Autores: Camila Fremder, Clara Alves, Iris Figueiredo, Luly Trigo, Vitor Martins, Socorro Acioli, Jim Anotsu, Julie Dorrico, Keka Reis e Olívia Pilar
Editora: Seguinte
Páginas: 256
Ano: 2021
São no total 10 contos que vão falar sobre experiências típicas do início da adolescência. E não é porque a gente já passou dessa idade que os contos não vão ser significativos. E em como todos os livros de contos tem aqueles que a gente ama e tem outros que nem tanto assim. Apesar de que gostei de todos, só que teve alguns que mexeram mais comigo. Nessa resenha vou falar sobre eles.
Logo no primeiro conto, da Camila Fremder, intitulado A Ultima Suspeita, já fui levada ao passado e me identifiquei muito com a protagonista. Dentre o grupo de amigas Karina é a única que ainda não menstruou e ela está praticamente obcecada por isso. Ah se nessa época a gente soubesse o tormento que ia ser a vida inteira, ia querer nunca menstruar isso sim hehe. E para tentar tirar isso da cabeça Karina começa a investigar o vizinho que tem algumas atitudes bem estranhas. Achei o conto muito bem desenvolvido e terminou de um jeito engraçado com uma virada de jogo.
O segundo conto, Eu estou aqui, também gostei bastante. Eu já conhecia a escrita da Clara Alves, dos dez autores do livro ela era a única que eu já conhecia. Aqui vamos ver o dilema de Bianca que está com um bloqueio de escrita por conta de uma separação familiar. Achei o conto carregado de sentimentos e confesso terminei ele em lágrimas de tão lindo que foi o final.
Outro conto que gostei muito foi A revolta dos salgados, da Iris Figueiredo. De todos foi o mais interessante por não ter uma narrativa comum. Vamos ler a história de Rachel através de comunicados da escola, cartão de biblioteca, cartazes escritos pelos alunos, conversas pelo WhatsApp, etc. E foi outro conto que foi impossível não se identificar porque temos uma disputa entre alguns alunos para ser representante de classe e a proposta da Rachel é reabrir a biblioteca que foi recentemente fechada. Para quem passou todos seus intervalos dentro de uma biblioteca, me senti militando junto com ela hehe.
Outro conto que gostei muito foi Segunda chance, da Luly Trigo. Bethânia está prestes a viajar para um intercâmbio tão sonhado e vê sua felicidade se desfazer ao descobrir que seus pais estão se separando. E ainda temos a descoberta de um sentimento que vai além da amizade. Fiquei impressionada com o tanto de coisa que a autora abordou em tão poucas páginas. É tudo tão intenso que pareceu muito mais que um conto.
Agora o conto mais divertido sem dúvida é A maior artista de Maranguape, da Socorro Acioli, que vai contar a história de Rosélia Regina, ou melhor Rayllane, que saiu de Maranguape para Fortaleza tentar o estrelato através da carreira de atriz. Mas a única coisa que conseguiu foi dançar em um trem que passeia com crianças fantasiada de Ben 10. As cenas são muito engraçadas e é impossível não rir.
E meu favorito de todos foi o ultimo conto, do Vitor Martins. Eu terminei o conto e já quis correr ler outras obras dele de tanto que gostei. Agulhas e bolinhas foi o conto que mais me emocionou. Nele vamos conhecer Murilo que acabou de perder o avô, a quem ele chamava de pai, e vai fazer aulas de bordado que era uma das paixões do avô. Entre o medo do que os outros vão achar por ser uma coisa de menina, vemos Murilo derrubando suas inseguranças ao encontrar um amigo onde menos espera.
Uma coisa que gostei bastante é que em todos os contos temos representatividade, temos protagonistas indígena, cadeirante, daltônico, negra, LGBTQIA+, e tudo da forma natural como deveria ser. E a capa que traz o nome de cada autor com uma referencia ao seu conto que também achei bem legal. E ainda no final do livro temos uma conversa entre os autores dos contos. Enfim, é um livro que super recomendo. Se você está ou não nessa faixa etária do livro, com certeza vai encontrar situações que você vai se identificar e relembrar, através de histórias muito bem escritas por nossos autores que não deixam nada a desejar.
Nota:
Oi, Sil! Tudo bom?
ResponderExcluirEu preciso muito ler essa antologia! Mas não tô conseguindo ler nada que não seja fantasia ou scifi (essa espiral nunca vai ter fim!) então vou esperar o momento certo pra isso.
As histórias do Vitor Martins são umas gracinhas, eu amo amo amo os livros dele. Tenho muita vontade de ler Conectadas, da Clara Alves!
Beijos, Nizz.
www.queriaestarlendo.com.br
Oi, Sil. Como vai? Parece muito bom esta antologia, não é mesmo? Adorei sua resenha, ficou ótima. Abraço!
ResponderExcluirhttp://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Também não costumo ler livros de contos porque sempre quero mais, mas um outro acaba me interessando por temática ou por ter algum autor que gosto. Eu não conheço nenhum dos autores desse livro, mas adorei a resenha. Se eu tiver a oportunidade vou ler sim.
ResponderExcluirbeijos
Oi sil! Eu não peguei pra ler por conta da temática, mas agora estou arrependida! Que edição linda e os contos parecem bons!
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Oi Sil, como você está?
ResponderExcluirEntão, eu até vi esse livro no NetGalley, ele olhou pra mim, eu olhei pra ele e fiquei pensando: contos? Acho que não... E não peguei!
Eu gosto bastante da Irís Figueiredo e quero conhecer a escrita do Vitor Martins, já tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente e ele foi um amor comigo.
beeeijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Oi Sil, tudo bem?
ResponderExcluirGosto de livros de contos pelo mesmo motivo que você comentou na resenha: ter um primeiro contato com autores que me despertam curiosidade.
Depois de ler sua resenha, me arrependi de não ter pegado esse título no NetGalley. Achei que não era muito meu estilo. :(
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Faz tempo que não leio um livro de contos. Esse parece ser bem envolvente. Adoro os textos do Vitor Martins :)
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br
Oi Sil! Estou quase terminando esta leitura e surpresa com o quanto os contos emocionam e trazem temas densos. Pensei que iam ser bem levinhos. Bjos!! Cida
ResponderExcluirMoonlight Books
Oi, Sil
ResponderExcluirTambém não sou fã de livros de contos, mas eu acho que a coisa boa é justamente isso que você citou, cada autor trazer alguma peculiaridade, seja representatividade com personagens negros ou LGBTQ+, ou abordar assuntos diferentes e claro, a narrativa ser diferente também conta muito. Eu gosto de histórias que se passam na adolescência, sempre tem muitos ensinamentos, então talvez eu leia.
Beijo!
https://capitulotreze.com.br/
Oie Sil!
ResponderExcluirAchei muito interessante a sua resenha e leria por ela! Lembro que tinha visto a capa e não tinha me chamado a atenção, sabe? E as ilustrações ficaram lindinhas demais!
QUERO LER O CONTO DIVERTIDO COM AS CRIANÇAS DE BEN 10! KKKKK
Beijos!
Pâm
Blog Interrupted Dreamer
Que livro fofo. Eu não tenho problema com contos, na verdade leio todos os geberos sem problema algum... Então iria gostar de ler e gostei de saber da representatividade.
ResponderExcluirPassa lá no blog. Tem postagem nova e gostaria de saber sua opinião.
Beijos,
Paloma Viricio💫💜
Oi, Sil!
ResponderExcluirMenina, conheço todos que você citou, menos a Socorro Accioli.
Amooooooooo a Camila Fremder! Leia dela "Adulta Sim, Madura Nem Tanto". É maravilhosoooo!
Fiquei super interessada no conto Agulhas e Bolinhas. Já amei pela sinopse!
E pelo conto de dançar para crianças fantasiada de Ben 10. HAHAHAHAH
Eu também não escolho contos como minha primeira opção, apesar de já ter participado de 3 antologias e gostado de escrever. Sempre prefiro a prosa mais longa, mas um conto bem escrito tem seu valor!
Beijoooos
Teca Machado
Casos, Acasos e Livros
Estou dando mais chance aos contos, exatamente por serem leituras mais rapidinhas e sem chance para enrolação. Eu gostei da proposta desse livro, especialmente ´pela diversidade e representatividade que traz. Confesso que fiquei mais curiosa para ler o conto da Rosélia Regina vestida de Ben 10... hahaha
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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