Resenha | O Cemitério - Stephen King

Será que Stephen King é capaz de assustar a si mesmo?

Terá o autor de Carrie, O Iluminado e Christine concebido alguma vez uma história tão

horripilante que por certo tempo não se dispôs a terminar de escrevê-la? Sim.

Aqui está ela.

Louis Creed, está de mudança, juntamente com sua esposa Rachel, seus filhos Eileen e Gage, e o gato de estimação da família, Church,  para uma pequena cidade no Maine. Ele é médico e terá um emprego melhor que o anterior, em uma universidade. Ele acredita que por estar em uma cidade pequena, sua vida vai ser mais sossegada. Logo que chegam ao local, eles conhecem seu novo vizinho, Jud Crandall, que já viveu bastante e tem muitas histórias para contar. Jud leva a família para conhecer o famoso "Simitério de bichos" que fica nos fundos da propriedade de Louis. É um lugar onde estão enterrados os animais de estimação dos moradores da região, mas o verdadeiro cemitério, que dizem ser indígena,  fica um pouco além, um lugar cercado de mistérios, cuja lenda atrai as pessoas, com a promessa de tornar real, o que sempre pareceu impossível.

Em seu primeiro dia na universidade, Louis, enfrenta a morte de um paciente, que antes de morrer murmura alguma coisa parecido com cemitério dos bichos. Louis fica impressionado e a noite tem um sonho com o morto, que leva Loius até o simitério e diz a ele que a porta não deve ser aberta, mesmo que ele tenha muita vontade em fazer, e durante o sonho ele sente todo o terror do lugar. No dia seguinte, ele fica sem saber se foi um sonho ou se aquilo aconteceu realmente. Um tempo depois, Louis fica sozinho na casa, pois sua família está visitando seus sogros. É quando Church morre. Jud leva Louis ao cemitério micmac, não o de bichos, o outro alem dele, e Louis enterra o gato no lugar. No dia seguinte, Church aparece vivo, mas ele não é mais o mesmo. Seus movimentos são mais lentos e seus olhos estão diferentes.

Só então Jud conta a Louis a história do lugar. Varias pessoas já enterraram seus animais lá no cemitério e todos voltaram a vida. Mas eles voltam um pouco diferentes. O cheiro horrível no corpo do animal é apenas um dos problemas. A maioria não ficou agressivo, com uma unica exceção que teve que ser sacrificado logo depois. O verdadeiro problema está na aura do animal. As pessoas já não conseguem enxergar mais seus animais como antigamente. É como se inconscientemente elas soubessem que estão diante de algo morto, de alguma coisa errada, de outro mundo. Louis pergunta a Jud se algum ser humano já foi enterrado no local, coisa que Jud finge um certo horror. E quando sua família volta de viagem, Louis não conta o que aconteceu, mas eles meio que parecem perceber que alguma coisa está errada. Mas o pior ainda está por vir, seu filho Gage vem a falecer e Louis não consegue tirar da cabeça, a ideia de enterra-lo no cemitério.

"Um homem planta o que pode... E cuida do que plantou."

Já comecei a ler esse livro com um pé atras depois daquele comentário inicial. Meio que já fui esperando passar o maior medo. Como todos os livros do autor, pelo menos os que eu li até agora, o começo do livro é bem chato. É onde o autor passa paginas, mais paginas, descrevendo todo o ambiente e situação. Mas depois a coisa engrena e não tem como mais parar de ler. Esse foi assim, da metade pra frente tive que ler tudo de uma vez, pois, eu queria saber o que ia acontecer. Mas quanto a sentir medo, acho que vai ficar por conta do filme, que pretendo assistir, pois o livro não deu medo nenhum. Outra coisa que não gostei, foi o autor deixar para o finalzinho a parte mais aguardada do livro e bem que podia ter acontecido mais coisas, achei meio sem graça e muito corrido. Mas ao todo é um livro muito bom e recomendo.
Nota: