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12 novembro 2018

Resenha | Leonardo da Vinci e os Sete Crimes de Roma - Guillaume Prévost


Livro: Leonardo da Vinci e os Sete Crimes de Roma
Série: Não
Gênero: Suspense, Mistério
Autor: Guillaume Prévost
Editora: Gutenberg
Páginas: 256
Ano: 2018

Resenha:
Apesar do título do livro, a história não é narrada por Leonardo da Vinci e sim por Guido Sinibaldi, um estudante de medicina que na verdade queria seguir os passos de seu pai, que por treze anos foi o chefe da polícia de Roma, mas que por medo de perder o filho como aconteceu com o marido, sua mãe não quis nem saber de Guido seguir a carreira das armas. Guido é melhor amigo de Flavio Barueri, filho do atual capitão da polícia que foi ajudante do pai de Guido, e é Flavio quem avisa Guido da tragédia que acaba de se abater sobre Roma. A cidade já foi palco de muito sangue por causa dos combates e guerras que aconteceram. Mas nesse crime o que chama a atenção de todos não é o assassinato em si, mas a forma como o assassino expôs seu crime.

O local escolhido para o assassinato foi a Coluna de Marco Aurélio e o corpo foi deixado sobre a estátua do imperador. O corpo está nu e decapitado. E no interior da coluna, escrito com sangue, a seguinte frase: "Eum qui peccat..." [Aquele que peca...]. Guido, que aprecia um bom mistério, resolve acompanhar o caso e logo após suas aulas ele vai até o local onde o corpo está sendo dissecado e é assim que ele conhece o Mestre Leonardo da Vinci, que está no local fazendo algumas pesquisas sobre anatomia e é chamado para olhar o corpo. Os dois começam a conversar e Guido que ia voltar ao local do crime, sugere que Leonardo vá com ele. E quando Leonardo vê a inscrição, ele diz que o assassino ainda não terminou.

Três dias depois com a policia ainda longe da solução do mistério, um bilhete é deixado na casa do Mestre das Ruas com uma indicação clara da identidade da vítima, que é um jovem aprendiz de pintor que ganhava a vida se prostituindo e pode ser por isso a citação sobre pecado. E no dia do Natal mais um corpo é encontrado, dessa vez é o corpo nu de um velho e está em outra coluna de um imperador, a Coluna de Focas. Guido e Leonardo logo deduzem que as colunas podem ter alguma ligação com os crimes e vão até a Coluna de Trajano, onde encontram a cabeça do primeiro corpo. E dentro da coluna, uma cabeça de uma velha e na porta está escrito ."... Deus Castigat" [... Deus castiga]. Seguindo de pista em pista eles vão se deparar com um assassino muito mais inteligente e mais cruel do que eles podiam imaginar.

Quando vi que esse livro seria relançado pela editora, eu solicitei ele para ler. Ele foi lançado em 2013 pelo selo Vestígio, do Grupo Autêntica mesmo, e agora foi relançado pela Gutenberg com um acréscimo no título. O enredo do livro lembra muito os livros do Dan Brown, para quem é fã do estilo do autor é uma boa pedida. E também lendo o livro lembrei bastante de Sherlock Holmes e seu fiel amigo Dr. Watson. Da Vinci e Guido fazem bem esse papel, um o que pensa e deduz e o outro o que age seguindo as instruções. E foi um livro que me surpreendeu positivamente em alguns pontos, mas que deixou a desejar em outros. Mas como um todo é uma leitura que vale a pena.

Acho que o diferencial desse livro é usar uma pessoa real como personagem fictício, aqui no caso, Leonardo da Vinci. Acredito que ele é mais conhecido como pintor, principalmente pelos quadros Mona Lisa e A Última Ceia. Mas ele era muito mais do que um pintor, o homem era praticamente um bom bril. E nessa história veremos mais seus talentos como anatomista, já que é assim que ele e Guido se conhecem. Mas não é só ele que o autor resolveu colocar na história. Temos outros personagens reais como o papa Leão X, o pintor Rafael e outros nomes que viveram em Roma na época que se passa a história, em 1.514.

Outra coisa que me chamou bastante a atenção na história, foi que pela época que a história acontece não temos praticamente nenhum tipo de tecnologia que temos hoje. E por isso a investigação é bem mais lenta do que nos livros do gênero que estou acostumada a ler. Mas ai que entra a inteligencia e a sorte, porque eram duas coisas que eles tinham que contar muito para conseguir descobrir as coisas. Naquela época não existia autópsia, que dirá DNA, era feito dissecação nos cadáveres. E achei bem legal ver a forma como as investigações eram conduzidas. Outra coisa que chamou minha atenção foi o respeito que eles tinham com os artistas da época, a todos eles eram referidos como Mestre.

E voltando ao estilo Dan Brown, tudo acontece e gira em torno da Igreja Católica e assim pude conhecer um pouco mais sobre toda a estrutura da Igreja da época. Eu particularmente gosto bastante de livros assim, onde uma pista vai levando a outra e enigmas vão sendo deixados, para tanto o personagem como o leitor, tentar desvendar a verdade. E confesso que nem por um momento me passou pela cabeça a identidade do assassino. Guido foi um personagem bem cativante, inteligente e que eu leria outros livros com ele. Já da Vinci acho que por ser o carro chefe do livro, poderia ter aparecido mais do que apareceu. Mas a investigação só seguiu o rumo certo por causa de suas deduções. Eles formaram uma ótima dupla.

Como disse antes é um livro muito bom, mas acho que por eu estar acostumada com livros mais complexos do gênero, achei que faltou um algo a mais que me prendesse mesmo a história. O livro apesar de curto, acabou sendo uma leitura mais demorada por que a história não me prendeu totalmente. Mas acho que para quem não leu muitos livros do gênero, não vai sentir o mesmo que eu e vai amar a leitura. Por isso deixo aqui a minha indicação. Quanto a edição, achei muito bem feita e a capa achei essa mais bonita do que a da outra edição.

Nota:








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