eles enviam material de divulgação antecipadamente, não envia hoje e quer que eu publique amanha, leem a resenha, comentam e ajudam na divulgação. Tem autor que fica enchendo o saco para eu fazer a resenha e quando publico nem vem no blog comentar. Acho um absurdo isso.

Por isso de hoje em diante vou manter parceria apenas com quem eu realmente tenho prazer de ser parceira. É claro que existem exceções e vou citar aqui de autores que mesmo eu não tendo gostado do livro e tendo entrado em contato para dizer que a resenha seria negativa e se eles preferissem eu não publicaria a mesma, eles disseram que não, que eu podia publicar o que eu realmente tinha achado do livro, como é o caso do autor Elias Flamel. Minha admiração pela atitude. 

Entre os autores que quero manter a parceria estão a Alana Gabriela, Bianca Gulim, Denise Flaibam, Layla Casanova e a Mari Scotti. Citei essas porque são as que estão sempre lançando livros, mas tem alguns outros que também sempre que precisar estou a disposição. 

Enfim, esse é meu desabafo. Cansei de passar raiva com autores que não aceitam que não é todo mundo que vai gostar do que eles escreveram. Antes de tudo sou leitora e como leitora tenho o direito de não gostar de todos os livros que vou ler. E como blogueira tenho o direito de não gostar de algum livro mesmo que ele tenha sido "de graça" como visto por alguns.

E você o que pensa sobre o assunto? Deixe sua opinião nos comentários.




12 julho 2018

Resenha | O Rei das Cinzas - Raymond E. Feist


Livro: O Rei das Cinzas
Série: A Saga dos Jubardentes #1
Gênero: Fantasia
Autora: Raymond E. Feist
Editora: HarperCollins Brasil
Páginas: 512
Ano: 2018

Resenha:

No mundo de Garn, nos continentes gêmeos de Têmbria, temos cinco grandes reinos, Sandura, Metros, Zindaros, Ilcomen e Itrácia, que até então conviviam em paz. Mas Lodavico, o rei de Sandura resolveu que ia derrubar Itrácia e armou um plano onde Steveren, o ultimo rei de Itrácia foi traído pelos outros reinos e por seus aliados e teve seu povo e sua família assassinados sem nem ter a chance de se defender. Ali terminava a linhagem dos Jubardentes, conhecidos por seus cabelos ruivos. O barão Daylon Dumarch, comandante de Marquensas, o maior dos estados independentes, tinha Steveren como um irmão, mas quando soube da traição, já não pode fazer mais nada, a não ser defender os seus.

Mas ele ainda tem uma chance de fazer o certo quando depois da batalha um bebê é deixado em seu quarto e ao olhar para os cabelos da criança ele tem certeza de que é um Jubardente legítimo. Daylon entrega o bebê para os Quelli Nacosti, uma sociedade secreta cujos membros são treinados para se infiltrar e espionar os ricos e poderosos de Garn. Daylon não acredita na suposta lenda da maldição que se os Jubardentes fossem extintos, a destruição viria para Garn, mas com ou sem maldição ele sabe que a paz acabou e é uma questão de tempo até a guerra ser uma contante em Garn. E Daylon estava certo, porque anos depois vemos um Lodavico implacável, que além de tudo se aliou à fanática Igreja do Deus Único, que destrói a todos que não aceitam sua verdade. É nesse cenário que vamos conhecer dois jovens órfãos.

Um deles é Hatu, que junto aos seus dois únicos amigos estão na ilha de Coaltachin, treinando para serem futuros agentes da Nação Invisível. Donte, é neto de um dos sete mestres do Conselho e Hava é uma filha de fazendeiros, que mesmo sendo uma garota pode derrubar qualquer um dos meninos. Eles estão prestes a ser tornarem sicaris e assim poder se tornar um membro da Quelli Nacosti. E por isso Hatu pinta seus cabelos vermelhos ardentes de castanho, afinal ele tem que passar despercebido. O outro órfão é Declan, que acaba de virar mestre ferreiro. Declan vive na pequena vila de Oncon, que fica em Covenant, uma região neutra entre dois reinos. Mas essa paz na região está prestes a acabar porque traficantes de escravos chegam a vila para capturar jovens para serem soldados em Sandura. Declan é enviado para Marquensas por seu mestre, pois, Daylon parece ser o único a ter forças para se opor a Lodavico.


Esse é o primeiro livro que leio do autor, mas já tinha visto falar muito bem sobre ele e suas obras. E posso dizer sem sombra de dúvida que ele se tornou um dos meus autores favoritos e já quero ler todos os outros livros dele publicados no Brasil. Para quem ama livros do gênero e sente falta de bons livros de fantasia como O Senhor dos Anéis, mas tem dificuldades para ler as obras do Tolkien, aqui está um livro para se aventurar. O Rei das Cinzas é o primeiro de uma série, que eu não sei quantos livros terá, e ele tem mais de quinhentas páginas, mas a escrita é tão boa que eu leria mais quinhentas sem pensar duas vezes de tanto que a história me prendeu.

Logo no primeiro capitulo somos inseridos a um novo mundo, mas é como se o leitor sempre tivesse vivido nele, porque o autor descreve as coisas de uma forma que não tem como não se ambientar e entrar dentro da história que está sendo contada. Geralmente livros do gênero são bem descritivos, mas até nisso o autor me surpreendeu porque as cenas eram assim, mas como disse, ele tem o dom de descrever sem parecer algo chato ou monótono e sem fazer o leitor querer pular o paragrafo e seguir adiante na leitura para algo mais "interessante". O livro é narrado em terceira pessoa e vamos acompanhar vários personagens ao longo da história como Daylon, Declan, Hatu, Hava, alguns membros da Quelli Nacosti e ainda outros personagens que apenas apareceram na história, mas que ainda não foram totalmente revelados qual é seu papel nela.

Confesso que a sinopse me enganou um pouco porque achei que teríamos mais batalhas e muita ação, principalmente envolvendo Lodavico e a igreja do Único. Mas esse primeiro livro foi mais ambientação e posicionamento. O que não deixou a história parada, pelo contrário, temos bastante lutas entre os personagens principais e amei a forma como o autor foi soltando os detalhes e como a história foi tomando forma e crescendo, deixando de ser apenas a história do único sobrevivente de um reino que virou cinzas, para se tornar algo que nem eu ainda consegui ver totalmente, apesar de já ter um vislumbre de como ela será.

Nesse primeiro livro não temos um grande vilão, mas temos várias pessoas que agem com vilania e escondem segredos e que nos próximos volumes podem se tornar alguém do bem ou do mal. Meus personagens favoritos foram Hatu, Declan e Hava. Hatu e Hava foram criados para serem assassinos, mas a natureza deles luta contra o que aprenderam. E Hatu ainda tem o precedente de ser o ultimo descendente dos Jubardentes e tem toda uma magia que cresce dentro dele e que ele não tem ideia do que seja ou de como controlar. E apesar de não ser um livro para romances, não tem como não torcer para que os dois fiquem juntos. Já Declan é um homem bom e justo, e que aos poucos tem seu papel sendo revelado nessa história e tenho certeza de que ele ainda será fundamental para o desfecho dessa saga.

Tem muitas outras coisas que eu queria falar aqui, mas não posso porque o interessante é o leitor ir descobrindo as coisas conforme vai lendo a história. Os capítulos se alternam entre acompanhar Hatu e Declan e isso foi um ponto forte da história porque me fazia virar as páginas para saber o que estava acontecendo e quando enfim o caminho deles iria se cruzar. A unica coisa negativa que tenho para falar é que os capítulos são bem longos, e prefiro eles menores porque dá a impressão de que a leitura vai mais rápida. Quanto a edição está maravilhosa. Amei a capa e principalmente amei ver um mapa assim que abri o livro, o que é essencial em livros do gênero. Enfim, eu mais do que recomendo a leitura. Se você é fã de livros do gênero, vai se sentir em casa e se você ainda não é, esse é um ótimo livro para você se aventurar no gênero.

Nota:






© Blog Prefácio ♥ 2016 - Todos os direitos reservados ♥ Criado por: Taty Salazar || Tecnologia do Blogger. imagem-logo